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Terça-feira, 20 de Novembro de 2007
Malae Belu
GOLPE, A QUANTO OBRIGAS
Desde o ano do Golpe de Estado, 2006, e após o prolongamento da evasão e desentendimento de Reinado com Xanana Gusmão e, pelos vistos, com Ramos Horta, que afirmei ser previsível o assassinato de Alfredo Reinado se por ventura o entendimento entre eles não ocorresse.
O facto de manterem em reserva operacional o ex-comandante da polícia militar, Alfredo Reinado, e seus soldados de fortuna, enquanto não vislumbravam processo airoso para se apossarem completamente das cadeiras do Poder, demonstrou que desse modo podiam sempre causar instabilidade e voltar a recorrer ao terror caso a Fretilin regressasse à governação.
Assim não aconteceu por pura magia de Ramos Horta, recém-eleito presidente da República em troca com Xanana Gusmão.
De facto, através de mágicas alianças, Ramos Horta conseguiu concretizar os seus intentos, de Gusmão, de Howard, dos bispos e de meia-dúzia de famílias privilegiadas da sociedade timorense.
Ramos Horta, presidente em exercício, depois de cansativas consultas que não passavam de costumeiras encenações suas, indigitou e empossou o seu sócio Alexandre Gusmão na cadeira de primeiro-ministro e chefe de um governo denominado AMP que teve a preocupação-mor de enquadrar nos mais altos cargos os seus apaniguados do golpe de estado, assim como os penduras atacados pela febre de se governarem a qualquer preço, que aparecem sempre nestes casos.
Tudo parece ter decorrido conforme o planeado, apesar de alguns acertos a que tiveram de proceder.
Parece, porque nem tudo ainda está de forma a permitir que o assalto ao poder desta dupla não seja estrondosamente desmascarado.
Em todas as movimentações das peças do tabuleiro político nada falhou excepto uma: o homem forte das armas, o homem que em qualquer momento poderia dinamizar e provocar o terror, a instabilidade, Alfredo Reinado.
Este militar das forças armadas timorenses foi quem, mais que ninguém, se prestou ao vedetismo de protagonista da aniquilação da Fretilin e do seu governo. Não o fez por si, mas às ordens de Horta e Xanana. Horta eminência parda, Xanana o histórico comandante revolucionário.
Alfredo Reinado limitou-se a ser voluntarioso, crédulo e obediente a um líder histórico, que possivelmente lhe prometeu mundos e fundos…
É obvio que em tudo isto, Reinado não agiria por iniciativa própria.
XANANA NÃO CUMPRE O PROMETIDO
Ás ordens de Xanana Gusmão, como sempre, Reinado aguardava na montanha o que fazer seguidamente.
O presidente e comandante, como Reinado dizia, ordenou-lhe que descesse à cidade, após aparentemente ter entregue as armas, o que Reinado fez acompanhado pelos seus homens e escoltado por militares australianos, instalando-se em casas junto ao aquartelamento australiano, cedidas por Xanana – segundo Reinado.
Sabe-se que por mera rotina a GNR detectou armamento e outro material de guerra proibido na posse de Alfredo Reinado… O major do comandante Xanana é detido. Essa foi a hora em que Reinado e os seus seguidores começaram a aperceber-se de que Xanana não cumpre.
Era impossível cumprir perante o ocorrido sem demonstrar claramente que Reinado era um dos seus “paus mandados”.
Maldita GNR. Julgava Reinado que ia ser triunfalmente recebido em Díli e vai parar à prisão de Becora por ordem do tribunal!
Xanana estava “entalado”, não sabia como fazer. Só existia uma alternativa: dar a fuga a Reinado e mantê-lo operacional, em banho-maria.
Com o decorrer do tempo Reinado passou a ser um empecilho para os estrategas do golpe de estado.
Não restava outra solução. Deixar “cair” Reinado.
Houve tentativas para o “calar”, várias. A mais flagrante e de conhecimento geral registou-se em Same, onde cinco dos seus homens foram abatidos sem dó nem piedade, com o objectivo de chegarem a Reinado. Mas o major conseguiu escapar e proteger-se contra eventuais repetições de operações de captura.
