sexta-feira, novembro 16, 2007

Timor-Leste: Magistrada australiana recomenda inquérito a crimes de guerra na morte de cinco jornalistas

1:53 Sexta-feira, 16 de Nov de 2007

Sidney, Austrália, 16 Nov (Lusa) - Uma magistrada estimou hoje que cinco jornalistas sediados na Austrália foram deliberadamente mortos pelas forças indonésias que invadiram Timor-Leste em 1975 e recomendou uma investigação para determinar se foram cometidos crimes de guerra.

A recomendação, na sequência de um vasto inquérito, contradiz a versão oficial dos governos indonésio e australiano que afirmaram que os jornalistas foram mortos acidentalmente no fogo cruzado entre as tropas indonésias e os defensores timorenses na localidade de Balibó a 16 de Outubro de 1975.

A vice-magistrada de New South Wales Dorelle Pinch investiga a morte de um dos jornalistas, Brian Peters.

Ela conclui que ele foi alvejado e/ou esfaqueado deliberadamente, e não no calor da batalha por membros das Forças Especiais indonésias que participaram no ataque a Balibó. Pinch disse que as suas conclusões sobre Peter são válidas para os outros jornalistas.

Pinch sustenta que, segundo a lei australiana, podem ter sido cometidos crimes de guerra e acrescentou que vai levar o caso aos procuradores federais para determinar se podem ser pronunciadas acusações de crimes de guerra.

A magistrada disse que os jornalistas foram mortos à ordem de Yunus Yosfiah, que era então capitão do Exército indonésio e foi depois ministro do governo.

Pinch disse haver "fortes evidências circunstanciais de que a ordem para matar os jornalistas veio do então chefe das Forças Especiais indonésias, general Benny Murdani."

Yosfiah e outros militares indonésios recusaram-se a testemunhar no inquérito, a primeira investigação pública às mortes, que de há muito suscitam acusações de encobrimento assacadas tanto aos indonésios como aos australianos.

TM.

Lusa/Fim

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Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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