domingo, novembro 11, 2007

Resource Curse or Resource Riches - Petroleum Revenue Management Challenges for the New Government

Timor-Leste – November 2007
Asian Analysis
Jenny Drysdale

In August 2005 the Government of Timor-Leste, then led by Mari Alkatiri, established a Petroleum Fund Law following a period of extensive consultation with the community. The Law was passed unanimously by the Parliament of Timor-Leste (not just Fretilin) and promulgated by the then President of Timor-Leste, Xanana Gusmão (now Prime Minister).

The institutions and mechanisms of petroleum revenue management thus established were intended to avoid the problems encountered by other natural resource-rich poor countries, such as Nauru and Nigeria, and were evidently widely supported across Timor-Leste's political landscape.

Timor-Leste's Petroleum Fund Law establishes two mechanisms of note - a guideline for withdrawals from the Petroleum Fund known as Estimated Sustainable Income (ESI), and a Petroleum Fund Consultative Council. ESI is the amount of revenue that can be withdrawn from the Fund such that the same amount could be withdrawn every year thereafter. If an amount greater than ESI is withdrawn on a regular basis it is possible that Timor-Leste's petroleum revenue could be exhausted before future generations can make use of it. The Petroleum Fund Law requires that Parliament is informed of the value of Estimated Sustainable Income prior to making its decision about how much revenue should be withdrawn from the Petroleum Fund. The Alkatiri Government withdrew revenue from the Petroleum Fund but those withdrawals never exceeded an amount greater than ESI.

Responding to wide support for civil society to have a role in petroleum revenue management decision-making, in addition to consulting on the development of the Petroleum Fund Law, the Alkatiri Government established a Petroleum Fund Consultative Council. The Law proposes that the Consultative Council should advise Parliament on appropriations from the Petroleum Fund (when they exceed the value of ESI) and, as part of the budget process, whether the Fund withdrawal is being used effectively for the benefit of current and future generations. In the interests of transparency and accountability, prior to the elections in June 2007, the Parliament had always sought the opinion of the Consultative Council in making a decision to withdraw from the Petroleum Fund.

Following the June 2007 elections, Timor-Leste's government changed, effectively putting the previously majority party, Fretilin, in opposition to an alliance of smaller parties with Xanana Gusmão as their Prime Minister. In the lead-up to the parliamentary elections Xanana Gusmão announced that he would 'unlock' the revenue from the Petroleum Fund, suggesting that withdrawals from the Petroleum Fund would exceed those that Fretilin had made. Such a policy does not heed the problems of budget execution that exist, regardless of which political party is in power.

In September 2007, the new government proposed a transitional (six month) budget that reportedly required a US$40 million withdrawal from the Petroleum Fund. Despite the budget being of shorter term, the Petroleum Fund withdrawal proposed was far less than that which Fretilin withdrew in the Fund's first full year of operation (US$260 million) and much less than the value of ESI for that period (US$133 million). With just three months of the proposed budget term to go, this small withdrawal plan was wise, but not in-line with Gusmão's campaign promises. The new government would be wise to pursue this conservative fiscal management into the new budget cycle (now following the calendar year).

However, the Parliament of Timor-Leste approved the budget and the withdrawal from the Petroleum Fund without seeking the advice of the Petroleum Fund Consultative Council and the President Jose Ramos-Horta has since promulgated the budget law. The Alkatiri government was widely criticized for not responding to the people, yet this example of the new government's lack of consultation sets a poor example for the future of transparent and accountable management of Timor-Leste's petroleum revenue. In an effort to preserve the mechanism of the Petroleum Fund Consultative Council, some of its members wrote to the President of the Parliament, but without reply.

Timor-Leste wants to tread where most natural resource rich poor countries have not - along the path to sustainable development. However, the actions of the new government remind us that a Petroleum Fund can only support wise fiscal management if the intentions of the decision-makers support good governance. All of the state's institutions are responsible for the wise management of its natural resource wealth and upholding the rule of law - the Council of Ministers, the Government bureaucracy, the Parliament, and the President. Similarly, civil society must assume the task of monitoring those institutions and holding them to account. The petroleum revenue management institutions that were established by the previous government are potentially strong, but remain untested. Whether the new government can do a better job of managing Timor-Leste's natural resource wealth or whether those institutions will be eroded remains to be seen.

WATCHPOINT: Timor-Leste's natural resource wealth is currently invested conservatively, entirely in US federal bonds. The temptation to invest the revenue in a wider range of instruments of potentially greater return, yet also greater risk, exists but this is how countries like Nauru ruined their good fortune. The world waits to see what changes the new government will make in managing Timor-Leste's natural resource wealth.

Jenny Drysdale
Researcher
Fenner School of Environment and Society
Australian National University
http://cres.anu.edu.au/~jenster

TRADUÇÃO:

Maldição dos recursos ou riqueza dos recursos – desafios da gestão dos rendimentos do petróleo para o novo Governo

Timor-Leste – Novembro 2007
Asian Analysis
Jenny Drysdale

Em Agosto de 2005 o Governo de Timor-Leste, então liderado por Mari Alkatiri, estabeleceu uma Lei do Fundo do Petróleo depois dum período de extensas consultas com a comunidade. A Lei foi aprovada por unanimidade pelo Parlamento de Timor-Leste (não apenas pela Fretilin) e promulgada pelo então Presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão (agora Primeieo-Ministro).

As instituições e os mecanismos de gestão dos rendimentos do petróleo assim criados tinham a intenção de evitar os problemas encontrados por outros países pobres ricos em recursos naturais, tais como Nauru e Nigéria, e foram evidentemente amplamente apoiados por toda a paisagem política de Timor-Leste.

A Lei do Fundo do Petróleo de Timor-Leste criou dois mecanismos de realce - um guia para as retiradas do Fundo do Petróleo conhecido como Rendimento Estimado Sustentável (ESI), e um Conselho Consultivo do Fundo do Petróleo. O ESI é a quantia de rendimento que pode ser retirado do Fundo de tal modo que a mesma quantia pode ser retirada cada ano desde então. Se uma quantia maior que o ESI é retirado numa base regular é possível que os rendimentos do petróleo de Timor-Leste possam estar exaustas antes das gerações futuras as possam usar. A Lei do Fundo do Petróleo requer que o Parlamento seja informado do valor do Rendimento Estimado Sustentável antes de decidir sobre quanto renddimento deve ser retirado do Fundo do Petróleo mas essas saídas de fundos nunca excedem uma quantia maior do que o ESI.

Respondendo ao apoio alargado da sociedade civil para ter um papel na tomada de decisão da gestão dos rendimentos do petróleo, em acréscimo às consultas sobre o desenvolvimento da Lei do Fundo do Petróleo, o Governo de Alkatiri criou um Conselho Consultivo do Fundo do Petróleo. A Lei propõe que o Conselho Consultivo deve aconselhar o Parlamento sobre apropriações do Fundo do Petróleo (quando excederem o valor do ESI) e, como parte do processo do Orçamento, se o (dinheiro) retirado do Fundo está a ser usado efectivamente para o benefício das correntes e futuras gerações. No interesse da transparência e da responsabilização, antes das eleições em Junho de 2007, o Parlamento tinha procurado sempre a opinião do Conselho Consultivo para tomar a decisão de retirar (dinheiro) do Fundo do Petróleo.

Depois das eleições de Junho de 2007, o governo de Timor-Leste mudou, pondo efectivamente o anterior partido maioritário, a Fretilin, na oposição para uma aliança de partidos mais pequenos com Xanana Gusmão como seu Primeiro-Ministro. Na caminhada para as eleições parlamentares Xanana Gusmão anunciou que iria 'arrombar' os rendimentos do Fundo do Petróleo excederiam aquelas que a Fretilin tinha feito. Uma tal política não presta atenção aos problemas de execução orçamental que existem, independentemente do partido político que está no poder.

Em Setembro 2007, o novo governo ptopôs um orçamento provisório (seis meses) que segundo relatos necessitaria duma retirada de US$40 milhões do Fundo do Petróleo. Apesar do orçamento ser de curto prazo, a retirada do dinheiro do Fundo do Petróleo proposta era muito menos do que a Fretilin retirara do Fundo nas operações do primeiro ano (US$260 milhões) e muito menos do que o valou do ESI para aquele período (US$133 milhões). Faltando-lhe apenas três meses para o orçamento proposto, foi sensata esta pequena retirada de dinheiro, mas que não está em linha com as promessas eleitorais de Gusmão. O novo governo seria sensato se seguisse esta gestão fiscal conservadora no novo ciclo orçamental (agora a seguir o ano do calendário).

Contudo, o Parlamento de Timor-Leste aprovou o orçamento e a retirada do dinheiro do Fundo do Petróleo sem procurar o conselho do Conselho Consultivo do Fundo do Petróleo e o Presidente José Ramos-Horta já promulgou a lei do orçamento. O governo de Alkatiri foi muito criticado por não responder ao povo, contudo este exemplo da falta de consulta do novo governo marca um mau exemplo para o futuro da gestão transparente e responsável dos rendimentos do petróleo de Timor-Leste. Num esforço para preservar o mecanismo do Conselho Consultivo do Fundo do Petróleo, alguns dos seus membros escreveram ao Presidente do Parlamento, mas sem resposta.

