Díli, 27 Fev (Lusa) - Os cinco professores portugueses que se encontravam em Same, cidade onde o major Reinado e apoiantes estão cercados por tropas australianas, estão bem e saíram da zona sem problemas, disse à Lusa um dos elementos do grupo.
De acordo a com a mesma fonte, os professores portugueses receberam ordem para abandonar a zona, interior sul do país, às 15:00 locais (06:00 em Lisboa), e foram acompanhados pela Polícia das Nações Unidas.
O major Alfredo Reinado está entrincheirado no antigo posto do administrador português, situado numa colina no meio da cidade de Same, segundo habitantes da cidade que também foram obrigados a deixar o local.
Reinado, que está acompanhado por "muitos, muitos, muitos peticionários", segundo o deputado independente Isaac Leandro, está "fortemente armado", de acordo com um dos habitantes.
Cerca das 10:00 locais (01:00 em Lisboa) perto de 150 habitantes de Same desfilaram pela rua principal da cidade, gritando palavras de apoio ao major Alfredo Reinado.
Reinado está cercado em Same (interior Sul do país) por tropas australianas das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) O pessoal civil das Nações Unidas foi "aconselhado a não permanecer na área", segundo uma fonte da missão internacional, e os professores portugueses saíram do distrito antes do cerco das ISF.
"Estamos à beira de uma guerra civil", declarou Leandro Isaac a partir de Same, onde "por acaso" se encontra cercado pelas ISF juntamente com Alfredo Reinado e, disse, "Há dez minutos, um oficial de ligação australiano deu um ultimato ao major Alfredo para se render", acrescentou Leandro Isaac durante o curto contacto telefónico com a Lusa, pouco depois das 15:00 locais (06:00 em Lisboa).
As ISF montaram um cordão de segurança em redor de Same e "ninguém pode entrar nem sair, a não ser que tenha um «bonna fide» do Governo timorense", explicou à Lusa uma fonte oficial das forças australianas.
Segunda-feira à noite, o Presidente Xanana Gusmão anunciou que autorizara uma operação de captura de Alfredo Reinado, depois de o major fugitivo ter "feito a estupidez" de assaltar três postos de Polícia de Fronteira no domingo.
Os assaltos, no distrito contíguo de Maliana (Sudoeste), renderam a Reinado e ao seu grupo 25 armas e uniformes.
"Reinado passou dos limites", declarou o Presidente da República na sua comunicação ao país.
"Fizemos todo o possível para evitar uma solução militar" para o problema de Alfredo Reinado, explicou o chefe de Estado.
"Fizemos todo o possível para ajudar a resolver o problema através de meios pacíficos", acrescentou o Presidente.
"O Alfredo sempre tentou aproveitar essa situação para manipular", acusou Xanana Gusmão, "e não é consistente com as suas ideias".
Por decisão de todos os órgãos de soberania timorenses, o caso do major Reinado, acusado de posse ilegal de material de guerra e de tentativa de "revolução contra o Estado", estava a ser resolvido por um processo negocial com o procurador-geral da República, Longuinhos Monteiro.
PRM/JPA-Lusa/Fim
terça-feira, fevereiro 27, 2007
Major Reinado e peticionários cercados, professores portugueses bem
Por Malai Azul 2 à(s) 18:18
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Timor: Alfredo Reinado disposto a morrer mas não se rende
O major Alfredo Reinado está cercado e «disposto a morrer» mas «não se vai render» disse hoje à agência Lusa o deputado independente Leandro Isaac que se encontra em Same, no interior sul de Timor-leste.
«Estamos todos cercados, as mulheres e as crianças fugiram para o mato e o major Alfredo está a organizar a vigilância e defesa de Same mas está disposto a morrer e não se vai render», disse Leandro Isaac, contactado telefonicamente a partir de Macau.
O deputado, que garante que Alfredo Reinado «tem o apoio do povo de Same» reforçou a ideia da determinação de luta do major Rebelde sublinhando que «rendição é uma palavra que não existe no vocabulário de Alfredo Reinado».
Diário Digital/Lusa
27-02-2007 12:30:32
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=264837
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