Publico.pt
Pedro Ribeiro
24/01/2006
O microcrédito consiste em conceder empréstimos de valor muito reduzido a pessoas que não teriam acesso à banca tradicional, para que estas pessoas possam lançar os seus próprios negócios. O conceito foi inventado por Muhammad Yunus, fundador do Grameen Bank, no Bangladesh.
O microcrédito é daqueles raros conceitos que é aceite tanto por ideólogos de esquerda como de direita. Mais raro ainda – porque funciona mesmo. Mais de 100 milhões das famílias mais pobres do planeta já tiveram acesso ao crédito através do sistema criado por Yunus; o inventor do microcrédito acha que muitas mais podem sair da pobreza através destes pequenos empréstimos. Até em países do mundo industrializado – como Portugal. Por isso, Yunus defende que o acesso ao crédito deve ser reconhecido como um "direito humano básico".
Yunus participou ontem numa conferência sobre microcrédito em Lisboa. Lembrou que, há uma década, havia definido como objectivo repetir o exemplo do Grameen Bank no Bangladesh em outros países e estender o microcrédito a 100 milhões de famílias.
"Na altura, a imprensa estava muito céptica", disse ontem Yunus. "Mas conseguimos que a ONU proclamasse 2005 como o ano internacional do microcrédito, e comprometemo-nos a atingir esse objectivo."
"Conseguimos atingi-lo? Sim. Não só o atingimos, como já o devemos ter ultrapassado." Agora, Yunus define um novo objectivo – chegar a 175 milhões de famílias até 2015.
O microcrédito permite às pessoas mais pobres ter acesso a financiamento. Frequentemente, são as pessoas que mais precisam de crédito – os desempregados, os socialmente excluídos – que têm mais dificuldade em obtê-lo. Porque não podem apresentar garantias ou referências, ou porque os montantes envolvidos não são suficientemente interessantes para a banca tradicional, não conseguem ter crédito.
"Quase dois terços da população mundial não tem acesso ao crédito [tradicional]", diz Yunus. "Aos olhos dos bancos, estas pessoas não reúnem as condições para obter empréstimos".
O dispositivo criado por Yunus permitiu superar essa barreira. Milhões de pessoas (na grande maioria mulheres) conseguiram lançar pequenos negócios à custa desses micro-empréstimos.
É um negócio que faz sentido do ponto de vista económico: o nível de créditos mal parados do Grameen Bank é reduzidíssimo (menos de 1 por cento).
Sair da pobreza por 110 euros
Yunus descreve o acesso ao crédito como "um direito humano básico". "A explicação para isto é simples", disse Yunus. "Podemos ter muitos direitos – direito à alimentação, direito à saúde, direito ao trabalho. São ideias maravilhosas, mas é muito difícil para qualquer Estado cumpri-las todas."
Para que os mais pobres possam superar a pobreza, basta frequentemente um pequeno "empurrão" – muito pequeno: o montante médio de um empréstimo do Grameen Bank no Bangladesh é 110 euros.
Em Portugal, esse valor é de 4383 euros, segundo dados da Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC).
Yunus louvou o trabalho da ANDC ("são pessoas muito persistentes"), e notou que em Portugal "o Governo tem dado muita atenção ao microcrédito".
O Grameen Bank tem outros projectos – como a distribuição de telemóveis a mulheres, criando uma espécie de "telefone comunitário" que serve uma aldeia inteira; ou uma nova iniciativa com a multinacional Danone para produzir alimentos nutritivos a baixo custo para crianças no Bangladesh.
O microcrédito continua contudo a ser a grande bandeira de Muhammad Yunus. Que garante que o êxito do Bangladesh pode ser reproduzido em qualquer outro país, incluindo nas sociedades mais ricas: "Pessoas são pessoas. E os problemas dos pobres são idênticos em todo o lado."
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domingo, novembro 05, 2006
Criador do Grameen Bank descreve acesso ao crédito como "direito humano básico"
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Malai Azul 2
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Nobel da Paz atribuído a Muhammad Yunus e ao banco Grameen
Publico.pt
13/10/2006
O Prémio Nobel da Paz foi atribuído ao economista Muhammad Yunus, do Bangladesh, e ao seu banco Grameen, pelo esforços na criação de desenvolvimento económico e social através de projectos de microcrédito.
Os projectos de microcrédito iniciados por Yunus servem para ajudar as pessoas mais carenciadas a obter financiamento para os seus negócios.
"Todas as pessoas na Terra têm potencial e têm também o direito de viver com um mínimo de qualidade de vida. Em todas as culturas e civilizações, Yunus e o banco Grameen mostraram que até os mais pobres entre os mais pobres podem trabalhar para o seu desenvolvimento", sublinha o comunicado do Comité Nobel.
Yunus foi elogiado também por conceder com microcréditos vocacionados apenas para mulheres, com o objectivo de as tirar da pobreza extrema.
"O crescimento económico e a democracia não podem concretizar-se plenamente sem que as mulheres estejam em igualdade de circunstâncias com os homens", sublinha o texto.
O banco Grameen, fundado por Yunus e também conhecido como banco dos pobres, dá crédito às pessoas carenciadas das zonas rurais do Bangladesh.
"No Grameen, o crédito é uma arma eficaz para combater a pobreza e serve como catalizador para o desenvolvimento das condições sócio-económicas de pessoas com poucos recursos, que têm sido mantidas fora da órbita dos bancos por serem pobres", lê-se ainda no comunicado do Comité Nobel.
Muhammad Yunus nasceu em 1940, no Bangladesh, e é o terceiro de 13 filhos. Licenciou-se em Economia no seu país e fez o doutoramento nos EUA, com uma bolsa de estudo. Lançou, em 1983, o Banco Grameen, a primeira instituição financeira de microcrédito em todo o mundo, para apoiar os indigentes do sistema financeiro tradicional, depois de ver que a teoria económica se esquecera dos pobres e "nunca compreendeu o poder social do crédito".
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Malai Azul 2
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De um leitor
Fico feliz por ver as alterações no palácio do governo. Uma das minhas melhores recordações desse jardim eram precisamente as noites que passávamos sentados no jardim e conversar ate muito tarde. Era maravilhoso ver os barcos a passarem noite, e a tarde o maravilhoso por do sol tão famoso. Aos Domingos a tarde todos corríamos para ver a cerimónia da bandeira com os guardas vestidos a rigor com os nossos trajos tradiocionais . Isso é algo que o gerno português nunca falhou que era respeitar as nossas raízes. Era ver a cavalaria a desfilar com os montadores vestidos de tais e caibaus ...e ordens de comando. Agora só falta o dr Ramos Horta mandar plantar mais acacias vermelhas que como a Jornalista, pintora e poetiza Gabriela Carrascalão diz num dos seus poemas que li num dos jornais locais da comunidade Portuguesa em S.Paulo Brasil, na altura em o Abílio Osório mandou cortar as acaceiras de flores vermelhas e folhas verdes era que fazia lembrar a Portugal / Entao ele dizia " Em Timor nem mesmo as acácias têm liberdade de floril" - Pois precisamos de novo essas acacieiras nos nossos jardins de Timor especialmente a frente do Palácio do Governo.
Obrigada Dr Ramos Horta.
Maracuja
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Malai Azul 2
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Prenúncio da época das chuvas
As nuvens começam a aparecer timidamente a meio da tarde.
Fica então um céu violeta e nostálgico a fechar a época seca. As noites estão mais quentes.
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Malai Azul 2
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Notícias - traduzidas pela Margarida
Há metade dos deslocados em Timor – Ministro optimista
Por Lucia Salinas-Briones em Dili
A pequena nova nação em Timor-Leste atingida por uma crise em Abril de 2006 quando um plano coordenado para desestabilizar o país foi activado por forças anti-democráticas foi activado por forças anti-democráticas que continuam hoje a empurrar a sua estratégia.
Cerca de 150,000 pessoas na capital, Dili, foram forçadas a fugir das suas casas por causa destas acções irresponsáveis contra um governo eleito democraticamente.
Muitos destes “deslocados” viram as suas casas a serem queimadas e todos os seus bens destruídos mesmo em frente deles. Muitos foram sériamente brutalizados e ameaçados do pior se não saíssem.
Uma grande maioria dos deslocados são simpatizantes da FRETILIN, que foi eleita democraticamente para o governo com 57.3% dos votos em Agosto de 2001.
(A FRETILIN é a Frente Revolucionária para Timor-Leste Independente, formada em 1974.)
Aos 32 anos de idade, Arsénio Bano é o ministro mais jovem no governo de Timor-Leste e tem uma mensagem inspiradora. Está a trabalhar no duro para resolver a realidade mais dura que a crise trouxe a este país – cuidar de cerca de 150,000 deslocados e fazê-los regressar a casa.
Nos últimos seis meses o seu Ministério do Trabalho e Reinserção Comunitária foi responsável pela protecção e segurança em campos de deslocados, bem como em abastecê-los com as necessidades básicas como água, alimentação, comida, cuidados sanitários e de saúde.
“Há seis meses tínhamos 150,000 deslocados, hoje temos 70,000,” diz o Ministro Bano. “Trabalhámos no duro para criar as condições para regressarem onde pertencem e sentirem-se seguros”.