Timor-Leste quer andar por onde a maioria dos países pobres mas ricos em recursos naturais não andaram – pelo caminho do desenvolvimento sustentável. Contudo, as acções do novo governo lembram-nos que um Fundo do Petróleo apenas pode suportar uma gestão fiscal sensata se as intenções dos fazedores de decisão apoiarem uma boa governação. Todas as instituições do Estado são responsáveis pela gestão sensata da riqueza dos seus recursos naturais e por se submeterem ao primado da lei – Conselho de Ministros, burocracia do Governo, Parlamento, e Presidente. Similarmente a sociedade civil tem de assumir a tarefa de monitorizar essas instituições e responsabilizá-las. As instituições de gestão do rendimento do petróleo que foram criadas pelo governo anterior são potencialmente fortes, mas permanecem não testadas. Está para ver se o novo governo pode fazer um trabalho melhor na gestão da riqueza dos recursos naturais de Timor-Leste ou se essas instituições serão corroídas.

PONTO DE OBSERVAÇÂO: A riqueza dos recursos naturais de Timor-Lesteestá correntemente investida de forma conservadora, inteiramente em acções federais dos USA. A tentação de investir os rendimentos num fileira maior de instrumente com maior potencial de retorno, contudo também de maior risco, existe, mas esta é a maneira como países como Nauru arruinaram a sua grande fortuna. O mundo espera para ver que mudanças fará o novo governo na gestão da riqueza dos recursos naturais de Timor-Leste.

Jenny Drysdale
Investigador
Fenner School of Environment and Society
Australian National University
http://cres.anu.edu.au/~jenster

Bom exemplo

www.claudiohumberto.com.br
11/10/2007 12:00:00 AM

Antes da sabatina no Senado, para assumir o posto de embaixador em Maputo (Moçambique), o diplomata Antônio Souza e Silva fez questão de prestar contas aos senadores dos três anos que passou no Timor-Leste.

Timor-Leste: ZEE pode arrancar no sector energético

Diário Digital / Lusa
10-11-2007 12:20:00

A primeira Zona Económica Especial (ZEE) em Timor-Leste poderá arrancar com uma base de apoio à exploração do Mar de Timor, afirmou à Agência Lusa o ministro da Economia e Desenvolvimento, João Gonçalves.

É no sector energético que está mais avançado o projecto de constituir uma ZEE, frisou João Gonçalves.

«A ZEE poderá arrancar com uma base de apoio e fornecimento à exploração do petróleo e do gás natural», referiu o ministro, salientando: «Decidimos avançar».

Tíbar, na periferia oeste de Díli, na costa norte, e Suai, no sudoeste do país, na costa do Mar de Timor, são as duas localizações em aberto para a primeira ZEE timorense, segundo João Gonçalves.

«Há investidores interessados, incluindo a ConocoPhilips, e poderemos avançar para um projecto-piloto», explicou.

O Conselho de Ministros ouviu, esta semana, uma exposição sobre a possibilidade de criar as ZEE em Timor-Leste.

A criação das ZEE passa pela concessão de incentivos fiscais e facilidades burocráticas como forma de captar o investimento estrangeiro.

O sector agro-industrial, o sector turístico e as unidades hidroeléctricas são as áreas prováveis de criação de ZEE.

«O projecto resulta de uma pesquisa alargada entre potenciais investidores e de uma inspecção de uma série de potenciais áreas em Timor-Leste», informou o Governo numa nota oficial divulgada sexta-feira.

João Gonçalves explicou à Lusa que a criação das ZEE foi objecto de um estudo patrocinado pelo Banco Mundial, no âmbito do II Projecto de Investimento em Pequenas Empresas, sob tutela do Ministério da Economia e Desenvolvimento.

Esse estudo contém uma lista de recomendações que o Governo pretende aplicar, acrescentou o ministro, começando pela constituição de um Conselho de Gerência com cerca de 15 elementos, incluindo representantes do Executivo e da sociedade civil.

East Timor's example

Guardian Unlimited - UK

Timor-Leste is the world's youngest democracy, and it faces a return to repression and dictatorship. Integration is the answer.

Fidel Ramos
November 10, 2007 3:00 PM

East Timor, now known as Timor-Leste, is the world's newest democracy. It may have a population of less than one million, but it has a proud, heroic history and a rich culture built up over centuries of diverse ethnic and colonial influences. The island attracted Chinese and Malay traders in the 15th century. The Portuguese arrived not long after, and stayed 400 years. Now it is attracting attention as an example of United Nations-led nation building.

The UN Integrated Mission in Timor-Leste (UNMIT), headed by Atul Khare, consists of a civilian staff of 1,568, of which 334 are volunteers, and a police commissioner, Rodolfo Tor, with 1,623 police personnel from 39 countries. UNMIT's main job is a difficult one: bringing about national reconciliation. While peaceful parliamentary elections were held on June 30, an atmosphere of apprehension has prevailed ever since. Neither the former ruling party, Fretilin, nor the newly formed CNRT, led by Xanana Gusmão, the hero of the resistance to Indonesia's occupation, won an outright majority.

At first, the UN, like many Timorese, including José Ramos-Horta, the country's Nobel Laureate president who won election last May, had hoped that a national unity government could be formed. But a month-long attempt to broker an inclusive government failed. So, in August, Ramos-Horta ended the deadlock by swearing in Gusmão, a longterm political ally and former president, as prime minister.

Gusmão had forged a coalition with three other centre-left parties. Together they won a narrow 51% majority of the popular vote, giving them 37 of the 65 seats in parliament. Gusmão's main rival, Mari Alkatiri, Fretilin's leader and a former prime minister, denounced Ramos-Horta's decision. Fretilin, he said, would not cooperate with an "illegal and unconstitutional"
government. The constitution is open to interpretation, and he argues that Fretilin, which won the largest share of the vote (29%), should have been asked first to form a government - even a minority one.

Fretilin at first sought to fight the decision through non-violent means. But some of its supporters began venting their anger on the streets. Groups of angry marauding young men armed with stones and slingshots ran amok, setting up roadblocks and torching buildings.

But this did not last long, thanks to both the UN and the democratic processes it is helping to nurture. Of course, Timor-Leste has been in something of a political limbo since last year, when clashes between rival factions in the security forces led to a brief breakdown of law and order.

But with security now mainly in the hands of UN police and Australian and New Zealand peacekeepers, the political process is being given a chance to work itself out.

Gusmão will now need to prove himself at the head of an inexperienced government. One big test will be whether the estimated 100,000 displaced people, amounting to 10% of the population, many living in tent camps, feel safe enough to return home. If Fretilin persists in its decision to obstruct the government, instability will persist.

This is where the Association of Southeast Asian Nations (Asean) can help. At the top of the agenda at Asean's leaders summit in Singapore this month is the adoption of a charter to embody its "One Vision, One identity, One Community" concept for Southeast Asia. Timor-Leste is still only an observer in the Asean family, but it appears able to grasp - far better than Burma, an Asean member state - the need for a rules-based Asean that stands for democratic governance even in the most difficult of circumstances.

Indeed, the Timorese people have consistently shown that what they want from their government is openness, dialogue and majority voting under the rule of law. Burma's people want the same, but their country is being pushed towards collapse by years of political and economic crisis, and might well become Asean's pariah, like Africa's Zimbabwe. That should stand as a warning to Timor-Leste's clashing factions, lest any of them conclude that repression and dictatorship are the best solution.

In cooperation with Project Syndicate, 2007

TRADUÇÃO:

O exemplo de Timor-Leste

Guardian Unlimited - UK

Timor-Leste é a mais jovem democracia do mundo, e enfrenta um regresso à repressão e à ditadura. A resposta é a integração.

Fidel Ramos
Novembro 10, 2007 3:00 PM

O leste de Timor, agora conhecido como Timor-Leste, é a mais nova democracia do mundo. Pode ter uma população de menos de um milhão, mas tem uma história orgulhosa e heróica e uma cultura rica construída durante séculos de diversas influências étnicas e coloniais. A ilha atraiu comerciantes Chineses e Malaios no século 15. Os Portugueses chegaram não muito depois, e ficaram 400 anos. Agora está a atrair as atenções como um exemplo da construção de nação liderado pelas Nações Unidas.

A Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT), liderada por Atul Khare, consiste numa equipa de 1,568 civis, dos quais 334 são voluntários, e um comissário de polícia, Rodolfo Tor, com 1,623 policias de 39 países. O principal trabalho da UNMIT é difícil: fazer a reconciliação nacional. Conquanto se tenham realidado de modo pacífico as eleições legislativas em 30 de Junho, tem prevalecido desde então uma atmosfera de apreensão. Nem o antigo partido do poder, a Fretilin, nem o novo partido, o CNRT, formado e liderado por Xanana Gusmão, o herói da resistência à ocupação Indonésia, ganharam a maioria absoluta.

Ao princípio, a ONU, como muitos Timorenses, incluindo José Ramos-Horta, o presidente laureado do Nobel que ganhou as eleições em Maio último, tinham esperanças que um governo de unidade nacional pudesse ser formado. Mas a tentativa de um mês para acordar um governo inclusivo falhou. Assim, em Agosto, Ramos-Horta pôs fim ao impasse nomeando Gusmão, um aliado político de há longo tempo e antigo presidente, como primeiro-ministro.

Gusmão forjou uma coligação com três outros partidos de centro-esquerda. Juntos têm uma curta maioria de 51% do voto popular, dando-lhes 37 dos 65 lugares no parlamento. O principal rival de Gusmão, Mari Alkatiri, líder da Fretilin e antigo primeiro-ministro, denunciou a decisão de Ramos-Horta. A Fretilin, disse ele, não cooperará com um governo "ilegal e inconstitucional". A constituição está aberta a interpretações, e ele argumenta que a Fretilin, que ganhou a parte maior dos votos (29%), devia ter sido convidade primeiro para formar governo – mesmo um minoritário.

