Notícias Lusófonas
18 Janeiro 2008
O Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, afirmou hoje à Agência Lusa que não guarda "rancor" do antigo chefe de Estado indonésio Suharto apesar de ter sido responsável por milhares de mortos.
"Que Deus, o todo poderoso e misericordioso, o tenha em sua graça", comentou o chefe de Estado timorense a propósito do ex-ditador indonésio, de 86 anos, que continua hoje hospitalizado em estado grave, em Jacarta.
"O homem presidiu a uma ditadura que ensanguentou a Indonésia, com centenas de milhares de mortos, nos anos 60", recordou José Ramos-Horta.
Além disso, "presidiu à invasão e ocupação de Timor-Leste, durante 24 anos, responsável por dezenas de milhares de mortos", acrescentou.
No entanto, "nestas horas, nenhum de nós deve guardar rancor", afirmou José Ramos-Horta à Lusa.
"Oremos a Deus para que o receba no seu seio", disse.
Para o antigo representante da resistência timorense no exterior, "Timor contribuiu sem dúvida para a queda de Suharto".
A ocupação indonésia, entre 1975 e 1999, "foi uma das feridas que sangrou o prestígio indonésio e a sua economia", recordou José Ramos-Horta.
"Mas a queda do regime deveu-se à corrupção e má gestão do país", frisou o presidente timorense.
Segundo Ramos-Horta, "Suharto presidiu à recuperação económica da Indonésia, mas, ao fim de algum tempo, os êxitos que conseguiu na área económica foram comprometidos pela corrupção desenfreada da sua família e de centenas de beneficiários".
O chefe de Estado timorense considerou que "resta pouco da herança de Suharto na Indonésia de hoje, que é uma jovem e dinâmica democracia".
sexta-feira, janeiro 18, 2008
«Não devemos guardar rancor» a Suharto, diz Ramos-Horta
Por Malai Azul 2 à(s) 22:04
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Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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