Tradução:
Gusmão bloqueia pedidos para a remoção do PM
ABC
PM – 4ª feira, 14 Junho , 2006 18:25:13
Reporter: Anne Barker
MARK COLVIN: O Presidente de Timor-Leste Xanana Gusmao parece ter bloqueado pedidos para a remoção do Primeiro Ministro Mari Alkatiri.
O Presidente Gusmão tem resistido a pressões para suspender a constituição do país, para dissolver o Parlamento e instalar um governo de transição.
Numa declaração no Parlamento da nação esta manhã, o Presidente declarou que sustenta a constituição para salvaguardar a democracia, pelo menos até ao fim do seu termo no próximo ano.Como relata Anne Barker, o anúncio chega quando Timor-Leste começa as suas próprias investigações criminais nas muitas mortes das recentes semanas.
(som de Xanana Gusmão a falar)ANNE BARKER: Foi somente uma curta declaração ante o Parlamento de Timor-Leste, mas as palavras de Xanana Gusmão podem ter implicações de muito maior alcance para esta pequena e frágil nação.
Em Português, ele dirigiu-se aos 88 parlamentares pela primeira vez desde que Timor-Leste caiu no caos mais de um mês atrás.O Presidente Gusmão comparou a crise ao derramamento de sangue de 1999, apesar de numa menor escala.
Ele disse que as semanas de violência tinham causado inaceitável sofrimento e medo e tinham paralisado as instituições do Estado. Mas ficou claro que o Presidente não suporta os que acreditam que a única solução é suspender a constituição de Timor-Leste e dissolver o Parlamento.(som de Xanana Gusmão a falar)
"Incube-me a mim ser o guardião da constituição," disse, "e ser o guardião da constituição significa basicamente salvaguardar o Estado democrático baseado na regra da lei."
"Para a felicidade de alguns e o descontentamento de outros, continuarei a cumprir este dever sagrado até ao fim do meu mandato em Maio de 2007. E fá-lo-ei," disse, "sem receio, e o povo pode ter a certeza disso."
A decisão de Xanana Gusmão será, nas suas próprias palavras, a causa de descontentamento para os muitos oponentes de Mari Alkatiri. (esqueceram-se de dizer que o PR também disse "e contententamento para outros!)
Há alargado ressentimento na comunidade pelo modo como o Primeiro Ministro tem conduzido a crise, e continuadas alegações de que ele esteve envolvido nalgumas das mortes.
Os seus oponentes podem agora só arranjar conforto nas notícias de investigadores da ONU começaram uma investigação criminal às várias mortes.
O Representante Especial da ONU em Timor-Leste, Sukehiro Hasegawa, diz que quatro investigadores ligados ao Gabinete do Procurador-Geral de Timor-Leste examinarão as circunstâncias que rodeiam as mortes de 10 oficiais da polícia num tiroteio no mês passado, e pelo menos de cinco manifestantes em 28 de Abril.
SUKEHIRO HASEGAWA: E eles começaram as suas investigações criminais. Eles fá-lo-ão com o objectivo de estabelecer a responsabilidade dos que são responsáveis.
ANNE BARKER: O que é que acontecerá aos que se descobrir serem os responsáveis pela violência?
SUKEHIRO HASEGAWA: Penso que não podemos presumir o resultado número um das investigações. Penso que a ONU está totalmente comprometida com o princípio da justiça, portanto não me incumbe colocar hipóteses sobre o que poderá acontecer.
ANNE BARKER: Serão julgados?
SUKEHIRO HASEGAWA: Penso que a justiça terá que seguir o seu curso; este é um país com princípios democráticos.
ANNE BARKER: A Comissão de Direitos Humanos da ONU, baseada em Geneva, está a montar o seu próprio inquérito às mortes, e parece (parece? onde é que ele diz isso?) que Mr Hasegawa confirmou hoje que haverá uma investigação às alegações contra Mari Alkatiri de que ele esteve por detrás deste surto de assassinatos.
MARK COLVIN: Anne Barker.
.
quinta-feira, junho 15, 2006
Obrigada, Margarida
Por Malai Azul 2 à(s) 11:34
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
Sem comentários:
Enviar um comentário