quarta-feira, maio 24, 2006

Manifesto. Portugueses não abandonam Timor-Leste

Gostariamos de deixar bem claro, o seguinte sobre a notícia da Lusa "Portugueses serenos mas prontos a abandonar o país, se necessário" :


1. Não existe qualquer semelhança entre nós e os "serenos" portugueses prontos a abandonar o país sentados no café do Hotel Timor a falar com a Lusa.

2. A maioria dos portugueses que se sentam no café do Hotel Timor não se assemelha com os portugueses que estão prontos a abandonar o país.

3. Idem para os que não se sentam no Hotel Timor.
4. Idem para os que estão verdadeiramente serenos.
5. Idem para os que nem estão muito serenos.
6. Idem para os desassossegados.
7. Idem, até, para os que estão em Oecussi!


PORQUE A MAIORIA DOS PORTUGUESES NÃO ABANDONA TIMOR-LESTE.


PORQUE A MAIORIA DOS PORTUGUESES, QUE CÁ TRABALHAM E VIVEM, SE NÃO FOREM OBRIGADOS À FORÇA, NEM SAI DE CÁ HAJA O QUE HOUVER.

TIMOR-LESTE, LOVE IT OR LEAVE IT.

Cavaco liga ao Mendes...

Em nome dos velhos tempos...

Dos leitores (9)


"Este Manageiro saíu-me cá uma abécola...

Se ainda não sabe qual a missão que vai estar atribuída à GNR porque não se cala até saber?
Muito gosta esta gente de "botar faladura" nem que seja para dizer asneiras.
Mas é assim: agora já pode recortar a notícia e depois mostrar aos filhos e aos netos.
E talvez fazer uma moldura e colocar em cima do "pechiché"...
Foi o seu momento de glória! "

Ana Gomes lança candidatura...

Pedido apoio militar é "admissão falhanço" autoridades - Ana Gomes

Lisboa, 24 Mai (Lusa) - O pedido de apoio para assistência militar e policial internacional feito hoje por Timor-Leste é uma "admissão de falhanço" das autoridades timorenses, incapazes de controlar a situação de segurança, disse hoje Ana Gomes.

"O pedido hoje feito é uma admissão de falhanço na manutenção da ordem. Temos forças policiais que falharam e estão divididas e forças militares que também combatem ex-forças militares", assinalou, contactada telefonicamente pela Agência Lusa.

Na sua opinião, "boa parte da crise que desencadeou o incidente de 28 de Abril vinha de trás e gerou-se uma situação de medo que, unido ao trauma da população, fez a população ter desertado da cidade".

"Podem haver muitas desculpas e intervenções encobertas que expliquem esta situação, mas nada permite escamotear a responsabilidade que as próprias autoridades timorenses tem na forma como não souberam resolver o conflito e não souberam debelar a situação, dando azo à situação que hoje se vive", sublinhou.

A ex-embaixadora de Portugal em Jacarta e actual eurodeputada socialista, que está em Díli desde o passado dia 20, considerou no entanto "positivo" o facto de as principais autoridades timorenses se terem apresentado hoje "unidas", aquando do anúncio do pedido de apoio a Portugal, Austrália, Malásia e Nova Zelândia.

"A situação agora está mais calma - considerou -, em boa parte pelo facto de as autoridades timorenses, presidente, primeiro- ministro, ministro dos Negócios Estrangeiros e presidente do Parlamento, terem hoje aparecido juntas".

"É um sinal positivo e por si só transmite uma mensagem importante para o conjunto da população", vincou, afirmando no entanto que "há questões políticas de fundo a resolver entre as autoridades timorenses".

Segundo Ana Gomes, o envio dessa força internacional permitirá também ajudar a "acalmar a população".

"O facto de os australianos e os portugueses terem imediatamente anunciado corresponderem a esse pedido tem também aqui um efeito calmante e tranquilizante junto da população", observou.

"Esta intervenção de hoje foi certa, foi dura, foi custosa, mas certa. O facto de as autoridades terem aparecido unidas é importante", insistiu.

Para Ana Gomes, que frisou estar em Díli a "título pessoal", a situação em Timor-Leste é hoje marcada por "um défice tremendo de comunicação entre as autoridades e a população".

A ex-embaixadora defendeu que esse "défice" deve ser colmatado quer pelos governantes com "mais capacidade para comunicar", quer utilizando o "poderoso veículo de comunicação que é a Igreja Católica".

"Como uma cidadã timorense me disse hoje, as autoridades têm de ter um discurso amável para com um povo que tanto sofreu. É preciso amabilidade nas intervenções dos dirigentes e não ironia", referiu.

Ana Gomes criticou o facto de a cooperação internacional ainda não ter conseguido ajudar a criar meios de comunicação que abranjam a totalidade do território e que seriam úteis para "combater o meio de comunicação privilegiado que é o rumor, que agrava a situação de insegurança e espalha o medo".

Na avaliação da eurodeputada, a comunidade portuguesa residente em Timor-Leste está a lidar com a situação "com serenidade".
ASP.

Dos leitores (8)

"Não se conhece na realidade quem pode aconselhar com consistência o Presidente do PSD em matérias de politica externa... elas têm sido tantas, e o silêncio tão forte, que só por isso se pode entender a ausência de alguma posição sobre a situação em Timor leste.

Á espera deste Governo e deste MNE???!!!!"

3.000 visitas ultrapassadas

obrigado.

Fontes próximas e distantes...

GNR e Pedro Bacelar de Vasconcellos chegam dentro de dias.

Timor-Leste não estás só.

Mais uma vítima

Major Alfredo Reinado admite mais um morto e três feridos

Díli, 24 Mai (Lusa) - O major Alfredo Reinado, comandante das forças que hoje atacaram o Quartel-General das forças armadas timorenses, disse ter sofrido um morto entre os seus homens durante os confrontos de hoje em Díli.

Lá em Camberra há telefones...

Equipa militar avançada chega a Díli quinta-feira - PM australiano

Camberra, 24 Mai (Lusa) - Uma equipa militar australiana avançada chega a Díli quinta-feira para finalizar com as autoridades timorenses os pormenores da composição e mandato de uma força de até 1.300 homens a destacar nos próximos dias, disse o primeiro-ministro interino australiano.

Peter Costello disse aos jornalistas que a equipa, liderada pelo tenente-general Ken Gillespie, deverá chegar a Díli quinta-feira de manhã, acompanhada de elementos do Ministério dos Negócios Estrangeiros que analisarão o tema com o governo timorense.

Costello confirmou ter já recebido o pedido formal de assistência de Díli e assinalou que o governo australiano "está disposto a responder positivamente, com base em condições adequadas a ser acordadas entre os dois governos".

"Vamos fornecer assistência militar para restabelecer e manter a ordem pública", afirmou.

