sexta-feira, agosto 17, 2007

UNMIT – MEDIA MONITORING - Friday, 17 August 2007

"UNMIT assumes no responsibility for the accuracy of the articles or for the accuracy of their translations. The selection of the articles and their content do not indicate support or endorsement by UNMIT express or implied whatsoever. UNMIT shall not be responsible for any consequence resulting from the publication of, or from the reliance on, such articles and translations."

National Media Reports


Xanana: Central committee of Fretilin destroys Fretilin

At the first meeting with the 13 district administrators on Tuesday (13/8) at STAE’s office in Dili the Prime Minister Xanana Gusmão declared that the leaders of Central Committee of Fretilin (CCF) have destroyed the reputation of their party.

“I told Mr Alkatiri that CNRT has not destroyed Fretilin but rather it was created to save people,” revealed Mr. Gusmão. (TP)

Ramos Horta: If the new Government is illegal, take it to Court

After meeting with national and international investors on Thursday (16/8) in Memorial Hall in Dili the President José Ramos-Horta said Fretilin should take its concerns to Court if it believes the new Government is unconstitutional and illegal.

“In two weeks Fretilin has not brought the case to Court. There is no other mechanism, and the violence in the Eastern regions such Baucau, Viqueque and Lospalos will not solve the problem,” said Mr. Horta. (TP and TVTL)

Mario Viegas: “We should not arrest anyone through the allegation”

The President of the Social Democratic Party (PSD), Mario Viegas Carrascalão said that he does not support the arrest of Mari Alkatiri regarding the violence in the Eastern districts.

Speaking to journalist on Thursday at the national parliament Mr. Carrascalão revealed that a person should not be arrested without investigation.

“Before we detain somebody we should prove there is a cause and Mari Alkatiri should not be arrested on accusation only,” said Mr Carrascalão. (DN)

Xanana: “Youth’s blood never flow again”

The Prime Minister, Xanana Gusmão has told the National Congress of Youth in Timor-Leste that young people’s blood will never flow again.

The Prime Minister also said that the youths’ parliament will be established by the government. (DN)

Arsenio Bano: “Xanana has no power, better to resign”

The Vice President of Fretilin Arsenio Paixão Bano said that if the Prime Minister Xanana Gusmão can’t calm the situation, he should resign.

In a press statement on Thursday Mr Bano said that Fretilin only authorizes its members to participate in peaceful demonstrations over the formation of the new government. (DN)

Rogerio Lobato to stay in Malaysia for 3 months

The Prime Minister Xanana Gusmão said that Rogerio Lobato will stay in Malaysia for three months efore returning to Timor-Leste to fulfill his seven and a half years sentenced.

“They asked for three months for medical check,” the Prime Minister said. (DN)

Movement to boycotting the new government

Fretilin members involved in the organization Movimento Libertação Povo Maubere (MOLNAPON)/Liberation Movement of Maubere People have stated they will organize mass a boycott against the activities of the new government in the coming weeks.

Speaking to journalists on Thursday the PNTL Interim Commander, Inspector Afonso de Jesus confirmed that there will be a manifestation organized by MOLNAPON on 20 – 21 August in the capital, Dili (Municipal Stadium).

He said the protest has been licensed by the PNTL and UNPol.

He added that PNTL his calling on the protestors to cooperate with authorities to maintain law and order in the country.

“We want the protest to be calm and peaceful manner. He said the PNTL has made preparations against any person who may choose not to follow peaceful guidelines. (STL)

Top officials meet over Security Sector Reform in Timor-Leste

UNMIT

Dili, August 17, 2007 - The Head of the United Nations Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT) has outlined four key areas to address in working towards the reform of the security sector in the nation.

At a high level meeting in Dili this week, attended by senior leadership of the national military and police, the President of the Democratic Republic of Timor-Leste, José Ramos-Horta and the Prime Minister Xanana Gusmão both gave opening addresses welcoming the assistance of the United Nations in addressing the challenges facing the security sector.

Mr Atul Khare said he agreed with both the President and Prime Minister about the need to look at the road travelled to avoid pitfalls in the future.

Mr Khare listed the need to improve relations between the police and the army, strengthening the legal framework, increasing capacity and enhancing civil oversight as the four priority areas in building an effective and accountable security sector, that serves the needs of the people of Timor-Leste.

“UNMIT will assist the Timorese people and authorities in these four areas relating to the security sector.

“The strengthening of the army and police will be crucial to the development of Timor-Leste as a modernizing state and the United Nations will assist the government in achieving a security sector that is efficient, effective and accountable,” Mr Khare said.

In the course of discussions, participants agreed to have larger participation by civil society in the reform process, keep in mind the need to maximise scarce resources, avoid another crisis as experienced in 2006, and work towards closer cooperation between military and police, even as each of the security institutions strive for increased professionalism and enhanced capacities.

UNMIT is mandated through Security Council Resolution 1704 to “assist the government in conducting a comprehensive review of the future role and needs of the security sector, including the Falintil Armed Defence Forces of Timor-Leste (F-FDTL), the Ministry of Defence, the PNTL, and the Ministry of Interior with a view to supporting the government, through the provision of advisors and in cooperation and coordindation with other partners, in strengthening institutional capacity building as appropriate.”

A vergonhosa igreja timorense deve redimir-se dos seus graves pecados

Timor Lorosae Nação - Quarta-feira, 15 de Agosto de 2007

Novo URL: http://timorlorosaenacao.blogspot.com/
Mentiras clericais chegam ao bispado de Baucau
Alfredo Ximenes

As alegações feitas pelo padre Basílio Maria Ximenes, responsável do colégio salesiano em Baguia, Baucau, tiveram por base mentiras e exageros imperdoáveis e que não foram feitos por acaso mas sim com a intenção de exaltar ânimos e provocar a indignação de todo o mundo.

Alegou o padre Basílio que 100 jovens invadiram o colégio, destruíram-no, violaram as alunas e até uma criança de 12 anos, deixando perceber que a centena de bandidos pertenciam à Fretilin e que odiavam os padres e as freiras que mal nenhum lhes faziam…

A credibilidade que correspondentes da imprensa internacional deram a estas declarações mostrou a falta de profissionalismo com que a maioria deles estão a lidar com os acontecimentos em Timor-Leste assim como a preferência que demonstram pelo “status” Horta-Xanana, quando o correcto será saberem ser imparciais.

A própria Lusa, cujos profissionais têm uma responsabilidade de bandeira – portuguesa - e de afinidade com os timorenses, dispensaram o cuidado de confirmar convenientemente a noticia made in padre mentiroso divulgando-a em conformidade com as suas alarmantes declarações.

Pelos vistos, somente depois, muito depois, começaram a dignar-se em procurar divulgar a verdade sem com isso se preocuparem em corrigir o erro e dar o mesmo realce ao facto do padre Basílio Ximenes ser um grande aldrabão, alarmista, perigoso e contrário à paz desejada para Timor – cumprindo a linha comportamental que a igreja timorense tem vindo a seguir nestes últimos anos.

A Lusa, depois, muito depois, dá sinais de querer repor a verdade, tendo para isso contactado o bispo de Baucau, Basílio do Nascimento, mas ela própria deverá saber que essa poderá não ser a fonte da verdade e alertar-nos para o facto. É mais fácil um ladrão dizer que roubou do que esta Igreja de Timor dizer que mente e imiscui-se perigosamente na política partidária.

Contactado pela Lusa, o Bispo de Baucau, Basílio do Nascimento, declarou que "ainda não sabe o que se passou" no fim-de-semana passado nos Salesianos de Baguia, salientando que “há informações desencontradas sobre o que se passou”, acrescentando que “ainda ando à procura de informações e as pessoas com quem falei falam-me de coisas diferentes. Um, disse-me que houve uma violação e outros ainda não confirmaram nada…”

Sintomático não deixa ser o facto de o bispo acrescentar ao interlocutor da Lusa que lhe telefonou de Lisboa que “nem consigo apanhar o padre”, Basílio Ximenes.

Sobre a violência declarou que não entende os motivos e que as casas queimadas “também não as vi”.

Em suma, este bispo vive noutro mundo e de nada sabe sobre o que o rodeia.

Quem quiser acreditar nas palavras do bispo que o faça, mas o que parece evidente é que estamos perante um aldrabão-mor que se enleia em cumplicidades com um padre exageradamente aldrabão que nos fala de horrores cometidos por uma centenas de jovens desvairados, furibundos, talvez potenciais assassinos e violadores das inúmeras alunas de um colégio que ele dirige.

O que correu mundo foram notícias narrativas do testemunho de algo inadmissível, terrifico, praticado por 100 indivíduos contra alunas padre e freiras indefesas. Os desumanos intervenientes eram da Fretilin e a onda de repúdio funcionou conforme o desejo dos elementos da igreja timorense, que de modo bárbaro mentiu a coberto de todos os sagrados paramentos com que se embeleza para baptizar as criancinhas com a sua voz maviosa, produzida por cordas vocais diabólicas.

Disto, diz o Bispo de Baucau que nada sabe, nem do grande aldrabão-padre Basílio Ximenes, como se o que disseram ter ocorrido não tivesse sido caso grave para que ele se desloca-se uns poucos quilómetros a Baguia, ao colégio das jovens violentadas, a inteirar-se dos danos físicos, morais e materiais provocados pelos vândalos, ouvir o responsável pelo colégio, etc.

Por que será que não dá para acreditar neste bispo nem sequer uma pitadinha?

Em que incorrecção incorrerão prosas opinativas deste teor ou afirmações verbais dos que se insurgem com os vergonhosos comportamentos de muitos dos elementos do clero timorense que passam a sua “santa” vida a exagerar, a mentir, a incendiar a sociedade timorense? Que crédito merecem bispos que pactuam com atitudes destas?

Já lembrou o Bispo de Díli, Ricardo, a quem o quis ler, que estava à espera que o Estado timorense abrisse os cordões à bolsa e recompensasse a Igreja, como prometeu Ramos Horta na sua campanha eleitoral para a Presidência da República.

Sem vergonha, o bispo apresenta a factura do apoio que tem vindo a dar a Xanana e a Horta, não o fazendo pelos fiéis mas sim em demonstração da gula materialista dos cifrões, das benesses, dos petrodólares, da ignomínia.

Timor-Leste, actualmente, tem uma igreja vergonhosa que urge remodelar e reconduzir aos caminhos da credibilidade e da prática do bem… pelo bem, redimindo-se dos seus graves pecados.

TRANSIÇÕES

Diário de Notícias, 17/08/07
António Vitorino
jurista

A luta pelo poder e o seu exercício transformam o comportamento dos agentes políticos. Essa alteração dos padrões de comportamento faz-se sentir de forma muito especial nos processos de transição política, designadamente quando do acesso à independência ou de uma mudança de regime político.

Os períodos de transição deixam, por via de regra, uma marca muito forte na matriz do sistema político em gestação. Mas reconheçamos que o específico ambiente de uma transição não produz mecanicamente resultados que se possam ter por predeterminados.

Recordemos o caso das transições ibéricas nos anos 70.

A queda da ditadura em Portugal verificou-se num ambiente revolucionário que quase colocou o país à beira de uma guerra civil. A estabilização democrática passou por quase década e meia de ajustamento do texto constitucional, seguindo um processo de progressivas aproximações.

Por contraste, a transição espanhola foi levada a cabo de forma contratualizada (a chamada "rotura pactuada"), sob a égide da instituição monárquica, que havia sido reinstaurada pelo próprio franquismo, e acabou por se traduzir num texto constitucional que acabaria por permanecer imutável até hoje.

