Jornal Nacional Semanário - 22 de Setembro de 2007
O ex. Presidente do Parlamento Nacional e actual Presidente do Partido Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (FRETILIN), Francisco Guterres “Lú-Olo”, afirmou que os votos de confiança dos Deputados atribuídos ao Governo demonstram que o Programa do Governo foi aprovado no Parlamento Nacional, mas refere que o novo problema que o Governo irá enfrentar será a implementação do Programa.
«Com o apoio dos deputados claro que o Programa foi aprovado, mas o novo problema que o Governo irá enfrentar será a sua implementação. Para a implementação do Programa é necessário uma co-participação, ou seja, a participação de todo o povo para que a implementação do programa do Governo seja até à base. Sem a participação de todos, apesar do Governo ter boas intenções, o programa não terá uma boa implementação no terreno, e o povo não vai sentir o que é que este Governo deseja realizar na base», afirmou Lú-Olo ao Jornal Nacional Diário, na “Uma Fukun”, no Parlamento Nacional, quando acompanhou o debate sobre o Programa do IV Governo Constitucional.
O ex. Presidente do Parlamento Nacional salientou que o Programa do Governo é muito genérico, o que significa que não há uma explicação específica. Além disso, a maioria do conteúdo do programa tem referências ao Programa do Governo anterior, havendo programas adicionais nas áreas da reforma da assistência social.
«Não citaram uma grande diferença, como a projecção do futuro de Timor-Leste na área de economia, em essencial como é que Timor-Leste se tornou um Estado sustentável com o seu próprio orçamento e a sua própria capacidade de desenvolver o País», explicou Lú-Olo.
Segundo o antigo Chefe do Órgão Legislativo, apesar de terem dito que vão falar sobre o assunto na apresentação do orçamento, no Programa devia ter sido citado também para que as pessoas pudessem ter conhecimento sobre o que é que Timor-Leste deseja desenvolver no seu futuro. Na área da educação, o Governo dá mais prioridades aos sectores privados. O Governo dará subsídio ou apoio financeiro a estes sectores para que estes sejam autónomos e não estejam dependentes do sector público, e se possam criar campos de trabalho. O mesmo acrescentou que dar incentivo não significa dar apoio.
«Em relação à atribuição de incentivos, os critérios devem ser claros. Qual é o modelo do sector cooperativo? No seguimento desta questão, a relação com a área de investimento nacional e estrangeiro não é clara. Mas, a resposta dada foi apresentada como apenas uma intenção do Governo» explicou Lú-Olo. O mesmo admitiu que se o Programa fosse aprovado, se veria depois a sua implementação. Lú-Olo acrescentou que a aprovação do documento é uma coisa e que a sua implementação é outra totalmente diferente.
O Programa do Governo está, geralmente, dividido em duas partes: uma a curto prazo e outra correspondente à duração do mandato do Governo. «Em relação ao curto prazo, citaram seis meses, mas não sabemos se conseguem implementar o programa neste curto prazo, pois será complicado. Ainda não sabemos qual é o número de orçamento a ser gasto em seis meses e, também, não sabemos o orçamento do ano seguinte» explicou.
Na ocasião, o ex. Presidente do PN salientou que ao longo do debate sobre o Programa, que durou três dias, ocorreram várias falhas. «No debate sobre o Programa do Governo e na sessão plenária normal ocorreram várias falhas na mesa parlamentar, porque a mesa não conseguiu dominar o tempo, tendo permitido que os deputados falassem à vontade. Quando os deputados acabavam de falar é que a mesa retomava o tempo. As outras falhas são referentes às perguntas e às críticas que precisavam de explicação da mesa, em especial, do Primeiro-Ministro, pois estes assuntos não obtiveram resposta. Portanto, posso afirmar que houve algumas falhas normais neste debate sobre o programa», afirmou.
Apesar das falhas, o debate do segundo dia decorreu bem, o Presidente do Parlamento deu oportunidade a todos os Deputados para apresentarem as suas críticas, sugestões e propostas a fim de se corrigir o Programa do Governo.
segunda-feira, setembro 24, 2007
Lú-Olo: “O Governo enfrentará problemas na implementação do Programa”
Por Malai Azul 2 à(s) 01:52
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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