O ministro da Defesa australiano, Brendan Nelson, informou que os primeiros 1.000 a 1.300 soldados poderão chegar a Timor-Leste durante a tarde de quinta-feira, se o governo timorense der um aval positivo ao envio.


Além dos efectivos, a Austrália tem já preparados três navios - o Kanimbla, o Tobruk e o Manoora - além de helicópteros, tanques e outros meios de transporte pesado.

O Kanimbla é um navio de transporte de pessoal e meios, o Manoora um anfíbio e o Tobruk um navio de transporte pesado.


Costello confirmou que o Manoora e o Tobruk já partiram do porto de Townsville, mas estão ainda em águas australianas, mas escusou-se a precisar onde se encontra actualmente o Kanimbla, que saiu hoje à tarde do porto de Darwin.

A decisão do envio de tropas australianas foi tomada durante uma reunião de hoje do Comité Nacional de Segurança, do Conselho de Ministros, em Camberra. Uma nova reunião está agendada para quinta- feira de manhã, quando se espera o regresso do primeiro-ministro, John Howard, que visitou a Irlanda.

Alexander Downer cancelou uma visita planeada ao Japão para acompanhar a situação.

Segundo Costello, o governo apelou já a empresas aéreas para aumentarem o número de voos para Díli para retirar cidadãos australianos que eventualmente queiram sair.
ASP.

Em directo do café do Hotel Timor

Portugueses serenos mas prontos a abandonar país, se necessário

Díli, 24 Mai (Lusa) - Os cerca de 500 portugueses residentes em Díli ag uardam serenamente o evoluir da crise político-militar em Timor-Leste e estão pr ontos para abandonar o país, se para tal forem aconselhados pela embaixada de Po rtugal.

"Estamos a depositar a confiança na embaixada portuguesa. São eles que, em caso de necessidade, vão assegurar a nossa saída de Timor-Leste," disse Vasc o Leitão, funcionário português do ministério das Finanças timorense.

As mais recentes recomendações da embaixada portuguesa em Timor-Leste s ão para os portugueses se manterem em casa, prontos para abandonar o país em cas o de necessidade, mas tal não foi ainda considerado necessário pela representaçã o diplomática de Portugal.
"O dia de hoje foi passado com calma, sem pânico, seguindo as informaçõ es do governo e da embaixada," disse Vasco Leitão.


"Temos seguido escrupulosamente todas as instruções da embaixada, fican do em casa e acompanhado, de uma forma serena, as informações que nos têm chegad o da embaixada e pelos órgãos de comunicação social," disse Teresa Calado, educa dora de infância.

Esta portuguesa considerou que uma das maiores dificuldades ao longo do dia foi "distinguir o que é rumor do que é informação factual." "Apesar de tudo, já fomos criando uma rotina. Mal recebemos as informaç ões da embaixada, fazemos um saco com roupas e documentos, só para o caso de ser necessário deixar o país," afirmou Teresa Calado.

Na opinião dos portugueses entrevistados pela Agência Lusa, os confront os de hoje, entre os homens liderados pelo major Alfredo Reinado e as Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), não têm consequências directas para c omunidade internacional porque decorreram nos arredores de Díli.

"Os portugueses não sentem insegurança, estão a tentar levar a vida mai s normal possível e, mesmo os que não foram hoje trabalhar, por sugestão das ins tituições onde desempenham funções, mantiveram-se ordeiramente em casa," disse V asco Leitão.

..

O director do hotel Timor, cujo bar e o restaurante são dos locais mais frequentados pela comunidade portuguesa, disse à Lusa que o movimento se mantev e normal, apesar de alguns funcionários terem abandonado os postos de trabalho.

"A única preocupação é se as reservas feitas para os próximos dias se m anterão," adiantou José Corte-Real.

RBV

Bem... cada um faz a reportagem donde está. Os que cá estão nem sempre acertam à primeira, fora do hotel Timor..


Gostava de saber com quem é que o Dr. Marques Mendes se anda a aconselhar sobre Timor-Leste...

PS apoia decisão do Governo e diz que haverá cobertura da ONU

Lisboa, 24 Mai (Lusa) - O PS disse hoje apoiar qualquer decisão do Gove rno sobre o envio de forças de segurança portuguesas para Timor-Leste e manifest ou-se seguro de que "haverá cobertura" por parte da ONU à missão internacional p ara ajudar aquele país.

"O PS apoiará qualquer decisão que o Governo tome sobre a participação portuguesa nos esforços internacionais de auxílio a Timor-Leste na superação des ta crise político-militar", declarou à agência Lusa o porta-voz socialista, Vita lino Canas.
"Timor-Leste é um país que acarinhamos e acompanhamos com preocupação e sta grave crise político-militar", disse o dirigente do PS, que considerou que " a situação é urgente" e exige "uma actuação urgente", mas afastou o cenário do e nvio de forças de segurança à margem das Nações Unidas (ONU).


Segundo Vitalino Canas, "terá de haver alguma cobertura por parte da ON U, não terá de ser necessariamente o Conselho de Segurança, mas será necessário qualquer outro tipo de decisão e de indicação", do qual dependerá "os termos da participação portuguesa".


Esperemos que não seja com alguém de uma conhecida família timorense (que até é militante do PSD) da oposição ao governo de Mari Alkatiri.

Lusa dá cobertura a Timor-Leste

Até que enfim, meus senhores:

MDR/EL/RBV/ASP/PMF/GC/MV/LMP/PNG/VM/MCL.

Quanto tempo falta?

Lusa - Portugal recebe pedido formal de ajuda, pede decisão rápida da ONU

...
"Em declarações à Agência Lusa, o porta-voz do MNE, António Carneiro Jacinto, afirmou que o chefe da diplomacia portuguesa, Diogo Freitas do Amaral, está em contactos com os homólogos da Austrália, Nova Zelândia e Malásia para pedirem à ONU "uma decisão rápida que confirme plena autoridade internacional à força de segurança que se está a criar"."

...

Falta de informação? Deviam ter vergonha de utilizarem esta questão para fazer oposição gratuita

PSD "estranha e lamenta" ausência de contactos do Governo

Lisboa, 24 Mai (Lusa) - O PSD "estranha e lamenta" a ausência de contactos do Governo com os sociais-democratas na questão de Timor-Leste, "ao contrário do que sempre aconteceu" em matéria de política externa, disse hoje à Lusa fonte oficial do partido.

"O PSD estranha e lamenta não ter havido qualquer contacto do Governo com o partido, ao contrário do que sempre aconteceu em relação à política externa ", afirmou a fonte.
Sobre o possível envio da GNR para Timor-Leste, os sociais-democratas não quiseram ainda pronunciar-se.


"O PSD, em tempo oportuno, depois de ter conhecimento de todos os factos, analisará este caso", disse a mesma fonte.

Até o PCP...