Ora, o que é curioso é que a conturbada transição portuguesa, assente num texto constitucional colocado ele próprio no centro do combate político, viria a gerar um regime político onde os padrões do combate político são bem menos crispados e acintosos do que os que vigoram no combate político em Espanha, onde a transição foi muito mais controlada e mais consensual, desde os seus primórdios, quanto à definição das próprias regras do jogo.

Em larga medida estas diferenças resultam do papel que as lideranças desempenharam nos respectivos processos de transição e das preocupações que os nortearam. Pode-se dizer que em Portugal imperou uma preocupação de edificação de um sistema político que privilegiasse a concertação e a partilha do poder, sem partidos hegemónicos ou mesmo dominantes.

Enquanto que em Espanha a lógica dominante foi a de fomentar o contraponto entre alternativas de poder ideologicamente orientadas, matizadas apenas pela realidade das Comunidades Autónomas de base regional.

Esta reflexão vem a propósito dos acontecimentos recentes em Timor-Leste.

Os portugueses que, na sua esmagadora maioria, apoiaram ao longo dos anos a autodeterminação e independência de Timor-Leste habituaram-se, no seu imaginário da Resistência contra a ocupação indonésia, tanto na luta armada como na acção político-diplomática, a colocar do mesmo lado da barricada todos aqueles que hoje se confrontam em Timor-Leste na praça pública numa luta sem quartel pelo poder.

A instabilidade assim gerada causa perplexidade e projecta sérias dúvidas sobre a viabilidade, a prazo, da estabilização do sistema democrático em Timor-Leste. Desde logo porque se afigura que as eleições presidenciais e legislativas, convocadas precisamente para ultrapassar a crise política e institucional que se manifestou tão dramaticamente no início do ano passado, afinal não produziram a mudança de ambiente político que se desejava e esperava.

Cabe, pois, às lideranças timorenses, tanto às políticas como às da sociedade civil, compreenderem e assumirem, neste momento grave da vida de Timor-Leste, o papel que lhes cabe desempenhar na definição da matriz futura do sistema político do seu país.

Sem esse contributo de bom senso e de moderação a crise política persistirá e a transição para uma independência plena e democrática poderá continuar incompleta. Por quanto tempo mais?

A solução dos problemas do país requer estabilidade política

Presidência da República
16.08.2007

O resultado da eleição legislativa de 30 de Junho revelou uma profunda dispersão do voto dos timorenses sem que nenhum partido tenha obtido uma representação parlamentar suficiente para poder governar sozinho.

A Constituição dá ao Presidente da República competência exclusiva para nomear e empossar o Primeiro-Ministro indigitado pelo partido ou aliança dos partidos com maioria parlamentar, ouvidos os partidos políticos representados no Parlamento Nacional.

Ainda de acordo com a Constituição, o Presidente da República nomeia o Governo mas este só governa se os deputados aprovarem o respectivo programa apresentado no Parlamento Nacional.

Isto significa que, para formarem governo, os partidos devem revelar capacidade de diálogo e negociação para assegurar uma maioria suficiente que os apoie no Parlamento Nacional, garantido a estabilidade governativa.

O Presidente da República ouviu os partidos políticos e, durante semanas, tudo fez para promover o diálogo entre os partidos e encontrar uma solução de governo mais alargada possível, em que o maior número de timorenses se sentisse representado.

Esse esforço de diálogo mostrou que não é possível, neste momento, ultrapassar animosidades acumuladas ao longo de anos, em especial após a independência, para formar um governo de inclusão que reúna todos os grandes partidos.

Nestas circunstâncias, o Presidente da República teve de considerar outras alternativas políticas capazes de conseguirem uma maioria parlamentar suficiente para assegurar a estabilidade governativa.

A FRETILIN, o partido mais votado, elegeu 21 deputados. Uma aliança entretanto formada por quatro partidos reúne 37 deputados, isto é, a maioria dos deputados eleitos.

A eleição do presidente do Parlamento Nacional mostrou que o candidato comum da aliança de quatro partidos conseguiu uma confortável maioria de 41 votos, sendo eleito contra o candidato da FRETILIN e constituindo um teste sobre a real capacidade dos partidos reunirem maioria parlamentar.

Em face da auscultação do sentimento dos partidos e do impasse na negociações entre aqueles, o Presidente da República entendeu que não seria prudente, no interesse do país e da estabilidade governativa, decidir contrariamente ao sentimento geral dentro do Parlamento Nacional.

O Presidente da República decidiu em consciência pela solução que melhor assegura a estabilidade da acção do governo e que mais condições reúne para se concentrar finalmente na solução urgente dos problemas do desenvolvimento do país e da luta contra a pobreza.

Governo e oposição fazem igualmente parte da vida democrática e é importante para a nossa democracia contar com um partido forte na oposição. Isso, aliás, foi reconhecido por vários responsáveis políticos durante a campanha eleitoral.

O Presidente da República reconhece o direito de qualquer partido a discordar das suas decisões. Isso é normal em democracia e os partidos podem utilizar os mecanismos constitucionais e judiciais aplicáveis para tentarem fazer valer os seus pontos de vista.

Os representantes escolhidos pelo povo nas eleições legislativas têm o dever constitucional de assumirem as suas responsabilidades no Parlamento Nacional e de ali defenderem as suas posições políticas, quaisquer que elas sejam.

Na sua enorme sabedoria, o povo saberá julgar, nos próximos actos eleitorais, as posições que estão a ser assumidas por todos. Até lá, todos os timorenses tem o dever de contribuir, à medida das suas diferentes responsabilidades, para a estabilidade das instituições e para a solução dos problemas que Timor-Leste tem pela frente.

Díli, 16 de Agosto de 2007.

- FIM-

Dos Leitores

Margarida deixou um novo comentário na sua mensagem "Press Release from the Global Leadership Fund abou...":

Como nunca tinha ouvido falar desta Global Leadership Foundation - particularmente no ano passado quando teria tido pertinência o seu conselho de os descontentes recorrerem aos tribunais para resolver desacordos – dei-me ao cuidado de ir ao google para saber quem era a tal de GLF. Claro que não fiquei nada espantada quando descobri que é uma ONG – mais uma! - sendo que esta foi fundada em 2004 pelo antigo líder da África do Sul da era do Apartheid F.W. D Klerk!

E que inclui uns tantos antigos políticos (e vários antigos presidentes e Primeiros-Ministros), mas que prefere manter os seus membros e projectos secretos e que opera a partir de um pequeno escritório em Londres. Esta ONG foi – como convém! -, registada em Berna, na Suiça, em Março de 2004 e além do escritório em Londres tem outro nos USA.

Dei-me depois ao trabalho de saber quem eram os subscritores deste apelo. Curiosamente o primeiro foi durante 18 anos Presidente do Botswana e foi substituído na presidência pelo vice-presidente do seu partido! Ah...e é também membro do Clube de Madrid.

O segundo além de ter sido PM na NZ, foi Director-Geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), é membro da Trilateral e foi membro da Comissão de Desenvolvimento da Austrália e professor em várias Universidades Australianas.

O último, o que é Sir, foi um voluntário do VSO na Bolivia em 1963/4 e foi Embaixador do Reino Unido na Argentina (2000-2004). E que a VSO (Voluntary Service Overseas) foi fundada em 1958 com o apoio da Inter Church Aid (agora Christian Aid) no Reino Unido.

Resta dizer que o fundador e actual Director da Global Leadership Foundation, o F.W. de Klerk é também Laureado do Prémio Nobel da Paz.

Curiosas coincidências, não é verdade?

UNMIT Daily Media Review - Wednesday, 15 August 2007

UNMIT National Media Reports:
TP - Timor Post; DN - Diario Nacional; STL - Suara Timor Lorosae; RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste

Aniceto Guterres: “Fretilin believes in non-violence”
The Chief member of national parliament from the Fretilin party, Aniceto Guterres Lopes said that Fretilin has never encouraged its followers to act violently, as the party functioned under the principles of non-violence to liberate the people.
He said that Fretilin recognizes the current situation in the country, but explained that it never called for violence.
“Other NP members from Fretilin have gone to the rural areas to explain why Fretilin could not form the new government,” said Mr. Aniceto on Monday (13/8) at the national parliament. (DN)

UNPol, PNTL and ISF arrested 34 suspects over last week’s violence
The UNMIT Spokesperson, Ms. Allison Cooper on Monday (13/8) said that the United Nations Police (UNPol) and the National Police of Timor-Leste (PNTL) have arrested 34 people in relation to the attack in Baucau and Viqueque districts on Friday.
Ms. Cooper added that the security situation last week was tense, however so far it has been calm. She said that ISF, UNPol, PNTL and F-FDTL have increased their forces to conduct a joint-operation in Baucau and Viqueque. (DN)

Government provides humanitarian assistance to affected population
The Coordinator for Emergency Affairs, Mr. José Asa informed that the council of ministries held a meeting last Saturday (11/8) and decided to provide humanitarian emergency assistance to the affected population in Baucau and Viqueque districts following the recent incidents and conflicts.
Speaking to journalists on Monday (13/8), Mr. Asa said that on Sunday (12/8) they distributed food and other supplies via two helicopters - one to Uato-Carbau and one to Viqueque village. (DN)

President concerned over the Fretilin’s allegations
In a press statement issued by the Presidential office on Monday (13/8), President José Ramos-Horta denied Fretilin’s allegations that officers involved in anti-government demonstrations would be discharged.
A press release issued by Fretilin’s on 12/8/07 [attributed to Mr. Arsenio Bano and the members of National Political Commission of Fretilin] stated that the “President has sacked officers that took part in the demonstrations against the government. He has no right to control what the officers choose to do when they are off-duty.”
President José Ramos-Horta said that he has no intentions to threaten or discharge the officers. (TP and DN)

Fretilin objects to F-FDTL presence in Eastern region
The NP representative from Fretilin, Mr. Osorio Florindo reportedly said that the state’s decision to deploy F-FDTL to the eastern region is an unfair decision, in favour of the Alliance-led government. “Fretilin does not accept F-FDTL’s presence as it is considered a political maneuver from an unconstitutional government,” said Mr. Florindo on Monday (13/8).
He called on the F-FDTL not to be involved with the Alliance as it would only harm their reputation. (TP)

Fretilin to be involved in investigation process
The leaders of Fretilin have called on the police, especially UNPol, to include them [Fretilin] in the investigations surrounding the violence that broke out in the eastern part of the country.
Speaking to journalists after meeting with President José Ramos-Horta on Monday (13/8) in Dili, Fretilin’s Secretary-General Mari Alkatiri said that Fretilin questioned the involvement of their supporters in the incidents. He said that other people could have used Fretilin’s name to harm its reputation. “We have asked the police to include Fretilin in the investigations in order to get some clarity. Fretilin supporters are disciplined; if their leaders say not to do it, they would not do it,” said Mr. Alkatiri. (TP and DN)

PR asks Fretilin to bring problems to the court
President José Ramos-Horta on Monday (13/8) asked Fretilin leaders to bring their objections to his decision [to appoint the Alliance to form the new government] before the court. (TP)

Tilman: President responsible for the incidents in Baucau and Viqueque
Speaking to journalists on Monday (13/8) at the national parliament, the President of the Democratic Alliance (AD-KOTA/PPT), Manuel Tilman said the violence that broke out in the Eastern part of the country was politically motivated.
The incidents in Baucau and Viqueque Districts over last week were politically motivated and caused by President José Ramos-Horta’s decision on the new government formation. (TP)

A farsa política apodera-se de Timor Lorosae

Informação Alternativa - Quarta-Feira, 15 de Agosto de 2007

Texto de Txente Rekondo publicado em Rebelion a 13 de Agosto de 2007. Traduzido por Alexandre Leite

A sucessão de manobras na cena política timorense, que se iniciou há mais de um ano, parece que está a chegar ao fim. Estes movimentos que encadeados formaram a pauta a seguir nesta espécie de guião golpista, foram coroados de êxito com a nomeação de Xanana Gusmão como primeiro-ministro, responsabilidade do actual presidente do país, Ramos-Horta, resultando que as figuras de ambos os personagens, tão louvados pelos gabinetes ocidentais, se submeteram a uma troca de ‘cromos’, ou de cargos.

