terça-feira, outubro 31, 2006

Notícias - Tradução da Margarida

ABC News Online

Timor-Leste (vai) investigar rumores de assassinatos pela ADF

O Governo Timorense diz que investigará quem está por detrás duma campanha para difamar soldados da Australian Defence Force (ADF) estacionados no país.

Jornais em Dili estavam a relatar que tropas Australianas tinham assassinado pelo menos dois homens encontrados mortos numa praia local na última Sexta-feira.

Os homens aparentemente foram esfaqueados até à morte em violência de gangs, mas um jornal diz que testemunhas afirmam que os homens foram mortos por soldados Australianos.

O Comandante da Austrália Brigadeiro Mal Rerden diz que as suas tropas não tiveram qualquer relacionamento com os homens e descrevem as acusações, como venda de rumores.

Faz parte duma crescente campanha anti-Australianos, até mesmo com os media locais de Dili a relatar as acusações como se fossem factos.

O Primeiro-Ministro Timorense em exercício Estanislau da Silva prometeu encontrar os responsáveis.

Disse à Fairfax press que as alegações são infundadas e que os soldados Australianos fizeram o seu melhor sob circunstâncias difíceis.

Receios de drogas sujas

As autoridades em Timor-Leste receiam que uma explosão de anfetaminas possa estar a alimentar muita da violência relacionada com os gangs em Dili.

Trabalhadores jovens relatam um grande aumento de oferta de cristais de meth nas ruas de Dili, e dizem que um gang em particular tem o controlo da produção.

Dizem que a água não potável e os equipamentos usados no fabrico a tornam tão forte que muitos garotos entram em delírio, chegando muitos até a queimar as suas próprias casas.

A explosão de "meth suja" como é conhecida pode ajudar a explicar a violência extrema nas semanas recentes, com dez mortes em violência de gangs somente na semana passada.

Com até 70 por cento da população masculina de Dili a pertencer a qualquer tipo de gang, muitos receiam que a violência continuará sem pausa.

Investigadores também acreditam que alguns gangs podem ter sido modelados conforme as milícias Indonésias que aterrorizaram Timor-Leste em 1999.

Dizem que uma resposta é descobrir mais actividades produtivas para o massivo número de desempregados do país.

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Diz-se que a droga “gelo” está por detrás dos confrontos em Timor-Leste

CANBERRA (Reuters) – Drogas ilegais e álcool dados gratuitamente a jovens por opositores do governo de Timor-Leste têm ajudado a alimentar a violência de gangs que mataram quatro pessoas, foram citados ter dito na Segunda-feira, funcionários e forças de segurança internacionais.

José Sousa-Santos, um conselheiro do Primeiro-Ministro José Ramos-Horta, disse que muitas das lutes da semana passada na capital Dili tiveram a ver com o uso por gangs de jovens duma anfetamina produzida localmente, ou "gelo," que pode desencadear raivas incontroláveis.

"É mais um ritual antes das lutas," disse aos media Australianos. Sousa-Santos disse que a anfetamina tinha aparecido em Dili desde que rebentaram as lutes entre polícias e militares em Maio.

Funcionários locais dizem que foram mortas duas pessoas nos confrontos na semana passada entre jovens armadas com pistolas, pedras e arcos e flechas. A Austrália, que está a liderar uma força militar na jovem nação, diz que o número pode ser de quatro.

O comandante da força Australiana em Timor-Leste, Brigadeiro Mal Rerden, disse que o álcool ou o “gelo” agravaram dois dias de confrontos que fez encerrar o aeroporto principal de Dili.

"Isto é uma infelicidade – podem fazer coisas que normalmente não fariam, e isso é perigoso e sério," disse Rerden aos jornais Australianos.

A Austrália liderou uma força de mais de 2,500 soldados e polícias internacionais para Dili no passado mês de Maio para acabar com a instabilidade que eventualmente forçou a resignação do Primeiro-Ministro Mari Alkatiri.

O Primeiro-Ministro de Timor-Leste em exercício Estanislau da Silva, entretanto, disse que estava determinado em tomar posição numa campanha contra as tropas Australianas, incluindo alegações de que estiveram envolvidas na morte de dois jovens na semana passada.

"Faremos o nosso melhor para descobrir quem está por detrás desta campanha que fez as pessoas subitamente virarem-se contra a força Australiana," disse da Silva aos jornais da Fairfax.

Os Australianos foram recebidos com aplausos quando chegaram a Dili em Maio e o Primeiro-Ministro José Ramos-Horta recusou este mês uma força substituta da ONU, optando em vez disso por manter as forças Australiana e da Nova Zelândia.

Mas as forças de segurança suspeitam agora de figuras desconhecidas que dirigem uma campanha clandestina contra a presença Australiana na esperança de forçar a sua partida antes das eleições nacionais no próximo ano.

This article: http://news.scotsman.com/latest.cfm?id=1603582006

Last updated: 30-Oct-06 02:06 GMT

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Sydney Morning Herald - Outubro 30, 2006

Gangs de jovens são pagos para aterrorizar Dili

Lindsay Murdoch em Dili

O Governo Timorense ordenou uma tomada de posição contra as pessoas que estão por detrás duma campanha que visa denegrir a forças de segurança Australianas em Dili no meio de crescentes sentimentos anti-Australianos.