PCP concorda com envio GNR "em força internacional sob égide ONU"

Lisboa, 24 Mai (Lusa) - O PCP afirmou hoje que concorda com o envio de um contingente da GNR para Timor-Leste integrado numa "força internacional sob a égide das Nações Unidas com carácter preventivo", sublinhando que "seria ilógic o" considerar outro quadro.

"O quadro que conhecemos é de coordenação com as Nações Unidas, é nesse quadro que estamos de acordo", afirmou à Lusa o membro da comissão política do PCP Ângelo Alves.

Para o dirigente comunista, "seria um pouco ilógico considerar outro qu adro, até porque as Nações Unidas decidiram prolongar a sua missão em território timorense".

"O PCP estará de acordo com o envio de uma força internacional sob a ég ide das Nações Unidas com carácter preventivo com a participação de um contingen te da GNR", disse, alertando que esta missão "não pode servir de pretexto para i ngerências externas".

Para Ângelo Alves, "é prematuro e até irresponsável falar de guerra civ il" em Timor, considerando que a situação "é complexa" mas "está longe de pôr em causa a unidade do povo timorense e a legitimidade do Governo eleito".

"O PCP entende expressar neste momento uma palavra de solidariedade par a com o povo timorense e de desejo de um rápido regresso à normalidade e estabil idade do país, são esses os fundamentos da consolidação da independência de Timo r-Leste", salientou Ângelo Alves."
...

Oposição portuguesa apoio envio de GNR

CDS-PP apoia envio da GNR num "quadro multilateral"

Lisboa, 24 Mai (Lusa) - O CDS-PP manifestou hoje o seu apoio ao envio d e um contingente da GNR para Timor-Leste, já anunciado pelo Governo, sublinhando que este deve ser feito "num quadro multilateral e através de resolução das organizações internacionais".

Para o deputado do CDS-PP João Rebelo, os democratas-cristãos apoiam o envio de uma força da GNR para Timor-Leste porque "Portugal deve ajudar Timor a restabelecer a unidade e paz".

"Portugal tem a responsabilidade de participar neste esforço, que dever á ser feito num quadro multilateral e através de resolução de organizações inter nacionais", precisou João Rebelo, em declarações à Lusa.

O deputado democrata-cristão, responsável pelas questões de defesa e re lações internacionais na bancada do CDS, sublinhou que os conflitos que se regis tam em Timor "são problemas de crescimento e estabelecimento de um Estado de Direito".

"É agora o momento certo para evitar derrapagens que poderiam ser ainda piores no futuro", defendeu."
...

Hoje é o dia dos Chefes de Estado

Portugal ajudará a resolver situação "bastante grave" - Cavaco

Lisboa, 24 Mai (Lusa) - O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, considerou hoje "bastante grave" a situação em Timor-Leste e assegurou que Portugal "fará tudo o que estiver ao seu alcance" para ajudar a restabelecer a tranquilidade no país.

"De acordo com as informações de que dispomos, a situação em Timor-Leste é bastante grave. Portugal está solidário com o povo de Timor e fará tudo o que estiver ao seu alcance para que se restabeleça um clima de paz e tranquilidade ", afirmou Cavaco Silva, no final de uma visita ao Estado-Maior General das Forças Armadas, em Lisboa.

Cavaco Silva afirmou ainda que está "a acompanhar em permanência" com o Governo a evolução da situação em Timor-Leste.
PGF.

Outro que não percebe nada disto...Ou está de má fé?..

BE "muito reticente" ao envio de forças militares ou militarizadas

Lisboa, 24 Mai (Lusa) - O Bloco de Esquerda manifestou-se hoje "muito r eticente" ao envio de forças militares ou militarizadas para Timor-Leste, sublin hando que a situação naquele país é de "conflito interno e não de ameaça externa ".

"Seja com o apoio das Nações Unidas ou não, para já, a nossa posição é bastante reticente porque se trata de um conflito interno e a nossa presença pod eria até ser contraproducente", afirmou à Lusa o líder parlamentar do BE, Luís F azenda.

No entanto, Fazenda frisou que "neste momento, não se sabe nada".

"Precisamos de saber com prudência com que natureza vem proposta essa a juda e que conteúdo teria. Nestas circunstâncias, com cautela, o BE é muito reti cente ao envio de forças militares ou militarizadas", sublinhou."
...

A propósito, então a esquerda portuguesa não apoia este governo "marxista"?

Situação controlada, responsáveis serão apanhados- Alkatiri


Lisboa, 24 Mai (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, garantiu hoje que a situação na capital timorense e nos arredores "está controlada", reconhecendo que a população ainda sente medo, mas que os responsáveis pelos ataques de hoje serão "apanhados".

"Neste momento a situação está controlada, mesmo na capital.

No resto do território não tem havido nada, nos arredores de Díli ontem (terça-feira) e hoje houve alguns confrontos mas posso garantir que a situação está sob controlo", disse à Lusa.

"Aqueles que começaram com a violência vão ser apanhados. Com os que ainda não usaram a violência, vamos manter o clima de diálogo", sublinhou.

Contactado telefonicamente, Mari Alkatiri escusou-se a precisar o número de rebeldes e de forças de segurança do Estado envolvidos nos confrontos de hoje, explicando que no ataque ao quartel das Forças de Defesa (F-FDTL) terão sido usadas "cerca de 10 armas automáticas".

"As pessoas mais activas estão a apoiar o Estado e o Governo.

Mas a população em geral vive ainda um clima de medo e de pânico, o que é mais difícil de se gerir", explicou.

"Essa é a razão fundamental porque achamos que a presença de uma força internacional pode devolver estabilidade e confiança à população", frisou, referindo que as cartas com o pedido de apoio internacional formulado pelo Governo, e assinadas por ele próprio, pelo Presidente da República Xanana Gusmão e pelo presidente do Parlamento nacional, Francisco Lu'olo já seguiram para Lisboa, Camberra, Auckland e Kuala Lumpur.

O Governo timorense apelou hoje a estes quatro países para o envio de contingentes de segurança para apoiar as forças timorenses nos esforços de estabilização da situação de segurança em Timor-Leste.

"Ainda há detalhes e acertos mas estamos à espera que em breve cheguem os grupos avançados", disse, lembrando que Camberra confirmou poder ter os primeiros militares no terreno num período de 48 horas.

Questionado sobre o relacionamento entre as várias instituições do Estado timorense - na sequência de críticas sobre alegada falta de concordância entre a posição do Governo e da presidência da República -, Mari Alkatiri explicou que houve uma diferença de opinião sobre a estratégia a adoptar.

"Nunca tive dúvidas em relação à solidariedade institucional.

A questão que se colocava era de que havia mais confiança do Presidente da República e do Ministro dos Negócios Estrangeiros na via do diálogo, do que eu tinha, porque considerava que as pessoas só queriam ganhar tempo".