Todas as tentativas para isolar a Fretilin no cenário político vieram por água abaixo, como se confirmou depois da vitória dessa formação revolucionária nas recentes eleições parlamentares. Por isso a nova manobra de Ramos-Horta, negando ao partido mais votado a oportunidade de formar governo, e entregando este a uma invenção de última hora de Xanana Gusmão, na forma de aliança pós-eleitoral (Aliança de Maioria Parlamentar – AMP) sobre a qual a população timorense não teve oportunidade de se pronunciar, procura garantir esse caminho iniciado no ano passado.

É mais do que evidente que apesar da campanha contra a Fretilin orquestrada por Horta e Xanana, com a colaboração de outras formações políticas historicamente enfrentadas pelo partido maioritário timorense e com o impulso mediático oferecido pelos meios de comunicação estrangeiros, e agentes como os EUA ou a Austrália, e tudo isto bem benzido pela hierarquia da Igreja Católica local, o partido revolucionário foi o mais votado nas recentes eleições de Timor Lorosae.

Para além de que o verdadeiro derrotado foi Xanana Gusmão, que apesar de contar com todos estes apoios não foi capaz de superar a Fretilin nas urnas, e ainda contava com o apoio de membros deste mesmo partido que se tinham desligado da estratégia deste. E Ramos-Horta também não fica bem visto, a quem alguns começam a definir como "o mentiroso", pois apesar de anunciar a formação de um governo de "Unidade Nacional" multipartidário antes das eleições (talvez temendo um triunfo arrasador da Fretilin), depois delas não duvidou em entregar o governo a Xanana, deixando de fora a força mais votada.

O governo da AMP não vai ser fácil. Por um lado está a formação da aliança, com partidos no seu seio dirigidos por "figuras políticas" cujo passado está directamente ligado à ocupação indonésia, e por outro lado estão as diferenças, as lutas internas e as tensões já existentes e que irão aumentar com o passar dos dias. Este grupo de partidos não duvidou em hipotecar o futuro e a estabilidade do país com o afastamento do poder da Fretilin e repartindo-o entre eles. Neste contexto é de destacar o papel que pode adquirir Xanana Gusmão, que decidiu ocupar os cargos mais importantes do executivo (Defesa e Segurança, para além de Recursos Naturais e Primeiro-Ministro), deixando bem claro qual é o interesse que está por trás de toda esta operação política que alguns não duvidaram em qualificar como um "golpe de estado constitucional".

Também ainda ecoam os aplausos que desde Washington e Sydney agraciaram estes acontecimentos, com a maior parte da comunidade internacional a apoiar as manobras, em busca dos seus próprios benefícios, daí que não tenham duvidado em potenciar a divisão do país e colocar em perigo a sua estabilidade. A pressão da Austrália foi mais do que manifesta, procurando declarar Timor Lorosae como um "estado falido" sobre o qual se poderia actuar impunemente. Por outro lado convém denunciar os dois pesos e duas medidas que à volta de processos eleitorais mantém a mesma comunidade, que faz pressão para que o vencedor dos comícios aceite ceder passagem à oposição, enquanto que noutros casos (Palestina é o mais recente) promove manobras e golpes para que os derrotados fiquem com o poder.

Perante esta situação, a Fretilin voltou a mostrar o seu compromisso com o povo timorense, denunciando a divisão artificial à qual se pretende conduzir o país, e mostrando a sua disponibilidade para realizar tudo o que estiver ao seu alcance para garantir e contribuir para “a estabilidade interna e a segurança regional”. Por isso procurou a formação de um governo de Unidade Nacional, com ampla participação no mesmo, e chegou mesmo a propor que o primeiro-ministro fosse uma figura independente.

O que esta formação política não pode aceitar é que, depois de vencer as eleições, lhe seja negado o direito a formar governo ou a tomar parte no mesmo. Apesar de tudo, a Fretilin fez um apelo à manutenção da serenidade e da calma. “Apelamos ao povo que permaneça em calma, de forma a garantirmos a estabilidade e podermos desenvolver o país que todos amamos e pelo qual tantos e tantos deram a sua vida e se sacrificaram”.

A manobra de Xanana e Ramos-Horta entregou o país aos interesses petrolíferos estrangeiros e a personagens políticos sedentos de poder que procuram destruir todos os avanços e conquistas que a Fretilin conseguiu nos anos do seu mandato. O resultado é que os grupos económicos e alguns estados estrangeiros continuarão a utilizar marionetas políticas locais para ficarem com as riquezas de Timor Lorosae.

E enquanto estes políticos rancorosos e colaboracionistas continuam a repartir o bolo, os desafios económicos e sociais que deveriam afrontar, ficam esquecidos e relegados. Assim, a segurança continuará a piorar, com a capital, Dili, à cabeça, onde os grupos mafiosos estão a aumentar e se gera um maior índice de violência a cada dia que passa. E o desemprego e a pobreza, mais de metade da população está desempregada e cerca de "40% da mesma ganha menos de 50 cêntimos de dólar por dia", continuarão a marcar o futuro do povo timorense.

Se o povo de Timor Lorosae não conseguir evitar, o futuro do país não é nada promissor, e o seu sistema político pode estar próximo de ser uma espécie de petro-democracia nas mãos de políticos corruptos e com o beneplácito dos agentes estrangeiros. Os primeiros frutos desta política estamos a vivê-los nestes meses, a divisão do jovem estado que se manteve unido e firme na sua luta pela independência, e que depois de a conseguir pôde ver como os seus sacrifícios são atirados borda fora por esse bando de oportunistas.

Começar a construir a casa pelo telhado?!...

Do Alto do Tatamailau – 16 Agosto 2007

Ainda sobre a questão da criação de um regime de comércio livre em Timor Leste, porque é que fico com a impressão de que se está a querer começar a construir a casa pelo telhado? Afinal e genericamente falando, a taxa de protecção aduaneira do país não me parece assim tão exagerada como isso embora possa, naturalmente, ser um pouco mais reduzida.

De qualquer forma, será que ela é um determinante tão decisivo quanto isso para o desenvolvimento do país? Será que não há coisas bem mais importantes e que VEXAS têm "torpedeado" a torto e a direito?

Por exemplo a existência de um sistema jurídico e de um aparelho judicial em que os agentes económicos tenham confiança e que seja célere no julgamento das causas. Os atropelos a que muitos dos actuais protagonistas têm submetido o sistema não são bons sinais, não. E a excessiva demora na resolução de problemas de natureza cível também não. A pressão a que o sistema judicial tem estado sujeito para resolver questões de natureza criminal que envolvem a prisão de pessoas tem relegado para segunda prioridade os casos de natureza cível, normalmente os mais importantes para as empresas. Há casos que andam em bolandas há cerca de cinco anos! E são casos "de cá-cá-rá-cá"!

E o que dizer de todo um ambiente de paz social, que é coisa que não se vê no país há tanto e tanto tempo?

E a existência de boas infraestruturas para facilitar a circulação de pessoas e bens?

Os políticos de topo falam também na criação de uma instituição para facilitar o investimento estrangeiro e de maiores facilidades, em geral, para este. O "probrema" é que tudo isto existe... No papel! A questão é que não passou disso porque VEXAS resolveram andar à cacetada uns com os outros, "meus"!... Razão tinha o ministro encarregue do sector quando dizia que um investidor estrangeiro só investiria no país se fosse maluco!... Seria mais um no manicómio!

Comércio livre?!... Modernices?!...

Blog Do Alto do Tatamailau – 15 Agosto 2007

Retomando uma ideia lançada pela primeira vez pelo ex-PM e actual PR RH - sabem traduzir, não sabem? - o actual PM, XG - o ex futuro cultivador de abóboras -, voltou a pegar na ideia de transformar Timor Leste num país de comércio livre. Espero bem que saiba do que está a falar.

É que não é exactamente a mesma coisa que plantar abóboras.

Onde estão os estudos sobre o assunto aplicados a Timor Leste? Como é que esta ideia se compatibiliza com a posterior adesão à AFTA (ASEAN Free Trade Association) e à existência de livre comércio entre os seus membros mas com uma pauta aduaneira comum para os negócios com os países fora da área?

Para os menos familiarizados com o conceito vejam, a um nível acessível à maior parte,
http://en.wikipedia.org/wiki/Free_trade e também
http://en.wikipedia.org/wiki/Free_trade_debate.

A sugestão de leitura destes links não significa concordância com tudo o que lá se diz. Mas é um bom ponto de partida para os que "estão por fora" do assunto.

Naturalmente que há que pensar no assunto teoricamente - é, no essencial, isso que é feito nos referidos links - mas também empiricamente, aplicado a Timor Leste.

Do que se leu sobre o assunto nas declarações dos dois políticos referidos, parece que se está à espera que o fim das tarifas alfandegárias traga essencialmente duas coisas: redução dos preços dos produtos para os consumidores e criação de condições para um desenvolvimento (industrial?) que utilize bens importados (agora um pouco mais baratos), os transforme e volte a exportar. Por outro lado e porque as receitas alfandegárias são, apesar de serem das mais importantes receitas fiscais, relativamente reduzidas quando comparadas com as receitas do Fundo petrolífero, entende-se que se pode prescindir delas sem que advenha daí grande mal ao mundo. Ora, isto significa que o Estado (o seu orçamento) ficará ainda mais dependente das receitas petrolíferas. Será bom? Huuuummmmmm!...

Quanto a este aspecto, confesso que não simpatizo com a ideia subjacente a esta: a de que "agora que somos ricos", "não se paga, não se paga". Isto é: os recursos a utilizar no desenvolvimento do país e a serem aplicadas pelo Estado não se ficarão a dever aos timorenses e ao seu trabalho mas sim aos desígnios do Bom Deus, que semeou uns quantos poços de petróleo no Mar de Timor. Quando é que os timorenses começam a pagar o seu futuro (além do seu presente)? Além disso, a existência de tarifas alfandegárias pode ser um importante instrumento de política económica se quisermos incentivar mais determinadas actividades do que outras. Foi isso que fizeram os países hoje mais dinâmicos e desenvolvidos da Ásia Oriental.

Nenhum deles optou pelo comércio totalmente livre... Porque terá sido?!... Por burrice?!...

Mas há mais. Ao liberalizar totalmente as importações estão a escancarar-se as portas a todo o tipo de importações, deixando quase sem qualquer defesa/protecção as empresas que se queiram instalar no país para aí produzirem até as coisas mais simples. A sua vantagem comparativa, mesmo para a produção para o mercado interno, tenderá a ser, cada vez mais, a capacidade concorrencial que resultará essencialmente da sua produtividade e da dos seus trabalhadores. Ora, nas circunstâncias actuais dificilmente qualquer indústria será viável em Timor Leste sem algum tipo de protecção. Para quê produzir internamente o que se poderá comprar na Indonésia muito mais barato? O país não tem escala de produção que a proteja da concorrência do "monstro" ("sorry!...") que tem ao lado...

Há, evidentemente, algumas diferenças em relação ao período em que Timor era Timor Timur e era simplesmente a 27ª província da Indonésia mas a verdade é que nessa época também se verificava uma certa forma de "comércio livre" - com as restantes províncias do país. E qual foi o resultado? Assistiu-se a uma industrialização e a um forte desenvolvimento? Porque terá sido?

