sexta-feira, fevereiro 15, 2008

A wounded country investigates its tragedy

15 Feb 2008 13:34:18 GMT 15 Feb 2008 13:34:18 GMT
Source: IRIN

Reuters and AlertNet are not responsible for the content of this article or for any external internet sites. The views expressed are the author's alonE.

DILI, 15 February 2008 (IRIN) - Timor-Leste's prosecutor- general, Longuinhos Montiero, has now issued 12 arrest warrants for suspects in the 11 February assassination attempts against President Jose Ramos-Horta and Prime Minister Xanana Gusmao.

Montiero expects to issue five more in the immediate future, and one other warrant is pending, awaiting further investigation.

One of those already issued is for renegade army commander Alfredo' Reinado's ally, former Lieutenant Gastao Salshina, who is suspected of leading the attack against Xanana Gusmao's convoy.

Hermanprit Singh, deputy UNPol (UN Police) commissioner, said security forces were in the process of hunting down the suspects.

"We don't need to wait. We, the international security forces, are actually in hot pursuit."

Singh said it was unclear whether the 11 February attacks were an assassination attempt or an attempted kidnapping gone wrong.

"What was the group motivated by… it's a matter of investigation," Singh said.
Revenge attacks

The situation in Dili has remained calm since the attacks with a state of emergency declared for another eight days and an overnight curfew. Nonetheless, local Timorese are beginning to fear Reinado's supporters may retaliate against the Timor-Leste Defence Force (FFDTL) and the International Stabilisation Forces (ISF).

IRIN talked to one of the "petitioners" dismissed from the defence force in 2006, and a strong supporter of Reinado. Only using the name Jose, the former defence force soldier vowed to continue to fight for justice against what he perceived as discrimination in the military against those from the western part of the country.

"Since the attack on Monday [11 February], I've been very sad," Jose said. "I feel very sorry… one of our best commanders died in the attack."

He said he has not heard of any plans from his group's leaders to launch reprisal attacks.
Split

Jose confirmed one rumour that had been making the rounds that there had, indeed, been a split, prior to the 11 February attacks, amongst the petitioning soldiers who supported Reinado. Last week, he said, around 90 of the "petitioners" came to Dili to begin dialogue with the prime minister, against the will of Reinado and the other 500 "petitioners".

Speculation

Meanwhile, speculation continues as to the possible motives for the attacks.

Media reports have suggested that the attackers were not trying to kill the president and prime minister but take them alive as part of an attempted coup.

There have also been allegations that opposition party Fretilin, paid Reinado and his followers millions of dollars to kill the country's leaders. Fretilin has denied the allegations and said they are defamatory.

Dialogue

What is clear is that Reinado had been engaged in peaceful talks with both Timor-Leste's president and prime minister as recently as December 2007, and last met government officials on 6 February.

Joaquim Fornseca, the prime minister's civil society adviser, and leader of the government-appointed Task Force established to resolve the issues raised by Reinado and the petitioning soldiers, told IRIN, that in recent weeks, many of the petitioning soldiers had been approaching the Task Force to engage in dialogue with them after realising that Reinado was not genuinely interested in helping them resolve their problems.

"In December - when both Alfredo and Salshina did not show up to the meeting we organised between them, the prime minister and the commander of FFDTL - some of them ["petitioners"] started to wonder if Reinado was really serious in fighting for their cause." He said the government's attempts to entice his supporters away from him might have sparked Reinado's anger.

Fornseka also said that in a meeting between Ramos-Horta and Reinado in December 2007, the president had made a promise to Reinado that he and his supporters would be automatically reinstated in the military.

"I don't blame the president," Fonseca told IRIN, but there were some concessions that could not be delivered, and I think Reinado felt betrayed in a way."

He said the Task Force had come a long way in getting the FFDTL to allow the petitioning soldiers to re-apply to join the army, but that FFDTL would never agree to simply reinstate them without application or screening process.

While there was some concern that the burial services for Reinaldo on 14 February might spark violence, thousands of his supporters gathered peacefully at a service at his home. They chanted "Viva Alfredo" as his coffin, draped with a Timor-Leste flag, was buried in his front garden.
sm/bj/cb


Tradução:

Um país ferido investiga a sua tragédia

15 Fev 2008 13:34:18 GMT 15 Fev 2008 13:34:18 GMT
Fonte: IRIN

Reuters e AlertNet não são responsáveis pelo conteúdo deste artigo ou por quaisquer sítios externos de internet. São apenas do autor as opiniões expressas.

DILI, 15 Fevereiro 2008 (IRIN) – o Procurador-Geral de Timor-Leste, Longuinhos Montiero, emitiu agora 12 mandatos de captura contra suspeitos nas tentativas de assassínio de 11 de Fevereiro contra o Presidente José Ramos-Horta e Primeiro-Ministro Xanana Gusmão.

Montiero espera emitir cinco mais no futuro imediato, e um outro está pendente esperando mais investigações.