"Eu também prefiro a vida do diálogo, não sou defensor da guerra e dei um tempo para que os que tinham mais fé no diálogo pudessem usar as influências e ajudar a encontrar uma solução", explicou ainda.

Mari Alkatiri disse que a situação se alterou radicalmente com a decisão "do senhor Reinado enveredar pelo caminho da violência".

"Ele decidiu enveredar pela violência e outros decidiram acompanhá-lo e agora terão que se responsabilizar pela via que escolheram", afirmou.

O chefe do Governo disse ainda que apesar de "pequenos problemas" associados ao facto de ambas as estruturas serem "jovens", todos os elementos das F-FDTL (Falintil-Força Defesa de Timor-leste) e da PNTL (Polícia Nacional de Timor-Leste) continuam "leais às suas hierarquias e ao Estado".

ASP.

Por favor não mandem para cá este GNR. Não percebeu nada.

Lusa - Envio da GNR deve ser avaliado pelo Parlamento - José Mangeiro

Lisboa, 24 Mai (Lusa) - O presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) disse hoje que o envio de militares da Guarda Nacional Republicana para Timor-Leste deve ser avaliado pela Assembleia da República.

"Qualquer envolvimento da GNR em missões de natureza militar deve ser objecto de avaliação da Assembleia da República" porque "o enquadramento legal que se vai desenvolver é do âmbito das forças armadas", adiantou José Manageiro à Agência Lusa.

Díli pediu hoje apoio militar internacional para estabilizar a situação em Timor-Leste na sequência de um ataque de forças rebeldes ao quartel-general das Forças Armadas, que degenerou em confrontos em vários pontos dos arredores da capital."

Chega de lhes chamarem forças rebeldes. Vejam lá aí na Lusa se chegam a um acordo quanto ao que lhes chamam. E NÃO HÁ FORÇAS REBELDES!...

"Na opinião de José Manageiro, a GNR é uma força policial e o que está em causa neste momento em Timor são conflitos provocados por estruturas militares de um país soberano."

Conflitos provocados por estruturas militares. Quem é este senhor?

"No fundo, e caso seja enviada uma companhia da GNR para Timor, está irá "substituir as forças armadas", considerou.

"Quem está a provocar distúrbios em Timor são as forças armadas" e, segundo José Manageiro, "em princípio não deveria ser uma força policial como a GNR a intervir neste tipo de conflitos"."

Outra vez? Espero que este senhor não esteja no activo e que não ponha os pés em Timor-Leste.

GNR a caminho

MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS (Portugal)

GABINETE DE INFORMAÇÃO E IMPRENSA

COMUNICADO DO MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS


Perante o agravamento da situação em Timor-Leste e, particularmente, em Díli, às 7h30 desta manhã (hora de Lisboa), o Presidente Xanana Gusmão, acompanhado do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Ramos Horta, convocou todo o Corpo Diplomático e lançou um apelo veemente à Comunidade Internacional para que envie uma força de segurança multinacional capaz de assegurar a tranquilidade pública.
O Presidente dirigiu esse apelo, em especial, a Portugal, à Austrália, à Nova Zelândia e à Malásia. No nosso caso, o apelo foi confirmado por escrito em documento assinado por todos os órgãos de soberania.

O Governo Português já respondeu (às 10h30 da manhã de hoje) ao apelo das autoridades timorenses, afirmando a sua disponibilidade para integrar – em princípio com um contingente da GNR – a força multinacional solicitada, em termos a acordar e desejavelmente com cobertura do Conselho de Segurança da ONU.

O Senhor Primeiro-Ministro encarregou o Ministro dos Negócios Estrangeiros de contactar os seus homólogos da Austrália, Nova Zelândia e Malásia, a fim de coordenar os esforços dos quatro países referidos e de sensibilizar as Nações Unidas para a necessidade de uma decisão rápida que confirme plena autoridade internacional à força de segurança que se está a criar.

Lusa dos bons velhos tempos...

Lusa (hoje) até às 20:00 locais:


Timor-Leste: Batalhão de 1.000 a 1.300 efectivos australianos prontos - MNE
Timor-Leste: GNR preparada para avançar assim que houver decisão política
Timor-Leste: Portugal vai responder afirmativamete a pedido de ajuda - Sócrates
Timor-Leste: Nova Zelândia preparada para enviar tropas, espera carta de pedido
Timor-Leste: Austrália vai responder "rapidamente" a pedido de apoio timorense
Timor-Leste: Retirada de portugueses "ainda não se justifica"- Sec. Estado Comunidades
Timor-Leste: Força internacional deverá ter até mil efectivos - MNE Ramos Horta
Timor-Leste: Major Reinado disponível para "fazer a paz" nas condições de Xanana
Timor-Leste: Documentos para envio força internacional são entregues hoje
Timor-leste: EUA ordenam retirada de familiares e pessoal não essencial
Timor-Leste: Portugueses aconselhados a ficar em casa
Timor-Leste: Voos de Díli para Darwin e Bali completamente cheios
Timor-Leste: Portugal responderá rapidamente ao pedido de ajuda - MNE

...e mais

Dos leitores (8)

"Concordo inteiramente com o comentario de Nuno Vasco.

Nao creio que seja altura para fazer comentarios jocosos.

Mesmo nao desejando entrar em alarmismos, a verdade é que a situação em TL está a passar um momento dificil.

Nao me refiro simplisticamente aos tiros que se ouvem ou á situação militar de uma forma geral (que não duvido por um momento que as F-FDTL estão em condições de controlar e de por fim aos ataques), mas sim ao facto de ser um grupo de timorenses que provoca esta situação (enquanto testas de ferro e com ou sem apoios externos), que desestabiliza o país e que provoca o terror entre a população.

Independentemente do desfecho, as consequencias far-se-ão sentir a prazo ... e é isso que me preocupa de momento: Como estabelecer o equilibrio entre esta acção destruidora e desestabilizadora e manter um diálogo pensando no futuro desta heróica Nação?

Creio que é este equilíbrio que o estado de TL está a procurar assegurar neste momento. Ao invés de se poder considerar uma fraqueza, revela acima de tudo uma grande sensatez por parte da lliderança timorense, ie, Governo e PR.

A entrada de forças militares e/ou estrangeiras é inevitável. Sejam elas australianas ou não.

Qualquer país que tenha um número de cidadãos e bens como a Austrália tem em TL, tem o direito de exigir ao país onde decorre o conflito que os proteja.

Se o país estiver incapacitado de o fazer, momentaneamente que seja, deve fazer o que TL acaba de fazer: pedir apoio.