Enfim, a ideia do comércio livre tem de ser muito bem explicadinha... Por favor, não embarquem nela só por ser uma "modernice"!... Será mesmo? E corresponderá, de facto, aos interesses profundos e a mais longo prazo do desenvolvimento de Timor Leste.

Não digo que não mas têm de fazer as continhas todas na ponta do lápis para eu perceber se vale a pena ou não... E, principalmente, para os timorenses saberem se estão ou não a comprar gato por lebre...

Quando a esmola é grande o pobre desconfia!

No decorrer da crise, houve quem utilizasse o “Colimau 2000” com interesses políticos

Jornal Nacional Semanário - 12 de Agosto de 2007

O Secretário-Geral do Partido Democrático da República de Timor (PDRT), Osório Mau Leki, declara que em Abril de 2006 o grupo “Colimau 2000” participou na demonstração com os peticionários para derrubar o Governo Constitucional liderado pelo Dr. Mari Alkatiri, salientando que o seu grupo foi utilizado por líderes para seus interesses políticos.

Osório Mau Leki referiu-se a esta questão no encontro alargado do Comité Central da FRETILIN , em Delta Nova - Comoro, Díli, domingo (5/8).

«Desejo afirmar que ao longo da crise o grupo “Colimau 2000” foi utilizado como cortina para destruir as bases da FRETILIN, o que neste momento está claro. O processo passou e aprendemos com este ele, portanto para o futuro temos uma posição clara», destacou Osório Mau Leki.

O responsável defendeu que a FRETILIN tem legitimidade, segundo a Constituição, para formar Governo. Segundo ele, se o Presidente da República entregar a formação do Governo à AMP, Timor-Leste enfrentará novamente uma grande crise constitucional que provocará um maior impacto, comparando com a crise política-militar que aconteceu no país.

O líder do “Colimau 2000” pede ao Presidente da República para entregar a formação do IV Governo Constitucional à FRETILIN, caso contrário, quando surgirem consequências negativas causadas por uma decisão diferente, não poderá atribuir a culpa aos outros e considerar-se como “Anjo Salvador”.

O grupo “Colimau 2000” tem a sua raiz na FRETILIN e conhece agora a estratégia política dos adversários deste partido, que costumam utilizar os próprios elementos da FRETILIN para destruir a FRETILIN. Portanto, aquele grupo não cairá novamente em manipulações políticas, como sucedeu em 2006, tendo sido derrubado o Governo da FRETILIN.

Segundo Osório, isso foi “política suja” dos que hoje em dia gritam pela justiça e pela democracia e, no fim, consideram-se como salvadores da nação.

A organização “Colimau 2000” tem consciência de que, afinal, não é a justiça e a verdade que esses exigem mas pelo contrário “a cadeira”, incitando membros da FRETILIN contra a FRETILIN, membros da F-FDTL, e ex-Clandestinos:

«Incitaram-nos. Não ficando satisfeitos, incitaram as F-FDTL e os grupos de artes marciais, só com a intenção de raptar o poder à FRETILIN e depois aparecerem como “anjo salvador”, enquanto a FRETILIN continua a ser desgastada», lamentou Osório Mau Leki. Falam de democracia, de justiça, mas por detrás de tudo têm ambições para raptar posições ou cadeiras através de meios não democráticos. Neste momento tudo está claro. Ao longo dessa crise, a FRETILIN foi vítima, a ex-Clandestina foi vítima, as Forças Armadas foram vítimas, de interesses políticos de alguns líderes», declara Osório Mau Leki.

Sublinha ainda que apesar de o PDRT não ter ganho a eleição e de não se envolver na LDP, pretende solicitar ao Presidente da República que a formação do Governo para o período 2007-2012 se deve basear no respeito pelos valores democráticos, entregando o poder ao partido mais votado, apesar de ganhar apenas com um voto.

Osório Mau Leki pede ao Presidente da República e aos líderes partidários o respeito pela Constituição em vigor neste país, porque a Constituição diz claramente que o partido mais votado é que deve formar Governo e indigitar o Primeiro-Ministro. Alianças ou coligações após a eleição são para o Parlamento e não para formar Governo.

Acrescentou ainda que a interpretação da Lei é clara mas os líderes políticos tentam inventar coisas porque desejam incitar o povo para cair novamente na violência.

Após a entrega do Governo à AMP, Díli, Baucau e Viqueque em desordem

Jornal Nacional Semanário - 12 de Agosto de 2007

Após o Presidente da República, José Ramos Horta, anunciar oficialmente a entrega do Governo à Aliança Maioria Parlamentar (AMP), houve reacções dos militantes da FRETILIN, que criaram desordem na capital Díli, resultando o incêndio do edifício da Alfândega em Colmera, na segunda-feira (6/8), pelas 19h30, causado por gente desconhecida, desconhecendo-se igualmente o seu motivo exacto.

Segundo uma fonte que não deseja citar a sua identidade, em declarações ao Jornal Nacional Diário , o edifício foi incendiado porque a polícia bloqueou a estrada principal em frente do Jardim e pessoas não ficaram satisfeitas com a decisão do Presidente da República, Ramos Horta, de entregar o Governo à AMP.

«O edifício foi incendiado porque a polícia bloqueou a estrada aqui à frente», afirmou a fonte sem citar o nome do autor do incêndio.

Após o incêndio ter sido ateado, a polícia chegou ao local com os bombeiros, para combaterem o fogo que destruiu o edifício.

No Jardim, foram afixados cartazes com as inscrições: “Xanana Um Revolucionário Mas Com o Cérebro de John Howard e George W. Bush”; “O Objectivo da AMP é Salvar os Autonomistas, Esmagar o Povo Maubere, Alcançar a Política de Nação Capitalista, Dar Liberdade aos Autores da Crise e a AMP Não Tem Programa Para a Governação”.

Devido a estes acontecimentos, a GNR com carros blindados efectuou uma forte segurança no Jardim e perseguiu todos aqueles que circulavam nessa zona.

Os jornalistas chegaram ao local para fazer a cobertura do acontecimento mas os refugiados insultaram-nos, impedindo os jornalistas timorenses de entrarem no local, enquanto os jornalistas internacionais circulavam livres, fazendo a cobertura.

No mesmo local, os jornalistas timorenses foram apedrejados, tendo sido atingidos os jornalistas Caetano Costa ( Jornal Nacional Diário ) e Nélio Isac (TVTL).

Por causa deste acontecimento, alguns jornalistas do Jornal Nacional Diário , Timor Post , STL e TVTL decidiram abandonar o local dos incidentes.

Além dos acontecimentos no Jardim, no bairro de “Bidau Toko Baru” grupos de jovens incendiaram pneus nas ruas e apedrejaram as viaturas do Governo que atravessavam a área. Os mesmos incidentes surgiram no bairro de Quintal Boot, no ex-Sional, no campo de deslocados de Comoro e no Mercado de Comoro.

Esta desordem causou a paragem total da circulação dos transportes terrestres por todos terem medo.

De Baucau, o Comandante da PNTL Pedro Belo informou que os militantes e simpatizantes da FRETILIN desceram à rua grintando “Se o Presidente Ramos Horta exterminar a democracia em Timor-Leste, haverá crimes”.

«Em todos os subdistritos de Baucau as pessoas desceram às ruas e criaram desordem, tendo destruído o edifício do CNRT em Baucau, sem resultarem vítimas mortais», relatou Pedro.
Por outro lado, o Adjunto Comandante-Geral da PNTL, Mateus Fernandes, informou que os estudantes apoiantes da FRETILIN no distrito de Viqueque realizaram uma acção pacífica, exigindo ao Presidente da República, José Ramos Horta, que tome uma decisão relativa à formação do novo Governo segundo a Lei e a Constituição que vigoram em Timor-Leste.
Esta acção decorreu pacíficamente ao longo de duas horas numa situação normal sem violência porque teve a segurança da PNTL e da UNPOL no referido distrito.

Segundo um horário estabelecido, estas massas concentrar-se-ão em cada distrito para realizarem uma acção na capital Díli.

Lasama não pretende dizer que a FRETILIN abandona o Parlamento

Jornal Nacional Semanário - 12 de Agosto de 2007

O Presidente do Parlamento Nacional, Fernando “Lasama” de Araújo, afirma que por sua parte não utiliza a palavra ou o termo “abandonar” para os deputados da primeira bancada mais votada, aliás, FRETILIN e da Aliança Democrática (AD) que não marcaram presença na sessão plenária ao longo de três dias, quinta-feira e sexta-feira da semana passada e ontem, segunda-feira. Prefere dizer que os deputados faltaram à plenária.

Fernando “Lasama” de Araújo comentou este assunto, em declarações aos jornalistas no Parlamento Nacional após ter presidido à sessão plenária, segunda-feira (6/8), para responder a preocupações de alguns partidos que mencionaram a ausência dos deputados das duas bancadas citadas.

O Presidente do PN e do Partido Democrático adiantou que não utilizaria a palavra “abandonar” para se referir à acção das bancadas FRETILIN e AD, porque por sua parte não recebeu nenhuma carta formal de todas bancadas que justifique que os deputados dessas bancadas abandonaram os serviços.

«Ainda não recebi uma carta oficial para justificar por que é que não entraram no Parlamento Nacional. Os meios de comunicação social anunciaram mas eu não quero utilizar essa palavra», salientou.

Lasama informa ainda que como Presidente do PN contactará os deputados da FRETILIN e da AD através dos seus Chefes de Bancada para que os mesmos possam regressar ao PN e cumpram o seu dever e responsabilidade.

Parlamento Nacional lamenta tratamento de saúde de Rogério Lobato na Malásia

Jornal Nacional Semanário - 12 de Agosto de 2007

Membro do Parlamento Nacional (PN) pela bancada do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), Cecílio Caminha afirma que o Parlamento Nacional lamenta a decisão tomada pelo actual Governo em relação a Rogério Lobato – que se deslocou de Timor-Leste para fazer tratamentos de saúde na Malásia, no dia 3 de Agosto –, porque o seu caso não foi um caso simples, tendo sido bem pesado.

Cecílio Caminha exprimiu este lamento ao Jornal Nacional Diário, no Parlamento Nacional, segunda-feira (6/8), quando os deputados levantaram a questão à Mesa do Parlamento Nacional.

Segundo Cecílio, se isto vier a acontecer, o Parlamento Nacional lamenta bastante. Como deputados, sentem-se tristes porque um suspeito ao sair de Timor-Leste deve obter uma autorização e cumprir procedimentos legais, principalmente tendo de obter uma prova através de relatório médico.

Afirma que, antes da tomada de decisão, é necessário prestar atenção às partes legais, comprovando se a saúde de Rogério não pode ser tratada por qualquer especialista em Timor-Leste, o que evitaria o tratamento de saúde no estrangeiro.

Se o Rogério abandonou Timor-Leste para fazer tratamentos na Malásia, é uma grande surpresa e uma coisa negativa, sinal de que o Governo não funciona. Portanto, por sua parte exige ao PN um pedido de clarificação do Tribunal de Recurso, para que o Parlamento Nacional possa ter conhecimento da saída do Rogério Lobato de Timor-Leste.

«Caso isto aconteça, relaciona-se com o Terceiro Governo. Por que é que temos médicos em Timor-Leste mas tem de fazer tratamentos em outros países? E o seu relatório médico deve ser aprovado pelo juiz que monitoriza o caso e pelo Tribunal de Recurso. Mas desconhecemos a sua saída», lamenta Cecílio.