O Estágio um da crise dos deslocados foi dar abrigo e as necessidades básicas às 150,000 pessoas que saíram das suas casas por meios de terror. O Estágio dois – a situação de hoje – é levá-las de regresso a casa (se ainda têm uma) ou dar-lhes uma casa nova. Até agora o número de deslocados reduziu-se em metade. O Ministro Bano pensa que o Estágio dois pode levar uns outros seis meses.
“Este é o nosso país e é nossa responsabilidade garantir que temos capacidade para lidar com os nossos problemas,” diz. Apesar deles receberem uma ajuda significativa de agências de ajuda internacional e de dadores, é o ministro Arsénio quem coordena toda a assistência e tem tido sucesso em evitar uma crise humanitária. O trabalho é ainda feito em coordenação com outros ministérios – tais como o da Saúde, Educação, Interior, Justiça, Secretariado do Estado para a Juventude e Desportos. O ministro tem um plano de contingência para lidar com a próxima estação das chuvas para que ninguém fique sem protecção.
As mulheres e as crianças são ambos grupos muito vulneráveis, de acordo com o Ministro. “Estamos a trabalhar com o Ministro da Educação, a UNICEF e outras agências internacionais, que estão a dar educação não-formal a crianças em centros. As mulheres estão muito vulneráveis por isso há um projecto importante para evitar o assédio sexual. Várias construções que serão locais seguros para mulheresnos centros devem estar concluídas em meados de Novembro”.
Noutro projecto, o ministério de Bano está a trabalhar com o Programa Mundial da Alimentação para fornecer comida suplementar para grávidas e recém-nascidos. A crise levou à partida de algumas ONG’s que desenvolviam programas para mulheres, e muitos dos sus centros foram destruídos.
O Ministro Bano acredita que há uma grande necessidade para lidar com algumas questões a nível comunitário e promove-os com entusiasmo. “Precisamos de pôr as pessoas a falarem umas com as outras, precisamos de ser capazes de curar o impacto da crise”.
Programas de aceitação mútua estão a ser implementados.
Programas de protecção – que implica confiar uns nos outros como comunidade e resolver os problemas sem violência – também estão em curso correntemente. Cartazes, boletins, programas de rádio, actividades de desporto e culturais estão a encorajar os deslocados a olhar os lados humanos e sociais do problema e a falarem uns com os outros.
A segurança é uma questão maior. É provavelmente a razão principal para os deslocados não quererem regressar a casa.
Perderam toda a confiança e não deve ser somente a força internacional correntemente em Timor-Leste quem deve providenciá-la. “Penso que isso deve vir dos nossos próprios Timorenses. É um processo que estamos a desenvolver com o diálogo, a discussão, e que demorará algum tempo.
Há uma falta de confiança nas forças internacionais, elas não conhecem o povo!”
O Ministro está realista sobre o que aconteceu e optimista sobre o futuro. “Timor-Leste experimentou uma crise que ensinou uma dura lição ao povo e isto atingiu todos os níveis da nossa sociedade.
A crise teve um impacto em todo o país e temos ainda instituições fracas, e é por isso que precisamos de assistência. Também aprendemos que precisamos de estar preparados no futuro para que estas coisas não aconteçam outra vez.
“A crise corrente será resolvidas. Penso que se tivermos mais vontade política – não somente do governo mas de todos na sociedade civil, outras instituições importantes como o Parlamento e o sistema judicial, o presidente, toda a gente – não deixaremos que o país se desmorone. Isso poria fim a um compromisso que começou há 24 anos quando decidimos alcançar a independência”.
O Ministro Arsénio Bano é um apoiante do antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri. “a contribuição de Mari Alkatiri para Timor-Leste tem sido tremenda,” diz.
“Mari Alkatiri liderou uma transformação muito forte com uma visão de 20 anos. Nos últimos quatro anos conseguiu, entre muitas outras coisas, estabelecer um total sistema escolar para as crianças de Timor-Leste. Conseguiu pôr de regresso à escola 350,000 crianças. O nosso desafio agora é melhorar a qualidade da nossa educação.
“Também estabelecemos um sistema de saúde, quase de lado a lado no país. Trabalhámos no duro para isso e temos agora médicos em quase todos os distritos.
“Nos últimos quatro anos garantimos o financiamento para as gerações vindouras. E o mais importe, conseguimos alcançar tudo isto sem pedir um cêntimo emprestado. Nos passados quatro anos tornámo-nos financeiramente independentes”.
O Ministro Arsénio Bano é enfático. “O Fundo de Petróleo, que é de onde vem o corrente orçamento de Timor-Leste, não é uma proposta do corrente governo. Mais do que triplicámos o nosso orçamento graças a Mari Alkatiri. A sua contribuição para Timor-Leste tem sido tremenda”.
O Ministro Bano juntou-se à FRETILIN não há muito tempo e está com muito orgulho disso. “Tenho muito orgulho em dizer que sou da FRETILIN. A FRETILIN trouxe-nos a independência. A visão da FRETILIN é tirar-nos da pobreza. A FRETILIN também acredita numa identidade nacional, não somente de modo cultural mas também de modo prático”.
O Ministro Bano diz que alguém que pense que a FRETILIN é um partido com orientação marxista é ignorante. “Se a FRETILIN fosse marxista não teríamos outros partidos aqui, não teríamos companhias estrangeiras a investir aqui. Temos um tipo de economia liberal aqui. Não proibimos de ninguém de vir a este país. Os nossos parceiros e adversários são da Austrália, Noruega, USA, e Portugal, não da China ou da Rússia”.
O Ministro Arsénio Bano está casado com uma Australiana e tem dois filhos. O mais jovem ministro do governo de Timor-Leste tem estado envolvido na política desde os doze anos e quer continuar a estar. “Tenho a intenção de ficar aqui, a trabalhar para o governo enquanto for preciso, esta é a ideia. Amo o meu país e quero que se torne próspero, com oportunidades para toda a gente”.
O Ministro Arsénio Bano estará em Sydney em 22-24 Novembro. Os que querem obter uma informação real e honesta sobre Timor-Leste fariam bem em falar com ele.
Nov 2, 2006
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TIMOR-LESTE: DEVEMOS CULPARMO-NOS A NÓS PRÓPRIOS E NÃO AOS AUSTRALIANOS, DIZ O PM
adnki.com
Dili, 31 Oct. (AKI) – Quando o debate sobre a conduta das tropas Australianas escala, o primeiro-ministro José Ramos-Horta disse que o problema é dos Timorenses que são incapazes de resolver a sua própria crise. Numa entrevista com Adnkronos International (AKI), o líder Timorense pediu fim ao criticismo que levou a que ambos os civis e militares liderados pelos Australianos, estejam a ser visados pelos gangs de jovens.
"Peço aos Timorenses para não envenenarem as nossas boas relações com a Austrália. Os soldados Australianos são profissionais e não temos que os envergonhar agora com acusações de parcialidade," disse ao AKI.
"Em vez disso, devíamo-nos culpar a nós próprios por não sermos capazes de resolver os nossos problemas. A Austrália estará sempre no coração de cada Timorense e se alguém aqui os culpar eu sou o primeiro a culpar esses," acrescentou.
Cerca de 1,000 tropas Australianas foram destacadas para Timor-Leste depois de violência e desordens que irromperam em Maio e na qual pelo menos 37 pessoas foram mortas e 155,000 forçadas a abandonar as suas casas. Os confrontos levaram à queda do governo do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri.
As tropas Australianas foram ultimamente acusadas de parcialidade, conduta não profissional e mesmo de mortes ilegais. A situação deteriorou-se depois de um artigo de página inteira ter sido publicado no Sábado no Suara Timor-Leste, o principal jornal local, acusando soldados Australianos de matar dois Timorenses. O título do artigo era "Corpos encontrados em Bebonuk. Mortos por Soldados Australianos ". O artigo desencadeou raiva que levou ao perigo de tropas Australianas se tornarem alvos de gangs.
Contudo, um relatório recentemente encomendado pela agência de desenvolvimento da Austrália, a AusAID, concluiu que os gangs são motivados politicamente e liderados por antigos lutadores da resistência anti-Indonésia que têm lealdades e inimizades no interior de facções das forças de segurança e de partidos políticos que datam da luta da independência da Indonésia.
Em Dili, a conduta dos soldados Australianos foi também defendida pelo Brigadeiro Mal Rerden, o novo comandante dos 1000 tropas da força Australiana em Timor-Leste.
“A coisa importante a compreender é que estamos aqui para garantir a segurança de toda a gente de Timor-Leste, e fá-lo-emos com toda a imparcialidade,” Disse à AKI.
“Agora é a altura das pessoas deixarem de cometer ilegalidades; de deixarem de resolver os assuntos pelas suas mãos – se escolherem fazer isso, lidaremos de acordo e continuaremos a fazê-lo com o modo imparcial com que temos feito até agora,” acrescentou.
Contudo, a nuvem de acusações é difícil de dispersar e alguns locais juram que têm sido maltratados pelos Australianos.
De acordo com Maritz Sagadate, por exemplo, os Australianos maltrataram-no e alegou que foram responsáveis pela morte de duas pessoas.
“As tropas Australianas capturaram três de nós sem razão. Puseram-nos num carro e envenenaram-nos com qualquer coisa que cheirava a gasolina. Em breve estávamos inconscientes. Cerca da meia-noite, acordei, Não sabia onde estávamos mas encontrei os meus dois amigos mortos. Acredito que os soldados Australianos estavam a colaborar com gente do oeste [loromonu] na morte dos meus amigos,” disse à AKI.