A questão é fazer o que a liderança de TL fez: identificar e determinar que necessidades tem e ser essa mesma liderança a definir quem, quantos, como e quando entram para APOIAR. Os termos de referencia têm de ser definidos por TL e é isso que o Governo está a fazer. "

PP

Por Timor

Apareceu hoje mais um blogue:

http://timor-verdade.blogspot.com/

Benvindos.

Tudo calmo em Díli e resto do país sem notícias de conflitos ou distúrbios

Chove em Díli.

Provável chegada de um avião de uma companhia australiana durante a noite ou a manhã.

Não se sabe se apenas para efeito de evacuação ou se traz já militares.

País longe de estar em guerra civil - MNE australiano

Camberra, 24 Mai (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros australi ano, Alexander Downer, disse hoje não acreditar que Timor-Leste esteja a caminho de uma guerra civil e anunciou que três navios de guerra australianos estão pro ntos a dirigirem-se a Díli.

Segundo a página na Internet da cadeia de notícias ABC australiana, Dow ner referiu que três vasos de guerra já se encontram em águas do norte da Austrá lia e aguardam ordens.
Os navios de guerra HMAS Kanimbla, em Darwin, o HMAS Manoora e o HMAS T obruk, em Townsville, já zarparam e aguardam ordens.


Mas o Governo australiano insiste em que os navios ainda não foram dest acados para Timor-Leste.

"Até ao momento, não recebemos um pedido formal, mas já discutimos este assunto bem como os termos sob os quais seria prestado auxilio, e discutimos ta mbém a forma de ajuda de outros países", disse Downer, que descreve a situação e m Díli como má, mas longe de se poder considerar em guerra civil.

O Presidente da República de Timor-Leste, Xanana Gusmão, anunciou hoje ao corpo diplomático que as autoridades timorenses vão solicitar às Nações Unida s o envio de uma força internacional para estabilizar a situação no país, disse fonte diplomática à Lusa.

Recebido SMS da Embaixada de Portugal

"Face degradacao situacao seguranca em Dili recomenda-se permanencia residencias c/ prejuizo actividades profissionais até novo SMS"

Congratulamo-nos com o trabalho de hoje da Lusa

Sim, senhor.

Continuação de bom trabalho...

Acalmou...

Segundo testemunhas no local ouvem-se tiros de vez em quando em Lahane e as FDTL fizeram um cordão de segurança a pé nas montanhas.

Outras testemunhas afirmam que está tudo tranquilo em Comoro.

Mais uma vítima...

Um policia morto nos arredores de Díli - comandante da Polícia

Lisboa, 24 Mai (Lusa) - Um efectivo da policia timorense foi morto em confrontos com homens armados na zona do monte Marebian, nos arredores de Dili, sendo para já a única vítima mortal entre o corpo da polícia, disse à Lusa o comandante Paulo Martins.

"Temos uma baixa do lado da polícia. Da parte das F-FDT não temos informações sobre se houve ou não vitimas", disse o responsável máximo da Polícia Nacional de Timor-Leste, contactado telefonicamente pela Agência Lusa.

"O polícia foi morto na zona do Marebian", explicou a mesma fonte, referindo que estão dezenas de agentes policiais no local.

Paulo Martins revelou que a situação em Taci Tolo, onde homens armados atacaram o quartel das F-FDTL, está agora "calma", tendo havido confrontos igualmente nas imediações de Tibar.

O responsável máximo da polícia timorense escusou-se a precisar dados sobre o número de efectivos actualmente envolvidos nas operações em Díli e nos arredores da cidade, garantindo que todos estão a respeitar a hierarquia.

"Todos os polícias ainda estão sob o meu controlo, com excepção dos que fugiram no início do mês", afirmou.

Não há relatos de confrontos noutros pontos do país.

ASP.
Lusa/Fim

Dos leitores (8)

"Parabens pelo excelente trabalho de informacao.

No meio de tantos boatos o importante e ter alguem como "Malai Azul" informar concretamente sobre o que se passa e ao mesmo tempo desinformar/boatos daqueles que tem prazer em criar mais confusao no meio desta situacao. Continuacao de bom trabalho - de uma timorense em Darwin, Australia.

Viva Nicolau Lobato e a Patria Timorense."

Mais perto...

Australia cautious over Timor assistance
May 24, 2006 - 8:04AM


Australia wants to ensure there is bipartisan support in East Timor before it provides military intervention to the fledgling nation, Foreign Minister Alexander Downer says.

Australia has warships and troops on standby ready to assist amid growing unrest in the former
...

Mr Downer said the situation in East Timor was dangerous.

"I've received reports from our embassy in Dili this morning of further outbreaks of fighting between government forces and an opposition group near a place called Tasi Tolu which is on the outskirts of Dili," he said.

Australia is continuing to talk with the Timorese government about whether it wants Australian help.

Mr Downer said he spoke to his East Timorese counterpart Jose Ramos Horta just before Question Time.

"We have had some discussions in the last 24 hours about the whole question of whether the international community including Australia would provide any kind of assistance, be it police assistance or military assistance to East Timor," he said.

"There will be some further discussions during the course of this afternoon including with our ambassador and President Xanana Gusmao."

Apart from troops, Australia had police it could deploy at short notice, Mr Downer said.

The two nations had also discussed which other nations may be involved if Timor asked for help.
But Mr Downer made it clear that Australia wants any intervention to have majority support in Timor.


"I have made the point that we are ready to assist East Timor but that would require a formal request from the government and by a formal request I mean a letter signed by the president and the prime minister, and preferably the speaker of the parliament as well but most importantly by both the president and the prime minister."

Prime Minister Mari Alkatiri, from the ruling Fretilin Party, last week managed to stave off a challenge sparked by recent violent outbreaks.

Senior members of his own party have accused Dr Alkatiri of mishandling the violence and inflaming tensions in the tiny country.

Tensions subsided after the aborted challenge but new violence erupted in East Timor on Tuesday, leaving two dead and six injured.

It followed deadly clashes earlier in the month, stemming from protests by about 600 disgruntled ex-soldiers who deserted after claiming discrimination. Their demonstrations turned violent, resulting in five deaths.

Família do PR retirada de casa

Declaraçóes do Presidente da República

O Presidente da República acaba de fazer uma declaração ao RESG das Nações Unidas e ao corpo diplomático acreditado em Timor-Leste, e faz pedido de ajuda às Nações Unidas para o envio por parte de Portugal e da Malásia de forças policiais, Austrália e à Nova Zelândia de forças militares.

Major Reinado diz que está a uma hora de Díli

A pé ou de carro?

Dos leitores (8)

"Obrigado pelas noticias, sou um timorense que vive na Italia.
parabens e bom trabalho.
A Luta continua. "

Ataque a casa do General Matan Ruak

Segundo fonte próxima, os filhos do General Taur Matan Ruak encontravam-se em casa quando se deu o ataque.

Continua o tiroteio fora de Díli

Ouvem-se rebentamento de granadas e tiros para lá de Lahane.

