Díli, 10 Jul (Lusa) - A assistência das Nações Unidas a Timor-Leste dev erá manter-se até 2011, defendeu em Díli o primeiro-ministro José Ramos-Horta, h oje empossado no cargo.
Ramos-Horta, que falava em conferência de imprensa no final da cerimóni a de posse, disse que ainda não há acordo no Conselho de Segurança da ONU relati vamente ao envio de "capacetes azuis", mas destacou a necessidade de uma força p olicial internacional e de conselheiros civis para a administração pública e ins tituições oficiais "terem que ficar pelo menos cinco anos".
O formato e a composição da futura missão da ONU deverá ser decidido a 20 de Agosto, e na sua definição vai ser tido em conta o relatório que Ian Marti n, enviado especial de Kofi Annan a Timor-Leste, vai entretanto fazer, no âmbito da sua estada de duas semanas no país, que termina hoje à tarde (hora local).
"A nova missão da ONU vai ter três pilares: polícia, conselheiros civis , para as instituições do Estado e que inclui conselheiros para (a realização de ) eleições, e forças de manutenção de paz, embora a este respeito ainda não haja acordo a nível do Conselho de Segurança", precisou Ramos-Horta.
O primeiro-ministro acrescentou que as forças internacionais actualment e estacionadas em Timor-Leste, enviada pela Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, poderão vir a integrar o contingente de "capacetes azuis".
Além de consolidar a segurança na capital, para possibilitar a retoma d a economia, Ramos-Horta salientou que a ratificação do acordo alcançado com a Au strália para a exploração conjunta das riquíssimas reservas de hidrocarbonetos n o Mar de Timor, designadamente na área designada por "Greater Sunrise", figura t ambém entre as prioridades do seu governo.
"É uma das prioridades, mas não no imediato. Estamos interessados na ra tificação porque é a credibilidade de Timor-leste que está em causa, mas isso nã o depende somente do governo. Depende do Parlamento", salientou.
Outro aspecto a ter rapidamente em conta pelo novo executivo é a aprova ção do Orçamento de Estado para ser apresentado no Parlamento.
Ramos-Horta afiançou que imediatamente a seguir à posse do seu executivo, na quarta-feira, a proposta de lei do Orçamento vai ser analisada.
O primeiro-ministro confirmou que o valor do anterior OE, de 315 milhõe s de dólares - apresentado no Parlamento pelo governo do seu antecessor, Mari Al katiri -, vai servir de referência à proposta que vai ser submetida aos deputados.
As alterações, acrescentou, situam-se na simplificação dos processos de gestão financeira.
Esta questão foi aliás abordada no discurso que proferiu logo depois de ter sido empossado.
"Vamos simplificar as leis e a burocracia para que elas não sejam um en trave ao desenvolvimento do país. O chamado 'procurement' e os concursos têm que ser mais transparentes e também mais rápidos", afirmou.
Instado a comentar a situação do seu antecessor, Mari Alkatiri, Ramos-Horta escusou-se a tecer qualquer comentário.
"Não faço comentários ao caso Mari Alkatiri, porque se trata de uma questão que diz respeito à justiça", respondeu, invocando a separação de poderes.
Ramos-Horta foi hoje empossado como primeiro-ministro de Timor-Leste, n a sequência do pedido de demissão de Mari Alkatiri, no mês passado, devido a uma crise político-militar que dura desde Abril.
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Para restabelecer a segurança no país, as autoridades timorenses pedira m a intervenção de uma força militar e policial a Portugal (que enviou 120 efect ivos da GNR), Austrália, Nova Zelândia e Malásia.
A onda de violência provocou cerca de 130 mil deslocados que, segundo o governo timorense e as Nações Unidas, se encontram em diversos campos de acolhi mento, sobretudo na zona de Díli.
EL/FP.
segunda-feira, julho 10, 2006
Assistência da ONU pelo menos até 2011, defende Ramos-Horta
Por Malai Azul 2 à(s) 13:05
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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