terça-feira, abril 01, 2008

Risk of unrest unless refugees resettled, says group

Dili/Brussels, 1 April (AKI) - East Timor should urgently resettle the large number of refugees left homeless by internal violence to avoid a new security crisis, a leading international think-tank has warned.

A new report by the International Crisis Group said that over 100,000 people were still living in temporary tents two years after political and sectarian violence drove them from their homes.

“The camps in Dili are not just a humanitarian disaster zone, but also a visible reminder of the failure of the government and international forces to create a secure environment”, said John Virgoe, the group's Southeast Asia project director.

“Resolving the displacement crisis is essential if Timor is to move beyond the 2006 conflict."

In the report, the ICG argued that, like the recent attack on President Jose Ramos-Horta, the refugees were the product of the 2006 violence that occurred when then Prime Minister Mari Alkatiri's sacked 600 striking soldiers - about a third of the entire army.

The ICG report said the refugees were a reminder that problems within the security forces and sectarian antagonism had not been tackled.

Many of the homeless fear renewed violence, some have no homes, or are unable to reclaim their property because of inadequate property registration and dispute-resolution mechanisms, while others simply stay in camps for the free rice, the report said.

The crisis group said Dili's new national recovery strategy contained many of the elements needed to promote the return of the refugees but lacked urgency, as only the first pillar – house reconstruction – was funded in the 2008 budget.

Conversely, no money had yet been provided for the equally important areas, like security, support, reconciliation and social services.

“These elements are important to reduce the risk that social jealousy will obstruct the resettlement process and to promote reconciliation within communities,” Virgoe said.

According to the ICG, Dili’s strategy also excluded important issues like rebuilding properties that are the subject of ownership disputes and the need to bring arsonists and the organisers of the 2006 violence to justice.

“Arson and displacements have become almost routine events in East Timor, ” said Robert Templer, the group’s Asia programme director. “The cycle of impunity must be broken, and potential arsonists need to feel that they may face punishment for their actions”.

None of those responsible for the violence have been jailed and several remain in senior leadership positions.

The United Nations on Monday appealed for 33.5 million dollars to help the government of East Timor resettle its people and strengthen its ability to cope with future unrest or natural disasters.

Tradução:

Risco de desassossego a não ser que se alojem os deslocados, diz grupo

Dili/Bruxelas, 1 Abril (AKI) - Timor deve alojar com urgência um grande número de deslocados deixados sem casa por causa de violência interna para evitar uma nova crise de segurança, alertou um grupo de pressão internacional de topo.

Um novo relatório do International Crisis Group disse que mais de 100,000 pessoas estão ainda a viver em tendas temporárias dois anos depois de violência política e sectária as ter levado a sair das suas casas.

“Os campos em Dili não são apenas uma zona de desastre humanitário, mas também uma lembrança visível do falhanço do governo e das forças internacionais em criarem um ambiente seguro”, disse John Virgoe, o director de projecto do Sudeste Asiático.

“Resolver a crise de deslocação é essencial se Timor quiser avançar para além do conflito de 2006 ."

No relatório, o ICG argumenta que, tal como o ataque recente ao Presidente José Ramos-Horta, os deslocados são o produto da violência de 2006 que ocorreu quando o então Primeiro-Ministro Mari Alkatiri despediu 600 soldados em greve – cerca de um terço de todas as forças armadas.

O relatório do ICG diz que os deslocados são uma lembrança que os problemas no seio das forças de segurança e o antagonismo sectário não estão resolvidos.

Muitos dos sem casa receiam violência renovada, alguns não têm casas , ou estão incapazes de reclamar a sua propriedade por causa da ineficácia dos registos de propriedades e de mecanismos de resolução de disputas, enquanto outros ficam simplesmente nos campos para obterem arroz gratuito, disse o relatório.

O crisis group disse a nova estratégia de recuperação nacional de Dili continha muitos dos elementos necessários para promover o regresso dos deslocados mas que lhe faltava urgência, dado que apenas o primeiro pilar – reconstrução de casas – tinha financiamento no orçamento de 2008.

Do mesmo modo, não tinha sido ainda providenciado nenhum dinheiro para áreas igualmente importantes, como a segurança, apoio, reconciliação e serviços sociais.

“Estes elementos são importantes para reduzir os riscos que a inveja social obstrua o processo de alojamento e para promover a reconciliação dentro das comunidades,” disse Virgoe.

