quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Indonesia Army Burned Suspected Bodies Of Journalists-Witness

Associated Press - Tuesday, February 13, 2007

Sydney - Indonesian commanders ordered their troops to burn a pile of bodies believed to be those of five journalists killed during Jakarta's 1975 invasion of East Timor, according to testimony Tuesday.

The five journalists - two Britons, two Australians and a New Zealander - died during an attack by Indonesian special forces on the town of Balibo on Oct. 16, 1975.

The Indonesian government says the reporters were accidentally killed in crossfire, but the family of one of the victims, British-born Brian Peters, insists he was murdered.

Last week, the New South Wales state coroner called an inquest to examine the circumstances of Peters' death. In Australia, a state coroner can investigate any resident's death not due to natural causes, especially if the circumstances are deemed suspicious.

Peters was a resident of New South Wales working for an Australian television network when he died.

On Tuesday, a former Indonesian soldier testifying under a pseudonym for fear of retaliation said his officers gave him kerosene and ordered him to re-burn a pile of bodies that had already been charred a few days before.

The witness told the Glebe Coroner's Court he was told to burn "some of their organs" and "the rest of their remains." He said he believed the bodies belonged to the foreign journalists, but that he could not tell how many bodies there were because they were badly burnt.

He said he saw a camera and a radio in the tangled remains.

Previous witnesses have testified they saw Indonesian soldiers, led by former commander Yunus Yosfiah, fire on the unarmed journalists and then set fire to their bodies.

Another witness, Augusto Perreira, told the court that around the time of the newsmen's deaths, he had seen Indonesian soldiers punching two Caucasian men who were holding their hands up in a surrender gesture.


The journalists were killed as Indonesian special forces attacked a local militia that had claimed sovereignty in East Timor after Portugal abandoned its former colony. The attack was a prelude to a full Indonesian invasion in December of that year.

After its invasion, Indonesia ruled the half-island territory until 1999, when a U.N.-organized plebiscite resulted in an overwhelming vote for independence. As they withdrew, Indonesian troops and their militia auxiliaries destroyed much of the country's infrastructure and killed at least 1,500 people.

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Australian Broadcasting Corporation - Tuesday, February 13, 2007

Ex-minister ordered burning of Balibo bodies, court told

A coronial inquest in Sydney has heard evidence that a military commander who later became an Indonesian government minister ordered the burning of the bodies of five Australian journalists, who were killed during Indonesia's invasion of East Timor.

A witness, codenamed Glebe 7, has told the inquest into the death of Australian cameraman Brian Peters he set fire to five bodies in the 'Chinese house' at Balibo three days after Indonesian troops arrived on October 16, 1975.

Other witnesses have said the Australians were killed in or next to the Chinese house.

Glebe 7 says he was informed the order had come from the Indonesian Army's commander in chief, Yunus Yosfiah, who became Indonesia's Information Minister in 1998.

He says he poured kerosene on the bodies and set them alight, after which he was told to leave.

He told the inquest the bodies had already been burnt.

The witness says he was warned that if he told anyone about it, he could be killed.

Glebe 7 says he could not tell whether the bodies were European but he had been told whites had been in Balibo.

He said he saw a camera, a radio and an antennae in the same room as the bodies, but could not remember seeing a microphone.

The hearing continues.
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1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Testemunha: Forças Armadas da Indonésia queimaram os corpos dos jornalistas
Associated Press - Terça-feira, Fevereiro 13, 2007

Sydney - Os comandantes Indonésios ordenaram às suas tropas para queimar um monte de corpos que se acredita serem dos desses cinco jornalistas mortos durante a invasão por Jacarta em 1975 de Timor-Leste, de acordo com um testemunho na Terça-feira.

Os cinco jornalistas - dois Britânicos, dois Australianos e um da Nova Zelândia - morreram durante um ataque pelas forças especiais Indonésias na cidade de Balibo em 16 de Outubro de 1975.

