quinta-feira, junho 15, 2006

Dos leitores

Lista de cargos em Timor-Leste a preencher por cidadãos australianos:

1 - Primeiro Ministro
2 - Segundo Ministro
3 - Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas (o das Forças Desarmadas pode ser um timorense, de preferência de cabelo "à ecovinha" e óculos escuros...)
4 - Chefe da Polícia Marítima
5 - Chefe da Polícia mais Civil que Militar
6 - Chefe da Polícia mais Militar que Civil
7 - Chefe da Polícia nem uma coisa nem outra, i.e., da GNR e da polícia Malaia
8 - Responsável da "Quarentine" (já se sabe quem é: é o cão da "Quarentine" do aeroporto de Darwin)
9 - Chefe (de qualquer coisa; tanto faz; é mesmo para não fazer 'nenhum' como os soldados australianos...)
10 - Controlador dos referidos acima para que o Howardinho possa dormir descansado --- embora com os pés a cheirar a petróleo

.

7 comentários:

Anónimo disse...

Esqueceram-se do Tilman e do Fernando. Imperdoável!

Anónimo disse...

E o José Belo para Director da TVTL e acessor de imprensa do PM.

Anónimo disse...

Não esqueci nada! Não são de confiança porque são timorenses (o Tilman acumula com o passaporte português)!
Não há nada como um bom aussie!...

Anónimo disse...

Andando à cata de mais informação e principalmente sobre os despedimentos dos militares descobri no site da UNOTIL, este interessante texto feito com base nos relatos da imprensa timorense de 18 e 20 de Maio de 2006 que traduzi mas que pode ser lido em inglês neste link:

http://www.unotil.org/UNMISETWebSite.nsf/cce478c23e97627349256f0a003ee127/dcf3acbbadb0c7c7492571370034ec82?OpenDocument

Tradução:

Revista dos media diários
Sábado & Segunda-feira, 18-20 March 2006
Relatos dos Media Nacionais

Não Compromisso na Decision: Ruak

O Brigadeiro General das F-FDTL Taur Matan Ruak alegadamente disse aos media que não há mais comprometimentos no seguimento da decisão de despedir os 591 soldados mesmo que o Presidente Gusmão, Supremo Comandante das F-FDTL, discorde. Taur disse que a decisão de não os aceitar de volta é para evitar abrir um mau precedente no futuro. “Reparem nas condições dos veteranos da guerra; muitos deles estão ainda mal. Se os admitíssemos de regresso, podiam repetir o mesmo. É melhor não os re-admitir, porque a nossa intenção é, seja quem for que se incorpore nas F-FDTL é par servir a nação e o povo. A posição nos altos cargos das F-FDTL não é adequada para quem quer enriquecer,” disse Ruak. E sublinhou que os oficiais foram expulsos por terem saído do quartel-general da instituição e não por terem assinado a petição, acrescentando que as forças armadas são compostas por voluntários. O brigadeiro general das F-FDTL explicou que em 11 de Janeiro recebeu uma petição anónima à qual o Presidente Gusmão por carta que o assunto devia ser resolvido tão cedo quanto possível. De acordo com Rauk, em 2-3 de Feverero ele convocou um encontro com soldados e sargentos no quartel em Baucau para discutir a petição mas quando o assunto foi levantado alguns dos soldados disseram que era um assunto que somente o Presidente tinha competência para resolver. O Chefe das Forças Armadas insistiu que o assunto fosse tratado no interior da instituição mas acrescentou que depois do seu regresso a Dili em 4 de Fevereiro, muitos dos membros tinham fugido do quartel de Baucau e do Centro de Treino de Metinaro para se encontrarem com o Presidente Gusmão em 8 de Fevereiro. E acrescentou que desde então, ele fez várias propostas para os que tinham assinado a petição tais como estabelecer um batalhão ou um programa. Ruak disse que eles recusaram cooperar com o processo de investigação e que quando foram autorizados a sair dos quartéis em 18 de Fevereiro e escalados para regressar em 20 de Fevereiro eles não regressaram. STL relata o Brigadeiro General como tendo dito que os que foram demitidos devem evitar usar qualquer tipo de medidas para lhe pôr pressão em cima porque isso não resultará. Em vez disso, sugeriu, seria melhor que dessem ideias para uma solução.

