quarta-feira, maio 31, 2006

TIMOR-LESTE

Alkatiri admite demissão caso FRETILIN queira

O primeiro-ministro de Timor-Leste admite apenas vir a demitir-se caso a FRETILIN pretenda essa demissão.

Em entrevista à TSF, Mari Alkatiri explicou ainda que tem condições para continuar a governar, pois tem legitimidade para o fazer.

( 08:59 / 31 de Maio 06 )

O primeiro-ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, admitiu poder vir a demitir-se do governo, mas apenas se a FRETILIN, o seu partido, considerar que isso é necessário.

«Represento um partido que é forte e que tem raízes neste povo.

Se este partido entender que devo ser o bode expiatório para salvar a nação estou disposto a isso.

Tem de ser este partido e não meia dúzia de pessoas nas ruas ou forças externas», explicou à TSF.Apesar de reconhecer que tem menos apoio popular, Alkatiri entende que tem condições para continuar a governar, pois tem legitimidade para o fazer.

«Tenho a consciência que se nos últimos dias não tivesse andado a travar aqueles que são do meu partido e que apoiam a liderança do partido, de certeza que as cidades estariam inundadas não de 150 pessoas a manifestarem-se, nem de 20 pessoas a pedirem o derrube do Governo, mas talvez de cem, 150 e 200 mil pessoas», acrescentou.

O chefe do Governo timorense negou ainda a existência de quaisquer divergências entre o Executivo, o presidente da República e o parlamento timorenses, recordando que o pedido de ajuda internacional foi assinado por todos estes órgãos de soberania.

Sobre a chegada da GNR portuguesa, Alkatiri entende que esta «polícia de intervenção» será capaz de «ajudar a estabilizar a situação em Timor».

«Contamos sempre com o tipo de ajuda de Portugal, institucional e técnica.

E quando se fala em grandes investimentos, nomeadamente infra-estruturas, precisamos também de mobilizar empresas portuguesas para podermos competir e acelerar o nosso processo de desenvolvimento», concluiu.

7 comentários:

Anónimo disse...

(nota prévia: há limpezas neste blog pelo incómodo e chatice que os comentários podem provocar, não? dá vontade de rir de facto)
Anônimo disse...
Admitindo a possibilidade sugerida mais acima sobre a hipotética demissão de Mari Alkatiri, perguntava já: qual será o processo utilizado? Não se refugie o sr PM em algo com que, mesmo que viesse das bases, não deveria ter alinhado. É sintomático... mas avizinha-se resposta em redondo... a FRETILIN acabou de decidir em Congresso que mantinha Mari Alkatiri... (gostaria de saber quantos funcionários públicos estavam no congresso)
Só mais um pormenor: NÃO SÃO OS DELEGADOS DA FRETILIN QUE ESCOLHEM - É O POVO! O POVO ESCOLHEU PARA A CONSTITUINTE! O POVO UMA VEZ MAIS ESTÁ SOZINHO, ABANDONADO PELOS PODERES PORQUE OS MESMOS NÃO TIVERAM A CAPACIDADE PARA RESOLVER OS PROBLEMAS!!!! Esta é que é a realidade! Chamarem a GNR agora (esperemos que chegue a tempo de algo mudar... mantenham os agitadores da Fretilin para alturas de culpa exterior... não agora.... em casa sff) ... mas podiam ter chamado as forças internacionais mal se tinha visto o que se viu: 40% de efectivos fora dá nisto. Foi decidido legalmente ao mais alto nível do funcionamento do Estado de Direito - via Parlamento! Não há condições!
Não é a FRETILIN que escolhe caro senhor... será duplo erro! A Fretilin deveria é ter sido mais democrática - tiveram todos medo! Ponto final... prenúncio?

Quarta-feira, Maio 31, 2006 7:41:56 PM

Anónimo disse...

Infelizmente as suas palavras são tão confusas que pouco ou nada se percebe.

