sexta-feira, julho 28, 2006

Rebelde de Timor 'enfrenta a prisão' - Tradução da Margarida

news.com.au network
Fonte: AFP

De correspondentes em Dili
Julho 28, 2006

O líder rebelde de Timor-Leste Alfredo Reinado enfrenta pelo menos cinco anos na prisão depois de ter sido acusado com múltiplas ofensas criminais incluindo tentativa de homicídio, disse hoje o seu advogado.
Os Procuradores ontem acusaram o Major Reinado com ofensas incluindo tentativa de homicídio, desvio de equipamentos militares e roubo, disse o seu advogado Benevidos Barros.

"A punição pode ser superior a cinco anos devido às múltiplas acusações," disse o Sr Barros à AFP sem dar mais detalhes.

As tropas lideradas pelos Australianos na Terça-feira detiveram o Major Reinado e 20 outros indivíduos por terem na sua posse 9 pistolas alegadamente apanhadas onde estavam.

O Major Reinado conduziu um grupo rebelde de polícias militares para Maubisse, no sul Dili, no meio de um surto de violência em Maio.

A violência envolveu lutas entre facções rivais das forças de segurança e gangs étnicos.

O desassossego teve as suas origens no despedimento de cerca de 600 soldados em Março, que tinham desertado dos seus quartéis queixando-se de discriminação.

O presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão defendeu o Major Reinado no passsado, dizendo que o líder rebelde levou os seus homens para aa montanhas para evitar conflitos.

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9 comentários:

Anónimo disse...

Com a detencao do Major Alfredo a GNR acendeu de novo o pavio da bomba que esta ainda por explodir.
Certamente que a GNR tinha todas as bases legais para actuarem em relacao ao Alfredo e a violacao da lei vigente. Mas essa actuacao regeu-se, mais uma vez, com base exclusiva na lei sem que qualquer consideracao fosse dada aos factores politicos e as consequencias que dai proveriam.
A primeira ocasiao em que se fez o mesmo foi quando o governo despediu os 591 peticionarios em base puramente legais sem que as consequencias politicas e socias do despedimento de um grupo tao grande fosse considerado. O resultado ja faz parte da triste historia dos ultimos meses da vida do pais.

Com a queda do Mari a situacao comecou a normalizar-se ainda que de forma lenta. Os rebeldes visavam a dissolucao do Parlamento e eleicoes anticipadas mas acabaram por serem convencidos pelo PR e PM que lhes fosse dado uma oportunidade para reporem a normalidade no pais.
Os militares rebeldes aceitaram mas avisaram que estariam atentos aos desenvolvimentos e nao excluiriam a possibilidade de recomecarem as accoes que julgassem ser necessarias. Durante a crise o factor determinante para a cessacao dos conflictos armados tera sido o reconhecimento da autoridade do PR, por ambas as partes mas principalmente pelos militares rebeldes, ao qual submeteram a sua obediencia.

No entanto nao podemos presumir que essa obediencia e submissao a autoridade do PR por parte dos rebeldes seja incontestavel. No passado o PR foi o unico que os conseguiu controlar mas a detencao do Alfredo e os seus homens so serviu para demonstrar aos rebeldes, justificadamente ou nao, de que nem o PR em quem depositaram a confianca pode resolver esta crise politico-militar.
Uma vez perdida essa confianca, os militares rebeldes, que viram os seus numeros acrescidos durante os pontos altos da crise, sentir-se-ao abandonados a si mesmos e aos mecanismos a eles disponiveis para fazerem as suas reivindicacoes.
Com milhares de armas ainda fora dos armeiros, as condicoes estao criadas para um ultimo "showdown" de forca.
Se esse cenario se eventuar nem Xanana Gusmao ou Ramos Horta poderao exercer qualquer tipo de influencia sobre os rebeldes para mais uma vez forcar o cessar de hostilidades.
O conflicto agravar-se-ia de uma forma completamente descontralada e incontrolavel mesmo pelas forcas internacionais actualmente presentes no pais. Seria muito dificil contemplar um involvimento activo das forcas internacionais numa "guerra civil" Timorense onde essas forcas estariam numa posicao de ter que usar a sua forca letal contra uma "frente" nativa.
Seria uma proposicao demasiado comprometedora para os 4 paises com forcas militares em Timor-Leste que remeteriam as suas forcas a uma posicao de neutralidade e de mera proteccao as populacoes indefesas.

As demonstracoes e actos de violencia recomecados apos a detencao do Major Alfredo Reinado poderao mesmo vir a revelarem-se como a ponta do icebergue submerso no mar de insatisfacoes e frustracoes sobre o modo como a situacao se tem vindo a desenrolar. Nessa altura a razao nao poderia ser encontrada em nenhum dos lados.