Primeiro a Fretilin tentou lutar contra a decisão através de meios não-violentos. Mas alguns dos seus apoiantes começaram a expressar a sua zanga nas ruas. Grupos de jovens zangados andaram a correr nas ruas armados com pedras e fisgas, a montar bloqueios de estradas e a incendiar edifícios.

Mas isto não durou muito, graças a ambos, à ONU e ao processo democrático que ajuda a desenvolver. Obviamente, Timor-Leste tem estado numa espécie de limbo político desde o ano passado, quando confrontos entre facções rivais nas forças de segurança levarem a uma breve quebra da lei e da ordem.

Mas agora com a segurança principalmente nas mãos da polícia da ONU e de militares Australianos e da Nova Zelândia, está a ser dada uma oportunidade para o processo político se desenvolver.

Gusmão precisa agora de provar ele próprio à frente dum governo sem experiência. Um grande teste será se os estimados 100,000 deslocados, 10% da população, muitos a viverem em campos de tendas, se sentem suficientemente seguros para voltarem para casa. Se a Fretilin persistir na sua decisão de obstruir o governo, a instabilidade persistirá.

É aqui que a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) pode ajudar. No topo da agenda na cimeira dos líderes da Asean em Singapura este mês está a adopção duma carta que consagre o seu conceito "Uma Visão, Uma identidade, Uma Comunidade" para a Ásia do Sudeste. Timor-Leste é ainda apenas um observador da família Asean, mas parece capaz de apanhar - muito melhor do que Burma, um Estado membro da Asean – a necessidade de regras com base na Asean que defendem a governação democrática mesmo nas circunstâncias mais difíceis.

Na verdade, o povo Timorense tem mostrado consistentemente que o que querem do seu governo é abertura, diálogo e votação maioritária sob o primado da lei. O povo de Burma quer o mesmo, mas o seu país está a ser empurrado para o colapso por anos de crise política e económica, e pode bem tornar-se o pária da Asean, como o Zimbabwe da África. Isso deve ser um aviso para as facções que se confrontam em Timor-Leste, a fim de que nenhuma delas conclua que a repressão e a ditadura são a melhor solução.

Em cooperação com Project Syndicate, 2007

Mining boom could bust us

The Age
Paul Cleary November 11, 2007

THE big lie being peddled by both major political parties in this election is that Australians can spend the proceeds of the resources boom like there is no tomorrow.

As both parties announce tax cuts and goodies for grey voters and those of other hues, neither party has addressed the fact that the resource boom is doing more to reduce Australia's long-term prosperity than to enhance it.

As Australians plan for even more expansive overseas sojourns this Christmas, or an even bigger splurge on imported luxuries, all courtesy of the high dollar, ask yourself this simple question: Can a country that has racked up more than half a trillion dollars in foreign debt since the float of the dollar in 1983 really afford to have an exchange rate approaching parity with its US counterpart?

The warning signs are starting to emerge, though few are taking notice. The demise of what is left of Australian manufacturing is being accelerated by an exchange rate at US90c and rapid appreciation against other major currencies.

It was only a few years back that HSBC economist Dr John Edwards produced a paper which said that collapse in the Aussie to around 50 US cents was a necessary adjustment to deal with Australia's massive foreign liabilities, and this was likely to be the reality for many years to come.

The long-term challenge facing Australia is variously called the "resource curse", the "paradox of plenty" or the "Dutch disease". This is when an influx of income from resource wealth drives up the exchange rate and inflates the domestic economy, making the country less internationally competitive and thereby crippling its long-term prosperity.

The opening of the fiscal floodgates by the Howard Government in recent years, and by both major parties in this election, follows the resource curse script to the letter. This has led to higher inflation and interest rates, in turn driving up the exchange rate and making the country less competitive. And the fiscal stimulus rolled out in this campaign can be expected to do more of the same.

The resource curse is usually found in developing countries, but as former US Federal Reserve Board chairman Alan Greenspan explained in his recent book, The Age of Turbulence, the phenomenon was first identified in Holland, when revenue from North Sea oil flooded into the country.

"How is it possible that a super-abundance of natural resources — oil, gas, copper, iron ore — would not significantly add to a nation's production and wealth? Paradoxically, most analysts conclude that, particularly in developing countries, natural resource bonanzas tend to reduce rather than enhance living standards," he writes. "[It] takes the form of an economic affliction nicknamed the 'Dutch disease'. Dutch disease strikes when foreign demand for an export drives up the exchange value of the exporting country's currency."

Despite Australia having such an abundance of natural resources, few policy analysts or private sector economists have sought to draw attention to the resource curse, which has hampered Australia's development from the very beginning. The Federal Treasury, for example, does not attempt to measure the stock of Australia's natural resources subject to development plans — which could in fact be measured — when putting together the national balance sheet.

The absence of any policy response to the resource curse is all the more surprising when there are practical models that have been implemented in other countries, most notably Norway, which in 1995 established a "Petroleum Fund" (now known as the Government Pension Fund).

More recently, East Timor adopted the model in full — with some additional transparency measures — for the management of its revenue from the Timor Sea.

In Norway's case, all the tax revenue from its North Sea oil resources flows directly into the offshore fund which invests in government bonds and blue-chip equities. The government then draws on the fund.

Essentially, the country can spend the real interest on its natural resources long after the oil resources have been exhausted. The fund is designed so that Norway can transform a non-renewable resource into a financial asset that will last forever. Importantly, Norway avoids the pitfalls of natural resource wealth by parking the money offshore. Instead of driving up the exchange rate and making the country less competitive, the revenue simply drives up the value of the fund.

Former prime minister Paul Keating recently referred to the floating exchange rate as the "shock absorber" for the economy; a sudden inflow of export earnings was absorbed by the exchange rate rather than flooding the domestic economy. But Norway has taken a quantum leap forward; its shock absorber is the petroleum fund and it reaps the benefit of oil wealth by increasing the nation's assets rather than diminishing competitiveness.

After launching in 1995, Norway's fund is now worth 1800 billion krone ($A363 billion), and expected to double by 2010.

Australia's much vaunted Future Fund cannot be compared with the Norway fund, although it could be transformed to help Australia deal with the "curse". At present the Future Fund is only designed to address future liabilities from unfunded public service pensions. Its recent annual report shows that about half of its new investment went into Australian shares. In effect, the Future Fund is also helping to bid up the exchange rate.

The Future Fund should be collecting the proceeds of the resources boom and putting this money offshore. This could be achieved by imposing a levy on all resource projects which would be deducted from the tax already paid by resource companies.

But if Australia was really serious, all resource-based taxation would be paid into the fund and then drawn down by the Government at a sustainable rate.

This way, Australia could truly benefit from the resource boom without crippling the rest of the economy and undermining its long-term prosperity.

Paul Cleary was an adviser to the East Timor Government on the introduction of its petroleum fund. His new book, Shakedown — Australia's grab for Timor oil, is published by Allen & Unwin.

This story was found at:

http://www.theage.com.au/articles/2007/11/10/1194329562546.html


TRADUÇÃO:

A abundância extractiva pode empobrecer-nos

The Age
Paul Cleary Novembro 11, 2007

A grande mentira que anda a ser espalhada por ambos os dois maiores partidos políticos nestas eleições é que os Australianos podem continuar a gastar a abundância dos seus recursos como se não houvesse um amanhã.

Quando ambos os partidos anunciaram cortes fiscais e benefícios para eleitores do centro e para eleitores doutras cores, nenhum dos partidos respondeu ao facto que os lucros da abundância dos recursos está a fazer mais para reduzir a prosperidade a longo prazo do que para a reforçar.

Quando os Australianos planeiam passar férias mais prolongadas além-mar neste Natal, ou mesmo ainda uma maior importação em luxos importados, tudo graças ao dólar em alta, faça a si próprio esta simples pergunta: pode um país que acumulou mais do que metade de um trilião de dólares em dívida estrangeira desde que o dólar começou a flutuar em 1983 suportar realmente ter uma taxa de câmbio com uma paridade a aproximar-se da sua parceira dos USA?

Os sinais de aviso estão a começar a emergir, apesar de pouca gente estar a reparar. A transferência do que resta das industria de manufacturas Australianas está a ser acelerada por uma taxa de câmbio nos US90c e rápida valorização contra outras moedas maiores.

Foi apenas há poucos anos atrás que o economista Dr do HSBC produziu um estudo que dizia que a queda na Austrália para cerca de 50 US cêntimos era um ajustamento necessário para lidar com a massiva dívida externa da Austrália e que esta era a provável realidade para muitos anos.

Os desafios a longo prazo que a Austrália enfrenta são chamados de variadas formas, "a maldição dos recursos", o "paradoxo da abundância" ou a "doença holandesa". Isto é quando um influxo de rendimentos de recursos de riqueza guia a taxa de câmbio e inflaciona a economia doméstica, torna o país menos competitivo internacionalmente portanto prejudica a sua prosperidade a longo prazo.

A abertura das comportas fiscais pelo Governo de Howard nos anos recentes, e por ambos os maiores partidos nestas eleições, segue à letra o guião da maldição dos recursos. Isto tem levado a uma inflação maior e a taxas de juros mais altas, que por sua vez guiam a taxa de câmbio e tornam o país menos competitivo. E o estímulo fiscal que se defende nesta campanha pode esperar-se que vai fazer mais do mesmo.

