Díli, 13 Jun (Lusa) - A participação da GNR na futura missão das Nações Unidas em Timor-Leste é imprescindível, defendeu o chefe da diplomacia timorense, José Ramos Horta, no discurso hoje proferido em Nova Iorque perante o Conselho de Segurança da ONU.
Na impossibilidade de se deslocar a Nova Iorque, o discurso de Ramos Horta foi lido pelo Representante Permanente de Timor-Leste na ONU, José Luís Guterres.
Nessa intervenção, Ramos Horta destacou a pronta resposta de Portugal no envio dos 127 militares da GNR para Timor-Leste, considerando que a presença daquela força "foi solicitada por todos os sectores da sociedade timorense".
"É nosso desejo que, numa nova missão da ONU, a GNR desempenhe um papel fundamental na manutenção da lei e da ordem públicas", acrescentou.
Portugal, com a GNR, e ainda a Austrália, Malásia e Nova Zelândia, enviaram efectivos militares e policiais para Timor-Leste, a pedido das autoridades timorenses, para ajudar a restabelecer a ordem e a pôr fim à violência que se regista desde finais de Abril no país na sequência de manifestações encetadas por ex-militares e confrontos opondo militares e polícias.
Ramos Horta abordou ainda os esforços em curso para realizar, "nas próximas duas semanas", um diálogo político inclusivo alargado a todos os intervenientes na actual crise timorense.
"Será co-presidido pelo meu presidente (Xanana Gusmão) e os nossos dois bispos (D. Alberto Ricardo da Silva, de Díli, e D. Basílio do Nascimento, de Baucau)", anunciou.
Em paralelo a esta iniciativa de âmbito político, Ramos Horta destacou o pedido das autoridades políticas, militares, policiais e civis de Díli à ONU para a constituição de uma Comissão Especial de Inquérito independente, para investigar os incidentes violentos e outros assuntos relacionados que contribuíram para a presente crise político-militar no país.
"É nosso forte desejo que a Comissão comece a trabalhar de imediato. Interinamente, a Austrália, através da sua Polícia Federal, em conjunto com o gabinete do Procurador-Geral da República, está a efectuar trabalho preliminar para garantir a segurança em determinadas áreas e preservar as provas existentes", asssinalou.
No seu discurso, Ramos Horta deu ainda conta dos resultados da inventariação e inspecção do armamento distribuído às forças armadas e de segurança timorenses, cumprindo uma decisão do Conselho Superior de Defesa e Segurança de Timor-Leste.
"Os relatórios preliminares que já recebi, demonstram que a operação constituiu um sucesso", disse.
Esta operação foi efectuada ao longo do passado fim-de-semana com o concurso dos adidos de Defesa de Portugal, Austrália, Malásia, Nova Zelândia, Estados Unidos e da actual missão da ONU, a UNOTIL.
A segunda parte desta operação, relativamente à Polícia Nacional, vai ser conduzida ainda esta semana.
"Até ao final da semana, o novo ministro do Interior (Alcino Baris) entregará ao Presidente Xanana Gusmão uma lista completa de todas as armas no inventário da Polícia Nacional. Esta listagem será cruzada com as armas existentes em uso pela polícia ou guardadas nos depósitos", salientou.
Referindo-se à futura missão da ONU, cuja necessidade considera "essencial (...) para reduzir as tensões políticas e diplomáticas", Ramos Horta sustentou a importância de a mesma integrar uma força de manutenção de paz.
Nesse sentido, o chefe da diplomacia timorense defendeu a participação de países da região, designadamente as Fiji, Singapura, Tailândia, Filipinas e a República da Coreia.
EL.
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quarta-feira, junho 14, 2006
Papel da GNR futura missão ONU é imprescindível - MNE Ramos Horta
Por Malai Azul 2 à(s) 00:25
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Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
"Papel da GNR futura missão ONU é imprescindível - MNE Ramos Horta"
E falaram tão mal do homem!
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