Noutro artigo, o Primeiro Ministro Alkatiri alegadamente disse que não acredita que os 591 soldados criem instabilidade. “O Governo controla a situação. O partido actualmente no poder é um grande partido e portanto tem o poder de ir à base para controlar a situação. Enquanto este partido estiver no poder não haverá instabilidade,” dclarou Alkatiri. Ele disse que além do mais a situação criará uma desvantagem para o Governo porque já gastou muito dinheiro com os soldados e mais será necessário para os novos recrutas, acrescentando que os que saíram aprenderam muito nos anos em que estiveram nas Forças Armadas.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros Jose Ramos-Horta alegadamente disse que não há democracia no interior das Forças Armadas porque é esperado deles que somente sigam as ordens do comando. Ramos-Horta disse que Timor-Leste está a tentar organizar uma força de defesa professional para servir a nação e o povo e que não é expectável que se comportem como estudantes que decidem ir para as ruas protestar se discordam com o Governo. Ele concorda com a demissão dizendo que é uma decisão dura mas justa.

O deputado Riak Leman (PSD) disse que o abandono dos soldados do quartel das F-FDTL revelou uma falta de capacidade de liderança. Leman apontou que de acordo com os regulamentos militares, é incorrecto para um soldado abandonar o quartel sem justificação e a decisão para os despedir é correcta apesar de poder vir a haver repercussões. “A decisão não resolve o problema, e pode levar a muitos outros problemas. Por exemplo, quando as F-FDTL começarem com o processo de recrutamento, os jovens do oeste podem ter relutância em concorrerem, com base nestes eventos recentes,” Riak Leman disse. E acrescentou que os problemas com a instituição das F-FDTL começou em Aileu, Remexio e outros sítios, mas que nenhum problema nunca foi examinado e resolvido.

Aderito de Jesus, advogado dos direitos humanos, item a opinião que o Presidente Gusmão como Supremo Comandante das Forças Armadas Nationais está inteirado e em acordo com o Brigadeiro General Taur Matan Ruak no despedimento dos soldados. (STL, TP, DN)

PS: seria muito interessante cotejar as opiniões de toda esta gente, três meses depois…

Anónimo disse...

Depois de postar reparei que continha alguns erros, cá vai a tradução revista:

Tradução:

Revista dos media diários
Sábado & Segunda-feira, 18-20 Março 2006
Relatos dos Media Nacionais

Não Compromisso na Decisão: Ruak

O Brigadeiro General das F-FDTL Taur Matan Ruak alegadamente disse aos media que não há mais comprometimentos no seguimento da decisão de despedir os 591 soldados mesmo que o Presidente Gusmão, Supremo Comandante das F-FDTL, discorde. Taur disse que a decisão de não os aceitar de volta é para evitar abrir um mau precedente no futuro. “Reparem nas condições dos veteranos da guerra; muitos deles estão ainda mal. Se os admitíssemos de regresso, podiam repetir o mesmo. É melhor não os re-admitir, porque a nossa intenção é, seja quem for que se incorpore nas F-FDTL é para servir a nação e o povo. A posição nos altos cargos das F-FDTL não é adequada para quem quer enriquecer,” disse Ruak. E sublinhou que os oficiais foram expulsos por terem saído do quartel-general da instituição e não por terem assinado a petição, acrescentando que as forças armadas são compostas por voluntários. O brigadeiro general das F-FDTL explicou que em 11 de Janeiro recebeu uma petição anónima à qual o Presidente Gusmão por carta respondeu que o assunto devia ser resolvido tão cedo quanto possível. De acordo com Rauk, em 2-3 de Feverero ele convocou um encontro com soldados e sargentos no quartel em Baucau para discutir a petição mas quando o assunto foi levantado alguns dos soldados disseram que era um assunto que somente o Presidente tinha competência para resolver. O Chefe das Forças Armadas insistiu que o assunto fosse tratado no interior da instituição mas acrescentou que depois do seu regresso a Dili em 4 de Fevereiro, muitos dos membros tinham fugido do quartel de Baucau e do Centro de Treino de Metinaro para se encontrarem com o Presidente Gusmão em 8 de Fevereiro. E acrescentou que desde então, ele fez várias propostas para os que tinham assinado a petição tais como estabelecer um batalhão ou um programa.
Ruak disse que eles recusaram cooperar com o processo de investigação e que quando foram autorizados a sair dos quartéis em 18 de Fevereiro e escalados para regressar em 20 de Fevereiro eles não regressaram. STL relata o Brigadeiro General como tendo dito que os que foram demitidos devem evitar usar qualquer tipo de medidas para lhe porem pressão porque isso não resultará. Em vez disso, sugeriu que seria melhor que dessem ideias para uma solução.