A maldição dos recursos encontra-se geralmente nos países em desenvolvimento, mas como Alan Greenspan o antigo Presidente da Reserva Federal dos USA explicou no seu livro recente A Idade da Turbulência, o fenómeno foi primeiro identificado na Holanda, quando os rendimentos do petróleo do Mar do norte inundaram o país.

"Como é que é possível que uma super-abundância de recursos naturais — petróleo, gás, ferro, ouro — não acrescentem significativamente a produção e a riqueza duma nação? Paradoxalmente, a maioria dos analistas concluiu que, particularmente nos países em vias de desenvolvimento, a febre dos recursos naturais tende a reduzir em vez de aumentar os padrões de vida," escreve ele. "[Isso] toma a forma duma aflição económica alcunhada de 'doença Holandesa'. A doença holandesa ataca quando a procura estrangeira para um (produto de) exportação guia o valor da troca de câmbio da moeda do país exportador."

Apesar da Austrália ter uma tal abundância de recursos naturais, poucos analistas políticos ou economistas do sector privado procuraram chamar a atenção para a maldição dos recursos, que tem prejudicado o desenvolvimento da Austrália desde o princípio. O Tesouro Federal, por exemplo, não tenta medir o stock dos recursos naturais da Austrália sujeitos a planos de desenvolvimento — que de facto pode ser medido — quando fazem a folha da contabilidade nacional.

A ausência de qualquer resposta política à maldição dos recursos é ainda mais surpreendente quando há modelos práticos que têm sido implementados noutros países, o mais famoso na Noruega, que em 1995 criou o “Fundo do Petróleo” (conhecido agora como o Fundo de Pensões do Governo).

Mais recentemente, Timor-Leste adoptou o modelo completo — com algumas medidas de transparência adicionais — para a gestão dos seus rendimentos do Mar de Timor.

No caso da Noruega, todos os rendimentos fiscais dos recursos do petróleo do Mar do Norte são canalizados directamente para um fundo offshore que investe em obrigações do governo e acções. O governo depois extrai os fundos.

Essencialmente, o país pode gastar os lucros reais dos seus recursos naturais, por muito tempo depois dos recursos do petróleo terem sidos exauridos. O fundo está desenhado de modo a que a Noruega pode transformar um recurso não renovável num bem financeiro que durará para sempre. Mais importante, a Noruega evita os altos e baixos da riqueza dos recursos naturais ao pôr o dinheiro offshore. Em vez de guiar da taxa de câmbio e tornar o país menos competitivo, os rendimentos apenas guiam o valor do fundo.

O antigo primeiro-ministro Paul Keating referiu-se recentemente à taxa de câmbio flutuante como um "absorvente de choques" para a economia; uma súbita entrada de ganhos da exportação foi absorvida peta taxa de câmbio em vez de inundar a economia doméstica. Mas a Noruega deu um salto quantitativo para a frente; o seu absorvente de choques é o fundo do petróleo e isso colhe os benefícios da riqueza do petróleo ao aumentar os bens da nação em vez de diminuir a competitividade.

Depois do lançamento em 1995, o fundo da Noruega vale agora 1800 biliões de coroas ($A363 biliões), e espera-se que duplique por volta de 2010.

O muito gabado Fundo do Futuro da Austrália não pode ser comparado com o fundo da Noruega, apesar de poder ser transformado para ajudar a Austrália a lidar com a "maldição". Presentemente o Fundo do Futuro está apenas desenhado para responder a dívidas futuras de serviços de pensões públicas não financiadas. O seu recente relatório anual mostra que cerca de metade do seu novo investimento foi para acções Australianas. Com efeito o Fundo do Futuro está também a ajudar a subir a taxa de câmbio.

O Fundo do Futuro devia estar a juntar os lucros da expansão dos recursos e a pôr este dinheiro offshore. Podia fazer-se isto impondo um imposto sobre todos os projectos de recursos que seriam deduzidos da taxa que já é paga pelas companhias de recursos.

Mas se a Austrália quisesse ser séria, todos os impostos com base nos recursos seriam pagos ao fundo e depois drenadas pelo Governo num nível sustentável.

Deste modo, a Austrália podia na verdade beneficiar da expansão dos recursos sem prejudicar o resto da economia e minar a sua prosperidade a longo prazo.

Paul Cleary foi um conselheiro do Governo de Timor-Leste na introdução do seu fundo de petróleo. O seu novo livro, Usura Shakedown — Sequestro pela Austrália do Petróleo de Timor é publicado por Allen & Unwin.

Esta história foi encontrada em:

http://www.theage.com.au/articles/2007/11/10/1194329562546.html

sábado, novembro 10, 2007

Dos Leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Entrevista a Reinado na íntegra":

Depois destas últimas declarações, acho que Reinado não precisa de acrescentar mais nada.

Ele diz tudo: quem, como, quando, etc.

É estranho nenhum relevo ter sido dado a isso na imprensa portuguesa.

É estranho não haver nenhuma reacção dos visados, nomeadamente XG, RH e Hutcheson.

É estranho é ninguém exigir a prestação de contas à Justiça por parte de Xanana e Ramos Horta.

Se as declarações de Reinado forem difamatórias, é estranho que ele não seja imediatamente capturado para enfrentar as consequências das suas palavras.

Ou talvez ele esteja falando verdade e, nesse caso, outros teriam que assumir responsabilidades pelos distúrbios de 2006.

Talvez o problema seja esse.

Fundo Petrolífero: 42,4 milhões de dólares de rendimento por trimestre

Notícias Lusófonas
10 Novembro 2007

O Fundo Petrolífero de Timor-Leste teve um rendimento de 42,4 milhões dólares (27,6 milhões euros) no terceiro trimestre de 2007, segundo o relatório da Autoridade Bancária e de Pagamentos (ABP).

Esta verba resulta de uma taxa de rendimento de 2,68 por cento segundo o relatório trimestral, que será apresentado pela ABP no início da próxima semana, em Díli.

As receitas brutas durante o trimestre foram de 381,55 milhões de dólares, incluindo 116,22 milhões pagos como impostos pelos contribuintes ao fundo e 265,33 milhões de dólares recebidos a título de "royalties" transferidos pela Autoridade Designada para o Mar de Timor.

As saídas de dinheiro foram de 260,7 mil dólares, a título de taxa de gestão do Fundo no trimestre, segundo a ABP, futuro Banco Central de Timor-Leste.

O fluxo líquido das entradas no Fundo foi de 381,29 milhões de dólares no conjunto do trimestre.
O Relatório Trimestral do Fundo Petrolífero, o oitavo submetido pela ABP, indica um capital de 1,817 91 mil milhões de dólares em 30 de Setembro de 2007.

Em 30 de Junho de 2007, o capital do Fundo timorense era de 1,394 22 mil milhões de dólares.

Os juros acrescidos ao fundo durante o trimestre foram de 14,46 milhões de dólares e a alteração de valor dos títulos foi de 27,94 milhões de dólares.

O rendimento de 2,68 por cento registado pelo fundo no trimestre equivale a um rendimento anual de 11,15 por cento.

A ABP sublinha que o rendimento da carteira que serve de referência ("benchmark") foi de 2,66 por cento no período considerado.

A Lei do Fundo Petrolífero especifica que a ABP, como futuro Banco Central de Timor-Leste, é o agente responsável pela gestão operacional do Fundo.

O Ministério das Finanças é responsável pela definição da estratégia geral de investimento do Fundo.

O mandato dado à ABP é o de gerir o Fundo de forma a ele ter um comportamento muito próximo do do Índice Merril Lynch de Títulos do Governo dos Estados Unidos com uma duração de zero a cinco anos.

"A ABP conseguiu gerir a carteira de títulos sempre muito perto deste índice ao longo dos seus primeiros oito trimestres", indicou fonte da instituição.

O rendimento acumulado da "benchmark" neste relatório "foi revisto para cima em dois pontos base para reflectir uma pequena diferença que surgiu entre o rendimento calculado numa base anual e a soma dos movimentos diários", indicou a mesma fonte.

"Isto não afectou o rendimento do Fundo Petrolífero de Timor-Leste", esclareceu.

sexta-feira, novembro 09, 2007

Dos Leitores

Comentário na sua mensagem "O Fundo de Petróleo criado pelo Governo de Alkatir...":

Ora aí está uma prova da BOA GOVERNAÇÃO de MARI: lutando contra muitas privações e incompreensões Governo FRETILIN deixou no "ranking" o "Fundo do Petróleo de TIMOR-LESTE" em 3º lugar (tendo à sua frente apenas a Nova Zelândia e a Noruega).

Atrás de TIMOR-LESTE, segue-se o Canadá, Estados Unidos, Austrália e por aí abaixo, num universo de 28 países analisados!

Mas não esqueçam que na questão de transparência e prestação de contas, Timor, classificou-se em 2º lugar!! Isto quer dizer alguma coisa, não acham???

Fitun Taci

O Fundo de Petróleo criado pelo Governo de Alkatiri que Xanana e Ramos-Horta querem dar cabo...

Notícias Lusófonas
09 Novembro 2007

Fundo Petrolífero em 3º lugar em avaliação internacional

O Fundo Petrolífero de Timor-Leste obteve o terceiro lugar num "ranking" elaborado por uma instituição de pesquisa norte-americana, afirmou fonte oficial da Autoridade Bancária e de Pagamentos (ABP).

