quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Commissioner describes hearing as learning experience

By Karen Michelmore And Olivia Rondonuwu

Sanur, Bali, February 20 (AAP) - The first public hearings of a joint East Timor-Indonesia reconciliation commission investigating the mayhem surrounding East Timor's 1999 vote for independence were a "learning experience", the commission's head said today.

The first of five landmark hearings of the Commission of Truth and Friendship (CTF) wrapped up in Bali tonight, after hearing from six witnesses, including former politicians, alleged perpetrators and victims of the violence.

The commission is seeking to establish the truth behind the violence which killed 1,500 people in order to foster reconciliation between the two countries, and move past recrimination.
Asked if he thought the first hearings were a success, CTF co-chairman Benjamin Mangkoedilaga replied: "This is, say, a learning process."

"This is only the beginning, we will learn from our mistakes and weaknesses from the smallest thing."

He said the next hearings would include testimony by several generals in charge of the Indonesian troops in East Timor during the 1999 violence, including General Wiranto, General Kiki Syahnakrie, General Adam Damiri and General Tono Suratman.

All were prosecuted in Indonesia's ad hoc Human Rights Court and found guilty, but the verdicts were later overturned by Indonesia's Supreme Court.

"Wiranto will definitely come, he even challenged us to invite him," Mangkoedilaga said.
But another commissioner, Aniceto Guterres, described the first hearings as "imperfect".

"There are still lots of hurdles. "The biggest challenges are first, about the cooperation of everybody ... many people still fear to reveal the information, perhaps their lives have been threatened."

Earlier, victim Florindo de Jesus Brites took the witness stand and unbuttoned his shirt to reveal terrible scars from a massacre at an East Timor safe house on April 17, 1999, when Indonesian troops and militia shot his brother and killed 11 others.

He also told the hearing was forced to sing the Indonesian national anthem in return for food at the Indonesian army hospital where he was treated.

"I sang 'Indonesia Raya' although I forgot the words, that didn't matter as long as I got the food," he said.

Brites was questioned by Indonesian commissioners about what was wrong with singing the Indonesian anthem in Indonesian territory, sparking criticism from the East Timor-aligned commissioners.

"Now I ask you, is singing Indonesia Raya anthem to an Indonesian citizen, a wrong thing or was it just normal?" Indonesian commissioner Achmad Ali asked.

"Its the same as an American citizen singing an American anthem, I think that is normal."

Outside the hearing, Guterres, from East Timor, described the questioning as "stupid".

"Actually, if you take a closer look there are still differences between Indonesia's commissioners and East Timor's...when all the information is gathered and we formulate the substance of our report, that will be a problem," he said.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Comissário descreve audição como experiência de aprendizagem
Por Karen Michelmore e Olivia Rondonuwu

Sanur, Bali, Fevereiro 20 (AAP) - A primeira audição pública de uma comissão conjunta de reconciliação Timor-Leste-Indonésia investiga a balbúrdia que rodeou a votação para a independência de Timor-Leste em 1999, disse hoje o responsável da comissão.

A primeira de cinco audições de referência da Comissão da Verdade e Amizade (CTF) encerrou hoje à noite em Bali, depois de ouvir seis testemunhas, incluindo antigos políticos, alegados perpetradores e vítimas da violência.

A comissão procura estabelecer a verdade por detrás da violência que matou 1,500 pessoas de modo a fomentar a reconciliação entre os dois países e passar para além da recriminação.
Quando lhe perguntaram se a primeira audição fora um sucesso, o co-presidente da CTF Benjamin Mangkoedilaga respondeu: "Isto é, digamos, um processo de aprendizagem."

"Isto é somente o início, aprenderemos com os nossos erros e fraquezas desde a coisa mais pequena."

Disse que a próxima audição incluirá testemunhos de vários generais com responsabilidade das tropas Indonésias em Timor-Leste durante a violência de 1999, incluindo o General Wiranto, General Kiki Syahnakrie, General Adam Damiri e General Tono Suratman.

Todos foram processados pelo Tribunal Indonésio ad hoc dos Direitos Humanos e considerados culpados, mas os veredictos foram mais tarde anulados pelo Tribunal Supremo Indonésio.

"Wiranto virá de certeza, até nos desafiou para o convidarmos," disse Mangkoedilaga.
Mas um outro comissário, Aniceto Guterres, descreveu a primeira audição como "imperfeita".

"Há ainda muitas hurdles. "Os maiores desafios são em primeiro lugar, acerca da cooperação de toda a gente ... muita gente tem ainda medo de revelar as informações, se calhar ameaçaram as suas vidas."

Antes, a vítima Florindo de Jesus Brites tomou o banco das testemunhas e desabotoou a camisa para mostrar cicatrizes horríveis de um massacre numa casa de refúgio em Timor-Leste em 17 de Abril de 1999, quando tropas Indonésias e milícias balearam o seu irmão e mataram outros 11.

Disse também na audição que foi obrigado a cantar o hino nacional da Indonésia em troca por comida no hospital militar Indonésio onde foi tratado.

"Cantei 'Indonesia Raya' apesar de ter esquecido as palavras, isso não interessava desde que conseguisse a comida," disse.

Brites foi interrogado por comissários Indonésios sobre o que é que havia de errado em cantar o hino Indonésio em território Indonésio, o que desencadeou críticas dos comissários alinhados com Timor-Leste.

"Agora, pergunto-lhe, cantar o hino da Indonésia Raya para um cidadão Indonésio, é uma coisa errada ou simplesmente normal?" perguntou o comissário Indonésio Achmad Ali.

"É o mesmo de um cidadão Americano cantar o hino Americano, penso que isso é normal."

Fora da audição, Guterres, de Timor-Leste, descreveu o interrogatório como "estúpido".

"De facto, se observar de mais perto há ainda diferenças entre os comissários da Indonésia e os de Timor-Leste...quando se recolher toda a informação e formularmos a substância do nosso relatório, isso será um problema," disse.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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