O Parlamento Nacional enviará uma carta ao Presidente do Tribunal de Recurso para pedir explicações sobre o procedimento legal e o relatório médico do prisioneiro Rogério Tiago Lobato, onde se demonstre que em Timor-Leste não há condições médicas, não há médicos especialistas para tratar da sua saúde, o que permite ao prisioneiro ser tratado fora de Timor-Leste.

Na mesma ocasião, a Chefe da Bancada Partido Unidade Nacional (PUN), Fernanda Borges, afirmou que está de acordo com o direito dos prisioneiros de fazer tratamentos médicos: «Até à data não houve nenhum prisioneiro autorizado a fazer tratamento de saúde fora do país, o povo ainda não teve essa facilidade do Governo. Por que é que o Rogério pode ter este direito? Por que é que uma pessoa que nunca cometeu algum crime não tem esse direito e ele, que foi um criminoso, o tem? Questionamos ainda se existe a garantia do Estado de que o mesmo regresse a Timor-Leste após o tratamento de saúde e se o tribunal tem decididas quais as condições que permitam ao mesmo fazer tratamentos de saúde na Malásia. Desejamos uma cópia do tribunal para explicarmos ao povo», afirmou Fernanda Borges.

Comentou ainda que não é da competência do Parlamento nem do Governo tomar decisões relativas aos prisioneiros, mas sim do tribunal. «E se o tribunal tomou a decisão, com base em que condições é que ela foi tomada, em que data será o regresso, quem é que vai pagar a conta, o Estado ou o próprio Rogério Lobato? Todos nós sabemos que se for paga pelo Estado, o ano fiscal terminou, então, donde virá o orçamento? Perguntamos qual é o passaporte que o Rogério utilizou, o passaporte diplomático, como Ministro do Interior, ou passaporte normal, como os outros cidadãos?», questiona a Chefe da Bancada PUN.

Sublinhou que se utilizar passaporte diplomático, tem algum privilégio diplomático, pelo que questiona qual é nesse caso o acordo que o Governo ou o Ministro dos Negócios Estrangeiros tem com a Malásia que permita aí fazer tratamentos.

Dois Projectos de Deliberação foram aprovados sem votos contra

Jornal Nacional Semanário - 12 de Agosto de 2007

O Parlamento Nacional (PN), segunda-feira (6/8) aprovou o Projecto de Deliberação Número 2/II/2007, sobre a Comissão Antecipada Período da Sessão Plenária, e o Projecto de Deliberação Número 3/II/2007, sobre o Estabelecimento da Comissão Permanente do Parlamento Nacional (PN). Os dois Projectos de Deliberação foram aprovados sem votos contra e sem declarações de voto, porque todos os deputados das bancadas PSD, ASDT, CNRT, PUN e PD, incluindo a bancada UNDERTIM, votaram a favor. O resultado da votação dos Projectos de Deliberação foi a sua aprovação, com 40 votos a favor, abstenção (O) e contra (O).

Após a plenária, o Vice-Presidente do Parlamento Nacional, Vicente da Silva Guterres, esclareceu que a Comissão Permanente deve ser formada para um funcionamento normal da plenária. Quando a plenária não funcionar, no caso de haver algum recesso ou qualquer interrupção, a Comissão Permanente poderá funcionar. A Comissão Permanente obedece mais ou menos à mesma percentagem da primeira legislatura (cerca de 42%). Dos 65 fazem conta cerca de 27. Destes, ao retirar três, um Presidente e dois Vice-Presidentes, restam 24 deputados, dividindo pelos partidos políticos existentes. O partido político que tenha apenas um deputado tem o direito de entrar na Comissão Permanente.

Segundo Vicente Guterres, a formação da Comissão Permanente não se baseia no regimento do Parlamento Nacional, mas na Constituição, pelo que não há confusão.

A Constituição afirma que a Comissão Permanente é constituída por representantes dos partidos políticos enquanto o Regimento do Parlamento determina os representantes de todos os partidos políticos. Como nem o Regimento do Parlamento nem a Constituição falam de alguns partidos políticos, não se devem fazer interpretações que prejudiquem os outros partidos políticos.

No mesmo local, o Presidente do PN, Fernando “Lasama” de Araújo, afirmou que a ausência da bancada FRETILIN do Parlamento Nacional não influencia as actividades deste Órgão, especialmente no estabelecimento da Comissão Permanente e da Comissão Especializada.

Apesar de as bancadas FRETILIN e AD não marcarem a sua presença, o quórum foi suficiente para realizar a sessão plenária e aprovar as duas referidas Comissões:

«Os serviços continuam a decorrer, porque, num quórum de 65 deputados, quando 33 deles marcam a sua presença, os serviços do PN funcionam», garante Lasama.

Segundo Lasama, apesar de FRETILIN e AD não marcarem a sua presença, isto não viola o Regimento do Parlamento nem a Constituição, pois o quórum mantém-se preenchido para realizar os serviços».

Feliciano Fátima: “A AMP não durará”

Jornal Nacional Semanário - 12 de Agosto de 2007

O ex-deputado da Associação Social Democrata Timorense (ASDT), Feliciano de Fátima, afirma que a Aliança Maioria Parlamentar (AMP), constituída pelo CNRT e seus aliados, não durará por longo tempo e cairá brevemente.

Feliciano Fátima falou sobre esta questão no encontro alargado do Comité Central da FRETILIN , sábado (4/8), em Delta Nova, Comoro, Díli.

Segundo Feliciano, a ambição de governar do CNRT e aliados causará a queda dessa aliança, como aconteceu com a FRETILIN em 2006:

«Acreditem que a AMP não durará por vários anos, morrerá e cairá no meio do caminho, por causa da sua ambição de poder, esperamos o que vai acontecer», afirmou Feliciano Fátima.
Na oportunidade, Feliciano pediu aos deputados da FRETILIN para não boicotarem o Parlamento, mas para aí permanecerem a fim de defenderem as aspirações dos 120 mil votantes que depositaram a sua confiança na FRETILIN.

Vingança contra a FRETILIN

Na mesma oportunidade, o porta-voz da UNDERTIM, Cristiano da Costa, afirmou que a política dos adversários políticos da FRETILIN assenta numa vingança por parte do CNRT e seus aliados, portanto Cristiano da Costa considera que a vingança da AMP é feita contra si própria:
«Considero uma vingança contra a própria aliança a política dos adversários políticos ao se vingarem da FRETILIN», afirma Cristiano.

Advertiu depois que é tempo de a FRETILIN reunificar as suas forças para caminhar juntamente, como nos tempos da resistência, enfrentando desafios lançados neste momento e no futuro pelos seus adversários políticos.

Por outro lado, como garante o Coordenador Egas da Costa, o CPD-RDTL dará um enorme apoio e lutará com a FRETILIN para enfrentar aqueles que desejam destruir este partido.

Apesar de considerar Xanana Gusmão como herói, a Egas da Costa não agrada que neste momento Xanana seja influenciado por pessoas oportunistas e anti-independentistas que desejam destruir a FRETILIN. Se isso acontecer, diz, o CPD-RDTL não aceitará e rejeitará com vigor.

Acrescentou que Xanana Gusmão não pode esquecer que, nos tempos difíceis, quando foi preso em Cipinang, as pessoas por quem ele neste momento é influenciado para destruir a FRETILIN se riam à custa dele.

Egas explicou que nos tempos difíceis, quando Xanana Gusmão anunciou um documento com 40 páginas, o mesmo documento foi lido por ele (Egas da Costa) e António Gonçalves diante dos generais indonésios, não foram as pessoas que hoje em dia Xanana suporta, portanto pede a Xanana Gusmão que analise bem antes de tomar uma decisão que no fim cause confusões.

Egas da Costa considera que a decisão do Presidente da República de entregar à AMP a formação do Governo causará uma precedência negativa para o país e será escrito na história da FRETILIN que os fundadores da FRETILIN usam a política do exterior do partido para afundarem a FRETILIN.

Mari Alkatiri: “Entregar o Governo à AMP é desvalorizar a Eleição Legislativa”

Jornal Nacional Semanário - 12 de Agosto de 2007

O Secretário-Geral da FRETILIN, Dr. Mari Alkatiri, afirma que caso o Presidente da República entregue a formação do Governo à Aliança Maioria Parlamentar (AMP) estará a desvalorizar a Eleição Legislativa, na qual a maioria do povo depositou a sua confiança na FRETILIN.

Mari Alkatiri falou sobre esta questão em conferência de imprensa, domingo, em “Delta Nova”, Comoro.

Referindo-se aos deputados da FRETILIN que deverão abandonar o Parlamento Nacional, disse que não há necessidade de confirmar com o Presidente do Parlamento, uma vez que a FRETILIN apenas dará confirmação ao seu eleitorado e militantes que nela votaram.
Além disso, os deputados dos outros partidos não precisam de ter conhecimento sobre o “boicote” da FRETILIN:

«Abandonar ou permanecer no Parlamento Nacional é nosso direito político. O Presidente do Parlamento Nacional não tem o direito de saber por que é que abandonamos o Parlamento. Devemos dar conhecimento só aos nossos eleitores e estes é que têm o direito de confirmar o caso; Apenas vamos responder ao nosso eleitorado e não ao Presidente do Parlamento Nacional nem a deputados de outros partidos», defendeu Mari Alkatiri.

O ex-Primeiro-Ministro sublinhou que a FRETILIN tem boicotado o Parlamento porque a política do CNRT e dos seus aliados contra a FRETILIN não foi justa, por terem usado meios, como em 2006, através de demonstrações e outros, para derrubar o Governo Constitucional, sem ser através de um processo democrático.

Salientou que a FRETILIN tem os olhos claramente abertos para a conspiração que o CNRT e seus aliados efectuaram para não darem oportunidade à FRETILIN de governar o país.
Se o Presidente da República entregar a formação do Governo ao CNRT e seus aliados significa que o Presidente da República não dá valor à eleição legislativa e não valoriza os votos do povo, onde a FRETILIN foi o partido mais votado.

Gareth Evans tem de pedir desculpas ao Povo de Timor-Leste

Jornal Nacional Semanário - 12 de Agosto de 2007

A sociedade civil de Timor-Leste, liderada pela Aliança para o Tribunal Internacional , promoveu na sexta-feira (3/8) uma manifestação contra o ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Gareth Evans, em frente do restaurante “Díli Beach” (Campo Alor). O objectivo foi o de exigir ao ex-governante australiano um pedido formal de desculpas ao povo de Timor-Leste, por ter assinado um acordo com o ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros indonésio, Ali Alatas, sobre as negociações do Mar de Timor, em Dezembro de 1989.

Segundo os manifestantes, Gareth Evans fez a sua primeira visita a Timor-Leste depois da restauração da independência da nação. Portanto ele deve reconhecer que contribuiu para causar o sofrimento do povo de Timor-Leste durante a ocupação indonésia ao longo de 24 anos e o que ele deveria ter feito era ter pedido desculpas ao povo antes de colocar os pés neste país:
«Digamos que a visita de Gareth Evans não é oportuna, porque Timor-Leste está a enfrentar uma situação política menos estável. Isto só demonstra que a Austrália continua a pressionar Timor-Leste, como aconteceu no passado», afirmam os manifestantes.

O comunicado explica que, olhando para o passado, quando aconteceu o massacre de Santa Cruz, Gareth Evans (na altura, Ministro dos Negócios Estrangeiros australiano) tentou declarar perante a comunidade internacional que esse massacre não era normal mas que não tinha sido uma decisão política do Estado Indonésio de então. Isso demonstra claramente que Gareth Evans contribuiu ainda para esconder a verdade e a violência que aconteceram em Timor-Leste.

