Atenção que Reinado não diz só que foi traído. Isso já nós sabíamos, desde que Xanana deixou de lhe pagar alojamento na pousada de Maubisse e de o convidar a tomar chá em Balibar. Isso é talvez o menos importante das suas declarações e são contas a acertar entre eles os dois.
Reinado diz que Xanana foi o autor da crise e da "petição". Estas, sim, são acusações muito graves, que mereciam ser investigadas porque vêm confirmar aquilo que a Fretilin sempre disse sobre o "golpe" de 2006.
Se a imprensa portuguesa tivesse reproduzido a entrevista de Reinado (ou pelo menos as partes mais importantes) em vez de só citar os comentários de Alkatiri, talvez isso permitisse aos leitores tirar conclusões pela sua própria cabeça, sem interferências.
Mas lembro que a célebre conversa entre Longuinhos, Leandro Isaac e Agio, elogiando Reinado ("ita-nia asuba'in") e atacando a Fretilin também nunca foi divulgada na imprensa portuguesa. Associando estes dois acontecimentos, facilmente concluímos que o PGR não tem isenção para fazer esta investigação. Talvez nem tenha condições para continuar nas funções de PGR.
Muito pior do que a censura do Estado Novo, que era institucional e transparente, é a actual censura invisível e impessoal que filtra cuidadosamente as notícias que são ou não publicadas, determinando assim aquilo que o povo sabe ou não sabe sobre um determinado assunto.
Lembro também os despachos do juíz Ivo Rosa relativos à interferência do PR no poder judicial, que nunca viram a luz do dia na imprensa escrita ou TV de Portugal.
Parece que a imprensa portuguesa também levou a sério a ameaça de Xanana e ficou com medo de ser presa...
Henrique Correia
sexta-feira, janeiro 18, 2008
O que diz Reinado
Por Malai Azul 2 à(s) 22:43
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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