Noutro artigo, o Primeiro Ministro Alkatiri alegadamente disse que não acredita que os 591 soldados criem instabilidade. “O Governo controla a situação. O partido actualmente no poder é um grande partido e portanto tem o poder de ir à base para controlar a situação. Enquanto este partido estiver no poder não haverá instabilidade,” dclarou Alkatiri. Ele disse que além do mais a situação criará uma desvantagem para o Governo porque já gastou muito dinheiro com os soldados e mais será necessário para os novos recrutas, acrescentando que os que saíram aprenderam muito nos anos em que estiveram nas Forças Armadas.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros José Ramos-Horta alegadamente disse que não há democracia no interior das Forças Armadas porque é esperado deles que somente sigam as ordens do comando. Ramos-Horta disse que Timor-Leste está a tentar organizar uma força de defesa profissional para servir a nação e o povo e que não é expectável que os soldados se comportem como estudantes que vão para as ruas protestar se discordam com o Governo. Ele concorda com a demissão (dos soldados) dizendo que é uma decisão dura mas justa.

O deputado Riak Leman (PSD) disse que o abandono dos soldados do quartel das F-FDTL revelou uma falta de capacidade de liderança. Leman apontou que de acordo com os regulamentos militares, é incorrecto para um soldado abandonar o quartel sem justificação e a decisão para os despedir é correcta apesar de poder vir a ter repercussões. “A decisão não resolve o problema, e pode criar muitos outros problemas. Por exemplo, quando as F-FDTL começarem com o processo de recrutamento, os jovens do oeste podem ter relutância em concorrerem, com base nestes eventos recentes,” Riak Leman disse. E acrescentou que os problemas com a instituição das F-FDTL começou em Aileu, Remexio e noutros sítios, mas que nenhum problema nunca foi examinado e resolvido.

Adérito de Jesus, advogado dos direitos humanos, tem a opinião que o Presidente Gusmão como Supremo Comandante das Forças Armadas Nacionais está inteirado (do assunto) e em acordo com o Brigadeiro General Taur Matan Ruak no despedimento dos soldados. (STL, TP, DN)

Anónimo disse...

que quer dizer com isto?

O PM disse: “O partido actualmente no poder é um grande partido e portanto tem o poder de ir à base para controlar a situação." Ir a base?

Riak Leman disse:

“A decisão não resolve o problema, e pode criar muitos outros problemas. Por exemplo, quando as F-FDTL começarem com o processo de recrutamento, os jovens do oeste podem ter relutância em concorrerem, com base nestes eventos recentes,”.

Vidente? nao! mas bom analitico.

"Adérito de Jesus, advogado dos direitos humanos, tem a OPINIAO que o Presidente Gusmão como Supremo Comandante das Forças Armadas Nacionais está inteirado (do assunto) e em acordo com o Brigadeiro General Taur Matan Ruak no despedimento dos soldados"

Pelos vistos era de OPINIAO errada. O PR nao estava de acordo e como o Riak Leman sabia que ia causar problemas. Sabia que a assunto nao deveria ter sido visto como uma mera questao de disciplina militar mas que pelo numero de envolvidos e por serem todos de "loromonu" o problema iria adquirir outra dimensao.

Anónimo disse...

Desconfio que a "ida à base" é um bluff... será que 10 em 13 distritos ainda dará base para se pensar nessa imensa maioria? E estará ela de que lado? Pode ser complicado tanta certeza por parte de um Governo que se foi distraíndo com o povo mas a fazer excelentes negócios! Viva o Capital! Não chega...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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