“Odeio muito as tropas Australianas agora,” acrescentou Maritz.
Maritz não está só. Joaquim Murobo, um deslocado, disse à AKI que foi detido injustamente e que perdeu a confiança nos soldados e nos polícias Australianos.
“Soldados e polícias Australianos dizem que são profissionais mas penso que são amadores.
Autorizaram criminosos e criadores de problemas a queimar a minha casa sem nada fazerem (para o impedir) e depois prendem inocentes nos campos de deslocados,” disse.
“Já estou farto disto e não confio neles,” acrescentou.
(Fsc/Gui/Aki)
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Instabilidade no Pacífico ' criando um vácuo de poder '
AAP - Novembro 03, 2006 07:47pm
Por Vincent Morello
A instabilidade no Pacífico está a ameaçar as relações da Austrália na região, diz o porta-voz dos negócios estrangeiros da oposição Kevin Rudd.
Mr Rudd disse que o governo Federal tinha actuado com sensibilidade ao enviar dois navios de guerra para as Fiji para assistir à evacuação possível de milhares de Australianos na eventualidade de um golpe militar.
Mas disse que as relações da Austrália com outros países na região já estavam tensas por causa do desassossego civil em Timor-Leste e das continuadas tensões nas relações diplomáticas com a Papua Nova Guiné e as Ilhas Salomão.
"Estou preocupado com a direcção estratégica a longo prazo na nossa região, para longe dos interesses da Austrália, está a formar-se um vácuo estratégico e estou preocupado com outros países a encaminharem-se para lá," disse Mr Rudd.
Exortou o Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer a acomodar um encontro entre todos os ministros dos estrangeiros das nações das Ilhas do Pacífico.
Disse que o Fórum das Ilhas do Pacífico em 2000 estabeleceu tal medida "na eventualidade duma crise política doméstica que esteja a sair fora de controlo nalgumas das ilhas Estados ".
Disse que estava encorajado por Mr Downer parecer estar a favor da convocação desta reunião.
O líder militar das Fiji Frank Bainimarama tem feito ameaças continuadas desde o mês passado ao derrube do governo se o primeiro-ministro das Fiji Laisenia Qarase avançar com legislação para amnistiar o organizador do golpe de 2000 nas Fiji.
O Comodore Bainimarama ameaçou que se Mr Qarase continuar a recusar sair "haverá derramamento de sangue ".
Mas também indicou hoje através do seu Vice que os militares não têm a intenção de montar um golpe para derrubar Mr Qarase.
"Declarações sobre derramamento de sangue são simplesmente irresponsáveis," disse Mr Rudd.
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Centro da juventude ajud a espalhar mensagens de paz em Dili, Timor-Leste
UNICEF
Numa vista de olhos: Timor-Leste
DILI, Timor-Leste, 2 November 2006 – Elio Da Costa, 14 anos, deu alguns passos atrás para examinar o seu trabalho manual e depois avançou e acrescentou uns toques finais. Estava ocupado a pintar mensagens de paz e de não-violência nas paredes do Seminário menor de S. José, aqui na capital de Timor-Leste.
A parede fica perto do campo onde Élio tem vivido com a sua família nos últimos seis meses. A família é uma das milhares de Dili cujas casas foram danificadas durante a crise recente.
A maioria das escolas em Dili re-abriram para as aulas em Setembro, mas Élio tem estado demasiado assustado para voltar. As tensões e as guerras de gangs na cidade – ainda a sentirem o efeito do desassossego civil que irrompeu em Abril e Maio – diminuíram o seu sentimento de segurança, forçando ele e outras crianças a ficarem longe da escola.
Sem actividades escolares para o ocuparem, Élio deu por ele a deambular pelo Forum Comunicações Juventude (FCJ), uma ONG financiada pela UNICEF.
Chegar até às crianças de rua
Localizada perto de um campo de deslocados, onde vive Élio, o FCJ dá abrigo, brincadeiras e educação não-formal, bem como serviços de reunificação a famílias para crianças que vivem e trabalham nas ruas de Dili.
Desde que começou a crise corrente, a importância do centro tem sido enfatizadas pela sua localização perto do cemitério de Santa Cruz onde jovens hostis se confrontam muitas vezes. Usam muitas vezes os terrenos do centro como local para se esconderem e descansarem durante ou depois duma luta.
Desde 2001, a UNICEF tem apoiado muitas vezes o programa de chegar até às crianças do FCJ, que convida crianças da rua a visitar o centro. O programa visa protegê-las de possível violência, abuso, negligência e exploração – objectivos que são mesmo mais cruciais agora que muitos jovens têm sido manipulados para participarem em lutas nas ruas.
Alternativas positivas
É por isso que os funcionários do FCJ tiveram recentemente a ideia de pintar mensagens de paz e de não-violência nas paredes do centro – as mesmas paredes por detrás das quais se escondem os jovens enquanto atiram pedras uns aos outros.
A ideia era engajar as crianças de rua numa actividade positiva e ajudá-las a compreender que o FCJ é ul lugar de paz e de reconciliação, não-violência e divisão. Era também uma oportunidade para garantir que crianças como Élio não se juntariam aos grupos envolvidos na violência à volta de Dili.
Em Outubro, o centro forneceu tintas e pincéis aos jovens, e convidou os do campo próximo e da vizinhança para participarem. Num único dia, as paredes ficaram transformadas com uma colagem de mensagens como e ‘Parem a Violência’ e ‘A cultura de Timor é de paz e não de guerra’.
“Tenho esperança que as pessoas vejam estas mensagens e parem as lutas,” disse Élio.
“Pouco a pouco temos de engajar estes jovens e dar-lhes alternativas de não violência, e a pouco e pouco podemos construir confiança e paz,” acrescentou o Sr. Oliveira. “Depois podem convencer os seus amigos e virem ao nosso centro para actividades pacíficas.”
Bridgette See também contribuiu para esta história.
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Gangs de jovens de Timor atiram pedras no dia de todos os santos
Radio Australia - 03/11/2006, 04:39:57
Na capital de Timor-Leste Dili teve um feriado maior católico com cenas de jovens a atirarem pedras uns aos outros.
O incidente perto do cemitério principal de Dili, o cemitério de Santa Cruz viu dúzias de jovens a atirarem pedras.
Mas não houve vítimas e a polícia da ONU acalmou rapidamente a situação.
O Comissário da polícia da ONU Antero Lopes tinha avisado esta semana que o dia de todos os santos tinha o potencial para desencadear mais desassossego entre grupos rivais depois do ressurgir da violência nas duas últimas semanas que deixou pelo menos oito mortos.
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Feriado Timorense passou pacificamente
Milhares de pessoas juntaram-se nas campas da capital de Timor-Leste para comemorarem pacificamente um feriado católico maior, apesar de receios de violência de rua entre gangs.
Residentes locais disseram que as celebrações deste ano não foram tão festivas como as anteriores por causa das preocupações.
"Algumas pessoas tiveram medo de visitar as campas por causa de rumores de bombas colocadas nos cemitérios que rebentariam durante as celebrações," disse Cristiandion Perreira, um voluntário de segurança da diocese de Dili.
O Comissário da polícia da ONU, Antero Lopes, avisou esta semana que o dia de todos os santos tinha o potencial de desencadear violência entre gangs rivais depois do ressurgir de ataques ter deixado cinco pessoas mortas nas duas últimas semanas.
O dia de todos os santos tem sido comemorado desde que os missionários Portugueses vieram para Timor-Leste há séculos e tem sido um dos feriados nacionais da jovem nação desde a sua independência em 2002.
A maioria católica da nação comemora o dia com missas nos cemitérios.
No cemitério Santa Cruz de Dili, onde mais de 200 pessoas foram mortas por tropas Indonésias em 1991, apareceram multidões para pôr flores nas campas e participar numas das muitas missas.
Quitéria da Costa, uma deputada, disse que estava a seguir uma tradição que estava há gerações na sua família.
"Esta é uma tradição para lembrar os espírito ao pôr flores, acender velas e rezar por perdão pelas suas almas," disse.
Tropas Internacionais patrulharam perto de todos os cemitérios da cidade, que se manteve calma com a maioria das lojas fechadas.
A violência irrompeu na nação da meia ilha em Maio entre facções das forças de segurança, bem como lutas de gangs, deixando cerca de 37 pessoas mortas nos dois meses de violência e forçando o destacamento de cerca de 3,200 tropas lideradas pelos Australianos.
O seu número tem sido reduzido desde então para 1,100, reforçados pela presença de cerca de 1,000 polícias da ONU.
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Família Timorense luta para cuidar de filha doente
ABC - Sábado, 4 Novembro , 2006 08:25:00
Transcrição do programa AM
Repórter: Anne Barker
ELIZABETH JACKSON: A capital de Timor-Leste, Dili, regressou a uma paz frágil desde que irrompeu uma paz frágil lá na semana passada.
Mas a ameaça constante de violência paira sobre a cidade, aterrorizando a população e prevenindo seja o que for que lembre uma vida normal.
Uma família tem a situação mais difícil que a maioria.
Estão a lutar para cuidar da sua bébé de nove meses, que recentemente regressou a casa depois de ter sido operada ao coração em Sydney.
Anne Barker relata.
