Estrasburgo, França, 14 Jun (Lusa) - O Parlamento Europeu vai adoptar q uinta-feira, em Estrasburgo, uma resolução sobre Timor-Leste na qual reclama o r eforço da missão das Nações Unidas no território e mais apoios da comunidade int ernacional e da União Europeia (UE).
O texto de proposta da resolução comum acordado entre as diversas famíl ias políticas da assembleia, ao qual a Agência Lusa teve acesso, aponta também p ara o envio de uma delegação do Parlamento Europeu a Timor-Leste no próximo Outo no, para avaliar a situação política e examinar a adequação dos programas de ass istência da UE.
A resolução sublinha que o papel desempenhado pela comunidade internaci onal, e em particular a ONU e o seu Conselho de Segurança, é de "importância vit al" para o processo de consolidação da democracia na "jovem nação" de Timor-Lest e.
Nesse sentido, defende que "o processo de gradual redução da missão das Nações Unidas em Timor-Leste ao longo dos últimos quatro anos tem de ser invert ido", e solicita o envio urgente de uma força policial sob os auspícios das Naçõ es Unidas para ajudar a restaurar a estabilidade no país.
A resolução sublinha a necessidade de, no respeito pela soberania das a utoridades de Timor-Leste, se estabelecerem canais eficazes de comunicação e col aboração entre as forças internacionais presentes no território, com vista à res tauração da ordem pública e rápida reposição da normalidade institucional.
Ainda no campo da segurança, solicita ao Conselho da União Europeia e à Comissão Europeia que inste as autoridades timorenses a "proibir, dissolver e d esarmar" todos os grupos paramilitares, gangs e civis armados, e a dar conta das preocupação da UE relativamente à violência policial em todos os encontros ofic iais ao mais alto nível que mantenha com o governo de Timor-Leste.
O texto que será adoptado pela assembleia pede à UE e à comunidade inte rnacional que "mantenham e aumentem o apoio necessário para consolidar a democra cia e a cultura democrática em Timor-Leste", concentrando-se designadamente no f omento da cultura multipartidária, na edificação das instituições e no reforço d as redes de educação e de saúde.
Aponta também a urgência de estender a cobertura por parte dos órgãos d e comunicação social a todo o território.
A resolução pede à comunidade internacional que aumente "substancialmen te" o apoio com vista à monitorização efectiva da questão dos direitos humanos e m Timor-Leste e que providencie assistência para o desenvolvimento de grupos loc ais de direitos humanos, bem como serviços locais para vítimas de abusos.
Dirigindo-se aos timorenses, o Parlamento Europeu insta o governo e o p residente a tomarem "todos os passos necessários" para pôr fim à violência e res taurar um ambiente estável em total respeito pela Constituição.
Pede também às partes em conflito para se envolverem num diálogo que in clua todos para discutir as diferenças políticas.
A proposta de resolução tem como co-signatários a deputada socialista A na Gomes, pelo Grupo Socialista, e o líder democrata-cristão José Ribeiro e Cast ro, pelo Partido Popular Europeu, e será votada quinta-feira à tarde, no hemicic lo de Estrasburgo.
Terça-feira, por ocasião de uma reunião do Conselho de Segurança das Na ções Unidas, o secretário-geral Kofi Annan admitiu que a ONU reduziu a sua prese nça em Timor-Leste demasiado rapidamente, e que "tendo em conta o que aconteceu" é preciso reavaliar a presença no terreno.
Todavia, indicou que a ONU não tenciona enviar forças de paz para Timor -leste nos próximos seis meses, e disse esperar que os países que têm actualment e forças no território, como Portugal, continuem a "ajudar a manter a lei e a or dem até que o Conselho de Segurança tome novas decisões".
O Conselho de Segurança reúne-se, novamente, na próxima semana, para pr olongar o actual mandato da missão da ONU em Timor-Leste (UNOTIL), que termina d ia 20, uma decisão desde já saudada na resolução do Parlamento Europeu.
Além de Portugal, que enviou uma força da GNR para Timor-Leste, também a Austrália, Nova Zelândia e Malásia responderam a um pedido das autoridades tim orenses para envio de forças militares e policiais para pôr fim ao clima de viol ência que se vive no país, sobretudo em Díli, desde o final de Abril.
A onda de violência em Timor-Leste já provocou mais de duas dezenas de mortos e cerca de 130 mil deslocados.
ACC.
quarta-feira, junho 14, 2006
PE vai defender reforço da missão da ONU e mais apoios da UE
Por Malai Azul 2 à(s) 18:57
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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