Um dos já emitidos é para o comandante desertor das forças armadas e aliado de Alfredo Reinado, o antigo Tenente Gastão Salshina, que é suspeito de ter lidrado o ataque contra a caravana de Xanana Gusmão.

Hermanprit Singh, Vive-Comissário da UNPol, disse que as forças de segurança estavam no processo de perseguir os suspeitos.

"Não precisamos de esperar. Nós, as forças internacionais de segurança, estamos actualmente em grande perseguição."

Singh disse que não é claro se as tentativas de ataques de 11 de Fevereiro foram uma tentativa de assassínio ou uma tentativa de rapto que correu mal.

"O que motivava o grupo… é uma matéria de investigação," disse Singh.

Ataques de vingança

A situação em Dili tem-se mantido calma desde os ataques, com um estado de sítio declarado por mais dez dias e recolher obrigatório. Contudo os Timorenses locais estão a começar a recear que os apoiantes de Reinado possam retaliaar contra as Forças de Defesa de Timor-Leste (FFDTL) e as Forças Internacionais de Estabilização (ISF).

IRIN falou com um dos "peticionários" demitidos da força da defesa em 2006, e um forte apoiante de Reinado. Usando apenas o nome José, o antigo soldado da força de defesa promete continuar a lutar por justiça contra o que percepcionou como discriminação nos militares contra os da parte oeste do país.

"Desde o ataque na segunda-feira [11 Fevereiro], tenho estado muito triste," disse José. "Tenho muita pena… um dos nossos melhores comandantes morreu no ataque."

Disse que não ouviu falar de nenhuns planos dos líderes do seu grupo para lançar ataques de vingança.

Divisão

José confirmou um rumor que se tem espalhado de ter havido uma divisão, antes dos ataques de 11 de Fevereiro, entre os soldados peticionários que apoiavam Reinado. Na semana passada, disse, cerca de 90 dos "peticionários" vieram para Dili para começar diálogo com o primeiro-ministro, contra a vontade de Reinado e de outros 500 "peticionários".

Especulação

Entretanto, continua a especulação sobre os motivos possíveis dos ataques.

Relatos dos media têm sugerido que os atacantes não estavam a tentar matar o presidente e primeiro-ministro mas apanhá-los vivos como parte duma tentativa de golpe.

Houve também alegações que a Fretilin, partido da oposição, pagou a Reinado e aos seus seguidores milhões de dólares para matar os líderes do país. A Fretilin negou as alegações e disse que são difamações.

Diálogo

O que é claro é que Reinado tinha estado engajado em conversas pacíficas com ambos o presidente e o primeiro-ministro de Timor-Leste tão recentemente quanto em Dezembro de 2007, e o último encontro com entidades oficiais do governo foi em 6 de Fevereiro.

Joaquim Fonseca, o conselheiro do primeiro-ministro para a sociedade civil e líder da Task Force nomeada pelo governo estabelecida para resolver as questões levantadas por Reinado e os soldados peticionários, disse ao IRIN, que em semanas recentes, muitos dos soldados peticionários se tinham estado a aproximar da Task Force para se engajarem no diálogo com eles depois de perceberem que Reinado não estava genuinamente interessado em ajudá-los a resolver os seus problemas.

"Em Dezembro – quando ambos Alfredo e Salshina não apareceram no encontro que organizámos entre eles, o primeiro-ministro e o comandante das f FFDTL – alguns deles ["peticionários"] começaram a interrogar-se se Reinado estava realmente a lutar pela sua causa seriamente." Disse que as tentativas do governo para atrair os seus apoiantes podem ter desencadeado a raiva de Reinado.

Fonseca disse também que num encontro entre Ramos-Horta e Reinado em Dezembro de 2007, o presidente tinha feito uma promessa a Reinado que ele e os seus apoiantes seriam automaticamente reinstalados nas forças militares.

"Não acuso o presidente," disse Fonseca ao IRIN, mas houve algumas concessões que não podiam ser feitas e penso que Reinado se sentiu traído de certo modo."

Disse que a Task Force tinha percorrido um longo caminho em conseguir que as FFDTL autorizassem os soldados peticionários a re-candidatarem-se para se juntarem às forças armadas, mas que as FFDTL nunca concordariam em simplesmente os reinstalar se candidatura ou processo de escrutínio.

Apesar de haver alguma preocupação que o funeral de Reinaldo em 14 de Fevereiro pudesse desencadear violência, milhares dos seus apoiantes juntaram-se pacificamente numa cerimónia na sua casa. Cantaram "Viva Alfredo" quando o seu caixão, embrulhado numa bandeira de Timor-Leste, foi enterrado no jardim da sua casa.
sm/bj/cb

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Um país ferido investiga a sua tragédia
15 Fev 2008 13:34:18 GMT 15 Fev 2008 13:34:18 GMT
Fonte: IRIN

Reuters e AlertNet não são responsáveis pelo conteúdo deste artigo ou por quaisquer sítios externos de internet. São apenas do autor as opiniões expressas.