(som da bébé Maria a rir)
ANNE BARKER: A menina com problemas de coração já ganhou mais de um coração na sua vida.
A publicidade sobre a doença da bébé Maria em Abril originou uma corrente de generosidade de Australianos a quererem ajudar.
Donativos cobriram o custo da sua viagem para Sydney para uma operação de coração aberto.
E médicos no Hospital de Crianças de Sydney ofereceram tempo e perícia para reparar o orifício no seu coração, que na altura tinha o tamanho de um dedal e era tão frágil quanto um tecido de papel.
DAN MURPHY: Tinha um orifício enorme do lado esquerdo para o direito do seu coração.
ANNE BARKER: Foi um médico americano com base em Dili, Dan Murphy quem diagnosticou que a bébé Maria tinha um defeito no septo ventricular, o que significava que o seu coração estava a mandar demasiado sangue para os seus corações.
A operação é agora cirurgia de rotina na Austrália, mas em Timor-Leste, Maria dos Santos teria quase de certeza morrido.
DAN MURPHY: Primeiro era prematura. Depois tinha muitos problemas a respirar, não conseguia ganhar peso. Usava toda a energia a tentar inspirar e expirar.
Não havia maneira de poder sobreviver.
ANNE BARKER: Agora a bébé Maria está de volta a casa em Dili, ajustando-se vagarosamente à vida de família.
A família dos Santos vive numa frágil cabana de bambus num dos mais pobres subúrbios de Dili.
E a luta da sua filha não é ajudada pela ameaça constante de violência.
Lutas esporádicas nos últimos seis meses tornaram impossível aos pais encontrarem trabalhos adequados.
O pai dela, Vidal dos Santos, é obrigado a vender brinquedos baratos para sobreviver.
"É muito difícil," diz, "por causas das lutas não posso circular. É difícil arranjar dinheiro. Só quando as coisas acalmarem posso procurar outro trabalho."
Mas apesar de todos os seus problemas, a família dos Santos tem sorte relativa. A maioria dos outros bébés que têm a mesma doença cardíaca estão destinados a morrerem.
Não há simplesmente médicos ou equipamento médico em Timor-Leste para se fazer esta operação de alto risco.
Agora, o Dr Murphy está preocupado porque a bébé Maria precisará doutra viagem até à Austrália para corrigir complicações em curso.
DAN MURPHY: Ela continua a ter infecções respiratórias superiores, e ainda ouço um ruído lá. Não conseguiram reparar tudo. Mas temos que ver como vai evoluir, e a mãe sabe vir aqui todas as vezes, para se observar, e se começar a piorar, teremos de chamar a Austrália.
ELIZABETH JACKSON: Dr Dan Murphy, da clínica do do Bairo Pite em Dili, com Anne Barker.
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Comunicado - PM
Tradução da Margarida.
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
COMUNICADO PARA OS MEDIA
Dili, NovembrO 1 2006
Os parques do Palácio do Governo são transformados para as pesoas
Mais de 3000 terão a oportunidade de apreciar os parques em frente do Palácio do Governo quando os trabalhos de reabilitação estiverem completos, disse hoje o Primeiro-Ministro Dr José Ramos-Horta.
Quarente e três Timorenses estão a trabalhar na reabilitação da área para (a transformar) quando era quando Timor-Leste era uma colónia Portuguesa. O trabalho no projecto maior começou em Outubro e espera-se que esteja terminado por altura do Natal.
“Estamos a transformar esta área linda no que já foi, quando os Portugueses estavam cá,” disse o Primeiro-Ministro.
“Estes parques serão um local de paz e beleza para todos. Haverá iluminação, jardins, cadeiras e mesas. Espero que as famílias apreciarão esta linda área.”
Os grandes espaços abertos apresentação um acabamento de cimento. O projecto é da Solomon Brothers de Dili e recria o plano português.
O Dr Ramos-Horta diz que funcionará no parque segurança a tempo inteiro para garantir um ambiente seguro para todos, particularmente famílias e turistas.
“Teremos 60 guardas vestidos com trajes tradicionais de cerimónia – principalmente dos distritos,” disse o Dr Ramos-Horta. “Vestirão as roupas tradicionais e estarão lá 24 horas por dia.
“Com a magnífica frente de mar de Dili e o Palácio do Governo como cenário de fundo, este será um local muito especial para as pessoas relaxarem e descansarem. Isto é parte da nossa história e dever ter muito orgulho nisso.”
Depois do trabalho acabar os veículos motorizados serão de acesso limitado aos membros do Governo e a VIPs mas haverá parqueamento extra fora da área do parque.
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Comunicado - PM
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
COMUNICADO PARA OS MEDIA
Dili, Novembro 3 2006
Uma melhor compreensão da gestão da nossa mais importante fonte de rendimento
Membros do Parlamento de Timor-Leste e do Governo, empregados civis, jornalistas e líderes comunitários participarão numa série de workshops intensivas dobre a gestão dos rendimentos do petróleo que se estão a realizar em Dili organizados pelo Gabinete do Mar de Timor, o Gabinete do Primeiro-Ministro e o Banco Mundial.
Os rendimentos do petróleo são a mais importante fonte de rendimentos do país e espera-se que cresçam rapidamente nos próximos anos e as workshops têm a intenção que todos na sociedade compreendam estas questões.
“Timor-Leste é muito afortunado por ter estas fontes de rendimento e é crucial que não desperdicemos esta oportunidade que Deus nos deu,” disse o Primeiro-Ministro Dr José Ramos-Horta, que hospeda o evento.
“Estes workshops explicarão aspectos críticos da gestão dos rendimentos do petróleo aos parceiros, incluindo membros do Parlamento e do Governo, líderes cívicos, jovens líderes, jornalistas e académicos.”
O primeiro workshop intitulado Workshop para Representantes da Sociedade Civil realiza-se na Segunda e Terça-feira (Novembro 6 e 7). O Workshop para os Membros do Parlamento na Quinta e Sexta-feira (Novembro 9 e 10). Ambos terão lugar no Salão do Merorial da Independência em Dili.
“as sessões serão de nível alargado e cobrem questões de fundo histórico sobre os recursos do país, incluindo Bayu Undan, Greater Sunrise, e os bçocos postos recentemente em leilão na zona exclusiva de Timor-Leste,” disse o Dr Ramos-Horta.
“Pedi que a workshops se concentrasse particularmente numa visão geral da moldura legal, incluindo as provisões gerais da Lei do Petróleo, o Tratado do Mar de Timor e outras leis e regulações relevantes.
“Uma sessão focará no conjunto, audição e relatos públicos sobre as taxas do petróleo, pagamentos e rendimentos e os desafios institucionais que se enfrentam na concretização deste trabalho.
“Os meus colegas e amigos, o Ministro dos Recursos Naturais Sr José Teixeira, e o Vice-Ministro e o Ministro do Planeamento e Finanças, Sr Aicha Bassarewan, dirigirão essas sessões.”
Entre outros oradores estão o Conselheiro de topo do Petróleo e Gás do Banco Mundial, Charles McPherson; o Director do Serviço de Rendimentos de Timor-Leste, Ângelo de Almeida; o Director do Gabinete do Mar de Timor, Manuel de Lemos; e o Director da Direcção Nacional do Petróleo e do Gás, Amândio Gusmão Soa.
Têm sido muitos os pedidos para participação nos workshops mas os organizadores têm mantido os números entre 30 e 35 para os tornar geriveis.
“Quero que a nossa sociedade compreenda a riqueza da sua própria nação,” disse o Dr Ramos-Horta.
“Estes rendimentos devem ser geridos para os nossos filhos e para o futuro de Timor-Leste. Devem ser investidos sabiamente e usados para criar riqueza e eliminar a pobreza. Estas workshops são os primeiros passos para garantir que toda a gente conheça exactamente o que está a acontecer com os rendimentos do nosso petróleo.”
NOTA: Agora nem o nome de Timor-Leste aparece em português no cabeçalho do comunicado.
DEMOCRATIC REPUBLIC OF TIMOR-LESTE...
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sábado, novembro 04, 2006
De um leitor
MAIS VALE TARDE QUE NUNCA!
É de saudar esta notícia de RH. Que foi tardiamente que se decidiram a enfrentar o problema também não deixa de ser verdade.
Compreende-se pelas suas palavras e das de outras fontes que "vão limpar Díli" de refugiados/deslocados, principalmente as zonas que são as portas das visitas - aeroporto e porto.
A decisão pode ser boa se não for uma doentia operação de "limpeza". Isso revelará "manha" e nada há de pior que um governo tomar medidas "manhosas", porque significa que não vai resolver o problema mas sim escondê-lo até não se sabe quando.
Esperemos que assim não seja.
Outra coisa que não se entende está relacionada com a os números. Gostaria que me explicassem, se possível, como se passa de 150.000 refugiados/deslocados para 25.000 registados.
Significará que existem muitos mais mas só estão registados 25.000?
Foi feita uma inflação dos 150.000? Fizeram uma sub-avaliação dos 25.000? Neste período já 125.000 regressaram ás suas casas ou optaram por outras alternativas e têm o problema resolvido?
Parece haver qualquer coisa que não bate certo e agradecia a quem soubesse que nos explicasse.
Bem, mas temos de ser positivos, e para já há que ter a esperança de que o governo começou a "sujar as mãos" e a trabalhar para evitar a catástrofe de saúde pública que o período das chuvas pode levar a quem foi privado das suas casas.
