quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Conselho de Seguranca decide na quinta-feira prolongamento missão

José Pestana, da Agência Lusa Washington 20 Fev (Lusa) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas decide na quinta-feira em Nova Iorque o prolongamento do mandato da missão da ONU em Timor-Leste, UNMIT e o envio de mais efectivos da GNR para o país.

Fontes diplomáticas na ONU disseram à Lusa que a missão deverá ser aprovada por mais um ano, juntamente com o pedido para o envio de mais uma unidade policial portuguesa para Dili.

O Conselho de Segurança reuniu-se no passado dia 12 para debater um relatório do secretário-geral, Ban Ki-moon, no qual este propôs a renovação do mandato que expira no próximo dia 25.

Nesse documento, Ban afirmou que embora a situação em Timor-Leste tenha melhorado, esta permanece "volátil e o clima político incerto".

O secretário-geral da ONU acrescentou que Timor-Leste "continua a fazer face a muitos desafios que poderão aumentar nos próximos meses à medida que se prepara para as primeiras eleições nacionais desde a restauração da independência".

Ban anuiu aos pedidos das autoridades timorenses para o envio de uma unidade adicional de polícia para garantir a estabilidade durante as próximas eleições.

No debate do passado 12 os países membros do Conselho de Segurança deram, na generalidade, apoio ao pedido do secretário-geral.

O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, falou na ocasião e pediu o envio dessa unidade policial extra.

A reunião de quinta-feira está agendada para realizar-se da parte da manhã, hora de Nova Iorque, e fontes diplomáticas disseram que deverá terminar "muito rapidamente sem qualquer problema".

Fim

5 comentários:

Anónimo disse...

Uma boa noticia para Timor.E já agora,que seja reforçada a ajuda internacional que Timor bem precisa

Anónimo disse...

Partilha de recursos
Parlamento timorense ratifica tratado petrolífero com a Austrália
20.02.2007 - 17h21 Lusa

O Parlamento timorense ratificou hoje um tratado de partilha de recursos do Mar de Timor com a Austrália, "depois de negociações intensas e algumas disputas" com Camberra, disse o vice-primeiro-ministro Estanislau da Silva.
O tratado hoje ratificado distribui igualmente pelos dois países os "royalties" do campo Sol Nascente e protela por 50 anos a delimitação definitiva da fronteira marítima entre a Austrália e Timor-Leste.

Hoje, a discussão no Parlamento incidiu sobre dois documentos: o Acordo relativo à Unitização dos Campos Sol Nascente e Trovador (AIU) e o Tratado Sobre Determinados Ajustes Marítimos no Mar de Timor (TDAMT).

Ao abrigo do AIU, 20,1 por cento do campo Sol Nascente situa-se dentro da Área Conjunta de Desenvolvimento Petrolífero (ACDP) e 79,9 por cento fora desta área.

Em virtude disso, "as receitas recebidas pela Austrália poderão exceder as recebidas por Timor-Leste", nota o relatório hoje lido no Parlamento pela Comissão de Negócios Estrangeiros, Defesa e Segurança Nacionais.

"Sempre que assim se verificar, a Austrália compromete-se a pagar a Timor-Leste uma quantia que resultará no pagamento a favor de Timor-Leste de 50 por cento do total das receitas obtidas", acrescenta o relatório que analisa o TDAMT.

"Caso o inverso venha a suceder, Timor-Leste não pagará nada à Austrália, mas os futuros pagamentos da Austrália a Timor-Leste serão ajustados em conformidade", explica o documento.

A descoberta mais importante na ACDP até ao momento é o campo de Bayu-Undan, que poderá ter reservas de 400 milhões de barris de petróleo e 3,4 triliões de pés cúbicos de gás.

No tempo de vida do campo, estimado em 20 anos, o Bayu-Undan poderá render a Timor-Leste cerca de cinco mil milhões de dólares.

Os campos Sol Nascente e Trovador têm o triplo do potencial de exploração do Bayu-Undan, pelo que o vice-primeiro-ministro e o titular da pasta dos Recursos Naturais, Minerais e de Política Energética, José Teixeira, salientaram a necessidade de não adiar mais o processo de ratificação.

"Nada é perfeito neste mundo", comentou Estanislau da Silva ao introduzir o debate. "Preferíamos que a Austrália nos desse todo o Bayu-Undan, todo o Sol Nascente, enfim, todo o Mar de Timor. Mas o mundo não funciona assim".

Um ponto importante do TDAMT, e diferença sensível em relação ao texto do AIU de 2002, é que os dois países concordam em não renegociar a ratio de distribuição de 20,1 por cento a favor da ACDP e 79,9 por cento a favor da Austrália.

O TDAMT vigora por 50 anos ou até cinco anos após o fim da exploração da área de unitização dos campos Sol Nascente e Trovador.

Os termos do acordo e do tratado agora ratificados, que dão continuidade ao Tratado do Mar de Timor assinado em 2002, sublinhou Estanislau da Silva, "são tanto quanto possível os mais justos para Timor-Leste".