O governo Indonésio diz que os repórteres foram mortos acidentalmente num fogo-cruzado, mas a família de uma das vítimas, o Britânico por nascimento Brian Peters, insiste que foi assassinado.

A semana passada, o investigador estatal de New South Wales abriu um inquérito para examinar as circunstâncias da morte de Peters. Na Austrália, um investigador estatal pode investigar a morte de qualquer residente que não seja devida a causas naturais, especialmente se as circunstâncias parecerem suspeitas.

Peters era um residente de New South Wales a trabalhar para uma rede de televisão Australiana quando morreu.

Na Terça-feira, um antigo soldado Indonésio, a testemunhar sob pneudónimo por medo de retaliação, disse que o seu oficial lhe deu querosene e lhe ordenou para re-queimar uma pilha de corpos que já tinham sido queimados alguns dias antes.

A testemunha disse no Tribunal do Investigador de Glebe que lhe foi dito para queimar "alguns dos seus órgãos " e "o que restava." Disse que acreditava que os corpos pertenciam aos jornalistas estrangeiros, mas que não sabia quantos corpos eram porque tinham estavam bastante queimados.

Disse que viu uma câmara e um rádio misturado com os restos.

Testemunhas anteriores testemunharam que viram soldados Indonésios, liderados pelo antigo comandante Yunus Yosfiah, disparar contra jornalistas desarmados e depois deitar fogo aos seus corpos.

Uma outra testemunha, Augusto Perreira, disse ao tribunal que por altura da morte dos jornalistas, tinha visto soldados Indonésios a baterem em dois homens Caucasianos que tinham as mãos levantadas num gesto de rendição.

Os jornalistas foram mortos quando forças especiais Indonésias atacaram uma milícia local que tinha reclamado a soberania em Timor-Leste depois de Portugal ter abandonado a sua antiga colónia. O ataque foi um prelúdio da invasão Indonésia completa em Dezembro desse ano.

Depois da sua invasão, a Indonésia governou o território da meia-ilha até 1999, quando um plebiscito organizado pela ONU resultou num poderoso voto pela independência. À medida que retiraram, tropas Indonésias e as suas milícias auxiliares destruíram muita das infra-estruturas do país e mataram pelo menos 1,500 pessoas.

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Australian Broadcasting Corporation - Terça-feira, Fevereiro 13, 2007

Foi dito no Tribunal que ex-ministro ordenou a queima dos corpos de Balibo

Um inquérito em Sydney ouviu evidência que um comandante militar que mais tarde se tornou um ministro do governo Indonésio ordenou que queimassem os corpos dos cinco jornalistas Australianos, que foram mortos na invasão de Timor-Leste pela Indonésia.

Uma testemunha, com o nome de código de Glebe 7, disse no inquérito à morte do operador de câmara Australiano Brian Peters que deitou fogo aos cinco corpos na 'casa Chinesa' em Balibo três dias depois das tropas Indonésias terem chegado em 16 de Outubro de 1975.

Outras testemunhas disseram que os Australianos foram mortos na casa Chinesa ou perto dela.

O Glebe 7 diz que foi informado que a ordem veio do comandante em chefe das Forças Armadas Indonésias, Yunus Yosfiah, que se tornou o Ministro da Informação da Indonésia em 1998.

Diz que despejou querosene nos corpos e deitou fogo, depois do que lhe disseram para sair.

Disse no inquérito que os corpos já tinham sido queimados antes.

A testemunha diz que foi avisada que se contasse isso a alguém, que seria morto.

O Glebe 7 diz que não pode dizer se os corpos eram de Europeus mas que lhe tinham dito que tinham estado brancos em Balibo.

Diz que viu uma câmara, um rádio e uma antena no mesmo quarto (onde estavam) os corpos, mas que não se conseguia lembrar de ter visto um microfone.

A audição continua.
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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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