sexta-feira, setembro 01, 2006

Epidemia de virus que provoca loucura e alucinações alastra em Díli.

Reinado quer julgamento em tribunal independente, pede fim violência (ACTUALIZADA)

Díli, 31 Ago (Lusa) - O major Alfredo Reinado garantiu hoje, numa grava ção vídeo enviada à Lusa, estar pronto para ser julgado por um tribunal "indepen dente" e "sem influência política" e apelou para o fim da violência em Timor-Les te.

"Mesmo estando fugido da cadeia, não significa que esteja a fugir da ju stiça", afirma Alfredo Reinado, salientando que está disponível para ser "julgad o em qualquer dia e em qualquer tempo".

"Apenas espero um tribunal independente, isento e imparcial e sem influ ência política", acrescenta.

A mensagem consta de uma gravação em vídeo entregue na delegação da Lus a em Díli por alegados colaboradores do major, em que se vêem imagens de Alfredo Reinado, num local não identificado, junto de alguns dos seus companheiros.

O vídeo terá sido gravado pouco depois de Alfredo Reinado ter fugido, q uarta-feira, da cadeia de Becora, Díli, juntamente com outros 56 presos.

Na mensagem em tétum, Alfredo Reinado diz que tem de "seguir viagem" ru mo à liberdade, sem especificar se isso significa abandonar Timor-Leste, e afirm a que a sua evasão da cadeia de Becora "não é fugir à justiça".

"Também não me sinto livre, porque não compreendo esta justiça. Já cump ri a minha obrigação e neste momento o povo tem de abrir os olhos, porque existe injustiça no nosso país", afirma.

Num apelo dirigido aos jovens, pede um novo Governo e apela para o fim da violência, para a paz e para a reconciliação, salientando que não deve haver divisão entre "lorosae" (oriundos da parte oriental do país) e "loromonu" (da pa rte ocidental).

"É tempo para os jovens gritarem novo Governo, não à violência nem às p edradas nem às casas queimadas. Não há lorosaes nem loromonus e todos juntos, se jam forças civis ou militares", devem seguir a paz, afirma.

"Eu posso resolver e nós próprios é que temos de resolver os nossos pro blemas e não os outros", acrescenta.

Alfredo Reinado diz também "depositar toda a confiança nos jovens para que não caiam nos interesses políticos".

"É por causa dos interesse políticos que hoje todo o povo sofre e morre , favorecendo apenas os soberanos em detrimento do povo", afirma.

Sobre a presença da ONU, considera tratar-se de uma oportunidade para f estejar a democracia em Timor-Leste, que assinalou quarta-feira, dia em que Alfr edo Reinado fugiu da cadeia, o sétimo aniversário do referendo organizado pelas Nações Unidas que conduziu ao fim da ocupação indonésia (1975-1999) e à independ ência do país (2002).

A fuga de Reinado e de outros 56 reclusos ocorreu cerca das 15:00 de qu arta-feira (07:00 em Lisboa), tendo os presos saído pelo portão principal da cad eia de Becora, segundo disse na altura à Lusa o director nacional das prisões de Timor-Leste, Manuel Exposto.

Tanto Manuel Exposto como o ministro da Justiça timorense, Domingos Sar mento, atribuíram a aparente facilidade da fuga à ausência de segurança no exter ior da cadeia, que estava atribuída às forças da Nova Zelândia.

"Havia um acordo em que as forças da Nova Zelândia estavam encarregues de fazer a segurança no exterior da cadeia, mas há cerca de uma semana deixaram o local e não nos informaram", afirmou Domingos Sarmento.

A polícia da ONU, comandada pelo comissário português Antero Lopes, e a s forças sob comando australiano desencadearam uma operação para tentar capturar os fugitivos, até ao momento sem sucesso.

...

Quarta-feira, depois da fuga, o advogado de Reinado, Paulo Remédios, di sse à Lusa que o seu cliente temia pela sua segurança na cadeia de Becora.

JCS/EL/PNG.

2 comentários:

Anónimo disse...

nao me facam rir...

Anónimo disse...

What a joke

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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