Estanislau da Silva sublinhou que o país "não abdica da delimitação das suas fronteiras" segundo o critério da linha mediana.

O Parlamento australiano agendou para 26 de Fevereiro a audiência pública sobre o TDAMT.
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1286220

Anónimo disse...

Correio da Manhã, 2007-02-20 - 11:38:00

Timor-Leste
Lu-Olo candidato da FRETILIN às presidenciais

Francisco Guterres ‘Lu-Olo’, presidente do Parlamento timorense, anunciou esta terça-feira a sua candidatura às eleições presidenciais de 9 de Abril pela FRETILIN, partido maioritário.

Lu-Olo sublinhou que "é uma candidatura aberta a todos, ao apoio de todas as franjas da sociedade timorense" explicando que durante a campanha eleitoral, vai "naturalmente considerar" a suspensão do seu mandato e das funções que actualmente exerce.

Francisco Guterres foi eleito presidente da Fretilin no primeiro congresso do partido, em Julho de 2001, tendo sido reeleito em Maio de 2006. Foi presidente da Assembleia Constituinte em 2001 e 2002 e, com a restauração da independência, passou a presidir ao Parlamento Nacional.

O primeiro-ministro, José Ramos-Horta, questionado pela falta de apoio do partido à sua possível candidatura, recordou apenas que em 2001 o partido maioritário não apoiou Xanana Gusmão, "que veio a ganhar com 84% dos votos".
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=231835&idselect=91&idCanal=91&p=200

Anónimo disse...

Terça-feira, Fevereiro 20, 2007

Dia agitado, o de hoje!

O grupo de estudantes era da Universidade da Paz manifestava- se e
sobre a paz pregava. O jovem que leu o comunicado parecia acreditar
convictamente no que estava a ler. Se não tivesse visto as imagens
anteriores ao aparecimento do jovem, ter-me-ia deixado levar pela
conversa. É que a TV também mostrou que antes da pregação da paz,
tinha havido pedradas, vidros partidos…
Noutra imagem, o ministro do Desenvolvimento falava igualmente
convicto. E a TV também nos mostrou umas quantas pedras a caírem na
sala do ministro que teve de acabar o discurso mais depressa do que
pensava.
Também o Palácio do Governo fechou as portas mais cedo. Por ordem de
Ramos Horta que, sem aceitar trabalhar sob pressão, mandou os
funcionários para casa.
A manhã já não começou nada bem. Mais um homem que morreu esta
madrugada devido a mais um confronto entre grupos rivais, num bairro
aqui bem próximo de minha casa.
Hoje também foi o dia do anúncio do candidato presidencial da FRETILIN
às eleições presidenciais e de debate no Parlamento sobre a
ratificação do tratado de partilha de recursos petrolíferos entre
Timor e Austrália e a distribuição de arroz.
E, por causa do arroz, o ministro e o vice-ministro da Agricultura
foram retirados do ministério antes que a multidão que se aglomerava
junto dos armazéns entrasse no edifício e houvesse um sério revés. Foz
la iha, foz la iha, foz la iha… (Não há arroz… ) ouve-se repetidamente
em cada canto…
A tensão é muita. Sente-se. Não por causa dos recursos petrolíferos
que um dia nos tirarão da miséria. Mas sim, porque falta o arroz, a
base da alimentação dos timorenses. E, com a barriga vazia, quem terá
serenidade para pensar no dinheiro do petróleo que chegará sabe-se lá
quando?
Por outro lado, se nem sequer se conseguiu abastecer o país de arroz
para que não se chegasse ao ponto em que estamos hoje, quem vai
acreditar que haverá saber, visão e arte de bem negociar -obviamente,
a nosso favor - o melhor sobre os recursos petrolíferos?

Ângela Carrascalão Terça-feira, Fevereiro 20, 2007

Anónimo disse...

Nao ha arroz. Os jornais diarios estao cheios de casos de aldeias e sucos onde a populacao ja esta a comecar a passar fome (porque aqui a dieta diaria da maioria da nossa populacao e arroz cozido com alguns vegetais virados, e porque as chuvas tem sido poucas e nao ha muitas alternativas locais ao arroz). O Primeiro Ministro Horta e o Ministro da Agricultura Estanilau vieram a televisao explicar que a culpa nao e do governo porque tambem ha falta de arroz na Indonesia e noutros paises da regiao, e por isso a falta de arroz e global. Hoje o antigo Primeiro Misnistro Alkatiri vem dizer nos jornais que Horta e Estanilau mentem porque a culpa nao e da escassez de arroz na regiao mas sim dA CONSPIRACAO. Portanto temos novamente os australianos unidos com o Xanana, a Igreja Catolica, o Ramos Horta, os partidos da oposicao, as organizacoes de artes marciais, a maconaria e o Priorados do Siao, todos conjurados para fazer o povo passar fome... Dai-nos o Senhor santa paciencia!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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