sexta-feira, novembro 16, 2007

Make art, not war

Sydney Morning Herald - Friday, November 16, 2007

By Erik Jensen
East Timorese refugees come Down Under to show off their weaving. Erik Jensen reports.

In 1999 - more than 20 years into Indonesian occupation – East Timor voted for independence.

One of the results, however, was violence. The move enraged the militia and uncorked a manmade disaster still being resolved. Amid the turmoil, weaving has been one of the few ways for women to make money. Two of them are now taking the practice on the road.

"Nobody realised that is what they have to do to market the women's product. There is no point making product if they can't sell it," says Tricia Johns, the founder of the Timor Women's Self Help Group, of the tour.

"The reason is to create public awareness of the product so they can see how labour-intensive the product is."

Two East Timorese refugees, Rufina Dos Santos and master weaver Filosmena Pinto, will travel to Australia for tais weaving demonstrations - their first time outside Timor and a world away from last year's violence in which both had their homes torched. Singer Trude Aspeling will also perform.

Speaking from Dili, Johns explains that marketing handicrafts is vital to creating jobs in remote communities.

"They don't have to learn anything new," she says. "They are illiterate - the poorest of the poor - but they can make beautiful products."

Johns estimates the 150 women weaving in the program support 1500 other people, using the money they earn to pay for food, medicine and schooling.

"We're achieving like crazy. We've got an export market now: dozens and dozens of micro-businesses, six or eight women in a one-room hut - dirt floors, pigs and children - weaving."

On stage in Australia, accompanied by song, the two women will work on a traditional back-strap loom tensioned by the body. The technique is ancient but it is now a key part of how they survive.

"It is going to keep them alive now, while everyone is trying to work out what to do," Johns says. "Everyone has been trying to work out what to do for seven years."

WEAVING DEMONSTRATION

Saturday, 1-3pm, Enlightened Elephant, 43 Erskineville Road, Erskineville, 9517 9957, free.

Tradução:

Façam arte, não façam guerra

Sydney Morning Herald – Sexta-feira, Novembro 16, 2007

Por Erik Jensen
East Timorese refugees come Down Under to show off their weaving. Erik Jensen reports.

Em 1999 – depois de mais de 20 anos de ocupação Indonésia –Timor-Leste votou pela independência.

Um dos resultados, contudo, foi a violência. O resultado enfureceu as milícias e abriu um desastre feito por homens ainda difícil de solucionar. No meio dos distúrbios, a tecelagem foi uma das poucas saídas para as mulheres ganharem dinheiro. Duas delas estão agora a levar a prática à estrada.

"Ninguém imaginava o que elas tinham de fazer para vender as produções das mulheres. Não vale a pena produzir se não se pode vender," diz Tricia Johns, a fundadora do Grupo de Auto-Ajuda das Mulheres de Timor, da viagem.

"A razão é levar os produtos ao conhecimento do público para que possam ver como esta produção pode empregar muita gente."

Duas refugiadas Timorenses, Rufina Dos Santos e a tecedeira mestre Filomena Pinto, viajarão para a Austrália para mostra de tecelagem de tais – a sua primeira viagem para o exterior de Timor e uma distância enorme da violência do ano passado durante a qual as casas de ambas foram queimadas. Também acuará a cantora Trude Aspeling

Falando de Dili, Johns explicou que a venda do artesanato é vital para criar empregos em comunidades remotas.

"Não têm que aprender nada de novo," diz. "Elas são analfabetas – as mais pobres das pobres – mas conseguem fazer produtos belos."

Johns estima que as 150 mulheres do programa de tecelagem apoiam outras 1500 pessoas, usando o dinheiro que ganham para pagar comida, remédios e educação.

"Estão a ter um sucesso fabuloso. Temos agora um perito de mercados de exportação : dúzias e dúzias de micro-negócios, seis ou oito mulheres a tecer numa cabana de uma sala – chão sujo, porcos e crianças -."

No palco na Austrália, acompanhada pelas duas mulheres, em trajes tradicionais. A técnica é antiga mas agora é uma parte chave para sobreviverem.

"Vai agora manté-las vivas, enquanto toda a gente decide o que fazer," diz Johns. "Desde há sete anos que toda a gente anda a tentar decidir o que fazer."

MOSTRA DE TECELAGEM

Sábado, 1-3pm, Enlightened Elephant, 43 Erskineville Road, Erskineville, 9517 9957, entrada livre.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução;
Façam arte, não façam guerra
Sydney Morning Herald – Sexta-feira, Novembro 16, 2007

Por Erik Jensen
East Timorese refugees come Down Under to show off their weaving. Erik Jensen reports.

Em 1999 – depois de mais de 20 anos de ocupação Indonésia –Timor-Leste votou pela independência.

Um dos resultados, contudo, foi a violência. O resultado enfureceu as milícias e abriu um desastre feito por homens ainda difícil de solucionar. No meio dos distúrbios, a tecelagem foi uma das poucas saídas para as mulheres ganharem dinheiro. Duas delas estão agora a levar a prática à estrada.

"Ninguém imaginava o que elas tinham de fazer para vender as produções das mulheres. Não vale a pena produzir se não se pode vender," diz Tricia Johns, a fundadora do Grupo de Auto-Ajuda das Mulheres de Timor, da viagem.

"A razão é levar os produtos ao conhecimento do público para que possam ver como esta produção pode empregar muita gente."

Duas refugiadas Timorenses, Rufina Dos Santos e a tecedeira mestre Filomena Pinto, viajarão para a Austrália para mostra de tecelagem de tais – a sua primeira viagem para o exterior de Timor e uma distância enorme da violência do ano passado durante a qual as casas de ambas foram queimadas. Também acuará a cantora Trude Aspeling

Falando de Dili, Johns explicou que a venda do artesanato é vital para criar empregos em comunidades remotas.

"Não têm que aprender nada de novo," diz. "Elas são analfabetas – as mais pobres das pobres – mas conseguem fazer produtos belos."

Johns estima que as 150 mulheres do programa de tecelagem apoiam outras 1500 pessoas, usando o dinheiro que ganham para pagar comida, remédios e educação.

"Estão a ter um sucesso fabuloso. Temos agora um perito de mercados de exportação : dúzias e dúzias de micro-negócios, seis ou oito mulheres a tecer numa cabana de uma sala – chão sujo, porcos e crianças -."

No palco na Austrália, acompanhada pelas duas mulheres, em trajes tradicionais. A técnica é antiga mas agora é uma parte chave para sobreviverem.

"Vai agora manté-las vivas, enquanto toda a gente decide o que fazer," diz Johns. "Desde há sete anos que toda a gente anda a tentar decidir o que fazer."

MOSTRA DE TECELAGEM

Sábado, 1-3pm, Enlightened Elephant, 43 Erskineville Road, Erskineville, 9517 9957, entrada livre.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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