terça-feira, abril 01, 2008

Dia 1 de Abril - As mentiras de João Cravinho

LUSA - 1.04.2008:

""Por terríveis que tenham sido, os eventos de 11 de Fevereiro criaram uma oportunidade", afirmou João Gomes Cravinho no final de um encontro de quase duas horas com o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão.
...
"É uma oportunidade para distinguir o que é essencial do que é assessório. O essencial tem a ver com a construção do Estado timorense. O que é assessório diz respeito à vida democrática do dia-a-dia", explicou o secretário de Estado português aos jornalistas, no Palácio do Governo.

O quotidiano democrático, sublinhou João Gomes Cravinho, "não é só legítimo mas desejável, porque todos os governos precisam de uma boa oposição para governarem bem".
"


Criaram uma oportunidade para quem? Para Xanana? Ou é mentira ou mais um disparate de Cravinho.

Apenas graxa a Xanana Gusmão? Será que mais uma vez o Secretário de Estado da Cooperação, João Cravinho faz estas declarações para agradar ao chefe de governo?

O que dirá o SENEC daqui a uns tempos quando a oposição passar a Governo?...

A democracia é um acessório? Pretende-se que o essencial "a construção do Estado" seja assim uma coisa oca, em que o dia-a-dia dessa mesma construção, a realidade, seja menos importante?

O quotidiano democrático, que não é o essencial, segundo Cravinho, uma boa oposição, reduz-se a legítimo e desejável?


""De forma alguma abordámos o trabalho dos magistrados em Timor-Leste. Temos que distinguir o trabalho de apoio no contexto da cooperação bilateral do trabalho de juízes de diversas nacionalidades que vêm ao abrigo de acordos com as Nações Unidas", declarou João Gomes Cravinho.

"Isso não diz respeito ao Estado português porque é uma relação contratual entre juízes, a ONU e o Estado timorense", sublinhou o secretário de Estado."




Não? O Conselho Superior de Magistratura não permitiu que os magistrados viessem para Timor-Leste ao abrigo do interesse de cooperação entre os dois Estados?


Ou será que Cravinho se descarta assim dos portugueses que trabalham em Timor-Leste que "contrariaram" o essencial? Será que o exemplar trabalho dos portugueses que trabalham na Justiça, (e que financeiramente este apoio de Portugal apenas se reduz a pessoal administrativo, mas que faz questão de referir sempre o enorme apoio que dão ao sector da Justiça) é acessório?


O dia-a-dia das instituições democráticas, como os Tribunais, não deve parecer ser essencial ao SNEC português.


Essencial mesmo é dar graxa ao poder político e descartar-se de quem fez um trabalho notável porque não dá jeito.

Cravinho, go home… Porque o essencial, mesmo, é tentares perceber o que se passa em Timor-Leste…


Mentiroso ou idiota?... Pouco importa, ninguém te ouve. Mas é uma pena representares o Estado português.

7 comentários:

Anónimo disse...

Coitado do Cravinho. Levou um puxão de orelhas do Alkatiri e desajeitado e mesquinho como é, vai de chamar acessório à oposição…

É uma vergonha um governante português vir a Timor-Leste dizer estes disparates.

O dia-a-dia democrático não é essencial para Cravinho? É esta a posição do Governo português?!

Se não fossem os portugueses que cá trabalham, desde os cooperantes à GNR, os timorenses não tinham grande coisa a dizer de Portugal.

Mas felizmente este tipo de governantes não representa a maioria dos malai portugueses que lutam lado a lado com os irmãos timorenses e que nunca nos abandonaram!

Cravinho, go home!

Anónimo disse...

Cravinho e a sua amiga Ana Gomes dizem o que for preciso para atacarem a Fretilin e apoiarem Xanana.

Anónimo disse...

Que vergonha!!! Não reconhecer o trabalho dos juizes portugueses!!

Chame on you!

Anónimo disse...

Vejam la se se descarta da GNR! Que tambem trabalha para a UN, como outros contigentes de outras nacionalidades!

Nao, nesse caso,recebe os louros...

Mas infelizmente e isso a que estamos habituados. A falta de solidariedade dos nossos governantes.

Anónimo disse...

Vergonhoso!!!!!!!!!!!!

MALAI LARAN-KRAIK

Anónimo disse...

De facto, não sei o que anda este "cravinho" a fazer por terras do Oriente! Pertence ele ao naipe de políticos de gabinete que quando saem da secretária parece que descobriram as...Índias!! Ora caro, "cravinho"!, as Índias foram descobertas por portugueses há ja já um bom para de anos e não venha agora o senhor arrotar postas de pescada em cenários que desconhece.Nunca esteve no terreno, como pode falar?Conhece por acaso a cultura timorense? Conhece o mapa de Timor? Conhece as tradições timorenses? Tenha mas é juízinho e reduza-se ao seu "emprego" porque de trabalho, parece-me que ...nada percebe e isso de dar palpites e meter a colherada sem nada ter visto, sem nada ter sentido...é melhor nada dizer. Reveja mas é os contratos dos juízes e outros profissionais que estão a dar o coiro em terras Timorenses,e fazem o trabalho - lutando contra ventos e marés- e veja se lhes dá o justo e merecido valor!!Porque afinal, os políticos portugueses não dão valor nenhum aos cooperantes mas na hora de receberem os louros, são eles que aparecem!E em abono da verdade se diga, que os cooperantes vão para Timor mais por amor àquela Venturosa Ilha do que pelo dinheiro (podiam ir para outros países lusófonos ganhar mais e sem chatices)e estes políticos de "caca"´só chateiam quem trabalha! Deixo aqui uma ideia:PORQUE NÃO PÔR ESTES POLÍTICOS BURROS A FAZER UM VOLUNTARIADO NO IRAQUE, POR EXEMPLO???

Loroana

Anónimo disse...

Este senhor é secretário de estado?

Terá tido a consciência de imbecilidades pronunciadas publicamente?

Onde é que aprendeu lições de democracia, com Xanana?
É assim tão banana ou, é graxa?
Que vergonhosa imagem está a dar de democracia portuguesa e do estado português!

Entre tantos indivíduos inteligentes e com capacidades é logo escolhido um que poderá candidatar-se para o burrometro democrático.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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