quinta-feira, agosto 31, 2006

Esclarecimento sobre a detenção e fuga de Reinado

In Lusa, segundo o advogado de Reinado:

"Reinado tinha sido transferido há poucas semanas para o Centro de Detenção de Caicoli, mas a requerimento do advogado regressou à Cadeia de Becora porque a sua transferência foi considerada ilegal."


1. Reinado foi transferido da prisão de Becora para o Centro de Detenção australiano por decisão do Ministério da Justiça, porque os serviços prisionais consideraram que haviam movimentações suspeitas de guardas prisionais e os australianos tinham informações de movimentos no exterior.

2. O Tribunal não deu sequência ao pedido do advogado de Reinado, para que a transferência de Reinado para o Centro de Detenção australiano fosse considerada ilegal, por se tratar de uma competência do Ministério da Justiça.

3. A pedido dos responsáveis do Centro de Detenção australiano, que evocaram que o centro estava cheio, e com a promessa de que as forças australianas e neo-zelandesas assegurarariam a segurança da prisão de Becora 24 horas por dia, o Ministério da Justiça concordou com a transferência de Reinado de novo para a prisão de Becora.

4. Quando Reinado voltou para a prisão de Becora, vários guardas prisionais receberam-no fazendo uma fileira para o receber com abraços e apertos de mão, como um herói. Este facto foi testemunhado pelos militares responsáveis do Centro de Detenção australiano.

5. Os militares australianos (os militares neo-zelandeses estão sob o seu comando) decidiram retirar a segurança à prisão de Becora 24 horas por dia sem qualquer aviso ao Ministério da Justiça (por coincidência após a partida de assessor do Ministro da Justiça para as prisões).

6. Segundo declarações de hoje do Ministro da Justiça, quando este pediu para que a segurança fosse reposta, as forças australianas responderam não ser possível, apesar de se terem comprometido com tal, porque "os militares eram necessários noutros locais da cidade".

7. Hoje, após a hora da visita, Reinado, com mais 56 reclusos chegaram à porta da prisão (para chegarem até à porta de saída, o portão intermédio tem que ter sido aberto, portanto alguém os ajudou), ameaçaram os guardas, e sairam sem que ninguém lhes fizesse frente pela porta principal. Segundo o regulamento dos serviços prisionais os guardas podem ter armas, mas como nunca tiveram treino para tal, nunca as usaram.

8. Existem fortes suspeitas de que Reinado teve vários encontros em Díli, fora da prisão, desde que foi detido pelas forças australianas.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Acho muito estranho que o Reinado tenha contratado como um dos seus advogados o mesmo que veio de Macau para defender para defender o Rogerio Lobato. Penso que o Reinado que nao tem dinheiro para contratar advogados de fora, ter-se-ia apercebido de que lhe estavam a preparar a cama de maneira a nela ficar a dormir e dela nao se erguer para depor contra os amiguinhos da violencia, ou seja, os fornecedores de armas a civis. Bolas! Esta gente continua a nao perceber que quem deveria estar na gaiola deveriam ser estes os patroes dos esquadroes da morte e nao outros.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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