Estimado Malai Azul,
Recebi de uma pessoa amiga uma reflexao (em anexo e abaixo reproduzida) que lhe peco para publicar no Blog, caso aceite.
Um forte Abraco,
Paula
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Sobre a Declaração Presidencial do dia 22 de Junho:
Adelino Gomes, do Jornal Público, afirma: "Discurso político inimaginável".
Sem dúvida que o é. Lamentavelmente para Timor-Leste, o Presidente Xanana Gusmão revela que é tão-somente um homem!
O mito, o herói, o semi-Deus que tantas pessoas 'viam' nele, afinal é apenas um homem ... que revela todas as fraquezas de qualquer outro homem ... que não é 'mito', não é 'herói' nem um 'semi-Deus'.
Lamentavelmente, muitos necessitam de um 'D. Sebastião', dizem-se democratas mas têm uma enorme necessidade de serem conduzidos por personalidades dirigentes com características e instintos ditatoriais. Xanana Gusmão, revela e surge perante todos, como um D. Sebastião com aquelas características e aqueles instintos e expõe publicamente o que tem de pior e de estrutural na sua personalidade:
a) a falta de respeito pelos outros - se não forem 'yes men', ou não se deixarem ‘cativar’ pelo/enrolar no seu charme;
b) o autismo - perante a realidade existente, aquela que existe para além do grupo que o envolve;
c) a incapacidade de lidar com o conflito pessoal - opta habitualmente por duas vias alternativas: fingir que o conflito não existe, deixando-o avolumar com a passagem do tempo ou, criando a dependência afectiva para 'agarrar' as pessoas, muito usado nos seus actos de reconciliação, através de um dom que possui: carisma!;
e, por último mas de importância equiparável aos traços anteriores,
d) a necessidade irrefreável de tudo dirigir, de tudo controlar.
Xanana Gusmão tentou genuinamente fazer a transição de Comandante da Luta de Libertação e de um grupo de guerrilha para Chefe de Estado ... não conseguiu.
Acima de tudo, porque não conseguiu viver/conviver/aceitar a divisão de poderes que qualquer Estado democrático de Direito define como elemento essencial/central de um sistema democrático.
Xanana Gusmão revela-nos que levou o seu 'autismo' político ao limite do inimaginável, porque
a) resume e reduz a Constituição ao seu artº 1º, nº 1: "A República Democrática de Timor-Leste é um Estado [...] baseado na vontade popular ..." - a parte que lhe interessa para, demagógica e populisticamente, exercer o poder, porque 'o Povo quer e eu oiço o Povo'- leia-se "L'Etat c'est moi!"
b) Despiu-se definitivamente do seu papel de Chefe de Estado para se deixar enrolar na teia da animosidade, do ressaibo, do rancor, da aversão, do ódio, e do ressentimento de que resultou uma Declaração 'Presidencial' à Nação em que o Chefe do Estado de Timor-Leste se 'abstrai' da existência do Estado, sai da esfera do Estado, para se concentrar e para limitar-se à esfera do pessoal e do mesquinho
c) Apela emocionalmente ao fim da violência ... para se dirigir ao ‘Povo’ afirmando com voz trémula que “ganhámos a guerra!”.
Por tudo isto, receio pelo futuro de Timor-Leste.
.
6 comentários:
Pois é! Veio ao de cima o (mau) "liurai" e desapareceu completamente o verniz de Presidente democrático!
Helas!
Deus queira que, mais uma vez, os timorenses não venham a pagar caro por isto, nomeadamente quando verificarem que o "rei vai nu" porque não vai resolver nem "umzinho" dos problemas económicos do país, nomeadamente o desemprego dos grupos de jovens que, estúpidos, não perceberam ainda que por cada casa que incendeiam há menos 10 ou 20 postos de trabalho a menos que eventuais investidores estrangeiros criariam.
Já estou como o Ministro do Desenvolvimento quando se demitiu: só um parvo investe um tostão que seja naquele país...
Ficam mais satisfeitos assim? Bom proveito!...
Exemplos de projectos concretos em Timor-Leste e abortados pelo golpe de Estado
Essa é que é essa o investimento estava a bom ritmo, havia um interesse crescente dos investidores estrangeiros no país. estava à beira de instalação de fábricas várias - indústria conserveira de peixe, de marisco, componentes electrónicos para diversos fins, entre outras actividades. tudo isto junto traria milhares de postos de trabalho, imensa formação profissional e muita capacitação nacional.