Enquanto Gareth Evans esteve na oposição, adoptou algumas políticas contra a ocupação indonésia em Timor-Leste e proibiu o fornecimento de material de segurança à Indonésia; Mas, quando subiu ao poder, mudou de política e declarou que não havia violações de direitos humanos em Timor-Leste. Deste modo, o Partido Trabalhista mudou a sua posição política em relação a Timor-Leste, continuando as negociações do “Timor Gap”. E foi assim que, em Dezembro de 1989, Gareth Evans assinou o acordo do “Timor Gap” com o seu homólogo indonésio, Ali Alatas.

O tal acordo deu oportunidade à Austrália e à Indonésia para roubarem o petróleo do Mar de Timor, ao mesmo tempo que a Indonésia continuava com a ocupação ilegal de Timor-Leste, causando a morte de cerca de 250 mil habitantes.

Gareth Evans continuou a afastar-se da justiça em Timor-Leste. Num momento em que o povo desta nação enfrenta uma situação política e de segurança menos estável, vem visitar Timor-Leste como se nunca tivesse cometido algum erro contra este povo: «Portanto, mais vez exigimos que reconheça os seus erros ou as suas manobras políticas quando estava no poder e peça desculpas ao povo de Timor-Leste».

AMP domina Parlamento Nacional e Governo - A FRETILIN considera “Um Assalto ao Poder”

Jornal Nacional Semanário - 12 de Agosto de 2007

Se o Presidente da República entregar a formação do Quarto Governo ao partido CNRT e seus aliados na Aliança Maioria Parlamentar (AMP), o Presidente da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (FRETILIN), Francisco Guterres “Lú-Olo”, considera a decisão como um “assalto ao poder” porque tal decisão é inconstitucional:

«A AMP não se submeteu à votação popular no dia 30 de Junho e foi criada após a eleição parlamentar. Portanto, qualquer decisão tomada pelo Presidente da República para entregar o Governo à AMP é considerada insconstitucional e um “assalto ao poder”», afirmou o Presidente da FRETILIN aos jornalistas, numa conferência de imprensa realizada após a reunião alargada do Comité Central da FRETILIN (CCF), no Delta Nova, na semana passada.

No Parlamento Nacional, a AMP domina a Mesa Parlamentar, desde a posição de Presidente, os dois Vices, Secretária à de Vice-Secretária. Nesta circunstância, segundo Lú-Olo, o Presidente da República não deu oportunidade à FRETILIN, como o partido mais votado, para formar Governo, portanto há inconstitucionalidade.

«O Presidente da República devia ter entregado a formação do Governo ao primeiro partido mais votado. Como o entregou ao segundo partido e seus aliados, isto viola a Lei. A entrega do poder à AMP significa um “assalto ao poder” nas nossas mãos e é uma violação à Constituição. Permitimos um Presidente que está a criar uma divisão entre nós e os nossos filhos. Timor-Leste não terá nunca estabilidade. Portanto rejeitamos a decisão. Fomos o partido mais votado, promovemos um diálogo para uma solução intermédia, com um Primeiro-Ministro independente, um Vice-Primeiro-Ministro da FRETILIN e outro do CNRT. Os três em conjunto decidiriam depois a estrutura do Governo de Inclusão. Esta proposta foi considerada errada.

Portanto o que é que vamos propor mais? A FRETILIN não tem mais nada a propor», lamentou Lú-Olo.

Lú-Olo lastima ainda que, ao ter sido entregue a formação do Governo à AMP, a FRETILIN continuará a gritar ao Povo que a decisão do Presidente da República não deu valor ao resultado da eleição legislativa do dia 30 de Junho, em particular aos 120 mil votos atribuídos à FRETILIN.

Na mesma oportunidade, o Secretário-Geral da FRETILIN, Mari Alkatiri, declarou que a proposta feita ao Presidente da República pela FRETILIN, para formar um Governo de Grande Inclusão (GGI) com um Primeiro-Ministro independente, ainda não obteve uma resposta formal do próprio Presidente da República nem do partido Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) ou seus aliados. Enquanto isso, segundo informações obtidas pela FRETILIN ainda hoje, segunda-feira, ou amanhã, terça-feira, o Presidente da República convidará o CNRT e seus aliados na AMP para formar Governo:

«Ainda não recebemos uma resposta formal do CNRT, seus aliados, nem do Presidente da República. Mas fomos informados de que na segunda ou terça-feira, o Presidente da República entregará a formação do Governo aos mesmos. Se isto acontecer consideramos inconstitucional a decisão do Presidente da República. Porque a AMP não existia. O Tribunal de Recurso, quando publicou os resultados eleitorais, não citou a AMP, mas o primeiro partido mais votado, que foi a FRETILIN, e o segundo, o CNRT. Se convidou o CNRT significa que ultrapassou a FRETILIN, o partido mais votado na eleição parlamentar», afirmou Mari Alkatiri.

O Secretário-Geral do partido esclareceu ainda que, segundo a sua opinião, é uma decisão errada e que viola a Constituição e as Leis.

Afirma que, apesar de isto violar a Constituição, a FRETILIN manterá os seus princípios, evitando a violência. Não vai optar pela violência para resolver problemas. Continuará a fazer esforços para informar o povo de Timor-Leste, para que seja o próprio povo a exigir e a fazer correcções:

«Se o Presidente da República e os outros Órgãos de Soberania, entre eles o Tribunal de Recurso, têm a ideia de que esta decisão é justa, então a FRETILIN pensa que a melhor solução é dar informações ao povo para que este tenha consciência de que a decisão é injusta. E, assim, o próprio povo exigirá e fará correcções», concluiu o Secretário-Geral da FRETILIN.

quinta-feira, agosto 16, 2007

Reunião alargada do Comité Central da FRETILIN, A FRETILIN regressará à base

Jornal Nacional Semanário - 12 de Agosto de 2007

O Presidente da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (FRETILIN), Francisco Guterres “Lú-Olo”, na sua intervenção na reunião alargada do Comité Central do partido, afirmou que foi tomada uma decisão, pela qual a FRETILIN deseja regressar à base para reunificar os seus parceiros das antigas Frentes Armada e Clandestina, com o objectivo de reforçar o mesmo partido.

Francisco Guterres “Lú-Olo” fez estas declarações em conferência de imprensa aos jornalistas após ter terminado a reunião alargada do Comité Central da FRETILIN (CCF), em Delta Nova, na semana passada :

«Através desta reunião, queremos regressar à base e reunificar os nossos compatriotas. Continuamos a honrar os que faleceram. Há sobreviventes da ex-Frente Armada que neste momento estão na vida política e outros que, como militares, não podem estar envolvidos na vida política; outros há ainda, da ex-Frente Clandestina. Onde quer que estejam, continuaremos a procurá-los e a reunificá-los na grande família da FRETILIN, por termos sofrido e chorado juntos, nos tempos da resistência», explica Lú-Olo.

Segundo Lú-Olo, para realizar essa iniciativa, através da reunião alargada do CCF, a FRETILIN convidou também parceiros como Victor da Costa, membro do Grupo FRETILIN Mudança, Midar, entre outros:

«Este encontro teve ainda a participação do representante do CPD-RDTL, Egas da Costa, do Secretário-Geral da UNDERTIM, Sr. Cristiano da Costa, da Vice-Presidente do PNT, Aliança de Araújo (em representação do Presidente do PNT), do Secretário-Geral do PDRT, Osório Mau Leki, do representante da ASDT, Feliciano Fátima Alves, entre outros», explicou.

O Presidente do partido histórico informou ainda que no encontro alargado do CCF a FRETILIN marcou bem a sua posição relativamente à formação do novo Governo. Se o Presidente da República convidar o segundo partido, o Conselho Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), e os seus aliados para formar Governo, a FRETILIN considerará esse Governo como inconstitucional, porque não abonará a favor dos valores da democracia, expressos pelo povo na eleição do passado dia 30 de Junho.

Portanto, na reunião alargada do CCF, ficou assim prevista a troca de ideias e a análise da situação política enfrentada pelo povo e pela FRETILIN, com a delineação de um caminho justo para avançar:

«Pensamos que os quadros, militantes e simpatizantes e todo o povo têm grandes expectativas para enfrentar tudo o que poderá surgir no nosso País. A FRETILIN desde já tem falado ao povo sobre a sua convicção firme de estabelecer a paz e a estabilidade para o povo, para que o povo possa viver a paz no seu País, segundo os princípios da FRETILIN, que se baseiam na tolerância. Mas “tolerância” não significa ter paciência ou ficar calado no lugar. Tolerância, neste caso, significa uma acção para avançar. Não significa também que já não há tolerância para avançar e deve ser feita outra coisa», declarou Lú-Olo.

Segundo o dirigente, a FRETILIN mantém o seu princípio, que é o de reforçar a paz e a estabilidade na jovem nação de Timor-Leste:

«Através deste princípio desejamos afirmar que no anúncio do resultado das eleições, este mesmo resultado foi validado pelo Tribunal de Recurso reconhecendo apenas a Aliança Democrática (AD), constituída pelos partidos KOTA e PPT, a coligação ASDT/PSD, e os partidos CNRT, FRETILIN, PUN, UNDERTIM e PD, não a AMP. Este foi o resultado registado no Tribunal. Entre todos os partidos, a AD e a coligação, a FRETILIN obteve a maioria dos votos. Do resultado da eleição a FRETILIN obteve 21 cadeiras e foi assim juridicamente legitimada para formar Governo. Porém, tudo se tornou numa confusão com a existência da AMP, que após a eleição transformou a FRETILIN numa minoria», esclareceu o Presidente do partido.

O ex-Presidente do Parlamento Nacional adiantou ainda que na reunião alargada do CCF foi discutida a situação dos 21 deputados da FRETILIN e dos deputados da AD que durante dois dias se retiraram do Parlamento Nacional, analisando se os deputados das duas bancadas deverão ser permanentemente retirados do Parlamento ou se deverão regressar a este Órgão:

«Ouvimos opiniões sem tomar decisões. Vamos marcar novamente uma reunião da Comissão Política Nacional (CPN) da FRETILIN, onde deverá ser tomada uma decisão sobre o assunto», salientou.

Lú-Olo informou também que durante a reunião do CCF foram discutidos outros assuntos, como a criação de uma Comissão de Estudos de Definição de Estratégia Política da FRETILIN e a formação dos quadros, no futuro.

Além dos nomes já referidos, este encontro contou também com a presença do Presidente do PDC, António Ximenes, como porta-voz da LDP, e de vários membros da Frente Clandestina, Frente Armada, etc.

UNMIT - Security Situation - Thursday 16 August 2007

This is a broadcast of the UN Police in Timor-Leste to provide you with information about the security situation around the country.

The security situation in Timor-Leste is still tense.


United Nations police officers (UNPol) in conjunction with the national police of Timor-Leste (PNTL) and the International Stabilisation Force (ISF) remain fully deployed to respond to any disturbances that may occur.

Early this morning in Dili, a security guard was shot in the leg whilst on duty in Delta-2. The facts are still being established, but it is believed that the house he was guarding was being attacked by unknown assailants at around 0150hrs and that, to scare off the assailants, the resident of the house fired a warning shot which ricocheted off the ground and struck the security guard. UNPol have taken the victim to Dili hospital. Police are investigating.

Last night in Lautem, three masked man set fire to a primary school in Bauro village and attacked two security guards. Police extinguished the fire before it caused serious damage. The two security guards sustained minor machete wounds and were taken to Los Palos hospital for treatment.

Last night in Covalima, police received reports that Beco market was on fire. They attended the scene and found that the fire had only caused minor damage to the market. Police have detained five people for questioning.