A avaliação que elogia o Fundo Petrolífero timorense foi publicada pelo Peterson Institute for International Economics, um instituto de pesquisa privado com sede em Washington, Estados Unidos, num relatório que analisa 32 fundos em 28 países.

O Fundo Petrolífero de Timor-Leste obteve o terceiro lugar nessa avaliação, obtendo 21,75 pontos num total possível de 25.

O Fundo timorense "obteve a pontuação máxima para a estrutura e perdeu apenas 0,25 pontos (para o máximo possível de 12 pontos) em transparência e prestação de contas, classificando-se em segundo lugar", disse fonte da ABP, futuro Banco Central de Timor-Leste.

O topo do índice do Peterson Institute para os fundos petrolíferos soberanos é ocupado pela Nova Zelândia (24 pontos) e pela Noruega (23 pontos).

Nas posições abaixo do Fundo Petrolífero timorense surgem os fundos do Canadá, EUA e Austrália.

O índice foi elaborado segundo critérios combinados de estrutura, governação, transparência e prestação de contas e comportamento.

NOTA DE RODAPÉ:

E ainda há quem acuse o Governo de Alkatiri de corrupção ou de falta de transparência?!

De notar que os próprios Estados Unidos e a Austrália ficaram atrás nesta classificação...

Entrevista a Reinado na íntegra

http://www.abc.net.au/rn/backgroundbriefing/stories/2007/2075594.htm#transcript

Jornalista testemunha que foi Reinado quem disparou primeiro contra F-FDTL

In the middle of last year, SBS-Dateline journalist, David O'Shea and his Timorese colleague, Jose Belo were caught in the middle of a gun battle between Alfredo's men and government soldiers - the F-FDTL ...

Alfredo shouting at FFDTL soldiers ... then gunfire

David O'Shea: Reinado insisted he'd fired in self defence, but I was there and I clearly saw and heard him shoot first. The soldiers who were fired on that day said the attack against them came out of the blue.

In "ABC - Transcript Background Briefing Programme - 4 November 2007"

Tradução:

Em meados do ano passado, o jornalista da SBS-Dateline, David O'Shea e o seu colega Timorense, José Belo foram apanhados no meio de um tiroteio entre os homens de Alfredo e os soldados do governo – as F-FDTL ...

Alfredo a gritar para os soldados das FFDTL ... depois disparos de armas

David O'Shea: Reinado insistiu que disparou em auto-defesa, mas eu estava lá e vi e ouvi claramente ele a disparar primeiro. Os soldados sobre quem ele disparou nesse dia disseram que o ataque contra eles veio do nada .

Em "ABC – Transcrição do Programa Background Briefing - 4 Novembro 2007"

Como as ISF abriram a porta da prisão de Becora a Reinado

Chris Bullock: How did you get out of jail in Dili?

Alfredo Reinado: I just walk out from the door that I get in, I didn't do anything wrong.

Chris Bullock: People will find it very strange that you can just walk out of a prison door?

Alfredo Reinado: Very strange because this is a public prison and you put military, more than 10 military that are well trained, MP, and you put inside, we can teach them how to arrest people and look after people, but they can't look after us.

The New Zealand military always have security outside and checking me all the time, hour after hour, always check me in my jail, but somehow you manage it, without harming anyone, without threatening anyone, nothing.

I just tell them that I want to go out. They let me go ...

In "ABC - Transcript Background Briefing Programme - 4 November 2007"

Tradução:

Chris Bullock: Como é que saíu da prisão em Dili?

Alfredo Reinado: Limitei-me a sair a pé pela porta por onde entrei, não fiz nada de errado.

Chris Bullock: As pessoas acharam muito estranho que se limitasse a sair a pé pela porta da prisão?

Alfredo Reinado: Muito estranho porque esta é uma prisão pública e põem mais de 10 militares que são bem treinados, PM, e pôem-nos dentro, podemos ensiná-los como prender pessoas e tratar das pessoas, mas não podem tratar de nós.

Os militares da Nova Zelândia têm sempre segurança no exterior e vigiavam-me todo o tempo, a todas as horas, vigiavam-me sempre na minha prisão, mas de certo modo, conseguiu-se, sem ferir ninguém, sem ameaçar ninguém, nada.

Disse-lhes apenas que queria sair. Deixaram-me ir ...

Em "ABC – Transcrição do Programa Background Briefing - 4 Novembro 2007"

O que diz Reinado sobre Xanana

Alfredo Reinado: I never surrender to anyone. The day they arrest me on the 25th of June it is because I had been authorised by the president to go down to Dili to see how to solve the crisis, because the President guarantee before that to me in writing that when I hand over my weapon maybe will guarantee to solve this crisis, even though he know that not me the one pulling the trigger to start this crisis. I go there and they arrest me one day later.

And the president didn't say anything about that. So you can see how we can trust anyone at the moment, even the leader of the nation.

In "ABC - Transcript Background Briefing Programme - 4 November 2007 "

Tradução:

Alfredo Reinado: Nunca me entregarei a ninguém. No dia em que me prenderam em 25 de Junho foi porque tinha sido autorizado pelo presidente a descer para Dili para ver como resolver a crise, porque o Presidente me garantira antes por escrito que quando entregasse as minhas armas talvez me garantisse resolver esta crise, mesmo apesar de saber que não fui em quem puxou o gatilho para começar esta crise. Fui para lá e eles prenderam-me um dia mais tarde.

E o presidente não disse nada sobre isso. Portanto podem ver como podemos confiar em alguém na altura, mesmo o líder da nação.

Em "ABC – Transcrição do Programa Background Briefing - 4 Novembro 2007"

Reinado implica não só Alkatiri mas Ramos-Horta, Xanana e Longuinhos Monteiro

Alfredo Reinado: I go there voluntarily, but I not go alone, because those leaders have the responsibility also, to go one by one, and confess. Don't blame me.

You think Mr Xanana innocent, Mr Ramos Horta innocent, Alkatiri innocent and his group innocent, you think prosecutor is innocent? So he thinks innocent we go there and answer one by one then.

In "ABC - Transcript Background Briefing Programme - 4 November 2007"

Tradução:

Alfredo Reinado: Fui lá voluntariamente, mas não fui sozinho, porque estes líderes não têm responsabilidade também, ir um a um e confessar. Não me culpem a mim.

Pensa que o Sr Xanana é inocente, (que) o Sr Ramos Horta (é) inocente, Alkatiri (é) inocente e o seu grupo (é) inocente, pensa que o procurador é inocente? Assim ele pensa inocente e vamos lá e responder um a um então.

Em "ABC – Transcrição do Programa Background Briefing - 4 Novembro 2007"

As mentiras do brigadeiro australiano John Hutcheson e a prova da impunidade de Alfredo

John Hutcheson: I'm not engaged in any operations against Alfredo. Alfredo of course will be treated like any other East Timorese citizen and at the end of the day, if he is found to be carrying weapons and so on, he will be detained and disarmed at that point, the same as any other citizen would be.

But he still refuses to put down his weapon, and he mocks the notion that he is in hiding. He says he goes down to the capital, Dili, often ...
...

Alfredo Reinado: I can go to Dili any time I like.

Chris Bullock: Do you?

Alfredo Reinado: Why not, I always there. Sometimes go and have a fun, have a coffee.


Alfredo Reinado: Am I in the mountain, you see more people live up there in the mountain higher than me. You want me to order a pizza for you, I can order from here (laughs) or you want to have a cappuccino, I can have it up here. I have more better life up here and who those politician down there, because they scared, they threat, they always hide.

In "ABC - Transcript Background Briefing Programme - 4 November 2007"

Tradução:

John Hutcheson: Não estou engajado em nenhumas operações contra Alfredo. Alfredo obviamente será tratado como qualquer outro cidadão Timorense e no fim do dia, se for encontrado com armas etc., e tal, será detido e desarmado nessa altura, da mesma maneira como qualquer outro cidadão seria.

Mas ele continua a recusar baixar as suas armas, e ele troça da nação e anda escondido. Diz que desce à capital, Dili, muitas vezes ...
...

Alfredo Reinado: Posso ir a Dili sempre que quero.

Chris Bullock: Pode?

Alfredo Reinado: Porque não, estou sempre lá. Às vezes vou para me divertir, beber um café.




Alfredo Reinado: Se estiver nas montanhas, vê mais gente a viver nas montanhas mais altas do que eu. Se quiser que eu encomende uma pizza para si, eu posso encomendar daqui (risos) ou se quiser beber um cappuccino, posso encomendá-lo para aqui. Tenho uma vida melhor aqui do esses políticos lá em baixo, porque eles estão cheios de medo, eles ameaçam, eles escondem-se sempre.

Em "ABC – Transcrição do Programa Background Briefing - 4 Novembro 2007"

As mentiras do Presidente Ramos-Horta

Jose Ramos Horta: He is now extremely quiet, I have engaged a Timorese NGO, engaged a Swiss based group, NGO, to engage him in dialogue and to bring him into a cantonment, and then he said emphatically to me and to his lawyers, to the Swiss NGO, that he is ready to then surrender the weapons and surrender to justice.
...

Chris Bullock: I think the change is that the government is taking a more conciliatory approach to you ... Xanana Gusmao as prime minister has set up a task force to deal with your issues, the president has asked a Timorese NGO and a Swiss based organisation to continue dialogue with you ... what more can the government do, the two leaders are coming very much towards you?