O aspecto gráfico dos seus comentários (só consigo comentar a este nível pois o conteúdo é imperceptível) parecem denotar alguma irritação.

Não só parece não conseguir ler (de facto) o que tem sido dito, como não consegue expressar uma opinião com clareza.

Que pena.

Anónimo disse...

Proposta a Malai Azul:

Por favor sugira que nem gosta do Blog, que não o leia e não comente.

Partam para outro.

Acusam Alkatiri de anti-democrático, mas quando se gera o debate, criticam ... dizem que é um chat!

Se calhar deveríamos ter ambos.

Anónimo disse...

Uma vez mais aparece entre outras coisas a ameaça velada de colocar na rua 100, 150 ou mesmo 200mil pessoas... sem armas e pacíficas por favor, já basta de desordem! Antes do estado de sítio... que já o é na realidade, só assim essa fantástica denonstração hipotética da força de um único partido poderia ter razão de existir à sombra da Constituição, não? Afinal o Governo tem mão, ao que parece na sociedade civil! Está tudo trocado ou o que é que se passa? Será daí que depois irão escolher os efectivos para as futuras forças de defesa de Timor-Leste? Avizinha-se a repetição de erros. Quem foram então os responsáveis por terem existido tantos efectivos que se revoltaram contra os seus legítimos governantes?
E continuem com as manobras de branqueamento aqui no blog que isso é bom... mas é parcial. Se críticas estão a sair desbocadas e a bater mal é porque não há fumo sem fogo e quem o ateou não sei quem foi. Mas se não "desaparecerem" os conteúdos, ainda um dia se pode analisar isso embora nada disso seja o mais importante.
Paz para quem sofreu tanto tempo! Já basta!

Anónimo disse...

Tá confuso? imagino a confusão na cabeça dos refugiados que não acedem a nada, parcial ou imparcialemente e que estão, isso sim, resguardados em locais duvidosos em condições lastimáveis. Isso não perturba? Mas isso é outra guerra que a ajuda internacional vai tentar sanar o mais urgente que consiga, espero eu. Que miséria de facto!

Anónimo disse...

Concordo com o anonimo das 11.25.
Sao incessantes as ameacas do PM em colocar as massas da Fretilin nas ruas. Ninguem que tenha acompanhado a actuacao do PM ao longo destes anos pode ficar surpreso com isso. A sua demonstrada intransigencia e teimosia em se agarrar ao poder ainda vai causar muito sofrimento ao povo. E se fosse um homem com um verdadeiro sentimento de estadista como alguns defendem ja se tinha resignado.
A verdade e que como PM ja perdeu a legitimidade moral para governar e cada dia que passa vai desgastando a legitimidade, que e da Fretilin e nao dele, conquistada nas ultimas legislativas.
Ja dividiu o povo e agora insiste em dividir ainda mais o seu partido obrigando-o a tomar uma posicao em relacao a sua lideranca. Ou sera que se sinta confiante de que o medo incutido nos delegados na ultima votacao de 'braco no ar'ira ainda garantir que ninguem no partido tenha a coragem de contemplar abertamente a possibilidade de o demitir.
O que esta aqui em questao nao e a legitimidade da Fretilin como partido, mas a credibilidade do Dr. Mari Alkatiri como Primeiro Ministro. Se as massas da Fretilin assim bem o perceberem, duvido que consiga meter 200 mil pessoas nas ruas.

Anónimo disse...

Ó Anónimo o que o PM disse hoje já o disse antes até do Congresso da Fretilim. Até deu várias entrevistas - por sinal uma belíssima ao Independente - salvo erro uma semana antes do Congresso e disse exactamente o mesmo que disse hoje. E como sabe no Congresso foi eleito por 97% dos delegados, o Guterres é que nem conseguiu os 20% de assinaturas para se candidatar. Factos são factos e parece-me que você está a tomar os seus desejos por realidades.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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