No security incidents were reported in Baucau or Viqueque districts yesterday. All government offices and schools remain closed in Viqueque.

The Police advise to avoid traveling during the night to the most affected areas. Please report any suspicious activities. You can call 112 or 7230365 to contact the police 24 hours a day, seven days a week.

Press Release from the Global Leadership Fund about Concern over recent Violence in Timor-Leste

PRESS RELEASE

As friends of Timor Leste who were present during the peaceful elections in June and met the leaders of the main political parties, we are deeply concerned at the violence that has greeted the forming of the new government. Democracy is about channelling the differences that exist within every society through the appropriate institutions created to preserve the peace, the freedom of expression and the rule of law. If there are disagreements about the constitutionality of the process they must be resolved peacefully through the legally established courts.

Violence on the streets and the senseless destruction of public property will never solve them. We call upon the leadership of all political parties to continue to urge restraint on their followers and to take the necessary measures to ensure that their instructions in this regard are followed throughout the country. The people of East Timor have seen too much destruction in their lives and it is unworthy of the free and fair election which they so successfully held that they should be suffering again.

Signed: Cassam Uteem (former President of Mauritius)
Mike Moore (former Prime Minister of New Zealand)
Sir Robin Christopher (GLF Secretary General)
GLF Global Leadership Foundation
14 August 2007

Novo endereço do blog "TIMOR LOROSAE NAÇÃO"

BLOG "TIMOR LOROSAE NAÇÃO" EM BLOGSPOT

DEVIDO A AVARIAS TÉCNICAS INSUPERÁVEIS, ATÉ AO MOMENTO, OPTÁMOS PELA APRESENTAÇÃO DO "TIMOR LOROSAE NAÇÃO" EM BLOGSPOT.

OS RESTANTES BLOGS DA "FÁBRICA DOS BLOGS", ATÉ AGORA COM SERVIDOR NIREBLOG, TERÃO O SEU DESTINO REAVALIDO OPORTUNAMENTE.

PEDIMOS DESCULPA PELO OCORRIDO.

O NOVO ENDEREÇO É: http://timorlorosaenacao.blogspot.com


POSTERIORMENTE, APÓS O ESCLARECIMENTO TÉCNICO DA SITUAÇÃO, DECIDIREMOS SE A MUDANÇA SERÁ PROVISÓRIA OU DEFINITIVA.

Ramos-Horta: «Não demorei assim tanto» a indigitar novo PM

Diário Digital / Lusa
07-08-2007 9:59:00

O presidente da República de Timor-Leste afirmou que não demorou «assim tanto» a indigitar o novo primeiro-ministro e, em entrevista à agência Lusa, insistiu que o processo de consultas ao longo de um mês «poupou tempo».

«Não demorei tanto assim» a anunciar o convite para formação de governo, declarou José Ramos-Horta, entrevistado pela Lusa um dia depois da indigitação de Xanana Gusmão e na véspera da posse do IV Governo Constitucional.

«O tempo que se demorou serviu para efectuar consultas e, afinal, esse processo poupou tempo», adiantou o chefe de Estado.

«Se não tivesse efectuado as consultas, seria acusado de tomar uma decisão apressada», adiantou José Ramos-Horta.

«Não havia tanta pressa porque apesar da crise as nossas instituições funcionaram», defendeu o Presidente.

«Compare a situação com a Guiné-Bissau e outros países aqui na região do Pacífico. Ao contrário, em Timor-Leste nunca houve funcionários com salários em atraso», disse.

«Os partidos pediram tempo», acrescentou o chefe de Estado, que reconheceu que, após quatro semanas de consultas, as lideranças políticas envolvidas «não mexeram um milímetro».

José Ramos-Horta salientou que não poderia ter indigitado o primeiro-ministro antes da primeira reunião do novo Parlamento, que ele pretendia que ocorresse «logo a seguir à validação dos resultados» das legislativas de 30 de Junho.

«Foi um assessor português do Parlamento que me explicou que isso seria impossível e chegaram a falar-me em meados de Agosto como data possível para a primeira reunião do parlamento», explicou José Ramos-Horta.

O Parlamento realizou a primeira sessão a 30 de Julho.

O Presidente da República declarou que o falhanço das negociações para um governo de grande inclusão «fica a crédito da Aliança» para Maioria Parlamentar (AMP), dos quatro maiores partidos da oposição.

«A Fretilin foi mais pragmática», disse Ramos-Horta.

«A Fretilin tem-se portado correctamente comigo», acrescentou o Presidente, que referiu a boa relação que mantém com o secretário-geral do partido maioritário, Mari Alkatiri.

«Ele foi a minha casa, estamos diariamente em contacto telefónico e ele está sempre disponível para me ouvir», explicou José Ramos-Horta.

Também o actual primeiro-ministro, Estanislau da Silva, mereceu elogios do Presidente da República, que referiu «o seu grande sentido de Estado e a grande dignidade» no exercício de funções.

«Em geral», as relações com Estanislau da Silva são mais fáceis do que com a Fretilin, admitiu José Ramos-Horta, «mas não só com ele, também com Ana Pessoa», ministra da Administração Estatal e figura influente do partido maioritário.

«A liderança da Fretilin tem-se portado comigo correctamente. Não tenho recebido senão provas de respeito pelo chefe de Estado», frisou Ramos-Horta.

Sobre as acusações da Fretilin de «golpe de estado constitucional», feitas segunda-feira por Mari Alkatiri, José Ramos-Horta remeteu para o Tribunal de Recurso e para a apreciação da legalidade da indigitação de Xanana Gusmão.

Quanto às «declarações menos delicadas» proferidas por membros da AMP nas últimas semanas, José Ramos-Horta salientou que «se não tivesse sido eleito, agora teriam Francisco Guterres "Lu Olo" na Presidência».

«Transporto uma cruz de pau pesada desde a eleição», afirmou José Ramos-Horta, repetindo uma expressão que usou na sua campanha eleitoral.

Nota de Rodapé:

Pudera... Há muito que estava decidido que indigitaria Xanana Gusmão como PM, ganhasse ou não este as eleições. Como se viu...

Timor: Situação continua «volátil e com violência esporádica»

Diário Digital / Lusa 15-08-2007 8:54:00
A Missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) informou hoje que a situação no país continua «volátil e com actos de violência esporádicos», após vários dias de tumultos públicos em vários pontos da região.

O sub-director do UNMIT, Eric Huck Gim, declarou em conferência de imprensa em Díli que a atmosfera local está tensa em Baucau e Viqueque, as principais cidades da região oriental do país, e que na capital as coisas tendem a acalmar.

«Em Díli, a situação está relativamente calma, embora subsistam incidentes esporádicos de pessoas atirando pedras em zonas como o Bairro Pite, o porto, Santa Cruz e Comoro», declarou o oficial, um general de brigada de Singapura.

«Quero reiterar que a ONU apoia o direito a manifestações, mas estas devem ser realizadas de maneira pacífica e através dos canais legais adequados», afirmou.

Segundo o responsável das Nações Unidas, «alterar a vida normal do país, como incendiar escolas e edifícios públicos e privados, fazer deslocar pessoas dos seus locais de residência e comprometer a segurança de pessoas não é o caminho para levar o país para a frente».

Os distúrbios em Timor-Leste foram desencadeados no dia 13 quando o Presidente timorense, José Ramos Horta, designou como primeiro-ministro Xanana Gusmão, do Conselho Nacional para a Reconstrução do Timor Leste (CNRT), e não o candidato da Fretilin, o partido vencedor das eleições de 30 de Junho passado.

Xanana Gusmão dirige uma coalição de quatro formações políticas que controla 37 dos 65 lugares do novo parlamento de câmara única, enquanto que a Fretilin, embora vencedora nas eleições, apenas obteve 21 deputados.

Timor-Leste atravessa uma crise política desde Abril de 2006.

quarta-feira, agosto 15, 2007

Dos Leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Timor-Leste: Prisão para responsáveis ataque de Ma...":

É curioso que vários cidadãos vão sendo sucessivamente condenados a prisão, mas Reinado e Rai Los continuam estranhamente à solta sem que ninguém os submeta à Justiça.

Claro que nada disso tem relação com o facto de o PGR ter sido reconduzido pelo ex-Presidente e actual 1º Ministro...

Planned challenge to E Timor Govt dropped

ABC News
15.08.07
Posted 2 hours 39 minutes ago

East Timor's former ruling party has abandoned plans for a court challenge to the legality of the Government sworn in last week, an official said.

But the party, Fretilin, still should be part of a unity government, its deputy president Arsenio Bano said amid continuing uncertainty following an inconclusive parliamentary election in June.

"We just need a political solution. We still need a 'grand inclusion' government involving all parties with a seat in parliament," he said.

"We will not use a court trial. A trial through the courts is not on our minds."

President Jose Ramos-Horta used his constitutional authority to install a coalition government led by Xanana Gusmao, the former president and one-time guerrilla fighter.

Fretilin won 21 seats in the polls, the highest number among all the parties, but Mr Gusmao's party, which won 18, cobbled together a coalition with control of 37 seats.

The former ruling party had threatened to challenge the legality of Mr Gusmao's government.

Fretilin supporters have protested violently against the administration, including during this week.

Dr Ramos-Horta had pushed for a unity government, but the major parties failed to reach an agreement on how to govern jointly.

Mr Gusmao has condemned Fretilin leaders for failing to halt the violence while in a separate statement released late on Tuesday, Mr Bano was critical of Mr Gusmao, saying many viewed him as "partly responsible for last year's crisis".

Unrest rocked the streets of Dili in April and May last year when security factions and youth gangs waged battle, leaving at least 37 dead.

International peacekeepers were deployed to restore calm and have been bolstered by some 1,600 UN police.

- AFP

UNMIT - Security Situation - Wednesday 15 August 2007

This is a broadcast of the UN Police in Timor-Leste to provide you with information about the security situation around the country.

The security situation in Timor-Leste during the last 24 hours has remained tense, particularly in Viqueque, Baucau and Lautem districts, although there are no reports of major security incidents.


United Nations police officers (UNPol) in conjunction with the national police of Timor-Leste (PNTL) and the International Stabilisation Force (ISF) remain fully deployed.

Today in Dili, UNPol attended two incidents. Neither was serious.

Early yesterday morning in Viqueque, the ISF evacuated the PNTL officer who had been stabbed a few hours earlier in Matahoi village. He is now being treated at the ISF compound in Dili. Police have identified and are searching for the suspects in the stabbing.

No security incidents were reported in Baucau yesterday. The body of deceased male was discovered in Bagia sub-district, but there is no evidence to suggest that he was murdered.

Also in Baucau, seven people have been arrested in connection with the attack on a UN convoy that took place near Fatumaka last Friday, and Police and ISF remain on alert in case of any disturbances.

Yesterday in Covalima, the body of a deceased male was found in an isolated village called Lepo. UNPol and PNTL have been dispatched to the scene to search for evidence.

The United Nations family in Timor-Leste has been providing security and logistical support to the Government to expedite the delivery of urgently needed food and resources to the areas affected by the recent disturbances. Yesterday in Naiboruk village, Watolari and Watocarbo subdistricts, Government humanitarian assistance was distributed to schools and orphanages.

The Police advise to avoid traveling during the night to the most affected areas. Please report any suspicious activities. You can call 112 or 7230365 to contact the police 24 hours a day, seven days a week.

YouTube shows Aussie Ku Klux Klan 'soldiers'

By David Murray

August 05, 2007 12:13am

THE army is investigating an online video that shows binge drinking and a person parading in a Ku Klux Klan outfit on what appears to be Australian Defence Force property.