Alfredo Reinado: No, if you say a local NGO, it not exist, that group is created by us and I'm a part of it. And about the Geneva team that come in, they been getting 5 million dollars to pay for them to do this dialogue and the only thing they done is my meeting with the president, that's all.

In "ABC - Transcript Background Briefing Programme - 4 November 2007"


Tradução:

José Ramos Horta: Ele agora está extremamente quieto, eu engajei uma ONG Timorense, engajei uma ONG, um grupo com base na Suiça, para o engajar no diálogo e trazê-lo para um acantonamento, e depois ele disse enfaticamente a mim e aos seus advogados, à ONG Suiça, que ele está pronto a render-lhes as armas e a render-se à justiça.
...

Chris Bullock: Penso que a mudança é que o governo está a ter uma abordagem mais conciliatória consigo ... Xanana Gusmão como primeiro-ministro montou um grupo de trabalho para lidar com a sua questão, o presidente pediu a uma ONG Timorense e a uma organização com base na Suiça para continuar o diálogo consigo ... o que mais é que pode o governo fazer, os dois líderes aproximaram-se muito de si?

Alfredo Reinado: Não, se fala numa ONG local, isso não existe, esse grupo foi criado por nós e eu faço parte dele. E sobre a equipa de Geneva que cá veio, eles estão a obter 5 milhões de dólares para lhes pagar para fazerem este diálogo e a única coisa que eles fizeram foi o meu encontro com o presidente, foi tudo.

Em "ABC – Transcrição do Programa Background Briefing - 4 Novembro 2007"

08/11/2007 - 14h46Indicações de três diplomatas para embaixadas do Brasil recebem pareceres favoráveis da CRE


Senado.gov.br


COMISSÕES / Relações Exteriores

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou, nesta quinta-feira (8), por ampla maioria, pareceres favoráveis a três mensagens presidenciais que indicam nomes de diplomatas de carreira para exercerem o cargo de embaixador do Brasil. As proposições seguem para exame e votação no Plenário do Senado.

A primeira indicação aprovada foi a do nome do ministro de primeira classe Carlos Augusto Rego Santos Neves para preencher o cargo de embaixador do Brasil junto ao Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.

O relator dessa mensagem, senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), classificou de "excelente" a indicação, pela carreira brilhante que o indicado teve no Itamaraty. Nos diversos postos que ocupou, lembrou o senador, Santos Neves demonstrou reconhecida habilidade e competência. Por isso, disse ainda, as relações entre o Reino Unido e o Brasil, que já são especiais, certamente serão ampliadas e desenvolvidas.

Desde 2003, Santos Neves vinha exercendo o cargo de embaixador brasileiro em Moscou (Rússia) e, cumulativamente, em países limítrofes como Geórgia, Turcomenistão, Belarus, e Casaquistão. Anteriormente, foi embaixador em Ottawa (Canadá) e cônsul-geral em Houston (EUA), onde presidiu a Câmara de Comércio Brasil-Texas.

Conforme informações divulgadas pelo Itamaraty, o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte representa um dos grandes parceiros comerciais do Brasil. Em 2006, o fluxo comercial bilateral foi de US$ 4,2 bilhões, sendo bastante superavitário para o Brasil, com US$ 2,8 bilhões em exportações e US$ 1,4 bilhão em importações. Em termos de investimentos diretos no Brasil, o Reino Unido ocupa a 15ª posição.

Segundo Santos Neves, o Reino Unido é feliz e próspero, e servirá de experiência para o Brasil.

- Ampliar o comércio e os investimentos, que não fazem jus ao nosso peso econômico, será uma das prioridades do meu trabalho - disse o diplomata.

Suriname
Outra indicação que teve parecer favorável da CRE foi a do ministro de segunda classe José Luiz Machado e Costa para exercer o cargo de embaixador do Brasil junto à República do Suriname. No momento, ele exerce o cargo de ministro-conselheiro em Assunção (Paraguai).

Segundo afirmou o senador Marco Maciel (DEM-PE), durante a avaliação da indicação na CRE, José Luiz Machado e Costa tem grande experiência no Itamaraty e no Ministério da Defesa. O parlamentar disse que, em tempos de integração regional, as relações Brasil-Suriname representarão prioridade importante, porque, segundo Marco Maciel, a tendência do Mercosul é englobar toda a América do Sul, como aconteceu com o Mercado Comum Europeu.

O diplomata indicado observou que o Suriname é um país limítrofe, mas "está de costas para o Brasil" porque suas relações, nos dias de hoje, são especialmente com a Holanda e a Comunidade Caribenha.

Destacou, ainda, que o Suriname não possui rodovias ligando-o ao Brasil, por isso sua integração somente será possível mediante a construção do chamando Arco Norte - interconexão rodoviária que ligará Macapá a Boa Vista, passando por Caiena (Guiana Francesa), Paramaribo (Suriname) e Georgetown (Guiana).

José Luiz Machado e Costa disse que esse complexo de rodovias será muito importante para combater o narcotráfico e outros ilícitos que têm prosperado na região. Lembrou ainda que o Suriname tem grande interesse na cooperação militar com o Brasil, em especial para obter acesso aos dados do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), exatamente para que possa patrulhar melhor seu território.

Moçambique

A terceira mensagem presidencial que teve parecer favorável aprovado pela CRE indica o ministro de segunda classe Antonio José Maria de Souza e Silva para exercer o cargo de embaixador do Brasil junto a Moçambique e, cumulativamente, junto ao Reino de Suazilândia e às Repúblicas de Seicheles e de Madagascar.

Souza e Silva afirmou ter sido uma grande satisfação representar o Brasil em Dili (Timor Leste), país que tem significação especial para os brasileiros, segundo o diplomata, por ser mais um país de língua portuguesa no mundo. O indicado disse que sua missão em Moçambique será semelhante, porque considera que as relações com a África detêm grande importância para a formação histórica e cultural do Brasil.

Na avaliação de Souza e Silva, o continente africano, com seus 54 países, está encontrando seu caminho de pacificação e reconciliação nacional, porque, lembrou, a luta armada foi trocada pelo pluripartidarismo político. Informou ainda que, em cinco anos, o comércio do Brasil com os países africanos triplicou, atingindo US$ 5 bilhões por ano.

- Em relação a Moçambique, o fator cultural será muito favorável, facilitando nossas relações. A Embrapa e a Fiocruz já estão presentes, a Vale do Rio Doce explora minas de carvão, e a Camargo Corrêa constrói uma hidrelétrica. Há, também, em andamento, vários projetos em Educação e na área do Judiciário - disse Souza e Silva.

Laura Fonseca / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Um exemplo

h correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Timor-Leste: Processo do massacre de Caicoli: "Um ...":

Este julgamento constitui um marco na História de Timor-Leste por várias razões.

Nem a Defesa nem o Ministério Público comungam do pessimismo da UNMIT, que refere a "fraqueza do sistema de justiça" no seu relatório.

Pelo contrário, este julgamento é uma das muitas pedras basilares com que o esforço de muitos homens e mulheres vai construindo o grande edifício da Justiça timorense e é uma pena que a UNMIT não reconheça o mérito dessas pessoas.

O Procurador Bernardo Fernandes leu as alegações finais em Tétum, confirmando a maturidade desta língua oficial timorense e que, ao contrário das sentenças que emanam de certas cabeças, Timor-Leste não precisa de mais línguas oficiais.

A "fraqueza", se é que existe, estará mais para outros lados...

Woman fails to take 23 kids from Timor

November 9, 2007 - 6:29PM

Authorities have stopped a woman from leaving East Timor with 23 children from an orphanage run by an Australian, after a UN agency raised serious concerns.

Police descended on Dili airport on Thursday after the woman approached immigration officials seeking to have the children board a flight to Malaysia.

Authorities had been contacted by the international child rights agency UNICEF about the plan to take the children abroad.

"UNICEF suspected the project's intentions could be shady," said Inspector Elias Mendonca, an immigration adviser to East Timor's State Secretary for Security.

"So a team of UN police was deployed, with UNICEF people."

The woman who sought to take the children out of East Timor was questioned but has since been released. She has been identified as an Indonesian employee of the Eastern Petroleum company.

Authorities are continuing to scrutinise the documents she presented to immigration officers.

The children involved - ranging in age from 10 into their teens - were from the Hadomi Timor Orphans' Foundation.

The orphanage director is Indonesian-born Australian Lala Noronha who was waiting in Malaysia for the children. A priest with the group said an agreement had been signed between the orphanage and a school in Malaysia.

Social Welfare Minister Maria Domingas Fernandes Alves said the children were stopped from leaving East Timor in compliance with laws on the rights of the child.

"The East Timorese government has ratified the Convention on the Rights of the Child ... and will ensure that the situation is resolved accordingly," she said.

Authorities were carefully assessing documents associated with the trip, she said.

An immigration official said the documents showed that not all the children were orphans.

"Timorese law is very clear. Children under 17 cannot travel abroad without parental consent or without being properly accompanied," the official said.

During the years of Indonesian occupation, East Timorese families had bitter experiences of children taken abroad for education with parental agreement.

Some became estranged from their natural parents after being raised as Muslims. Others have remained with 'adoptive' families who deny access to their birth parents.

Attempts to gain comment from the orphanage were unsuccessful.

