Díli, 07 Jun (Lusa) - O líder dos militares que abandonaram a cadeia de comando das forças armadas timorenses, major Alfredo Reinado, afirmou hoje esta r disponível a pôr fim ao conflito, mas desde que haja negociações.
"O conflito pode acabar, mas tem que haver negociações. Eu estou sempre pronto para negociar com as três autoridades que podem resolver este conflito: o presidente Xanana, [o ministro da Defesa] Ramos Horta e a Igreja", afirmou o m ajor Reinado à Lusa.
"Quem mais for metido nessa negociação, isso já não é comigo", disse o militar rebelde, contactado telefonicamente a partir de Díli na sua base em Maub isse, a sul da capital.
Questionado sobre as suas condições para cessar o conflito, respondeu: "isso só depende de Xanana Gusmão".
O major Reinado também não afastou a possibilidade de regressar a Díli e reintegrar as forças armadas timorenses, mas condicionou a decisão às condiçõe s que lhe forem impostas pelo Presidente da República.
"Isso só depende das condições que me forem postas pelo presidente Xana na Gusmão, o meu comandante supremo", afirmou.
"Nós estamos sempre tranquilos, aqui não há nenhum problema, o problema está todo em Díli", acrescentou.
O major Reinado, que comandava a Polícia Militar timorense, abandonou a cadeia de comando das forças armadas no início de Maio, em protesto conta o env olvimento de militares na repressão de uma manifestação de cerca de 600 ex-solda dos excluídos do exército após protestos sobre alegada discriminação étnica.
Desde então, tem exigido a demissão do governo chefiado pelo líder da F RETILIN, Mari Alkatiri, a quem acusa de ter ordenado a intervenção do exército c ontra os ex-militares na manifestação de 28 de Abril, em Díli.
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PR/PNG.
Lusa/Fim
quarta-feira, junho 07, 2006
Líder militares rebeldes disponível para negociar fim do conflito
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1 comentário:
Relembro que há uma Comissão de Notáveis que “procederá à averiguação da situação nas FALINTIL-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL).
A comissão foi criada por iniciativa do primeiro-ministro e recebeu o apoio dos quatros órgãos de soberania, tendo sido anunciada a 27 de Abril. A Comissão de Notáveis destina-se a averiguar da verdade material das alegações do grupo de ex-militares denominado "peticionários". A comissão é composta por oito membros efectivos e dois consultivos, integrando representantes dos quatro órgãos de soberania, sociedade civil e Igreja Católica.
Compõem a comissão:
- Longuinhos Monteiro e Sebastião Ximenes, indicados pelo Presidente da República;
- Francisco Miranda Branco e Pedro Mártires da Costa, indicados pelo Parlamento Nacional;
- Ana Pessoa e Alcino Baris, indicados pelo Governo;
- Maria Natércia Gusmão Pereira, indicada pelo Conselho Superior de Magistratura Judicial;
- Padre António Gonçalves, indicado pela Igreja Católica de Timor-Leste.
Fazem ainda parte da comissão, como membros consultivos, os seguintes representantes da sociedade civil:
- Aniceto das Neves (da Associação HAK) e Tiago Sarmento (Judicial System Monitoring Program).
(…)”
http://www.pm.gov.tp/port/4may06.htm
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