The footage, titled "My experience in the Australian Army", shows young men, some in uniform, in a contest to drink alcohol through a long plastic hose they call the "super tube of death".


Several drinkers, whose faces are clearly seen, stagger off and vomit over the railing of a demountable-style building called "Block 651".

The image of a person in a KKK-like outfit is flashed up repeatedly during the video to the amusement of the party.

Defence condemnation

Defence chiefs condemned the video as "abhorrent" and have ordered Provost Marshal investigators to go through the footage frame-by-frame.

"The Australian Defence Force does not tolerate or condone the actions of the people in this video," said Defence spokesman Brigadier Andrew Nikolic.

Serving soldiers could be sacked if found to have been involved in the video, Brigadier Nikolic said.

"The Provost Marshal is currently inquiring into the video to confirm the extent of its linkage to Defence," he said.

"If it is found serving Defence members were responsible for its production and posting on the Internet, they may be subject to disciplinary and or administrative action."

The investigation was launched after The Sunday Mail alerted Defence to the video's presence on the Internet video site YouTube.

The demountable buildings and surrounding geography suggests the video was shot at Robertson Barracks at Palmerston near Darwin, where soldiers have previously faced investigations for drug use and gun running.

'Who is protecting us?'

The army would not confirm where its investigation was focused, but did not deny there were similarities in the video to army property.

The video opens with a distasteful scene shot in a toilet that carries the caption: "When the s..t goes down, who is protecting us?"

Another scene shows a message in fridge magnets which says: "Block 651. Maggot by midday."

Soldiers are permitted to drink in moderation on Defence bases while off duty, but face alcohol and drug testing while on duty.

Brigadier Nikolic said new education campaigns about excessive drinking had ensured there was "not a culture of binge drinking in the military".

"The sort of behaviour we saw in the video is irresponsible consumption of alcohol and is not something condoned in the Australian Defence Force," he said.

Ku Klux Klan revisited

The filming of a person in a white-hooded klan outfit in the "Block 651" video recalls the notorious 2004 photograph of Australian soldiers in KKK regalia standing in front of black recruits at Townsville's Lavarack Barracks.

Black soldiers at Lavarack told investigators that their equipment had been defaced with graffiti and they had been given racist nicknames.

The Klan was a racist body notorious for lynching blacks in the US South.

If confirmed as an army party, the "Block 651" video - which has since been taken off by YouTube, possibly at the Army's request - will be the latest embarrassing glimpse of the Australian military to reach the Internet.

Footage of skylarking Australian soldiers recklessly pointing guns at each appeared on YouTube in September and sparked an investigation and threats of sackings.

Another online video showed a soldier pointing a pistol at a fellow Digger dressed in Arab headdress.

Thousands Driven From Their Homes In Post-Electoral Violence In Timor-Leste - UN

UN News Centre – Wednesday, 15 August 2007, 2:19 pm

Post-electoral violence in Timor-Leste, including arson and rock-throwing, has reportedly driven at least 4,000 people from their homes in two eastern districts in the small South-East Asian country, forcing them to stay in the mountains or in convents, schools and compounds considered safe, according to United Nations humanitarian officials.

In Viqueque and Baucau districts, 323 houses have been reported burnt and 52 damaged since unrest erupted last week after the announcement of a new government following the June elections, which failed to produce a single outright winner, the UN Office for the Coordination of Humanitarian Affairs (OCHA) said.

Several villages have been severely damaged in Watulari sub-district, while villages around Viqueque town have also been affected. The functioning of public transport and schools has been disrupted and food, water and medical supplies are becoming short on the market, OCHA added.

Road travel within and between the districts of Baucau and Viqueque remains restricted due to security concerns especially after a UN convoy was ambushed on 10 August.

UN Police (UNPol) reported today that the situation over the last 24 hours remained tense, particularly in Viqueque and Baucau districts, but that Dili, the capital, was calm.

UNPol, together with the national police and the International Stabilization Force, remains fully deployed to stop any violence in the country, which the UN helped shepherd to independence from Indonesia in 2002.

In Dili today, UNPol attended to six incidents, none of which was major. Yesterday in Dili district, there were isolated incidents of rock throwing, concentrating around the airport and Metinaro. Three people were arrested and there were no reports of injuries.

Political leaders have been travelling to the east of the country to condemn the recent violence.
Two days ago in Baucau, leaders of the former ruling party FRETILIN told supporters that local village and sub-village chiefs will be held responsible for any violence that occurs in their area. In Viqueque a high-ranking FRETILIN official met with supporters and urged them not to commit any violent acts.

Secretary-General Ban Ki-moon’s Special Representative Atul Khare has said the violence was “regrettably” being committed by people claiming allegiance to FRETILIN.

The UN enhanced its peacekeeping and policing roles in Timor-Leste after violence attributed to differences between eastern and western regions broke out in April and May last year, killing at least 37 people and forcing 155,000 others, 15 per cent of the population, to flee their homes.

Fretilin failing to halt ETimor violence: PM

Radio Australia - 15/08/2007, 08:03

East Timor's newly-appointed prime minister, Xanana Gusmao, says the former ruling party of Fretilin is failing to halt ongoing outbreaks of violence.

He told a gathering of district heads the politicians do not want to transmit their views to the bottom to curb the violence that arose because of their own defeat.

Mr Gusmao says he is aware several Fretilin leaders have travelled to their rural bases, but says they are not there to appease people.

Former Fretilin prime minister, Mari Alkatiri, says its leaders intend to tell their supporters to be calm. Mr Gusmao's party formed a coalition after the recent elections, holding 37 of the parliament's 65 seats. The announcement that it would form government last week triggered protests from Fretilin and sporadic violence eruped in Dili and several eastern districts where the party is strongest.

Timor: Situação continua «volátil e com violência esporádica»

Diário Digital / Lusa
15-08-2007 8:54:00

A Missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) informou hoje que a situação no país continua «volátil e com actos de violência esporádicos», após vários dias de tumultos públicos em vários pontos da região.

O sub-director do UNMIT, Eric Huck Gim, declarou em conferência de imprensa em Díli que a atmosfera local está tensa em Baucau e Viqueque, as principais cidades da região oriental do país, e que na capital as coisas tendem a acalmar.

«Em Díli, a situação está relativamente calma, embora subsistam incidentes esporádicos de pessoas atirando pedras em zonas como o Bairro Pite, o porto, Santa Cruz e Comoro», declarou o oficial, um general de brigada de Singapura.

«Quero reiterar que a ONU apoia o direito a manifestações, mas estas devem ser realizadas de maneira pacífica e através dos canais legais adequados», afirmou.

Segundo o responsável das Nações Unidas, «alterar a vida normal do país, como incendiar escolas e edifícios públicos e privados, fazer deslocar pessoas dos seus locais de residência e comprometer a segurança de pessoas não é o caminho para levar o país para a frente».

Os distúrbios em Timor-Leste foram desencadeados no dia 13 quando o Presidente timorense, José Ramos Horta, designou como primeiro-ministro Xanana Gusmão, do Conselho Nacional para a Reconstrução do Timor Leste (CNRT), e não o candidato da Fretilin, o partido vencedor das eleições de 30 de Junho passado.

Xanana Gusmão dirige uma coalição de quatro formações políticas que controla 37 dos 65 lugares do novo parlamento de câmara única, enquanto que a Fretilin, embora vencedora nas eleições, apenas obteve 21 deputados.

Timor-Leste atravessa uma crise política desde Abril de 2006.

In bid to halt post-election violence in Timor-Leste, UN convenes party leaders

UN News Centre

10 August 2007 – In an effort to end political violence in Timor-Leste, the top United Nations envoy in the small South-East Asian country today brought all political parties together at a meeting where he underscored their earlier agreement to ensure a meaningful role for the opposition and for the opposition to make constructive contributions to parliament.

The 16 party leaders strongly condemned the violence, which has included the burning of houses and government buildings, the vandalizing of schools and the stoning of cars. Secretary-General Ban Ki-moon’s Special Representative Atul Khare voiced satisfaction that the former governing party FRETILIN clearly reiterated that it would not abandon the parliament.

Mr. Khare has said the violence, which erupted after the announcement of a new Government on Monday, was “regrettably” being committed by people who claim an allegiance to FRETILIN.

He pledged UN support for government efforts to ensure that the security situation improves and that humanitarian aid is provided to mitigate the effects of the violence in the eastern districts of the country, which the world body helped shepherd to independence from Indonesia in 2002.

UN police officers and their international and national counterparts have been fully deployed to try to end the violence following the announcement of the new Government led by former president Xanana Gusmão.

Today’s meeting was the seventh convened by the UN Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT) with the aim of providing a space for frank and honest exchanges of information between all the parties that contested the 30 June parliamentary elections, which failed to produce a single outright winner. The party leaders stated that violence should not be used as a mechanism to voice discontent about the formation of the new Government, Mr. Khare noted.

UN police reported that the security situation remained volatile, particularly in Viqueque and Baucau districts to the east of Dili, the capital. They confirmed that 142 houses had been burnt in the two districts since the unrest began. Yesterday in Viqueque there were numerous cases of arson, fighting, stone throwing, and illegal road blocks. In Baucau, there were also several cases of arson and stone throwing. Police made four arrests.

In Dili yesterday, there were several reports of rock throwing and fighting, most of which occurred at night. Police arrested 17 people over the course of the day.

The UN Children’s Fund (UNICEF) today voiced strong condemnation of the vandalization of schools, learning spaces, and play areas in recent days. “UNICEF is absolutely concerned that children are once again the ones who suffer,” the agency’s country representative Shui-Meng Ng said.

“We urge the adults to consider the future of all their children before they continue their destruction of public properties and create further unrest. Without a safe environment, and without proper classrooms or learning spaces, all your children will be adversely impacted.”

The UN enhanced its peacekeeping and policing roles in Timor-Leste after violence attributed to differences between eastern and western regions broke out in April and May last year, killing at least 37 people and forcing 155,000 others, 15 per cent of the population, to flee their homes.

Guiné-Bissau: Partidos do governo solidarizam-se com Fretilin

Diário Digital / Lusa 14-08-2007 18:22:00

Os três partidos que integram a coligação do governo da Guiné-Bissau manifestaram-se hoje solidários com o povo de Timor-Leste e a Fretilin, vencedora das eleições legislativas mas «preterida» da governação do país.

A posição vem expressa em comunicado divulgado no final de uma reunião de líderes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Renovação Social (PRS) e Partido Unido Social Democrata (PUSD), as três forças políticas que integram o Pacto de Estabilidade, instrumento de sustentação do governo guineense.

No comunicado, os três partidos manifestam solidariedade para com «um país irmão», esperando que o posicionamento do governo da Guiné-Bissau possa ajudar o «martirizado povo» a encontrar uma solução «airosa e digna» para o problema criado com as eleições.
Em relação à decisão do Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, de entregar a governação à coligação parlamentar liderada por Xanana Gusmão, os partidos no poder em Bissau afirmam que tal constitui «deixar de lado a vontade» do povo maubere.

A votação verificada nas últimas eleições legislativas de Timor-Leste «reflecte a vontade suprema de uma maioria do povo irmão de Timor» onde o partido vendedor «foi preterido do poder», lê-se ainda no comunicado.

De acordo com os responsáveis dos três principais partidos guineenses, a decisão do Presidente Ramos-Horta está a criar já «alguma instabilidade e perturbação» em Timor-Leste, levando-os a tomar posição por um «sentimento de solidariedade».

Na nota, os três partidos guineenses lembram que têm o dever de manifestar a sua preocupação face à situação em Timor-Leste também pelo facto de a Guiné-Bissau estar a presidir à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

A CPLP integra oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor-Leste.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.