Pergunta-se agora que tipo de segurança terão as pessoas que abandonarem os campos e que regressem a suas casas?
Os elementos estrangeiros responsáveis pela segurança vão todos ser integrados nas UN e ter um comando único, ou não?
Os militares do exército de TL e a polícia vão começar a participar nas operações de segurança, ou não?
Se essas medidas não forem imediatamente tomadas é escusado falarmos de segurança, dizem os entendidos e eu concordo.
António Verissimo.
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Transferência de deslocados Díli arranca esta semana - Ramos-Horta
Díli, 04 Nov (Lusa) - O processo de transferência das dezenas de milhar de deslocados em Díli inicia-se dentro de dias e em Novembro já deverão estar r ealojados dois terços do total, disse hoje à Lusa o primeiro-ministro de Timor-L este, José Ramos-Horta.
"A estratégia baseia-se sempre na sensibilização dos deslocados para a necessidade de esvaziar os campos, alguns dos quais apresentam já problemas de s aúde pública", salientou Ramos-Horta.
O plano de transferência dos deslocados saiu de uma reunião de sete horas realizada hoje em Díli, em que participou o governo, liderado por Ramos-Horta , a missão da ONU (UNMIT), agências das Nações Unidas e organizações não-governa mentais (ONG).
"O encontro foi focalizado para a resolução da questão dos deslocados. Um grupo trabalho (com representantes do governo, da UNMIT, agências e ONG) entr ega na próxima semana o plano operacional, que esperamos possa ser executado ao longo do mês de Novembro", adiantou o chefe do governo timorense.
José Ramos-Horta afirmou ainda à Lusa que já a partir de terça-feira retomará as visitas aos campos de deslocados e aos locais para onde serão transferidos os que não têm casa ou aqueles que, tendo casa, receiam regressar às áreas de residência por temerem pela sua segurança.
"Ao longo desta semana vou visitar os campos e também os bairros e apre sentar as opções que oferecemos às pessoas para voltarem às suas casas. O governo tem um orçamento de 12 milhões de dólares para ajudar na reconstrução ou repar ação das casas", acrescentou.
Os centros de acolhimento temporário, que segundo Ramos-Horta deverão f uncionar entre seis meses a um ano e oferecer melhores condições de saúde públic a, serão instalados em Hera, cinco quilómetros a leste de Díli, e em Tibar, cerc a de 10 quilómetros a oeste da capital.
No interior da capital timorense serão também criados pelo menos dois destes centros, nos bairros de Taibessi e Quintal Bot, entre Balide, Audian e Caicoli.
"Não me parece que vá haver muitos problemas. Ao longo de Novembro pens amos resolver, pelo menos, dois terços dos campos ainda existentes em Díli", salientou.
Uma fonte que participou na reunião disse à Lusa que os primeiros campo s de deslocados a serem fechados serão os do Aeroporto de Comoro, do Porto de Dí li, em Colmera, e os que se encontram no perímetro interior do Hospital Nacional Guido Valadares, em Bidau, e defronte da sede da UNMIT, em Caicoli.
Para garantir a segurança nos bairros e nas áreas de acolhimento temporário, os efectivos da polícia da ONU (UNPOL) "vão reforçar os postos já criados e intensificar as patrulhas móveis", disse à Lusa o comissário Antero Lopes, com andante da UNPOL.
Além dos actuais 959 efectivos, de 19 nacionalidades, ao serviço da UNP OL, mais seis grupos de 25 agentes cada, da Polícia Nacional de Timor-Leste, "vão garantir que as áreas de acolhimento e os bairros terão protecção policial permanente", frisou Antero Lopes.
"A UNPOL tem a responsabilidade da segurança pública, conforme o mandat o conferido pela resolução 1704, de 25 de Agosto, do Conselho de Segurança da ON U, e estabeleceu 12 postos de polícia em toda a cidade e nas zonas periféricas, em colaboração com o governo timorense", afirmou.
Antero Lopes disse esperar que "as localidades críticas coincidam com a lguns dos locais onde potencialmente os deslocados actuais procurarão o realojamento".
De acordo com o sítio na Internet do Ministério do Trabalho e Reinserção Comunitária timorense, o número de pessoas deslocadas, considerando os recipie ntes de assistência humanitária, era de 178.034 pessoas a 20 de Setembro passado , com Díli a apresentar 69.600 deslocados.
Segundo Ramos-Horta, muitos dos deslocados registados na capital já regressaram às suas casas, ou preferiram reinstalar-se nos distritos do interior, totalizando agora pouco mais de 25 mil.
Os deslocados foram obrigados a abandonar as suas áreas de residência e m resultado da crise político-militar desencadeada em Abril passado, que provoco u mais de meia centena de mortos e a destruição de bens públicos e privados.
EL-Lusa/Fim
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East Timorese family struggles to care for sick daughter
ABC - Saturday, 4 November , 2006 08:25:00
Transcript AM Programme
Reporter: Anne Barker
ELIZABETH JACKSON: East Timor's capital, Dili, has returned to a fragile peace since the gang violence that erupted there last week.
But the constant threat of violence hangs over the city, terrorising the population and preventing anything resembling normal life.
One family has it tougher than most.
They are struggling to care for their nine-month-old baby, who recently returned home after life-saving heart surgery in Sydney.
Anne Barker reports.
(sound of baby Maria laughing)
ANNE BARKER: The tiny girl with a heart problem has captured more than a few hearts along the way.
Publicity about baby Maria's condition in April drew a flood of generosity from Australians wanting to help.
Donations covered the cost of her trip to Sydney for open heart surgery.
And doctors at Sydney Children's Hospital volunteered their time and expertise to repair the hole in her heart, which at the time was the size of a thimble and as frail as tissue paper.
DAN MURPHY: She had a big whole through the left and the right side of her heart.
ANNE BARKER: It was Dili-based American doctor Dan Murphy who diagnosed baby Maria with a ventricular septal defect, which meant her heart was sending too much blood to her lungs.
The operation is now routine surgery in Australia, but in East Timor, Maria dos Santos would almost certainly have died.
DAN MURPHY: First of all she was premature. Secondly she had so much trouble breathing, she couldn't gain weight. All her energy was used just to try to keep up enough air going in and out.
So there was no way she would have survived.
ANNE BARKER: Now baby Maria is back home in Dili, slowly adjusting to family life.
The dos Santos family lives in a flimsy bamboo hut in one of the poorest suburbs in Dili.
And their daughter's plight is not helped by the constant threat of violence.
Sporadic fighting for the past six months has made it impossible for her parents to find proper work.
Her father, Vidal dos Santos, is forced to sell cheap children's toys to get by.
"It's very difficult," he says, "because of the fighting I can't get around. It's difficult to get money. Only when things calm down can I look for another job."
But for all their troubles, the dos Santos family is relatively lucky. More often than not other babies here with the same heart condition are destined to die.
There simply aren't the doctors or the medical equipment in East Timor to perform the high-risk surgery.
Now, Dr Murphy is worried that baby Maria will need another trip to Australia to correct ongoing complications.
DAN MURPHY: She continues to have upper respiratory infections, and I can still hear a heart murmur there. They weren't able to completely repair everything. But we have to see how she does, and the mother knows to come here all the time, so we'll check, and if it starts to get worse, we'll have to call Australia.
ELIZABETH JACKSON: Dr Dan Murphy, from the Bairo Pite clinic in Dili, with Anne Barker.
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DECLARAÇÃO À IMPRENSA DO CONSELHO DE SUPERVISÃO DA MCA: TIMOR-LESTE
4 de Novembro de 2006
O programa de Desafio do Milénio deverá criar milhares de empregos em Timor-Leste
Um grande programa de desenvolvimento que irá criar milhares de empregos a longo prazo em Timor-Leste deu mais um passo no bom caminho, com a visita na última semana de oficiais seniores da Corporação Desafio do Milénio (MCC).
A MCC está encarregue de supervisionar um imenso programa inovador de assistência externa do Governo dos Estados Unidos, com a finalidade de “reduzir a pobreza por via do crescimento” em alguns dos países mais pobres do mundo.
Como parte do programa proposto e de forma a complementar a criação de empregos, o ensino vocacional e o desenvolvimento de qualificações em Timor-Leste terão um grande impulso.
A missão, liderada pelo Sr. Kumar Ranganathan, Director de País para Timor-Leste, visitou Díli com o intuito de continuar o diálogo com as autoridades e com o Governo relativamente à concepção final da assistência proposta.
O programa irá beneficiar grandes segmentos da sociedade com mais empregos e oportunidades de rendimentos, bem como com melhores níveis de serviços públicos a menor custo, ao mesmo tempo que vem melhorar a prestação de serviços. O programa proposto para Timor-Leste é ambicioso e inclui um montante substancial de financiamento da Conta de Desafio do Milénio, juntamente com contribuições do Orçamento Geral do Estado.
O país está empenhado em implementar um grande programa de desenvolvimento ao longo dos próximos anos, o qual irá fornecer electricidade a grandes números de famílias urbanas e rurais; garantir uma melhoria substancial de toda a rede rodoviária nacional e distrital; melhorar o acesso a água segura e a saneamento; e assegurar um forte apoio ao desenvolvimento do sector privado.
A implementação com sucesso do programa resultará na criação de milhares de empregos a longo prazo através de Timor-Leste.
