Díli, 07 Jun (Lusa) - A máquina administrativa do Estado timorense está a ser muito afectada pela crise que afecta o país há semanas, com alguns minist ros a trabalharem em casa, disse hoje à Lusa a ministra Ana Pessoa.
A ministra de Estado e da Administração Estatal reconheceu que "os func ionários públicos estão naturalmente assustados com as casas queimadas e o estra ngulamento dos transportes, pelo que não podem vir trabalhar".
"A situação nos distritos é substancialmente diferente. As administraçõ es dos distritos e dos subdistritos está a trabalhar normalmente. A única excepç ão é Bobonaro [sudoeste de Díli, junto à fronteira com a Indonésia], porque no p assado sábado o [militar rebelde] major Alves Tara apareceu em Maliana, armado, e ameaçou as pessoas, que deixaram de trabalhar", acrescentou.
Ana Pessoa adiantou que no caso do seu Ministério, ordenou que fosse fe ito um levantamento das necessidades dos funcionários que perderam tudo com a de struição das suas casas.
Nas últimas semanas, vários departamentos oficiais, incluindo ministéri os, designadamente gabinetes de membros do governo, foram saqueados, o que aumen tou o receio por parte dos funcionários públicos em regressarem ao trabalho.
Estão neste caso os ministérios do Desenvolvimento, da Agricultura, Flo restas e Pescas, dos Recursos Naturais, Minerais e da Política Energética e o da Justiça, bem como o Tribunal de Recurso, a Procuradoria-Geral da República e o Quartel-General da Polícia Militar, além de armazéns do governo.
Para contornar as dificuldades, alguns ministros trabalham em casa, com o é o caso de Estanislau da Silva, ministro da Agricultura.
No caso do Ministério da Educação e da Cultura, está prevista para quin ta-feira uma reunião com os dirigentes máximos deste departamento para ser tomad a uma decisão final sobre a manutenção ou não do dia 19 de Junho como data dos e xames nacionais.
Há cerca de três semanas, em declarações à Lusa, Domingos Doutel Soares , chefe de gabinete do ministro da Educação, salientou que apesar de cerca de 40 por cento das escolas públicas do distrito de Díli não terem então normalizado a sua actividade, o calendário académico não seria alterado.
"O calendário académico não vai ser alterado, mas para quem não possa f azer a primeira chamada dos exames nacionais, marcados para 19 de Junho, existe ainda a possibilidade da segunda chamada, a realizar semanas depois", acrescento u então.
Timor-Leste possui cerca de 12 mil funcionários públicos, total a que i mporta depois acrescentar os militares, polícias e os quadros dos institutos púb licos.
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EL.
quarta-feira, junho 07, 2006
Máquina administrativa do Estado muito afectada pela crise
Por Malai Azul 2 à(s) 18:33
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
O que é necessário é que todos mantenham o sangue-frio e que trabalhem para o bem-estar do povo, de acordo com as circunstância. Baixar os braços, desistir, é fazer o jogo dos golpistas aventureiros.
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