Em Díli a situaçáo mantém-se calma apesar da população se ter recolhido em casa.

Existem grupos de jovens armados com paus e catanas, nomeadamente cerca de vinte, no mercado Lama em Caicoli, a fazerem segurança ao bairro.

Dili vai pedir apoio policial a Portugal e militar à Austrália

Lisboa, 24 Mai (Lusa) - O governo timorense vai pedir apoio "urgente" a Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia para o envio de polícias e militar es para ajudar a estabilizar a segurança em Timor-Leste, confirmou á Lusa José Ramos-Horta.

Lisboa, 24 Mai (Lusa) - O governo timorense vai pedir apoio "urgente" a Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia para o envio de polícias e militares para ajudar a estabilizar a segurança em Timor- Leste, confirmou à Lusa José Ramos-Horta.

O chefe da diplomacia timorense precisou que o anúncio do pedido será feito hoje à tarde (hora local), num encontro do Presidente da República, Xanana Gusmão, com o corpo diplomático acreditado em Díli, e onde participarão, entre outros, o presidente do Parlamento, Francisco Lu'olo e o bispo de Díli, D. Ricardo.

"Vamos explicar a situação e solicitar apoio internacional de urgência para estabilizar a situação", disse Ramos-Horta que na altura em que falou à Lusa estava reunido com Xanana Gusmão.

"A Portugal pedimos o envio da GNR, à Austrália uma componente militar. Estamos a fazer contactos junto da Nova Zelândia para apoio militar e da Malásia para apoio policial do tipo GNR", afirmou.

Ramos-Horta explicou que o destacamento das forças internacionais ajudará a estabilizar a segurança no país, o que permitirá depois aos líderes políticos que "estabilizar a situação política".

"Não acreditamos que haja necessidade de essas forças entrarem em combate. No caso da GNR é uma força muito estabilizadora que permitirá assim ao Presidente da República, com o apoio da Igreja, fazer negociações para solucionar a crise política", disse.

Relativamente à força militar australiana, disse, "terá meios logísticos e será robusta, mas não excessivamente grande".

José Ramos-Horta estima que a força militar seja composta por "não mais do que um batalhão" e as forças policiais, de Portugal e da Malásia, "ao nível de uma companhia".

O chefe da diplomacia confirmou que há relatos de tiroteios em vários pontos nos arredores da cidade, não havendo para já um balanço de vítimas.

O pedido de Ramos-Horta surge horas depois de ataques às primeiras horas da manhã (hora local) contra o quartel-general das F- FDTL, em Taci Tolo, a oeste de Díli.

Entretanto, residentes em Díli disseram hoje à Lusa que se ouvem disparos na estrada para Aileu, na saída sul de Díli, no segundo foco de combates depois do ataque ao quartel-general das forças armadas timorenses.

A fonte contactada pela Lusa indicou que vários homens, alegadamente da facção rebelde, "estavam a efectuar disparos" cerca das 14:30 (06:30 em Lisboa) .

A estrada para Aileu conduz à zona de Marabia, onde se situa a residência do comandante das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), brigadeiro-general Taur Matan Ruak.
ASP.

Tiroteio prossegue por detrás da montanha de Lahane

.Continua a ouvir-se tiros e granadas em Lahane.

Navios australianos em alto-mar

Lusa - Austrália retira pessoal não-essencial, navios de guerra no alto mar

Camberra, 24 Mai (Lusa) - A Austrália começou a retirar todo o pessoal não-essencial destacado em Timor- Leste, numa reacção ao agravamento da situação de segurança no território, marcada ainda pelo envio para alto mar de dois navios mobilizados para eventual apoio à região.
Em declarações à imprensa, o primeiro-ministro interino Peter Costello, afirmou que todos os funcionários públicos "não-essenciais" estão a ser retirados do país, renovando os apelos para que os restantes cidadãos australianos façam o mesmo.
"Estamos a alertar todos os australianos que já estão em Timor-Leste que deviam considerar partir. Estamos a organizar forma de garantir a segurança dos australianos", explicou o chefe do governo australiano.
Costello reiterou a disponibilidade de Camberra para um eventual apoio militar a Timor-Leste, no entanto isso só acontecerá "mediante um pedido constitucional".
"A Austrália está preparada, se algo lhe for pedido pelas autoridades constitucionais, para fornecer segurança e ajudar a estabilizar a situação", afirmou.
"Responderíamos a um pedido não só porque é do interesse dos timorenses mas também porque é do interesse da Austrália que haja estabilidade na região", sublinhou.
Há várias semanas que a Austrália tem vindo a preparar uma força para um eventual destacamento em Timor-Leste, que inclui navios, aviões e soldados.
Hoje os dois navios que integrarão qualquer eventual missão, o HMAS Kanimbla e o HMAS Manoora, abandonaram respectivamente os portos de Darwin e de Townsville, fazendo-se ao alto-mar em direcção a Timor-Leste.


ASP.

Tiroteio em Lahane e nos montes por cima de Taibessi

Novo tiroteio a sul de Díli

Díli, 24 Mai (Lusa) - Residentes em Díli disseram hoje à Lusa que se ou vem disparos na estrada para Aileu, na saída sul de Díli, no segundo foco de com bates depois do ataque ao quartel-general das forças armadas timorenses.

A fonte contactada pela Lusa indicou que vários homens, alegadamente da facção rebelde, "estavam a efectuar disparos" cerca das 14:30 (06:30 em Lisboa) .

A estrada para Aileu conduz à zona de Marabia, onde se situa a residênc ia do comandante das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), brigadei ro-general Taur Matan Ruak.

Este novo incidente segue-se aos ataques às primeiras horas da manhã (h ora local) contra o quartel-general das F-FDTL, em Taci Tolo, a oeste de Díli.

EL.

Tacitolo sob controlo

Díli, 24 Mai (Lusa) - O tiroteio na zona de Taci Tolo, onde se situa o quartel-general das forças armadas timorenses, recomeçou a meio da manhã, mas a intervenção da lancha "Oecussi", da componente naval, foi decisiva para acabar com os confrontos.


A Agência Lusa testemunhou no local que a lancha, equipada com uma arma Browning, de calibre de 12,7 milímetros, aproximou-se de terra para reforçar os efectivos das forças armadas nos confrontos com cerca de cinco dezenas de homens armados pertencentes aos rebeldes liderados pelo major Alfredo Reinado.

Os disparos a partir da lancha terão provocado "número ainda não confirmado de baixas" do lado dos agressores ao Quartel-General das forças armadas timorenses, referiu fonte militar timorense contactada pela Agência Lusa.

Do lado das forças armadas há apenas confimado um ferido grave, um dos elementos da guarnição da lancha, atingido com um tiro no pescoço, informação que foi dada à Lusa por António Caleres, director do Hospital Nacional Guido Valadares.