DILI, 15 Fevereiro 2008 (IRIN) – o Procurador-Geral de Timor-Leste, Longuinhos Montiero, emitiu agora 12 mandatos de captura contra suspeitos nas tentativas de assassínio de 11 de Fevereiro contra o Presidente José Ramos-Horta e Primeiro-Ministro Xanana Gusmão.

Montiero espera emitir cinco mais no futuro imediato, e um outro está pendente esperando mais investigações.

Um dos já emitidos é para o comandante desertor das forças armadas e aliado de Alfredo Reinado, o antigo Tenente Gastão Salshina, que é suspeito de ter lidrado o ataque contra a caravana de Xanana Gusmão.

Hermanprit Singh, Vive-Comissário da UNPol, disse que as forças de segurança estavam no processo de perseguir os suspeitos.

"Não precisamos de esperar. Nós, as forças internacionais de segurança, estamos actualmente em grande perseguição."

Singh disse que não é claro se as tentativas de ataques de 11 de Fevereiro foram uma tentativa de assassínio ou uma tentativa de rapto que correu mal.

"O que motivava o grupo… é uma matéria de investigação," disse Singh.

Ataques de vingança

A situação em Dili tem-se mantido calma desde os ataques, com um estado de sítio declarado por mais dez dias e recolher obrigatório. Contudo os Timorenses locais estão a começar a recear que os apoiantes de Reinado possam retaliaar contra as Forças de Defesa de Timor-Leste (FFDTL) e as Forças Internacionais de Estabilização (ISF).

IRIN falou com um dos "peticionários" demitidos da força da defesa em 2006, e um forte apoiante de Reinado. Usando apenas o nome José, o antigo soldado da força de defesa promete continuar a lutar por justiça contra o que percepcionou como discriminação nos militares contra os da parte oeste do país.

"Desde o ataque na segunda-feira [11 Fevereiro], tenho estado muito triste," disse José. "Tenho muita pena… um dos nossos melhores comandantes morreu no ataque."

Disse que não ouviu falar de nenhuns planos dos líderes do seu grupo para lançar ataques de vingança.

Divisão

José confirmou um rumor que se tem espalhado de ter havido uma divisão, antes dos ataques de 11 de Fevereiro, entre os soldados peticionários que apoiavam Reinado. Na semana passada, disse, cerca de 90 dos "peticionários" vieram para Dili para começar diálogo com o primeiro-ministro, contra a vontade de Reinado e de outros 500 "peticionários".

Especulação

Entretanto, continua a especulação sobre os motivos possíveis dos ataques.

Relatos dos media têm sugerido que os atacantes não estavam a tentar matar o presidente e primeiro-ministro mas apanhá-los vivos como parte duma tentativa de golpe.

Houve também alegações que a Fretilin, partido da oposição, pagou a Reinado e aos seus seguidores milhões de dólares para matar os líderes do país. A Fretilin negou as alegações e disse que são difamações.

Diálogo

O que é claro é que Reinado tinha estado engajado em conversas pacíficas com ambos o presidente e o primeiro-ministro de Timor-Leste tão recentemente quanto em Dezembro de 2007, e o último encontro com entidades oficiais do governo foi em 6 de Fevereiro.

Joaquim Fonseca, o conselheiro do primeiro-ministro para a sociedade civil e líder da Task Force nomeada pelo governo estabelecida para resolver as questões levantadas por Reinado e os soldados peticionários, disse ao IRIN, que em semanas recentes, muitos dos soldados peticionários se tinham estado a aproximar da Task Force para se engajarem no diálogo com eles depois de perceberem que Reinado não estava genuinamente interessado em ajudá-los a resolver os seus problemas.

"Em Dezembro – quando ambos Alfredo e Salshina não apareceram no encontro que organizámos entre eles, o primeiro-ministro e o comandante das f FFDTL – alguns deles ["peticionários"] começaram a interrogar-se se Reinado estava realmente a lutar pela sua causa seriamente." Disse que as tentativas do governo para atrair os seus apoiantes podem ter desencadeado a raiva de Reinado.

Fonseca disse também que num encontro entre Ramos-Horta e Reinado em Dezembro de 2007, o presidente tinha feito uma promessa a Reinado que ele e os seus apoiantes seriam automaticamente reinstalados nas forças militares.

"Não acuso o presidente," disse Fonseca ao IRIN, mas houve algumas concessões que não podiam ser feitas e penso que Reinado se sentiu traído de certo modo."

Disse que a Task Force tinha percorrido um longo caminho em conseguir que as FFDTL autorizassem os soldados peticionários a re-candidatarem-se para se juntarem às forças armadas, mas que as FFDTL nunca concordariam em simplesmente os reinstalar se candidatura ou processo de escrutínio.

Apesar de haver alguma preocupação que o funeral de Reinaldo em 14 de Fevereiro pudesse desencadear violência, milhares dos seus apoiantes juntaram-se pacificamente numa cerimónia na sua casa. Cantaram "Viva Alfredo" quando o seu caixão, embrulhado numa bandeira de Timor-Leste, foi enterrado no jardim da sua casa.
sm/bj/cb

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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