De acordo com o ICG, a estratégia de Dil também excluiu questões importantes como a reconstrução de propriedades que estão sujeitas a disputas de propriedade e a necessidade de levar à justiça os que provocaram os fogos postos e os organizadores da violência de 2006.

“Fogos postos e deslocações tornaram-se eventos quase que de rotina em Timor-Leste, ” disse Robert Templer, o director do programa Ásia do grupo. “O ciclo de impunidade deve ser quebrado e os incendiários potenciais precisam de sentir que podem enfrentar punição pelas suas acções”.

Nenhum desses responsáveis pela violência foi preso e vários mantém-se em posições de liderança de topo.

Na Segunda-feira as Nações Unidas apelaram a 33.5 milhões de dólares para ajudar o governo de Timor-Leste a alojar o seu povo e a reforçar a sua capacidade para lidar com desassossego futuro ou desastres naturais.

2 comentários:

Anónimo disse...

Tradução:
Risco de desassossego a não ser que se alojem os deslocados, diz grupo
Dili/Bruxelas, 1 Abril (AKI) - Timor deve alojar com urgência um grande número de deslocados deixados sem casa por causa de violência interna para evitar uma nova crise de segurança, alertou um grupo de pressão internacional de topo.

Um novo relatório do International Crisis Group disse que mais de 100,000 pessoas estão ainda a viver em tendas temporárias dois anos depois de violência política e sectária as ter levado a sair das suas casas.

“Os campos em Dili não são apenas uma zona de desastre humanitário, mas também uma lembrança visível do falhanço do governo e das forças internacionais em criarem um ambiente seguro”, disse John Virgoe, o director de projecto do Sudeste Asiático.

“Resolver a crise de deslocação é essencial se Timor quiser avançar para além do conflito de 2006 ."

No relatório, o ICG argumenta que, tal como o ataque recente ao Presidente José Ramos-Horta, os deslocados são o produto da violência de 2006 que ocorreu quando o então Primeiro-Ministro Mari Alkatiri despediu 600 soldados em greve – cerca de um terço de todas as forças armadas.

O relatório do ICG diz que os deslocados são uma lembrança que os problemas no seio das forças de segurança e o antagonismo sectário não estão resolvidos.

Muitos dos sem casa receiam violência renovada, alguns não têm casas , ou estão incapazes de reclamar a sua propriedade por causa da ineficácia dos registos de propriedades e de mecanismos de resolução de disputas, enquanto outros ficam simplesmente nos campos para obterem arroz gratuito, disse o relatório.

O crisis group disse a nova estratégia de recuperação nacional de Dili continha muitos dos elementos necessários para promover o regresso dos deslocados mas que lhe faltava urgência, dado que apenas o primeiro pilar – reconstrução de casas – tinha financiamento no orçamento de 2008.

Do mesmo modo, não tinha sido ainda providenciado nenhum dinheiro para áreas igualmente importantes, como a segurança, apoio, reconciliação e serviços sociais.

“Estes elementos são importantes para reduzir os riscos que a inveja social obstrua o processo de alojamento e para promover a reconciliação dentro das comunidades,” disse Virgoe.

De acordo com o ICG, a estratégia de Dil também excluiu questões importantes como a reconstrução de propriedades que estão sujeitas a disputas de propriedade e a necessidade de levar à justiça os que provocaram os fogos postos e os organizadores da violência de 2006.

“Fogos postos e deslocações tornaram-se eventos quase que de rotina em Timor-Leste, ” disse Robert Templer, o director do programa Ásia do grupo. “O ciclo de impunidade deve ser quebrado e os incendiários potenciais precisam de sentir que podem enfrentar punição pelas suas acções”.

Nenhum desses responsáveis pela violência foi preso e vários mantém-se em posições de liderança de topo.

Na Segunda-feira as Nações Unidas apelaram a 33.5 milhões de dólares para ajudar o governo de Timor-Leste a alojar o seu povo e a reforçar a sua capacidade para lidar com desassossego futuro ou desastres naturais.

Anónimo disse...

Tradução:
UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA - Terça-feira, 01 Abril 2008

"A UNMIT não assume qualquer responsabilidade pela correcção dos artigos ou pela correcção das traduções. A selecção dos artigos e do seus conteúdo não indicam apoio ou endosso pela UNMIT seja de forma expressa ou implícita. A UNMIT não será responsável por qualquer consequência resultante da publicação, ou da confiança em tais artigos e traduções."