Timor-Leste qualificou-se para aceder à Conta de Desafio do Milénio (MCA) já durante o presente ano.
Um dos aspectos mais importantes da assistência da MCA é a ênfase em dar aos países seleccionados a oportunidade para identificarem as suas próprias prioridades com vista a conseguir um crescimento económico sustentável e a redução da pobreza. Ao trabalhar de perto com a MCC, Timor-Leste regista com agrado a oportunidade de tomar as suas próprias decisões em relação a prioridades de desenvolvimento, assim como no que toca à concepção, gestão e implementação de programas apoiados pela MCA.
O programa está reflectido num Compacto entre Timor-Leste e a MCC que define responsabilidades e inclui objectivos e alvos mensuráveis para a avaliação do progresso relativamente à aceleração do crescimento e à redução da pobreza. O Compacto descreve também o modo como o país irá gerir e implementar o programa, incluindo a forma como deverá garantir a responsabilização financeira, a transparência e um aprovisionamento justo.
Tal como está previsto pelos procedimentos da MCC, foram estabelecidas dentro de Timor-Leste uma entidade legal conhecida como MCA: Timor-Leste e um Conselho de Supervisão, com o objectivo de serem responsáveis pelo desenvolvimento e implementação do Compacto. O Conselho é presidido pelo Vice Primeiro-Ministro. Outros membros incluem dois agentes do Governo, dois representantes do Parlamento Nacional, um representante da comunidade empresarial timorense e o Coordenador Nacional do programa da MCC. A Direcção iniciou as suas operações em Outubro de 2006 e desde então já se reuniu quatro vezes, de modo a tomar decisões a respeito da concepção e do desenvolvimento do programa da MCC.
Numa reunião com a Direcção de Supervisão do programa da MCA já durante esta semana, a missão indicou que Timor-Leste está a fazer progressos impressionantes na preparação para o Compacto. Da sua parte, a MCC irá continuar a trabalhar de perto com o Conselho a fim de ajudar a um rápido cumprimento do Compacto e à sua aprovação atempada por parte da MCA. Assim que o Compacto esteja assinado e declarado efectivo, o programa será implementado ao longo de um período de cinco anos.
A MCC é uma corporação independente do Governo dos EUA estabelecida pelo Presidente Bush em Janeiro de 2004 com a finalidade de administrar a MCA. Países de baixos rendimentos que se qualifiquem para obter assistência recebem apoio da parte da MCC em termos de reformas políticas e capacitação, apoio este que vem complementar as contribuições que já estão a ser feitas por programas bilaterais de desenvolvimento dos EUA e por outros parceiros de desenvolvimento.
A MCC é gerida por um Director Geral e por um Conselho de Directores. O Conselho de Directores selecciona países elegíveis para se candidatarem a assistência da MCA. São usados vários indicadores para medir o desempenho dos países em três categorias políticas amplas: governação justa; investimento nas pessoas; e encorajamento da liberdade económica.
O Conselho de Supervisão espera manter uma relação próxima e produtiva com a MCC e com o povo dos Estados Unidos da América.
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Dos leitores
Este Blog é a unica forma de me manter informada. Em Portugal a informação relativamente a Timor é quase inexistente, as diversas televisões, rádios, e imprensa escrita, não noticiam os acontecimentos, quando o fazem a noticia é tão curta, que não nos permite acompanhar a situação. Sempre que posso dou aqui uma espreitadela. Ao autor do blog e a todos os que aqui comentam o meu obg.
Aos que em Timor lutam por um país verdadeiramente livre, fraterno, liberto de jogadas oportunistas a minha solidariedade.
M.
***
"We asked Australia to help us in solving our problem" (Ramos-Horta)
- and the problem remains unsolved...
…
O jardim fronteiro ao Palácio do Governo era de facto muito bonito e agora (desde os indonésios) está quase reduzido a um parque de estacionamento. As grandes árvores situadas em frente à fachada do grande edifício foram cortadas, não havendo agora nenhuma sombra. Antigamente podia-se passar à vontade naquela área e apenas existiam duas sentinelas ladeando a entrada principal, vestidas com trajes tradicionais e armadas de catana. Era bonito. Quem conheceu o jardim sofre vendo o que agora lá está.
Reconstituir o jardim anterior ou fazer outro diferente, tanto faz. O que é preciso é devolver a sombra, a beleza e a cor àquele sítio e possibilitar ao povo o seu usufruto.
No entanto, sabendo as condições desumanas em que vivem tantos milhares de pessoas neste momento, quem é que se importa com o jardim? A prioridade é dar condições dignas para essas pessoas poderem viver em paz e segurança.
Ramos Horta é assim mesmo: vai anunciando as ideias à medida que se vai lembrando. E muitas delas são boas, só que algumas não se podem pôr em prática a curto prazo. Mas acredito que a intenção dele seja boa e acho que não pretende deixar os refugiados para segundo lugar. Não se esqueça das pessoas, Dr. Ramos Horta.
…
Ana Gomes destilou veneno durante semanas a fio contra Alkatiri, no seu blog - que não permite comentários...
Henrique Correia.
***
Estamos a atravessar uma situação sensível no nosso pais ( não estou a dar novidade nenhuma) , fala-se com os políticos e a resposta é sempre a mesma ,: " Não é nada, isto passa", outros " Gostaria de saber quem é o patife ou patifes que estão por detrás disto, eu acho que sei mas se faço alguma coisa estou lichado"....Pois bem enquanto for assim pouco se adianta para se resolver o que se passa no nosso país. Alguém deve saber alguma coisa e aí pergunto se sabe porque não avançar para a polícia, á tropa ou mesmo á UN. O Povo vive completamente desorientado e não sabe o que fazer. Essa desorientação leva a que aqueles que querem esse este desassossego poderem actuar livremente. Vão aos jornais acusam A e B. Vêm a este blog acusam c e D...fazem-se passar por inocentes mesmo tendo sido apanhados com a boca na botija...mas porque todos mandam bocas e ninguém assume essas bocas é que estamos nesta situação.
Fui visitar uma prima minha que é viúva, com dez filhos, um deles tuberculoso...ela não sai de casa com medo que algo lhe acontecera, então não tem meios de subsistência e o que se passa os filhos passam fome. E já sabem " Em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão"....no fim eu também já estava aos gritos para haver um bocadinho de paz naquela casa..." Assim está a nossa terra.
Maracujá.
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Finalmente alguma ordem no blog. Basta de Bocas Sujas. Continuem com este espaço de liberdade de expressão, sem ordinarices.
D. Alex.
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Notícias - traduzidas pela Margarida
Zimbabwe: Partem 31 polícias para a Missão de Paz
The Herald (Harare) – Novembro 1, 2006
O Comissário da Polícia Augustine Chihuri aasistiu, ontem à partida de 31 oficiaos da polícia para uma missão da ONU em Timor-Leste, uma mostra de confiança na eficiência e profissionalismo da polícia do Zimbabwe.
O Comissário Chihuri pedu aos oficiais para não perderem o foco e não se envolverem no conflito político nos países onde servirem.
Disse que os oficiais que estavam de partida iam interagir com outros doutras partes do mundo.
"Descobrirão que essa gente vai querer saber como vão as coisas no Zimbabwe. Não é da vossa competência entrar no jogo político, mas manterem-se resolutos estarem preparados para defenderem o vosso país contando a verdadeira história do Zimbabwe," disse o Comissário Chihuri.
"Gostaria de lembrar ao contingente de partida que o Zimbabwe é um Estado soberano, e que portanto a política estrangeira deve corresponder com a política interna."
A ONU requisitou à Polícia da República do Zimbabwe oficiais com experiência anterior em operações de manutenção da paz para Timor-Leste. Dos 31, nove são mulheres.
Outros dois oficiais regressaram duma missão similar na Libéria.
O Comissário Chihuri disse que o convite era u testemunho claro que as prestações dos oficiais nestas missões tinham sido, de acordo com as expectativas da ONU.
Saudou os oficiais por terem deixado uma marca indelével na arena do policiamento internacional.
"Deixem-me lembrar-lhes que a organização e o país estão felizes por a nossa participação nas operações da ONU nunca ter sido de propaganda, mas ter sido sempre de dedicado profissionalismo que sempre exibimos local e globalmente," disse o Comissário. "Estou confiante que com base na vossa experiência anterior na ONU, mostrarão o alto grau de profissionalismo que se espera de vós," disse o Comissário Chihuri.
Disse que a ZRP não perdoariam nenhuma indisciplina. "Alguém encontrado no lado errado da lei, como organização, consideraremos como um filho 'ilegitimo' e tomaremos as acções apropriadas," disse.
"Deixem-me apontar que a segunda oportunidade para participarem em acções da ONU é uma outra oportunidade para vocês próprios melhorarem económica e socialmente. Não é uma oportunidade para se engajarem em negócios clandestinos. Lembrem-se que riqueza que é imoral não é santa e não receberá a bênção de Deus."
O Comissário Chihuri comentou o regresso de oficiais por terem executado de modo eficaz as suas obrigações apesar de terem trabalhado num país com uma cultura e ambiente diferentes.
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Casas para refugiados de Timor-Leste
The Jakarta Post – Quarta-feira, Novembro 1, 2006
KUPANG, East Nusa Tenggara: O Ministério dos Serviços Sociais da Indonésia disponibilizou Rp 72 biliões (US$7.57 milhões) para a construção de 5,000 casas para acomodar refugiados de Timor-Leste que vivem no Oeste de Timor, East Nusa Tenggara.