As várzeas timorenses iriam começar em breve a dar três vezes mais arroz com técnica chinesa e vietnamita. os processos de cooperação estavam a andar a bom ritmo e isso assustava os que queriam o poder pelo poder.
os acordos para evitar a dupla tributação com países vários - portugal, malásia, china, entre outros - estavam em fase de discussão e iriam permitir o afirmar da economia timorense nas trocas comerciais.
querem mais? é que há muito para dizer a este nível, a economia do país estava a preparar-se para ajudar directamente o Povo através do emprego.
xanana gusmão não gostou, Adelino Gomes, jornalista conceituado em assuntos de timor-leste escreveu bem e disse a verdade de um presidente que já não é mito nunca terá a elevação e importãncia de um Nelson Mandela.
O desemprego e a miséria continuada em Timor-Leste para os próximos anos só a Xanana se pode atríbuir... parabéns senhor liurai alexandre gusmão.
o petróleo estava para já resolvido, indianos e italianos iriam explorar os blocos, seis dos onze. as refinarias iriam instalar-se como previsto e a barragem de Iralalara (los palos) também estava em fase avançada de arranque de consurso internacional - só esta valência seria um dos grandes contributos de Timor-Leste para toda a ilha, TL teria capacidade para exportar electricidade para o lado indonésio.
Exemplos de projectos concretos em Timor-Leste e abortados pelo golpe de Estado
Essa é que é essa o investimento estava a bom ritmo, havia um interesse crescente dos investidores estrangeiros no país. estava à beira de instalação de fábricas várias - indústria conserveira de peixe, de marisco, componentes electrónicos para diversos fins, entre outras actividades. tudo isto junto traria milhares de postos de trabalho, imensa formação profissional e muita capacitação nacional.
As várzeas timorenses iriam começar em breve a dar três vezes mais arroz com técnica chinesa e vietnamita. os processos de cooperação estavam a andar a bom ritmo e isso assustava os que queriam o poder pelo poder.
os acordos para evitar a dupla tributação com países vários - portugal, malásia, china, entre outros - estavam em fase de discussão e iriam permitir o afirmar da economia timorense nas trocas comerciais.
querem mais? é que há muito para dizer a este nível, a economia do país estava a preparar-se para ajudar directamente o Povo através do emprego.
o petróleo estava para já resolvido, indianos e italianos iriam explorar os blocos, seis dos onze. as refinarias iriam instalar-se como previsto e a barragem de Iralalara (los palos) também estava em fase avançada de arranque de consurso internacional - só esta valência seria um dos grandes contributos de Timor-Leste para toda a ilha, TL teria capacidade para exportar electricidade para o lado indonésio.
xanana gusmão não gostou, Adelino Gomes, jornalista conceituado em assuntos de timor-leste escreveu bem e disse a verdade de um presidente que já não é mito nunca terá a elevação e importãncia de um Nelson Mandela.
O desemprego e a miséria continuada em Timor-Leste para os próximos anos só a Xanana se pode atribuir... parabéns senhor liurai alexandre gusmão.
Ontem, na SIC, o Adelino Gomes disse uma coisa que só por o ter dito, o "limpa" dos encómios que ainda bem recentemente fazia ao PR - ainda há alguns dias falava da "voz pousada" e do "sentido de Estado" - (é nestas alturas que lamento ter deitado o Público para o lixo...).
E o que disse´, mais ou menos foi que: "no PREC (74-75) fomos todos bastante imaturos". Claro que a afirmação não é verdadeira pois houve quem fosse bastante maturo nessa altura, mas é a primeira vez que o ouvi a fazer "mea culpa". Vá lá.
Ao comentário das posted by Malai Azul : 04:37
Só um pormenor.
Não é uma questão de Sebastianismo é uma questão de todo o sustentáculo do tão defendido aparelho Democrático estar desde a sua estruturação ferido pela simples razão de que ao ser votada e aceite uma Constituição, quando há um partido que é maioritário, seja macaco se a mesma não conterá dentro dela todas as vicicitudes exactamente dessa maioria - só um burro com tal presente não faria tal coisa!
É ou não é verdade?
Vê-se agora plo impasse medonho que actualmente se processa.
Não é nada bom isso.
Mas agora chama a um bando de garotos em Dili com uns tantos desertores à frente de "impasse medonho"? Não exagere.
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