segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Governo não permitirá especulação à custa da alimentação das famílias

GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO

Díli, 9 de Fevereiro de 2007

O Vice Primeiro-Ministro Estanislau da Silva afirmou que “o governo de Timor-Leste não permitirá a ninguém que brinque com as necessidades alimentares da população” e anunciou a intervenção firme do governo para garantir o abastecimento de arroz no país.

O aviso do governante foi feito na Sexta-Feira, 9 de Fevereiro de 2007, durante uma conferência de imprensa para informar a população sobre medidas contra a escassez de arroz no mercado local. A iniciativa decorreu em instalações do Ministério da Agricultura, Floresta e Pescas e o Primeiro-Ministro em exercício esteve acompanhado pelo Ministro do Desenvolvimento, Engº Arcanjo da Silva.

O Engº. Estanislau da Silva disse que a escassez de arroz nas lojas não tem razão de ser porque Timor-Leste comprou, no estrangeiro, arroz em quantidade suficiente para compensar a diminuição da produção local e acrescentou que, se necessário, o governo tomará novas medidas para combater a especulação garantir o abastecimento a toda a população a preços aceitáveis.

O governante disse que só três distritos têm sido relativamente poupados às dificuldades de produção, criadas por uma situação de seca prolongada – os distritos de Viqueque, Baucau e Díli, neste último caso, devido às acções de distribuição de arroz. Os dez distritos restantes têm situações de carestia alimentar, mais acentuadas em Oecusse e Ataúro.

“Tem havido um aumento do preço do arroz no mercado local. Em alguns casos, o preço subiu a 39 ou 40 dólares por saco, um preço exorbitante, comparado com o preço habitual de cerca de 14 dólares”, declarou o vice Primeiro-Ministro e Ministro da Agricultura, Florestas e Pescas.

O Engº Estanislau da Silva afirmou que estes preços não têm justificação. “Entre 1 de Novembro de 2006 e 31 de Janeiro de 2007, o governo importou 10 toneladas e 406 quilos de arroz para o mercado local, ao preço médio de 16 dólares, e nesta quantidade não está incluído o arroz distribuído pela assistência do Programa Alimentar Mundial, das Nações Unidas”, informou.

“O arroz existente em Timor-Leste é suficiente para satisfazer as necessidades da população”, acrescentou.

O Primeiro-Ministro em exercício reuniu-se ontem com o vice Primeiro-Ministro, Dr. Rui Maria de Araújo, com o Ministro do Desenvolvimento, Engº Arcanjo da Silva, o Ministro do Trabalho e Reinserção Comunitária, Arsénio Paixão Bano, e a vice Ministra do Plano e Finanças, Aicha Basarewa, para preparar a resposta do governo a uma situação inaceitável. O governo decidiu adquirir mais arroz nos mercados internacionais para forçar a redução do preço no mercado local.

“O governo manifesta o seu compromisso de colaborar com os empresários e falou com o representante do Fórum Nacional dos Empresários, sr. Júlio Álvaro, para que este use os seus mecanismos próprios para conseguir que os comerciantes menos correctos voltem a colocar no mercado o arroz sem preços especulativos”, disse o vice Primeiro-Ministro.

“Se isso não resultar, o governo tem capacidade financeira e irá intervir para conseguir esse mesmo objectivo. Os actuais preços atingem sobretudo as famílias mais vulneráveis e o governo tem condições para tomar medidas e pôr termo á situação, garantir que o preço do arroz volte à normalidade e proteger da fome a população.”, assegurou.

“Quero assegurar aos timorenses que o Governo está atento e actuará no sentido de garantir o abastecimento de arroz à população. A partir da próxima Segunda-feira o governo irá iniciar novas medidas para atingir esse objectivo”, acrescentou.
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Traduções

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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