© 2007 AAP

TRADUÇÃO:

Mulher falha em levar 23 garotos de Timor-Leste

Novembro 9, 2007 - 6:29PM

As autoridades impediram uma mulher de sair de Timor-Leste com 23 crianças dum orfanato dirigido por Australianos, depois duma agência da ONU levantar preocupações sérias.

A polícia foi ao aeroporto de Dili na Quinta-feira depois da mulher ter abordado os funcionários da imigração tentando pôr as crianças a bordo dum voo para a Malásia.

As autoridades foram contactadas pela agência dos direitos das crianças UNICEF acerca do plano para levar as crianças para o estrangeiro.

"A UNICEF suspeitou que as intenções do projecto pudessem ser sombrias," disse o Inspector Elias Mendonça, um conselheiro para a imigração do Secretário de Estado para a Segurança de Timor-Leste.

"Assim foi destacada uma equipa da polícia da ONU, com gente da UNICEF."

A mulher que procurava levar as crianças para fora de Timor-Leste foi questionada mas desde então foi libertada. Foi identificada como uma empregada Indonésia da companhia Eastern Petroleum.

As autoridades continuam a examinar os documentos que ela apresentou aos funcionários da imigração.

As crianças envolvidas – que têm idades que variam entre 10 e para cima – eram da Hadomi Timor Orphans' Foundation.

A directora do orfanato é a Australiana nascida na Indonésia Lala Noronha que estava na Malásia à espera das crianças. Um padre do grupo disse que tinha sido assinado um acordo entre o orfanato e uma escola na Malásia.

A Ministra da Segurança Social Maria Domingas Fernandes Alves disse que as crianças foram impedidas de sair de Timor-Leste em cumprimento das leis sobre os direitos das crianças.

"O governo Timorense g ratificou a Convenção sobre os Direitos das Crianças ... e asseguraremos que a situação se resolverá de acordo," disse.

As autoridades estão a analisar com cuidado os documentos associados com a viagem, disse.

Como disseram os funcionários da imigração os documentos mostravam que nem todas as crianças são órfãs.

"A lei Timorense é muito clara. As crianças com menos de 17 anos não podem viajar para o estrangeiro sem autorização dos pais ou sem serem devidamente acompanhadas," disse o funcionário.

Durante os anos da ocupação Indonésia, famílias Timorenses tiveram experiências amargas de crianças levadas para o estrangeiro para educação com acordo dos pais.

Algumas tornaram-se estranhas dos seus pais naturais depois de serem criadas como muçulmanas. Outras continuam com as famílias 'de adopção' que negam o acesso aos pais de nascimento.

Não tiveram sucesso tentativas para obter um comentário do orfanato.

© 2007 AAP

Voice in the wilderness

South China Morning Post - Nov 07, 2007

East Timor's former prime minister reflects on his ousting from office, writes Fabio Scarpello

He is one of the founders of Fretilin, the largest party in Asia's newest and poorest nation. He also spent 24 years in exile during the Indonesian occupation of his homeland East Timor. And while considered by many to be arrogant, out of touch and manipulative, deposed prime minister Mari Alkatiri is seen by others as the only man who can ensure a viable future for his fledgling country.

Mr Alkatiri was forced to step down from the role of East Timor's prime minister after violence flared last May in the streets of the former Portuguese colony. Last year's military mutiny and gang clashes effectively marginalised him in the June elections, although he is still secretary-general of Fretilin.

Despite leading his country's first post-independence government and being credited with securing a better future for his nation by forcing Australia to share disputed oil and gas reserves, Mr Alkatiri is still labelled as manipulative, arrogant and a communist.

He has been blamed for failing to alleviate poverty, of having established an autocratic system and of having, last year, led the country to the brink of civil war. He was also accused, and cleared, of having helped form a hit squad to eliminate rivals. He is demonised by most foreign media, and many at home would like him to quit politics altogether.

Over coffee at his house in East Timor's capital, Dili, Mr Alkatiri gave the South China Morning Post a glimpse of his side of the story and his hopes for the future.

Talking in a light-hearted manner, he acknowledged that his gruff personality had created a barrier with the East Timorese people, but pointed a finger of blame at those who had ostracised him because of his faith as a Muslim in a devoutly Catholic nation.

"Cultural difference has been a problem. I cannot deny that it has created difficulties," said Mr Alkatiri, who can trace part of his hereditary from Yemenite traders who settled in East Timor more than a century ago. "For the East Timorese, it is important to smile always, even if you may not act accordingly. I'm completely against this. I prefer to be open, direct and smile only when I really want to."

Mr Alkatiri was born in Dili in 1949. Besides his family roots, his personality was shaped by the long time he spent abroad.

He left East Timor in 1970 to study in Angola, but returned in 1975 when East Timor's colonial power, Portugal, announced its intention to leave. He was one of the founders of the Timorese Social Democratic Association (ASDT), which later became Fretilin.

He was also among those who unilaterally declared independence on November 28, 1975. As the Fretilin leadership feared an Indonesian invasion, he was dispatched with Jose Ramos Horta and Jose Lobato to look for diplomatic support overseas. Indonesian troops entered East Timor in December of that year and, unable to return home, Mr Alkatiri and his colleagues established the headquarters of Fretilin External Delegation in Mozambique.

"Mozambique was the only country that offered us support at that time. For 15 years it was the largest financial supporter of the East Timorese cause. Without it, little could have been achieved. I have fond memories of Mozambique," said Mr Alkatiri.

He also said his Islamic beliefs often played a role in the way he was perceived in East Timor. "Being Muslim has always been very difficult for me here. I understood that already when I was part of the small group who established ASDT," said Mr Alkatiri. "During one of the first meetings, very influential people questioned whether I should be there, since I am not Catholic."

Mr Alkatiri cited his religion as the main reason for his sour relationship with East Timor's Catholic Church, the country's most influential institution, an allegation denied by the Bishop of Dili, Alberto Ricardo da Silva.

The first major public protest against his government came in April 2005, when hundreds of people heeded the call of a local Catholic radio programme asking Catholics to "protest against Alkatiri and kick him out".

The call followed disagreement between the church and the government over the school curriculum. The church wanted the Catholic faith to be compulsory in schools, but the government insisted East Timor was a secular state and no one faith could be imposed on everyone. The protest rocked the government, which then backed down.

Mr Alkatiri also suggested the church played a role in last year's crisis, which led to his resignation in June that year. As the nation descended into chaos, international peacekeeping troops were deployed.

The former prime minister said he dreamed of an East Timor developed in a sustainable way and of eradicating poverty in a country where 40 per cent of its 1 million people were illiterate and survived on US 50 cents a day. He also said he dreamed of an East Timor that produced talented people who could make a difference. As a model for his East Timor he mentioned a mixture of Norway, Cuba and Singapore. "I am firmly convinced that it can all be achieved. I have no doubts about that," he said.

He also talked at length about the decades he spent abroad after Indonesia invaded the former Portuguese colony. "I spent 24 hours a day for 24 years working for independence," said Mr Alkatiri, who was also a chartered surveyor and a senior legal consultant in Angola and Mozambique. "I was very active in bilateral diplomacy with African countries. It was thanks to the African vote that East Timor got a resolution from the United Nations General Assembly condemning the Indonesian invasion in 1982," he said.

Mr Alkatiri's contribution to independence has often been overshadowed by Xanana Gusmao and Mr Ramos Horta. The former led the jungle-based resistance for almost two decades and is considered a hero in East Timor, where he became the country's first post-independence president and is now prime minister.

The latter, recently elected president, won the Nobel Peace Prize for roaming the world while in exile and keeping the plight of East Timor alive. Only last May, in the midst of the crisis, was Mr Alkatiri awarded East Timor's highest award, the Dom Boaventura medal, in recognition of his contribution to the struggle for independence. Soon after, Mr Gusmao belittled Mr Alkatiri's contribution to the independence cause, saying on TV that "he doesn't have blood on his hands" and "he always washed his hands with soap".

The political rivalries and mutual dislikes that separated him from Mr Gusmao and, to a lesser extent, from Mr Ramos Horta, surfaced as he talked about the two men. "I respect Gusmao as a commander of the guerilla. I have no doubt in him as the person who struggled for independence and led the resistance in the most difficult times," said Mr Alkatiri. "But I don't respect Gusmao as a statesman or president of this country, where the rule of law has to prevail, because Gusmao thinks he is above the law."

Mr Alkatiri blamed Mr Gusmao for last year's crisis, accusing him of siding against Fretilin and of having split the country into east and west factions with two inflammatory speeches broadcast on national TV. The speeches were also criticised by some neutral observers. The International Crisis Group said that "by legitimising western grievances, [the speeches] seem to have led to attacks on easterners".

East Timor's 2006 crisis stemmed from the grass roots discontent with poverty and perceived injustices from the government. It exploded after Mr Alkatiri's hasty sacking of half the army, which had gone on strike claiming ethnic discrimination. The crisis eventually took the shape of regional fighting between easterners and westerners, and it also became a political battle between Mr Gusmao and Mr Alkatiri. Then foreign minister Mr Ramos Horta sided with long-time ally Mr Gusmao.

"It is different with Jose Ramos Horta," said Mr Alkatiri. "Horta's main problem is that he is very superficial. He never goes in depth on any issue and if he keeps doing that it will be very dangerous because now he is the head of state," he added, almost with contempt.

Although he has said repeatedly he does not plan to run for prime minister again, Mr Alkatiri acknowledged that his position as Fretilin secretary-general kept him politically very busy and was likely to do so for the foreseeable feature.

"One day I would like to teach. I also like gardening and reading, but I have no time. Now, the only hobby I have time for is working," he said.