O Primeiro-Ministro em exercício, Estanislau da Silva, disse que o Governo estava seriamente preocupado com uma campanha "perigosa" que inclui alegações infundadas de as tropas Australianas terem estado envolvidas na morte de dois jovens em Dili na última Sexta-feira.

"Faremos o nosso melhor para descobrir quem está por detrás desta campanha que levou a que pessoas se virassem subitamente contra a força Australiana," disse o Sr da Silva numa entrevista exclusiva com o Herald na sua casa frente ao mar em Dili.

Rumores maliciosos sobre os 1000 soldados da Austrália em Timor-Leste estão a circular em Dili enquanto gangs de jovens estão a ser pagos cerca de $US6 ($8) para cometer acções de violência sem sentido, dizem fontes da igreja Católica e da ONU na capital.

O comandante das tropas da Austrália em Dili, Mal Rerden, também revelou ontem que a polícia tinha descoberto que a jovens envolvidos na violência tinha sido dado drogas e álcool. "Isto é mau; podem fazer coisas que normalmente não fariam e isto é perigoso e sério," disse o Brigadeiro Rerden.

As forças de segurança internacionais em Dili estão agora convencidas que há uma campanha orquestrada por até agora não identificadas figuras para desestabilizar o país antes das eleições agendadas para o ano que vem.

A campanha para difamar os soldados Australianos parece visar forçá-los a sair do país, dizem fontes militares e civis em Dili.

O Sr da Silva disse que, conquanto que o Governo apoie fortemente o papel das tropas Australianas em Timor-Leste, precisa de estudo críticas à sua conduta, incluindo queixas de que tomaram partido no conflito que deixou 10 pessoas mortas na semana passada.

Mas não chegou a apoiar o pedido do comandante das forças armadas de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, de uma investigação à conduta das tropas Australianas.

"Rumores são rumores," disse o Sr da Silva. "Se tiverem fundamento suficiente recomendaremos uma investigação. Os Australianos têm estado a fazer o seu melhor sob circunstâncias difíceis."

Entre receios de que os gangs comecem a alvejar Australianos em Dili, o Chefe das Forças de Defesa, Angus Houston, defendeu as suas tropas, dizendo que têm sido completamente neutras e que tinham tomado cuidados extremos para evitarem qualquer parcialidade entendida.

Mas pessoas num dos maiores campos de deslocados em Dili puseram um sinal a avisar as tropas Australianas para não entrarem, alegando que os soldados provocaram violência lá e tinham atingido um homem inocente, Leovegildo Carvalho de 55 anos.

O coordenador do campo, José da Costa Gusmão, disse que a sua luta não era contra os Australianos mas contra os soldados Australianos, que, disse, entraram vezes repetidas no campo e usaram a violência para prender pessoas.

"Vieram aqui agindo como terroristas," disse.

Disse que o Sr Carvalho foi atingido por tiros quando estava sentado num escritório no campo oposto ao aeroporto internacional de Dili, onde um soldado Australiano abriu fogo contra um homem com uma arma de fogo durante um confronto na semana passada. O escritório ficou cheio de buracos de balas.

O Brigadeiro Rerden disse ontem ao fim do dia que nada sabia sobre o Sr Carvalho, que estava a receber tratamento num hospital em Dili. "Se há qualquer informação sobre um indivíduo que diz que foi ferido numa situação dessas, ele devia entregar-se à polícia," disse.

O Sr da Silva disse que a maioria das pessoas que têm sido atacadas e perseguidas e que tiveram as casas queimadas em Dili são "do leste" que apoiam o movimento Fretilin. Mas não acredita que o país enfrente uma guerra civil "porque somos todos Timorenses … Juntos com outros Timorenses lutámos pela independência do nosso país por isso agora há uma determinação para os do leste e os do oeste terem diálogo e compreensão."

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1 comentário:

Anónimo disse...

Isto é uma enorme xatisse, os autralianos tão nosso amigos... e nós, uns ingratos que só os queremos ver pelas costas.
Eles nunca reconheceram a ocupação indonésia, nem para chuxar o petroleo, nem estão no Mar de Timor, a pisá-lo e dizendo que também é deles, não, não e não.
Coitados, estão a ser vítimas de uma cabala ou cavala, ou lá o que é.
Tão amigos nossos que eles são. Ah pois são!
Que mal tem eles ficarem com o petroleo, o gás e fazerem de Timor um Território Ultramarino como a ilha Heard e as ilhas McDonald, e a ilha Macquarie, etc, nós até estamos habituados a estar ocupados e sermos territórios ultramatinos... Provavelmente até queremos secretamente isso!
Ó queridos aussies, fiquem, fiquem, vão ficando...
Fiquem que logo vão saber falar tetum, fataluco, macassai, mombai e tantas línguas que nem imaginam.
Fiquem...vá lá.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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