"A construção das casas estará completa pelo fim deste ano" disse o responsável do Gabinete dos Serviços Sociais de East Nusa Tenggara, Frans Salem, acrescentando que as casas serão construídas em três regências -- Belu, Timor Tengah Utara e Timor Tengah Selatan.
"As casas vão ser especificamente para refugiados que já têm os seus lotes de terreno. O governo prepara o financiamento e os materiais e construção, e as casas serão construídas por soldados do Comando Militar Wirasakti em Kupang," disse.
O envolvimento de soldados na construção de casas está em linha com um acordo entre o Ministério dos Serviços Social e o Quartel-Militar Indonésio em Jakarta, disse Frans.
Cada casa, custando Rp 14 milhões, terá 30 metros quadrados e será equipada com dois quartos, uma casa de banho, toilet e cozinha.
De acordo com informação da administração provincial de East Nusa Tenggara, cerca de 21,000 famílias com cerca de 100,000 pessoas estão ainda acomodadas em abrigos temporários em várias regências na província.
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PM: As nossas tropas em Dili não são assassinas
news.com.au
Outubro 30, 2006 12:00am
O Primeiro-Ministro John Howard descartou afirmações de as tropas Australianas serem responsáveis pelas mortes de dois homens em Timor-Leste.
E diz que ataques contra os nossos soldados ilustram a necessidade deles ficarem no país até o trabalho estar feito.
O jornal principal de Dili Suara Timor-Leste escreveu uma história na página da frente dizendo que os corpos de dois homens que foram encontrados na Sexta-feira foram mortos por forças Australianas.
O Brigadeiro Mal Rerden, responsável do nosso destacamento de 1000 elementos para Timor-Leste, e o Chefe da Defesa, Air Chief Marshal Angus Houston, disseram ambos que o relato era falso.
E ontem Mr Howard entrou no debate, dizendo: "Não aceito (as acusações)."
Disse que tinha toda a confiança nas nossas tropas e polícias. "E a sua presença é muito calorosamente apoiada pela comunidade local," acrescentou.
A história era aparentemente baseada em rumores infundados que circularam na capital dividida por lutas, acusações que estão a estimular sentimentos anti-Australianos entre gangs de atiradores de pedras.
AACM Houston disse que a força liderada pelos Australianos era completamente neutra e profissional.
"Refuto inteiramente qualquer alegação de que gente nossa estivesse envolvida de qualquer modo na morte de dois Timorenses na Sexta-feira," disse.
A força foi destacada depois de um pedido do Governo Timorense em Maio e mantém-se a seu pedido.
Brig. Rerden disse que o jornal publicou rumores sem fundamentos.
"Penso que as histórias estão a ser manipuladas por alguns elementos desses grupos ... não tenho a certeza sobre a sua motivação," disse.
"Mas claramente eles não querem ter uma força de segurança profissional, imparcial aqui – provavelmente porque estamos a travá-los de fazer... coisas más."
Mr Howard disse que ataques contra as nossas forças mostram que a nossa presença era vital
"As nossas tropas não estariam lá se não houvesse alguma gente que não precisasse delas de maneira apropriada," disse.
"E o que isto sublinha é a importância da nossa força ficar lá até o trabalho estar terminado."
Confrontos entre gangs rivais em Dili deixaram pelo menos oito pessoas mortas e mais de 50 feridas desde o último fim-de-semana.
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EAST TIMOR: WE SHOULD BLAME OURSELVES AND NOT AUSTRALIANS, SAYS PM
adnki.com
Dili, 31 Oct. (AKI) - As the debate about the conduct of Australian troops in East Timor escalates, prime minister Jose Ramos-Horta said that the problem lies with the East Timorese who are unable to resolve their own crisis. In an interview with Adnkronos International (AKI), the Timorese leader called for an end to the criticisms that have lately led to Australians - both civilian and military - being targeted by gangs of youths.
"I ask the Timorese people not to poison our good relationship with Australia. Australian soldiers are professional and we do not have to shame them now with accusation of partiality," he told AKI.
"If anything, we should blame ourselves for not being able to solve our own problems. We asked Australia to help us in solving our problem. Australia will always be in every East Timorese's heart and if any one here blames them, I am the first to condemn these people," he added.
About 1,000 Australian troops were deployed to East Timor following violence and disorder that erupted in May in which at least 37 people were killed and 155,000 forced to abandon their homes. The clashes led to the fall of the government of the former prime minister Mari Alkatiri.
Australian troops have lately been accused of partiality, unprofessional conduct and even unlawful killings. The situation deteriorated after a full-page article was published on Saturday in Suara Timor-Leste, the main local newspaper, accusing Australians soldiers of killing two Timorese people. The headline on the article was "Bodies found in Bebonuk. Killed by Australian soldiers". The article sparked rage that led to the danger of Australian troops becoming targets of gangs.
However, a report recently commissioned by Australia's international development agency, AusAID, found that gangs are politically motivated and led by former anti-Indonesian resistance fighters who have loyalties and enmities within factions of the security forces and political parties dating back to the struggle for independence from Indonesia.
In Dili, the conduct of the Australian soldiers was further defended by Brigadier Mal Rerden, newly appointed commander of the 1,000-strong Australian force in East Timor.
“The important thing to understand is that we are here to ensure the security of all the people of East Timor, and we will do that in a totally impartial way,” he told AKI.
“Now is the time for people to stop being unlawful; to stop taking matters into their own hands – if they choose to do that they will be dealt with accordingly and we will continue to do that in the impartial way that we have so far,” he added.
However, the cloud of accusations is difficult to disperse and some locals swear that they have been mistreated by the Australians.
According to Maritz Sagadate, for example, Australians mistreated him and he alleged they were partly responsible for the killing of two people.
“The Australian troops captured three of us without reason. They put us in car and poisoned us with something that smelt like gasoline. We were soon unconscious. At about midnight I woke up, I did not know where we were but I found my two friends killed. I do believe that Australian soldiers were collaborating with western people [loromonu] in killing my friends,” he told AKI.
“I hate Australian troops very much now,” Maritz added.
Maritz is not alone. Joaquim Murobo, an internally displaced person, told AKI that he was wrongly detained and has lost trust in Australian soldiers and the police.
“Australian soldiers and police say they are professional but I think they are amateurs. They allow criminals and troublemakers to burn my house without doing anything but then arrest innocent people in refugee camps,” he said.
“I have had enough and I do not trust them,” he added.
(Fsc/Gui/Aki)
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Pacific instability 'creating power vacuum'
AAP - November 03, 2006 07:47pm
By Vincent Morello
INSTABILITY in the Pacific is threatening Australia's relations in the region, opposition foreign affairs spokesman Kevin Rudd says.
Mr Rudd said the Federal Government had acted sensibly in sending two warships to Fiji to assist the possible evacuation of thousands of Australians in the event of a military coup.
But he said Australia's relations with other countries in the region were already strained because of civil unrest in East Timor and the continuing tension in diplomatic relations with Papua New Guinea and the Solomon Islands.
"I'm concerned about long-term strategic drift in our region, away from Australia's interests, a strategic vacuum being formed and I'm concerned about other countries moving in," Mr Rudd said.
He called for Foreign Affairs Minister Alexander Downer to host a meeting between all of the foreign affairs ministers of the Pacific Island nations.
He said the Pacific Island Forum in 2000 established such a measure "in the event of a domestic political crisis that was getting out of control in any of the island states".
He said he was encouraged that Mr Downer appeared to favour calling the meeting.
Fiji's military leader Frank Bainimarama has made continued threats since last month to overthrow the government if Fiji's prime minister Laisenia Qarase goes ahead with legislation to grant amnesty to organisers of Fiji's coup in 2000.
Commodore Bainimarama has threatened that Mr Qarase's continued refusals to step down "will result in bloodshed".
But he also indicated today through his deputy the military has no intent on staging a coup to oust Mr Qarase.
"Statements about bloodshed are just plain irresponsible," Mr Rudd said.
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sexta-feira, novembro 03, 2006
Dos leitores
Quando certos interesses são beliscados e certas pessoas ficam nervosas, aparecem sempre neste blog comentários ofensivos, tentativas de revelar a identidade do Malai Azul e da Margarida, e ameaças de morte.
O que vem demonstrar que a verdade incomoda a gente sem carácter, sem escrúpulos e sem educação.
Força Malai Azul e Margarida!
Estão no bom caminho.
Guilhermina.
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Parabéns Paula Pinto pela sua frontalidade.
Subcrevo inteiramente o seu escrito.
Durante o dia visito este espaço mais de meia dúzia de vezes. Admiro e felicito todos aqueles que, com esforço e muita dedicação, fazem esta Tribuna Livre, em prol de Timor.
Um abraço.
Joaquim Fonseca
Monsanto-Portugal
RÁDIO CLUBE DE MONSANTO
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Na minha opinião, o Malai Azul até é demasiado condescendente!
Se este Blog visa o debate sério, cerca de 20 a 30% dos comentários aqui feitos em linguagem comprovativa de incapacidade/falta de vontade de manter um debate intelectualmente honesto, i.e, com ordinarices, insultos, etc., não deveriam durar sequer 10 minutos e seriam desde logo apagados.