TRADUÇÃO:

Voz na imensidão

South China Morning Post - Nov 07, 2007

O antigo primeiro-ministro de Timor-Leste reflecte sobre a sua saída do gabinete, escreve Fabio Scarpello

É um dos fundadores da Fretilin, o maior partido do mais novo país na Aásiae a nação mais pobre. Passou 24 anos no exílio durante a ocupação Indonésia da sua terra natal Timor-Leste. E conquanto seja considerado por muitos como arrogante, retraído e manipulador, o deposto primeiro-ministro Mari Alkatiri é visto por muitos como o único homem capaz de garantir um futuro viável para o seu país nascente.

O Sr Alkatiri foi forçado a sair do cargo de primeiro-ministro de Timor-Leste depois da violência ter rebentado em Maio do ano passado nas ruas da antiga colónia Portuguesa. O motim militar do ano passado e os confrontos de gangues marginalizaram-no efectivamente nas eleições de Junho, apesar de ser ainda o secretário-geral da Fretilin.

Apesar de ter liderado o primeiro governo pós-eleições do seu país e de lhe ter sido creditado garantir um melhor futuro para a sua nação ao forçar a Austrália a partilhar as disputadas reservas do petróleo e do gás, p Sr Alkatiri é ainda rotulado de manipulador, arrogante e comunista.

Foi acusado por ter falhado no alívio à pobreza, de ter estabelecido um sistema autocrático e de ter, no ano passado, liderado o seu país à beira da guerra civil. Foi ainda acusado, e inocentado, de ter ajudado a formar um esquadrão de ataque para eliminar rivais. É demonizado pela maioria dos media estrangeiros, e muitos em casa gostavam que simplesmente desistisse da política.

À volta dum café na sua casa na capital de Timor-Leste, Dili, o Sr Alkatiri deu ao South China Morning Post uma imagem do seu lado da história e das suas esperanças para o futuro.

Falando de coração aberto, reconheceu personalidade difícil criou uma barreira com o povo Timorense, mas apontou a culpa aos que o tinham ostracizado por causa da sua fé como muçulmano numa nação devotamente católica.

"A diferença cultural tem sido um problema. Não posso negar que isso tem criado dificuldades," disse o Sr Alkatiri, que consegue traçar a sua hereditariedade de comerciantes Yemenitas que se estabeleceram em Timor-Leste há mais de um século. "Para os Timorenses, é importante estar sempre a sorrir, mesmo se não se actua de maneira correspondente. Sou totalmente contra isso. Prefiro ser aberto, directo e sorrir apenas quando realmente quero."

O Sr Alkatiri nasceu em Dili em 1949. Além das suas raízes familiares, ele foi modelado pelo longo tempo que passou no estrangeiro.

Deixou Timor-Leste em 1970 para estudar em Angola, mas regressou em 1975 quando a potência colonial de Timor-Leste, Portugal, anunciou a sua intenção de partir. Foi um dos fundadores da Associação Social Democrática Timorense (ASDT), que mais tarde se tornou a Fretilin.

Esteve também entre os que declararam unilateralmente a independência em 28 de Novembro de 1975. Como a liderança da Fretilin receava a invasão Indonésia, foi despachado com José Ramos Horta e José Lobato para procurar apoio diplomático além-mar. As tropas Indonésias entraram em Timor-Leste em Dezembro desse ano e incapaz de regressar a casa, o Sr Alkatiri e os seus colegas estabeleceram a Delegação Externa da Fretilin em Moçambique.

"Moçambique foi o único país que nos ofereceu apoio nessa altura. Durante 15 anos foi o maior apoiante financeiro da causa Timorense. Sem isso, pouco se podia alcançar. Tenho profundas memórias de Moçambique," disse o Sr Alkatiri.

Disse ainda que as suas crenças Islâmicas tiveram muitas vezes um papel sobre como era percepcionado em Timor-Leste. "Ser muçulmano tem sido sempre muito difícil para mim aqui. Compreendi isso já quando fazia parte do pequeno grupo que criou a ASDT," disse o Sr Alkatiri. "Durante um dos primeiros encontros, gente muito influente questionou se devia estar lá, visto não ser católico."

O Sr Alkatiri citou a sua religião como a razão principal para as suas relações azedas com a igreja católica de Timor-Leste, a mais influente instituição do país, uma alegação negada pelo Bispo de Dili, Alberto Ricardo da Silva.

O primeiro grande protesto público contra o seu governo ocorreu em Abril de 2005, quando centenas de pessoas responderam à chamada dum programa duma rádio Católica local que pedia aos católicos para "protestarem contra Alkatiri e correrem com ele".

A chamada seguiu-se a desacordos entre a igreja e o governo por causa do curriculum das escolas. A igreja queria que a fé católica fosse obrigatória nas escolas, mas o governo insistia que Timor-Leste era um Estado secular e que nenhuma fé se devia impor a ninguém. O protesto abalou o governo, que então recuou.

O Sr Alkatiri sugeriu que a igreja teve também um papel na crise do ano passados, que levou à sua resignação em Junho do ano passado. Quando a nação caía no caos, foram destacadas tropas internacionais.

O antigo primeiro-ministro disse que sonhou um Timor-Leste desenvolvido de maneira sustentável e da erradicação da pobreza no país onde 40 por cento dos seus 1 milhão de habitantes eram analfabetos e sobreviviam com US 50 cêntimos por dia. Disse ainda que sonhava com um Timo-Leste que produzia gente com talentos e que podiam fazer a diferença. Como modelo para o seu Timor-Leste mencionou uma mistura de Noruega, Cuba e Singapura. "Estou firmemente convencido que isto se pode alcançar. Não tenho nenhumas dúvidas acerca disto," disse.

Falou também bastante sobre as décadas que passou no estrangeiro depois da Indonésia ter invadido a antiga colónia Portuguesa. "Passei 24 horas por dia durante 24 anos a trabalhar para a independência," disse o Sr Alkatiri, que foi ainda um sobrevivente diplomado e um consultor legal de topo em Angola e Moçambique. "Fui muito activo na diplomacia bilateral com países Africanos. Foi graças ao voto Africano que Timor-Leste obteve uma resolução na Assembleia Geral das Nações Unidas a condenar a invasão Indonésia em 1982," disse.

A contribuição do Sr Alkatiri para a independência tem sido muitas vezes ofuscada por Xanana Gusmão e pelo Sr Ramos Horta. O primeiro liderou a resistência com base nas montanhas durante quase duas décadas e é considerado um herói em Timor-Leste, onde se tornou no primeiro presidente do país pós-independência e é agora primeiro-ministro.

O último, recentemente eleito presidente, ganhou o Prémio Nobel da Paz por andar pelo mundo enquanto estava no exílio e manter viva a luta de Timor-Leste. Apenas em Maio passado no meio da crise, foi o Sr Alkatiri agraciado com a mais alta condecoração de Timor-Leste, a medalha de Dom Boaventura, em reconhecimento da sua contribuição para a luta pela independência. Pouco depois o Sr Gusmão desvalorizou a contribuição do Sr Alkatiri para a causa da independência, dizendo na TV que "ele não tem sangue nas mãos" e "ele lavou sempre as mãos com sabão".

As rivalidades políticas e a antipatia mútua que o separaram do Sr Gusmão e em menor extensão do Sr Ramos Horta, vieram à superfície quando falou dos dois. "Respeito Gusmão como comandante da guerrilha. Não tenho dúvidas dele como uma pessoa que lutou pela independência e liderou a resistência nos tempos mais difíceis," disse o Sr Alkatiri. “Mas não respeito Gusmão como estadista ou presidente deste país, onde tem de prevalecer o primado da lei, porque Gusmão pensa que está acima da lei."

O Sr Alkatiri culpou o Sr Gusmão pela crise do ano passado, acusando-o de tomar o lado contra a Fretilin e de ter dividido o país em facções do leste e do oeste com dois discursos inflamatórios transmitidos na TV nacional. Os discursos foram também criticados por alguns observadores neutros . O International Crisis Group disse que "ao legitimar as queixas do oeste, [os discursos] parecem ter levado a ataques contra os do leste ".

A crise de 2006 em Timor-Leste nasceu do descontentamento das bases com a pobreza e com a percepção de injustiças do governo. Explodiu depois do apressado despedimento pelo Sr Alkatiri de metade das forças armadas, que tinha entrado em greve queixando-se de discriminações étnicas . Eventualmente a crise tomou a forma de lutas regionais entre os do leste e os do oeste, e tornou-se também uma batalha política entre o Sr Gusmão e o Sr Alkatiri. O então ministro dos estrangeiros Sr Ramos Horta tomou o lado do seu aliado de há longo tempo Sr Gusmão.

"É diferente com José Ramos Horta," disse o Sr Alkatiri. "O maior problema do Horta é que é muito superficial. Nunca entra em profundidade em nenhuma questão e se continuar a fazer isso será muito perigoso porque é o chefe de Estado," acrescentos, quase com desdém.

Apesar de ter dito vezes repetidas que não planeia concorrer a primeiro-ministro outra vez, o Sr Alkatiri reconheceu que a sua posição como secretário-geral da Fretilin o mantém muito ocupado politicamente e que é provável que o mantenha no futuro previsível.

"Um dia gostaria de ensinar. Gosto também de jardinagem e de ler, mas não tenho tempo. Agora, o único passatempo para que tenho tempo, é para trabalhar ," disse.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.