quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Comentário sobre a sua postagem "Condições de segurança agravam-se em Díli":

Em 1º lugar continuamos sem perceber bem o que a UNPOL anda por cá a fazer, à excepção do contingente da GNR (ao qual, desde a sua chegada, se tem tentado restringir a sua movimentação)que apesar de serem em número reduzido têm demonstrado grande eficácia, todas as restantes forças presentes no território têm sim, demonstrado grande incapacidade e ineficácia face às situações de violência e manutenção da ordem pública. É claro que a situação não é comparável à do Ruanda ou mesmo da Serra Leoa, no entanto a impressão que nos fica é a de que se encontram no território deliberadamente a "olhar para o lado " enquanto as situações de violência se desenrolam à sua frente (quase parece fazer parte de uma estratégia).

Em 2º lugar, porque será que quando interrogamos algum responsável da autoridade policial, sobre a falta de eficácia, nos surge sempre o mesmo discurso mais ou menos formatado sobre direitos dos cidadãos, direitos humanos, procedimentos judiciais e tretas semelhantes?...

A realidade nos países ditos do 1º mundo é bem diferente, basta assistir a qualquer noticiário para verificar que actuação policial, face a manifestações ilegais ou não e situações de distúrbios públicos, não se resume a prender indivíduos (quando conseguem) e a transportá-los para o "centro de detenção". Na realidade, o termo "carga policial" há muito deveria ter sido posto em prática, tenho a certeza que o efeito seria bastante dissuasor, assim que começassem a surgir as primeiras pernas e braços partidos, creio que os infractores, numa próxima oportunidade, pensariam no mínimo duas vezes.

Por último é fantástico que a situação relativamente à falta de arroz tenha chegado a este ponto, que, em termos de instabilidade, serve de pretexto para tudo no que se refere à actuação dos grupos organizados a soldo das facções anti-governamentais. É no mínimo inacreditável que os responsáveis governamentais e respectivos assessores, quando há mais de um mês, tendo sido confrontados com a situação, não tenham tomado medidas sérias no sentido da minimização das consequências. Creio que só poderemos pensar que existe uma estratégia de desestabilização com base na falta de capacidade "intencional" das assessorias associada à enorme ingenuidade das autoridades governamentais.

1 comentário:

Anónimo disse...

O governo desde Abril passado que tem caído em quase todas as "armadilhas" que lhe têm sido montadas pela oposição (sabe-se lá paga por quem...). Pelo que já deveriam ter adquirido alguma perspicácia e prestar mais atenção ao que realmente se passa à sua volta, não "embarcando", com a facilidade a que temos assistido, em teses de catástrofes humanitárias e temas semelhantes, que em muito têm servido para desviar a actuação do elenco governamental dos verdadeiros problemas, e de criar mecanismos sérios através da elaboração de planos, consertados para a resolução das "crises" que se têm vindo a acumular.

Podemos sempre afirmar que a fraca actuação governamental se deve à sua inexperiência política, mas atenção!! Já lá vão 9 meses de crise, já era tempo de terem aprendido alguma coisa, continuamos sempre a assistir a mais do mesmo!!!!

....Volta Mari...estás perdoado!!!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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