Desejo fortemente estar a fazer uma leitura errada destes ultimos acontecimentos e que esse cenario nunca venha a eventuar-se.


HanoinTokBa

Anónimo disse...

Seja o que seja! A verdade tem que vir para fora! Nao podemos encobrir criminosos, so pela simples razao de que outros criminosos podem protestar ou mesmo queimar o resto das casas em Dili.
A podridao tem que ser enterrada.
E agora li: 5 anos para o Alfredo! Malucos, 500

Anónimo disse...

Shame on you...!!!

Mrs.BANANAS...

Anónimo disse...

Não é espantoso que algumas pessoas estejam tão preocupadas por a GNR ter agido com base na LEGALIDADE?
Se calhar é porque, nos últimos tempos, agir de acordo com a lei é coisa pouco vista em Timor-Leste e estão a estranhar.
Mas acho que percebo porque é que estão tão preocupados: é que o Alfredo Reinado pode começar a falar par asalvar o coiro e contar tudo?
E como costumam dizer os portugueses: quando discutem as comadres, descobrem-se as verdades!

Anónimo disse...

Sr. Reinado está vendo o que é um país que faz cumprir à lei. Que tenha um julgamento justo e pague por seus crimes. A sociedade de TL não pode viver refém deste tipo de figura.
Alfredo
Brasil

Anónimo disse...

Anteontem andava para aí um anónimo a multiplicar as armas (já ia em 8000), ontem apareceu outro a multiplicar os esquadrões, hoje é o Hanoin a multiplicar o seu texto nas caixas de comentários. E isto parece-me tudo ligado Porque o seu texto, indecentemente imoral, mais não faz do que tentar multiplicar a desinformação. Vejamos:

Tenta convencer-nos que há rebeldes em Timor-Leste quando não há. O que há são uns zangados da vida, uns mentirosos frustados e uns desertores arrependidos e assustados que com a prisão do Alfredo estão a ver a vida a andar para trás.

Também nos tenta convencer que estão bestialmente bem armados. Ora sabemos que a quase totalidade das armas do exército estão guardadas, que as da PNTL é que ainda falta saber quantas faltam. Mas mesmo que faltassem muitas as munições esgotam-se, não são eternas pelo que nunca iriam longe na sua aventura.

E por fim tenta convencer-nos que o normal em Timor-Leste é haver umas criaturas acima da lei; primeiro eram os “peticionários”, agora seria o Alfredo. Mas o que é um facto é que os “peticionários” estão fora das forças armadas e o Alfredo e o seu bando estão engaiolados. Estes são os factos, seja qual for a dificuldade do Hanoin em os aceitar.

Você Hanoin não acertou numa. Nem sequer quando fala nos “4 países com forças armadas” que estão aí. Ainda nem sequer percebeu que a GNR é uma força policial?

Anónimo disse...

Julgo que o mais importante nao e multiplicar as armas, mas sim ver qual a origem dessas armas capturadas. Algum especialista pode-nos explicar? Parece-me que asPNTL e as FFDTL nao usam esse tipo de armas...

Anónimo disse...

Infelizmente a margarida demonstrou mais uma vez a sua total falta de vontade ou mesmo capacidade para participar e contribuir em discussoes serias para alem das vulgares trocas de palavras propagandistas.

Perceba que nem todos sao assim e ha os que preferem, para o bem de Timor-Leste, desenvolver discussoes mais serias e ponderadas que visam a compreensao do problema, necessaria para uma resolucao satisfactoria e duradoura da crise.

Lamento que hajam pessoas determinadas em minar o debate construtivo e por isso o bem-estar dos Timorenses.

HanoinTokBa

Anónimo disse...

HanoinTokBa: Em questões de propaganda você leva a taça, ou já esqueceu que aí em cima escreveu que as “demonstrações e actos de violência recomeçados após a detenção do Major Alfredo Reinado poderão mesmo vir a revelarem-se como a ponta do icebergue submerso no mar de insatisfações e frustações sobre o modo como a situação se tem vindo a desenrolar”? E isto depois de ter lembrado que com “milhares de armas ainda fora dos armeiros, as condições estão criadas para um último “showdown” de força”.

E é a esta justificação e apologia da violência criminosa e inconstitucional que agora pretende vender como “discussões mais sérias e ponderadas que visam a compreensão do problema, necessária para uma resolução satisfatória e duradoura da crise” e “debate construtivo”? Isto é você é dos que querem comer o pudim e ficar com ele. Não pode, terá que escolher um dos dois.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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