sexta-feira, novembro 10, 2006

Former Timor PM blames Church over ouster

Catholic Telecommunications - November 10, 2006

East Timor's former prime minister Mari Alkatiri has accused Catholic Church leaders of a conspiracy to destroy his Fretilin government over his recent ouster.

The Sydney Morning Herald reports that Dr Alkatiri has lashed out at the church's leaders in an interview before leaving East Timor for Portugal on Wednesday, saying the main reason they wanted to depose him was because he is not Catholic.

"I don't say it was the whole of the Catholic Church, but it was the hierarchy," he said. "And they were joined by other groups … people from the opposition parties and illegal groups within the country."

Dr Alkatiri is a Muslim in a country where 96 per cent of the 1 million people are Catholics and the Church enjoys significant political influence.

Since being forced from office amid violence in June, Dr Alkatiri has refused to say who he believes was behind what he describes as a well-planned conspiracy to topple him.

But he told the online South-East Asian Times in Dili that the plot to bring down his government began in 2001 and included three weeks of street protests last year.

"The Catholic Church organised the people for demonstrations for three weeks and they failed," Dr Alkatiri said. "Since then they were always trying to get support from institutions and individuals within the country … always with the same purpose, to force the government to step down."

Domingos Soares, the Catholic Church's spokesman in Dili, told the Herald last night the Church would not respond to Dr Alkatiri's allegations. "All Timorese know that the role of church is to promote peace and prosperity," Fr Domingos said. "We have no response to make … Alkatiri is not our boss. He can say what he likes."

However, in a speech in which he also praised his "friend", Altatiri, new Prime Minister, Jose Ramos-Horta, yesterday told Parliament that having a "good and fruitful relationship" with the Church was a priority of his government. "The Timorese Catholic Church is one of those unique institutions that is the glue that holds the social fabric together," Dr Ramos-Horta said in a speech marking 100 days of his new government.

Renewing a call to the Church to assume a major role in education and development of our people in human development and the struggle against poverty, Dr Ramos-Horta said the Timor government is expecting the opening of a third Timor-Leste diocese as well as the establishment of a nunciature in Dili.

Truth commission report to launched in Australia

Meanwhile, an Australian coalition for justice in East Timor, set up by a Jesuit centre, has announced the launch of a groundbreaking 2500-page report which documents the nation's human rights abuses under Indonesian occupation.

Dr Mark Byrne, a senior researcher at Uniya, says the report of East Timor's Reception, Truth and Reconciliation Commission, which is to be launched around Australia this month, provides an opportunity for Australians to understand some of the underlying causes of the recent troubles in East Timor. "The crisis in Dili this year is a reminder that without justice and reconciliation, the past will continue to haunt the people of a new post-conflict nation such as East Timor," he said.

According to Sr Susan Connelly, Assistant Director of Mary MacKillop East Timor, the Australian launches of the Chega! report are also an opportunity to reflect on Australia's role in the past and future of East Timor. "With the announcement [on Wednesday] of a new security treaty with Indonesia, we are concerned that accountability for past human rights violations in East Timor will once again take a back seat to securing our relationship with Indonesia," she said.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Antigo PM de Timor culpa a Igreja pela sua saída
Catholic Telecommunications - Novembro 10, 2006

O antigo primeiro-ministro de Timor Mari Alkatiri acusou os líderes da Igreja Católica de uma conspiração para destruir o seu governo da Fretilin acerca da sua recente saída.

O Sydney Morning Herald relata que o Dr Alkatiri criticou os líderes da igreja numa entrevista antes de partir de Timor-Leste para Portugal na Quarta-feira, dizendo que a razão principal porque eles o quiseram depor foi por ele não ser católico.

"Não digo que fosse toda a Igreja Católica, mas foi a hierarquia," disse. "E a eles juntaram-se outros grupos … gente dos partidos da oposição e grupos ilegais de dentro do país."

O Dr Alkatiri é um muçulmano num país onde 96 por cento de um milhão de habitantes são católicos e onde a Igreja disfruta de uma significativa influência política.

Desde que foi forçado a sair do gabinete no meio de violência em Junho, o Dr Alkatiri recusou dizer quem é que acredita ter estado por detrás do que ele chama uma bem planeada conspiração para o derrubar.

Mas disse ao online South-East Asian Times em Dili que a conspiração para deitar abaixo o seu governo começou em 2001 e incluiu três semanas de protestos de rua no ano passado.

"A Igreja Católica organizou as pessoas para as manifestações durante três semanas e falharam," disse o Dr Alkatiri. "Desde então estiveram sempre a tentar obter apoio de instituições e indivíduos de dentro do país … sempre com o mesmo propósito, forçar o governo a sair."

Domingos Soares, o porta-voz da Igreja Católica em Dili, disse ao Herald na última noite que a Igreja não responderá às alegações do Dr Alkatiri. "Todos os Timorenses sabem que o papel da igreja é promover a paz e a prosperidade," disse o Fr Domingos. "Não temos resposta a dar … Alkatiri não é o nosso patrão. Pode dizer o que lhe apetecer."

Contudo, num discurso no qual também louvou o seu "amigo”, Altatiri, ontem, o novo Primeieo-Ministro, José Ramos-Horta, disse no Parlamento que ter uma “boa e frutuosa relação” com a Igreja era uma prioridade do seu governo. "A Igreja Católica Timorense é uma dessas únicas instituições que é a cola que mantém junto o tecido social," disse o Dr Ramos-Horta num discurso que marca os 100 dias do seu novo governo.

Renovando um apelo para a Igreja assumir um papel maior na educação e no desenvolvimento do desenvolvimento humano da nossa gente e na luta contra a pobreza, o Dr Ramos-Horta disse que o governo de Timor espera abrir uma terceira diocese em Timor-Leste bem como o estabelecimento de uma nunciatura em Dili.

O relatório da comissão da verdade lançado na Austrália

Entretanto, uma coligação Australiana para a justice em Timor-Leste, montada por um centro Jesuíta, anunciou o lançamento de um relatório pioneiro de 2500 páginas que documenta os abusos contra os direitos humanos sobre a nação durante a ocupação Indonésia.

O Dr Mark Byrne, um investigador de topo na Uniya, diz que o relatório da Comissão de Verdade e Reconciliação de Timor-Leste, que está para ser lançado à volta da Austrália este mês, fornece uma oportunidade aos Australianos para entenderem algumas das causas que estão por baixo das recentes confusões em Timor-Leste. "A crise em Dili este ano é uma lembrança que sem justice e reconciliação, o passado continuará a perseguir as pessoas numa nação nova pós-conflito tal como é Timor-Leste," disse.

De acordo com Sr Susan Connelly, Directora Assistente da Mary MacKillop East Timor, o lançamento Australiano do relatório Chega! É também uma oportunidade para reflector no papel da Austrália no passado e no futuro de Timor-Leste. "Com o anúncio [na Quarta-feira] de um novo tratado de segurança com a Indonésia, estamos preocupados que a responsabilização por violações no passado de direitos humanos em Timor-Leste terá outra vez um lugar secundário para garantir a nossa relação com a Indonésia," disse.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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