sexta-feira, agosto 17, 2007

Após a entrega do Governo à AMP, Díli, Baucau e Viqueque em desordem

Jornal Nacional Semanário - 12 de Agosto de 2007

Após o Presidente da República, José Ramos Horta, anunciar oficialmente a entrega do Governo à Aliança Maioria Parlamentar (AMP), houve reacções dos militantes da FRETILIN, que criaram desordem na capital Díli, resultando o incêndio do edifício da Alfândega em Colmera, na segunda-feira (6/8), pelas 19h30, causado por gente desconhecida, desconhecendo-se igualmente o seu motivo exacto.

Segundo uma fonte que não deseja citar a sua identidade, em declarações ao Jornal Nacional Diário , o edifício foi incendiado porque a polícia bloqueou a estrada principal em frente do Jardim e pessoas não ficaram satisfeitas com a decisão do Presidente da República, Ramos Horta, de entregar o Governo à AMP.

«O edifício foi incendiado porque a polícia bloqueou a estrada aqui à frente», afirmou a fonte sem citar o nome do autor do incêndio.

Após o incêndio ter sido ateado, a polícia chegou ao local com os bombeiros, para combaterem o fogo que destruiu o edifício.

No Jardim, foram afixados cartazes com as inscrições: “Xanana Um Revolucionário Mas Com o Cérebro de John Howard e George W. Bush”; “O Objectivo da AMP é Salvar os Autonomistas, Esmagar o Povo Maubere, Alcançar a Política de Nação Capitalista, Dar Liberdade aos Autores da Crise e a AMP Não Tem Programa Para a Governação”.

Devido a estes acontecimentos, a GNR com carros blindados efectuou uma forte segurança no Jardim e perseguiu todos aqueles que circulavam nessa zona.

Os jornalistas chegaram ao local para fazer a cobertura do acontecimento mas os refugiados insultaram-nos, impedindo os jornalistas timorenses de entrarem no local, enquanto os jornalistas internacionais circulavam livres, fazendo a cobertura.

No mesmo local, os jornalistas timorenses foram apedrejados, tendo sido atingidos os jornalistas Caetano Costa ( Jornal Nacional Diário ) e Nélio Isac (TVTL).

Por causa deste acontecimento, alguns jornalistas do Jornal Nacional Diário , Timor Post , STL e TVTL decidiram abandonar o local dos incidentes.

Além dos acontecimentos no Jardim, no bairro de “Bidau Toko Baru” grupos de jovens incendiaram pneus nas ruas e apedrejaram as viaturas do Governo que atravessavam a área. Os mesmos incidentes surgiram no bairro de Quintal Boot, no ex-Sional, no campo de deslocados de Comoro e no Mercado de Comoro.

Esta desordem causou a paragem total da circulação dos transportes terrestres por todos terem medo.

De Baucau, o Comandante da PNTL Pedro Belo informou que os militantes e simpatizantes da FRETILIN desceram à rua grintando “Se o Presidente Ramos Horta exterminar a democracia em Timor-Leste, haverá crimes”.

«Em todos os subdistritos de Baucau as pessoas desceram às ruas e criaram desordem, tendo destruído o edifício do CNRT em Baucau, sem resultarem vítimas mortais», relatou Pedro.
Por outro lado, o Adjunto Comandante-Geral da PNTL, Mateus Fernandes, informou que os estudantes apoiantes da FRETILIN no distrito de Viqueque realizaram uma acção pacífica, exigindo ao Presidente da República, José Ramos Horta, que tome uma decisão relativa à formação do novo Governo segundo a Lei e a Constituição que vigoram em Timor-Leste.
Esta acção decorreu pacíficamente ao longo de duas horas numa situação normal sem violência porque teve a segurança da PNTL e da UNPOL no referido distrito.

Segundo um horário estabelecido, estas massas concentrar-se-ão em cada distrito para realizarem uma acção na capital Díli.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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