Relatos dos Media Nacionais

TVTL Cobertura de Notícias

PM pede aos embaixadores e consulados Timorenses para tomarem nota sobre a reputação de Timor-Leste: O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão pediu a todos os embaixadores e Consulados Timorenses para tomarem nota da reputação de Timor-Leste, e para ajudarem a melhorar a sua reputação de modo a encorajar o investimento estrangeiro.

O PM acredita que Timor-Leste tem uma imagem terrível no estrangeiro. Como tal, deu instruções a todos os Embaixadores e Consulados Timorenses para espalharem a palavra a todos os estrangeiros que Timor-Leste pode ser um Estado frágil mas não é um Estado falhado.

“Discutimos como é que os Embaixadores e Consulados Timorenses podem dar informações aos estrangeiros acerca da situação corrente aqui em Timor-Leste,” disse o PM sos jornalistas na Segunda-feira (31/3) no Ministério dos Negócios Estrangeiros.

TMR pede a Salsinha para se render: O Brigadeiro-General Taur Matan Ruak disse que a Operação Apreensão pediu sempre a rendição de Gastão Salsinha e dos seus homens.

“Este é um passo muito importante para resolver os problemas que afectam a nação. A nossa mensagem continuada para Salsinha e para os seus homens é para se renderem,” disse TMR.

Em resposta a uma questão acerca da data limite que está a ser imposta pela Operação Apreensão, TMR disse que a Operação Apreensão continuará até os amotinados se renderem. Disse também que qualquer questões sobre datas limites podem apenas ser respondidas pelo Presidente interino.

RTL Cobertura de Notícias

Secretário de Estado da Cooperação de Portugal encontra-se com o PR interino: O Secretário de Estado da Cooperação de Portugal, Gomes Cravinho, teve um encontro com o Presidente interino Fernando de Araújo ‘Lasama’ na Segunda-feira (31/3) no gabinete do Presidente em Caicoli, Dili.

Durante o encontro, discutiram a situação política corrente em Timor-Leste, particularmente as questões não resolvidas de Gastão Salsinha e dos amotinados.

“O encontro foi uma boa oportunidade para rever a situação política no país. Como representante de Portugal, estou aqui para confirmar a nossa solidariedade e amizade,” disse o Sr Cravinho.

Xanana: TL frágil, não Estado falhado: O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão disse que Timor-Leste é um Estado frágil, não um Estado falhado e que a nação é muito jovem e ainda a desenvolver-se.

“Apesar da crise corrente que Timor-Leste enfrenta, continuam os esforços para desenvolver a nação e o Governo está a trabalhar para manter boa governação, cooperação pacífica e o progresso na nação” disse o PM na Segunda-feira (31/3) no Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Cobertura Impressa

TMR: Tornamos a pedir ao Salsinha para se render: O Comandante da Operação Conjunta General Brigadeiro Taur Matan Ruak continua a pedir a rendição de Gastão Salsinha e dos outros amotinados. “Pedimos a Salsinha para se render. Não queremos que mais ninguém morra outra vez,” disse TMR. (STL)

Xanana discorda com o estatuto de 'Estado Falhado': O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão discordou com a percepção externa que Timor-Leste é um Estado falhado. “Todos devem entender que Timor-Leste não é um Estado falhado, mas um Estado frágil – um estado que mudará e melhorará,” disse o Primeiro-Ministro. (STL)

Portugal apoia sempre Timor-Leste: O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Zacarias da Costa, disse que o Governo e o povo de Portugal continuam a apoiar Timor-Leste. “Discutimos muitas questões no meu encontro com o Secretário de Estado da Cooperação Português. Contudo, a coisa importante é o compromisso de Portugal para apoiar Timor-Leste nas áreas da educação e da justiça.” disse o Sr da Costa. (STL)

Não há justificação para o Estado de Sítio e de Emergência: O Bispo de Baucau, Don Basilio do Nascimento, disse que não há nenhuma razão adequada para implementar um Estado de Sítio e de Emergência pela quarta vez consecutiva. “Estamos todos à espera que o Estado se explique,” disse o Bispo. (STL)

Deputados pedem ao Governo para estabelecer a CII: O deputado do PSD Mário Carrascalão pediu que o Governo se mexa imediatamente para implementar a resolução aprovada pelo Parlamento Nacional para estabelecer uma Comissão Internacional de Inquérito aos eventos de 11 de Fevereiro. (TP)

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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