Antes da intervenção da lancha, o acesso à área de Taci Tolo era restrito, dado tratar-se de uma zona de operações, mas a reportagem da Lusa logrou chegar até junto da entrada do quartel-general, onde eram audíveis os disparos de armas de diferentes calibres.
A Lusa testemunhou ainda à saída do quartel-general de efectivos das forças armadas que se dirigiram a pé para a zona dos combates.

Soldados contactados pela Lusa não precisaram o número de agressores, limitando-se a descrever um grupo de dezenas de homens armados.

As lanchas "Oecussi" e a "Ataúro", que integram a componente naval das forças armadas de Timor-Leste, foram oferecidas por Portugal.

Tiroteio em Lahane e nos montes por cima de Taibessi

Testemunhas dizem que assaltantes vindos de Marabia atacaram a casa do Chefe de Estado Maior General Matan Ruak e do Ministro da Defesa Roque Rodrigues.


As mesmas testemunhas desmentem que a casa do General tenha sido queimada.
Neste momento ainda se ouvem tiros esporadicamente.

Situação na cidade de Aileu

Segundo testemunhas no local a cidade de Aileu está tranquila.

Comandante operacional da Polícia garante lealdade às autoridades

Lusa - Comandante operacional da Polícia garante lealdade às autoridades

Díli, 24 Mai (Lusa) - O comandante operacional da Polícia Nacional de Timor-Leste, Ismael Babo, garantiu hoje à Agência Lusa que se mantém leal aos órgãos de soberania e que se encontra em Aileu para "dar confiança aos seus homens".

"Só recebo ordens do meu comandante (superintende Paulo Fátima Martins), do meu ministro (do Interior, Rogério Lobato) e do primeiro- ministro (Mari Alkatiri). É mentira que esteja do lado do major Alfredo Reinado", vincou.

Ismael Babo acrescentou à Lusa que se encontra no quartel-general da Polícia Nacional de Timor-Leste, em Aileu, acompanhado de elementos da Unidade de Intervenção Rápida, uma das forças de elite das forças de segurança, mas em número que não precisou.
...

Dos leitores (7)

"Olá Malais Azules,

Mando-vos em anexo o melhor artigo que li nos últimos tempos sobreTimor-Leste e que por só ser acessível para quem paga o Público, muito agradecia que disponibilizassem, de alguma forma, no vosso blog.

A falta de um entendimento antropológico-cultural do desenvolvimento tem sido o calcanhar de Aquiles da construção de Timor-Leste e a razão pela qual nos é tão difícil entender aquilo que está verdadeiramente em jogo neste momento."
...

Declarações do Presidente Xanana

Lusa - Xanana Gusmão condenou actos de violência

Bye, bye

Austrália recomenda "vivamente" saída do país - Cônsul australiano

Díli, 24 Mai (Lusa) - O cônsul australiano em Timor-Leste, Barry Brown, afirmou hoje à Agência Lusa que a embaixada está a recomendar "vivamente" a todos os cidadãos australianos que abandonem o país, após o ataque ao quartel das Forças Armadas, em Díli.

Alguém pode avisar o consul que o Quartel-General já não é em Díli e sim em Tacitolo?

Reunião no Palácio das Cinzas

O presidente Xanana Gusmão, o primeiro-ministro Mari Alkatiri e o presidente do Parlamento nacional, Francisco Lu-Olo, estiveram reunidos no Palácio das Cinzas. A reunião contou com a presença do Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, do Ministro da Defesa, do Ministro do Interior e do Comandante da Polícia.

No final, o Presidente Xanana proferiu algumas palavras e comunicou que continuaria o diálogo com o major Reinado apesar das critícas que lhe fez sobre a sua actuação ontem contra as FDTL.

Dos leitores (6)

"Primeiro, a política deste Governo é, desde o seu início, como todos sabemos, da esquerda mais esquerdalha.

Ele foi constituído o Fundo Petrolífero; elas foram nacionalizadas todas as empresas; a Timor Telecom é como sabemos detida a 100 por cento pelo Estado; as eleições de chefes de suco não foram declaradas livres e justas pelos observadores; etc., etc.

Esta é a mais pura das verdades.

Já não há paciência para o discurso anti-comunista!

Sendo tudo o que acabei de dizer obviamente ironia, deixo-vos então os e-mails dos australianos para lhes encherem as caixas de correio com os vossos/nossos protestos.

A luta continua!"

margaret_twomey@dfat.gov.au
angelina.branco@dfat.gov.au
melinda.lumb@ona.gov.au
rob.law@ona.gov.au
dennis.bree@nt.gov.au
ashley.wells@aph.gov.au
Penny.Jones@dfat.gov.au "

Dos leitores (5)

"Timor-Leste is an independent country. The GoTl will decide if we need Australia's support.
FRETILIN govt is doing its best for this country and its people.

We will survive as a nation.

Don't use the 70's argument of comunism. It is non-sense. Get real. "

Estrada de Tacitolo cortada

A estrada de tacitolo, a partir da rotunda do aeroporto, está cortada pelas FDTL e PNTL.

Dos leitores (4)

"Caríssimo "Malai Azul",

Ao pesquisar na Net informação sobre Timor, deparei-me com um link queapontava para o Blog, Timor Online, com curiosidade de um navegante da NETpara lá me dirigi e foi com agradável surpresa que me deparei com umexcelente Blog sobre a mais Nova Nação do Mundo.

Parabéns pelo excelente trabalho.

Aproveito ainda a oportunidade para o convidar a visitar o meu Blog, também sobre Timor. (http://gatimor.blogspot.com)

Cumprimentos Cibernéticos,
ByteCode."

Dos leitores (3)

"São tão amigos e desinteressados estes australianos. Nunca se viu tamanha prontidão durante os anos de ocupação indonésia. "

Dos leitores (2)

"É preciso terminar com o terrorismo em Timor Leste.

Ex Militares armados que fazem embuscadas, são apenas e só o principio do terrorismo num país livre."

Dos leitores (1)

"Qualquer investigador sabe o que é a "crítica das fontes", no sentido desaber avaliar quem diz o quê.

Aqui está um exemplo em que é necessária a "crítica das fontes".

Independentemente de julgarmos se genericamente tem razão ou não.

A Austrália está a braço com instabilidade noutros locais, como as Ilhas Salomão, e as coisas parece não estarem a decorrer particularmente bem.

Porque é que, depois de negociado praticamente tudo o que havia a negociar com Timor Leste se meteriam numa aventura para desestabilizar o país. O que não quer dizer que o governo australiano seja um grupo de meninos de coro...

Mas preciso de mais evidências para acreditar que a Austrália está, de facto, por detrás do que se passa.

O que não quer dizer que alguns, em Timor Leste, não "torçam" para que ela meta o nariz onde NÃO é chamada!"