Ganhou ainda mais o apoio popular enquanto o de Xanana está no ponto de pingar em grafitis frescos onde lhe chamam traidor com todas as letras e em correcto português, tétum, bahassa e inglês.
Actualmente, Reinado confia nele próprio, em exclusivo, e passou a ser a fonte de onde poderá jorrar a verdade sobre o sangue que suja as mãos dos que agora detêm o poder na cidade de Díli.
Ele próprio o diz: “Se for a tribunal, Xanana e Horta também vão!”
MORTES ANÚNCIADAS
Progressivamente tudo se vem tornando claro para os que ainda não há muito tempo defendiam Xanana e Horta deste conluio no golpe de estado e todas as suas terríveis consequências.
Actualmente são muito mais cautelosos e começam a perceber quanto Reinado foi usado para os ditames impostos pela dupla que se apossou de Timor-Leste.
Não se tratam de meras teorias da conspiração mas sim de análises de factos que ocorreram e vão ocorrendo. Que irão evoluindo ou involuindo, depende da perspectiva.
Sabe-se que se Reinado for presente a tribunal irá inculpar muitas personalidades, principalmente o primeiro-ministro e o presidente da república, Xanana e Horta.
Significa isso que há mortes anunciadas. Para além de outros – como Reinado diz – serão Xanana e Horta que morrerão politicamente perante os timorenses. Compreendem-se as suas obstruções à justiça para que Reinado não se sente no banco dos réus.
Se acaso nem um nem outro se sentarem no banco dos réus, significará que Reinado também não se sentou.
Para isso só duas razões poderão ter ocorrido: a morte física de Alfredo Reinado – e assim mandarem-no calar - ou uma engenharia que o reintegre na elite timorense, amnistiando-o, o que significa a morte da Justiça do país - pelas mãos de dois carrascos que o mundo inteiro não imaginava serem capazes de assim se comportarem.
Aconteça o que acontecer já há mortes anunciadas, só falta saber quais.
terça-feira, novembro 20, 2007
QUANDO MANDAM CALAR REINADO?
Por Malai Azul 2 à(s) 03:05
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
3 comentários:
E por tudo isso é que RH deu ordem a Hutcheson para não capturar Reinado e veio a Portugal fazer uma campanha mediática contra o juíz Ivo Rosa.
O Malae Belo! Tens alguma solucao para o problema do Alfredo? Porque nao vais tu agarra-lo ja quees tao justo e recto! se nao tens cala-te e deixa o nosso Timor em Paz e sossego.Homens como tu so servem para criar ainda mais sarilhos sem se importar pelas necessidades do povo. julgas-te dono de Timor? Onde e que estiveste quando os timorenses estavam a ser chacinados desde 75 ate 99? Agora queres actuar como se realmente tens o interesse do povo no coracao.
Mas é precisamente porque há bandidozecos à solta há um ano e meio que TL não tem paz nem sossego e que há mais de 100 000 deslocados a terem que passar a segunda estação das chuvas debaixo de tendas.
E isso não o merece um povo como o Timorense que sofreu o que mais nenhum outro povo sofreu no último quarto do século vinte, onde mais de um terço da sua população foi dizimada apenas por causa da ganância de dois vizinhos poderosos que se entenderam para partilhar a sua riqueza petrolífera.
Todos os Timorenses são donos de Timor-Leste, porque os recursos naturais dos Timorenses são recursos da nação. E nenhum Timorense merece viver ao relento apenas porque houve uns bandidozecos que a mando dos bandidos maiores – Horta e Xanana – provocaram a violência com o fito de minar as forças de segurança da nação e terem pretexto para desalojar o PM legítimo e instalar militares estrangeiros no país.
E o que é intolerável é que quem de facto tem o interesse do povo – de todo o povo - no coração seja ofendido e seja questionado e não os que criaram, alimentaram e continuam a alimentar bandidozecos apenas para safar o seu couro.
A detenção de todos os bandidozecos que andam à solta e a sua entrega à justiça é condição essencial para que a paz e o sossego possam regressar a Timor-Leste.
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