Troca de tiros em Tacitolo

Acabamos de receber indicação oficial que houve troca de tiros em Tacitolo entre elementos armados, possivelmente do grupo dos peticionários, e as FDTL.

O pelotão das FDTL estacionado em Tacitolo (antigo quartel do batalhão japonês) foi atacado pelas 7 da manhã tendo reagido e partido em perseguição dos atacantes pela montanha.

Dos leitores - Presidente Nicolau Lobato

"Hoje, dia 24 de Maio, o saudoso Presidente Nicolau Lobato faria 60 anos de idade.

É o dia certo para recordar o seu exemplo de integridade e disciplina, os seus valores, princípios e ideais para um Timor-Leste independente - neste momento difícil que o país atravessa ... mas que irá fazer Timor-Leste crescer mais forte e ajudar ao seu amadurecimento enquanto nação soberana.

Não há crise que não tenha o lado positivo de fazer crescer!
PP"

Mais uma... No worries.

ABC Radio Australia - Australia's Foreign Minister Alexander Downer says warships, aircraft and troops are ready to respond to any crisis in East Timor.

Bom. Muito bom. Artigo do The Guardian.


East Timor: Its all about oil – once again

By:
The Guardian (Australia)
Published: 05/23/2006 09:08

The Australian Government seems to have lost out, at least for the time being, in its attempts to destablilise East Timor and impose a government more to the liking of Howard, Downer and their allies.


The Congress of Fretilin held last week retained Mari Alkatiri as the Prime Minister of the East Timor government.

He beat off a challenge that was emerging from Jose Guterres who was East Timor’s representative to the UN and ambassador to the United States. Alkatiri was a man that Alexander Downer loved to hate and during negotiations over oil rights in the Timor Gap had treated him with contempt.

It was a disgusting exhibition of the strong attempting to impose its will on a smaller nation. Downer told Alkatiri at the time: “Your claims [for oil rights] go almost to Alice Springs. You can demand that forever for all I care … We are very tough. We will not care if you give information to the media. Let me give you a tutorial in politics – not a chance.”

None-the-less, East Timor was able to force the Australian government to agree to a 50/50 split and this must be credited to the persistence of Mari Alkatiri and East Timor’s Foreign Minister Jose Ramos-Horta.

The rapidity with which the Australian Government dispatched warships loaded with heavily armed troops to East Timor’s waters on the news of a riot in Dili indicates that the Australian Government knew of the developments in advance.

The favourable media coverage given to Jose Guterres who challenged Alkatiri for the Prime Ministership show that Australian agencies may also have been involved in helping to plan the moves to depose Alkatiri.

Jose Guterres and his supporters are consistent in calling for “international forces” to take over the affairs of the country.

The Australian (19/5/06) reports: “Rebel soldiers in the hills around Dili told the UN yesterday they would only be satisfied with an international peacekeeping force taking over the country’s affairs”.

A leader of the rebel forces said that “violence would engulf the country unless other nations stepped in. This is a military problem, not a civil one”.

These demands are not consistent with the earlier claims that the troops had been discriminated against and were dissatisfied with their treatment, their pay and conditions.

In his remarks at the Fretilin Congress the challenger Jose Guterres made his anti-communist credentials clear by claiming that the election of Alkatiri by a show of hands was undemocratic. “I don't believe and I don't share Leninist and Communist methods of election for national leaders”, he said.

Such signature remarks will not have been lost in Canberra or Washington and confirm that Mr Guterres is their man!

The real issue remains that of oil. The possession of oil resources are becoming an increasingly valuable prize.

For the big oil companies and the governments that back them the possession by a small country such as East Timor with a government attempting to do something for the poor of their country, is anathema.

The Australian notes that since Fretilin won the elections in 2002 it “controls most of the country’s economy and employment market, as well as its reconstruction contracts”.

It can be expected that the Australian government and the media will continue its campaign to discredit the East Timorese government.

The last may not have been heard of the military forces “up in the hills” and under the leadership of those who want to bring in outside forces to help them grab control of the East Timorese government and introduce policies more acceptable to the Australian and US governments.

Australia’s future involvement and whether more “riots” are being arranged will be indicated by how quickly Australia withdraws its warships and troops from East Timor’s waters.

From The Guardian

Podem esperar sentados...

Australian troops on standby as Timor erupts.

Um pouquito mais...

PS defende força de interposição da ONU se a situação se agravar

Lisboa, 23 Mai (Lusa) - O secretário nacional do PS para as Relações In ternacionais, José Lello, defendeu hoje a necessidade de uma força militar de in terposição das Nações Unidas caso os conflitos internos se agravem e ponham em p erigo o Estado timorense.

"Se a situação em Timor-Leste evoluir para um clima de perigo da ordem pública, ameaçando a sustentabilidade do Estado timorense, as Nações Unidas deve rão então mobilizar forças de interposição para assegurar a estabilidade do país ", afirmou José Lello à agência Lusa.

Pelo menos três pessoas morreram e nove ficaram feridas em confrontos o corridos hoje nos arredores de Díli entre efectivos das forças de segurança e ho mens liderados pelo major Alfredo Reinado, oficial que comandava a Polícia Milit ar e que a 3 de Maio abandonou a cadeia de comando das forças armadas timorenses .

As vítimas mortais são um militar das FALINTIL-Forças de Defesa de Timo r-Leste (F-FDTL), um elemento da Polícia Nacional de Timor-Leste e um dos rebeld es sob o comando do major Reinado.

Um porta-voz do Governo timorense afirmou em Díli que "as forças armada s e a polícia encetaram a perseguição ao grupo liderado pelo major Reinado, com vista à sua detenção".
Na sequência dos incidentes, o Governo australiano reafirmou hoje a sua disponibilidade para enviar uma força de segurança para Timor-Leste, se as auto ridades de Díli ou as Nações Unidas o solicitarem.

Confrontando com os incidentes de hoje nos arredores de Díli, José Lell o referiu que "as Nações Unidas continuam presentes em Timor-Leste" e deverão se r os elementos desta organização a proceder "à necessária avaliação" da situação interna naquele país.
"Só há uma forma de intervir em Timor-Leste: através das Nações Unidas" , defendeu o dirigente do PS (partido no poder), advertindo que, em relação a es te país "independente, Portugal não pode tomar qualquer posição unilateral".

Sobre a situação em Timor-Leste, o primeiro-ministro, José Sócrates, af irmou na semana passada que, "em qualquer circunstância, Portugal ajudará" o pov o timorense.
No entanto, o chefe do Governo português tem também insistido que o eve ntual envio de uma companhia da GNR para Timor-Leste para terá de ocorrer no âmb ito de "um mandato internacional".

Triste

Lusa - Balanço dos confrontos sobre para três mortos - Polícia Nacional

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.