Deveriam ser colocados filtros para evitar a participação daqueles que não sabem participar num debate pluralista ... e que, por não saberem/quererem participar, recorrem a insultos e à ordinarice para desmotivar os muitos que lêem o Blog e gostam de acompanhar as notícias e o debate, mesmo que não comentem.
Malai Azul, tente ver a possibilidade de ter filtros de linguagem e, se houver quem comente com o intuito de afastar outros através do insulto e da baixeza ... apaguem o comentário.
Só se pode admitir a liberdade a quem sabe respeitar a liberdade dos outros, que, neste caso, são indiscutivelmente a maioria e desejam que o Blog continue com o nível de dignidade que tem mantido até hoje (à excepção das intervenções referidas e que devem ser filtradas)!
Obrigado pelo óptimo trabalho que tem feito.
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Imaginem o que seria nao existir o Timor-Online. Desde Maio que sigo atento o que se passa e não consigo ter noutro espaço sobre o meu pais.
Este blog e um exemplo de servico publico.
Parabens e obrigado! Seja quem for Malai.
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Displaced people in Timor down by half – Minister optimistic
By Lucia Salinas-Briones in Dili
The tiny new nation of Timor Leste hit a crisis in April 2006 when a coordinated plan to destabilize the country was activated by undemocratic forces that continue to push their strategy today.
Over 150,000 people in the capital, Dili, were forced to flee their homes because of these irresponsible actions against a democratically elected government.
Many of these “IDPs” - internally displaced people - saw their houses being burned and all their goods destroyed right in front of them. Many were badly beaten and threatened with the worst if they didn't leave.
A great majority of the IDPs are sympathizers of the FRETILIN party, which was democratically elected to government with 57.3% of the votes in August 2001.
(FRETILIN is the Revolutionary Front for Independent East Timor, formed in 1974.)
At 32 years of age, Arsenio Bano is the youngest minister in the Timor Leste government and has an inspiring message. He is working hard to solve the toughest reality the crisis has brought to his country - looking after these 150,000 refugees and getting them back home.
Over the last six months his Ministry of Labour and Community Reinsertion has been responsible for protection and safety in IDP Camps, as well as providing them with basic needs like water, food, sanitation and health care.
“Six months ago we had 150,000 IDPs, today we have 70,000,” says Minister Bano. “We have worked hard to create the conditions for them to return where they belong and feel safe”.
Stage One of the refugee crisis was to provide shelter and basic needs to the 150,000 people that abandoned their houses through terror. Stage Two – today's situation - is to bring them back home (if they still have one) or provide them with a new home. So far the number of IDPs has been reduced by half. Minister Bano believes Stage Two might take another six months.
“This is our country and it is our responsibility to make sure we have the capacity to deal with our problems,” he says. Although they receive significant assistance from international aid agencies and donors, it is Arsenio's ministry that coordinates all the assistance and has succeeded in averting a humanitarian crisis. The job is also done in conjunction with other ministries – such as Health, Education, Interior, Justice, Secretariat of State for Youth and Sports. The minister has a contingency plan to deal with the coming wet season so that nobody is unprotected.
Women and children are both very vulnerable groups, according to the Minister. “We are working with the Education Minister, UNICEF and other international agencies, which are providing non-formal education for the children in the centres. Women are very vulnerable so there is an important project to prevent sexual harassment. Several constructions that will be safe places for women in the centers are to be finished by mid-November”.
In another project, Bano's ministry is working with the World Food Program in providing supplementary food for pregnant women and new-born babies. The crisis caused the departure of some NGOs that were delivering programs for women, and many of their centres were destroyed.
Minister Bano believes that there is a great need to deal with a whole number of issues at the community level and he enthusiastically promotes them. “We need to get people to talk to each other, we need to be able to heal the impact of the crisis”.
Programs of mutual acceptance are being implemented.
Protection programs - implying trusting each other as community and solving problems without violence – are also currently running. Posters, flyers, radio programs, sport and cultural activities are encouraging IDPs to look at the human and social side of the problem and to talk to each other.
Security is a major issue. It is probably the main reason why the refugees don't want to go back home.
They have lost all confidence and it's not only the international police force currently in Timor Leste who have to provide it. “I think that has to come from our own Timorese. It is a process we are doing by dialogue, by discussion and it will take some time.
There is a lack of trust in international forces, they don't know the people!”
The Minister is realistic about what has happened and optimistic about the future. “Timor Leste has experienced a crisis that has taught people a tough lesson and this has reached all levels of our society.
The crisis has had an impact on the whole country and we still have weak institutions, and that's why we need assistance. We also learnt that we need to be prepared in the future so these things don't happen again.
“The current crisis will be solved. I think that if we have more political will - not only from the government but everyone in civil society, other important institutions like parliament and the judiciary, the president, everyone - we will not let the country collapse. That would end a commitment that started 24 years ago when we set out to achieve independence”.
Minister Arsenio Bano is a supporter of former Prime Minister Mari Alkatiri. “Mari Alkatiri's contribution to Timor Leste has been tremendous,” he says.
“Mari Alkatiri led a very strong transformation with a 20-year vision. In the past four years he managed, among many other things, to establish a whole school system for the children of Timor Leste. He managed to get 350,000 children back to school. Our challenge now is to improve the quality of our education.
“We have also established a health system, nearly across the country. We have worked hard for this and we now have doctors in nearly all districts.
“In the past four years we have secured funding for the coming generation. And most importantly, we have achieved all this without borrowing one penny. In the past four years we have become financially independent”.
Minister Arsenio Bano is emphatic. “The Petroleum Fund, which is where the current budget of Timor Leste comes from, is not a proposal of the current government. We have more than tripled our budget thanks to Mari Alkatiri. His contribution to Timor Leste has been tremendous”.
Minister Bano joined the FRETILIN party not long ago and he is very proud of it. “I am very proud to say that I belong to FRETILIN. FRETILIN brought us independence. FRETILIN's vision is to get us out of poverty. FRETILIN also believes in a national identity, not only in a cultural but in a practical way”.
Minister Bano says that anyone who thinks that FRETILIN is a marxist-oriented party is ignorant. “If FRETILIN was marxist we would not have other political parties here, there would be not foreign companies investing here. We have a type of liberal economy here. We don't forbid any body to come into this country. Our partners and advisers are from Australia, Norway, USA, and Portugal, not from China or Russia”.
Minister Arsenio Bano is married to an Australian and has two children. The youngest government minister of Timor Leste has been involved in politics since he was twelve and wants to keep going. “I intend to stay here, working for the government as long as I am needed, that's the idea. I love my country and want it to become prosperous, with opportunities for everyone”.
Minister Arsenio Bano will be in Sydney on November 22-24. Those wanting to get real honest information about Timor Leste would do well to talk to him.
Nov 2, 2006
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Comunicado - PM
DEMOCRATIC REPUBLIC OF TIMOR-LESTE
OFFICE OF THE PRIME MINISTER
MEDIA RELEASE
Dili, November 3 2006
A better understanding of managing our most important source of income
Members of the Timor-Leste Parliament and Government, civil servants, journalists and community leaders will take part in a series of intensive petroleum revenue management workshops being held in Dili organized by the Timor Sea Office, the Office of the Prime Minister and the World Bank.
Petroleum revenues are the country’s most important source of income and are expected to grow rapidly over the coming years and the workshops are intended to ensure all of society understands these issues.
“Timor-Leste is very fortunate to have these sources of income and it is crucial that we do not squander this opportunity given to us by God,” said the Prime Minister Dr José Ramos-Horta, who is hosting the event.
“These workshops will explain critical aspects of petroleum revenue management to stakeholders including Members of Parliament and the Government, civic leaders, youth leaders, journalists and academics.”
The first workshop titled Workshop for Representatives of Civil Society will be held on Monday and Tuesday (November 6 and 7). The Workshop for Members of Parliament will take place on next Thursday and Friday (November 9 and 10). Both will be held at Independence Memorial Hall in Dili.
“The sessions will be wide-ranging and cover issues from a general background picture of the country’s resources, including Bayu Undan, Greater Sunrise, and the recently-offered blocks in Timor-Leste’s exclusive zone,” Dr Ramos-Horta said.
“I have asked for the workshops to particularly concentrate on an overview of the legal framework, including the main provisions of the Petroleum Act, the Timor Sea Treaty and other relevant laws and regulations.
“One session will focus on the collection, audit and public reporting of petroleum taxes, payments and revenues and the institutional challenges faced in carrying out this work.
“My colleagues and friends the Minister for Natural Resources, Minerals and Energy Mr Jose Teixeira, and the Vice-Minister, Ministry of Planning and Finance, Mr Aicha Bassarewan, will chair sessions.”
Among the other speakers will be the Senior Advisor Oil and Gas to the World Bank, Charles McPherson; the Director of Timor-Leste’s Revenue Service, Angelo de Almeida; Director of the Timor Sea Office, Manuel de Lemos; and the Director of the National Directorate for Oil and Gas, Amandio Gusmao Soa.
Demand for a place at the workshops has been strong but organisers are keeping numbers to between 30 and 35 to make it manageable.
“I want all of our society to understand the wealth the nation owns,” Dr Ramos-Horta said.
“These revenues must be managed for our children and for the future of Timor-Leste. They must be invested wisely and used to create wealth and eliminate poverty. These workshops are the first steps to ensure that all people know exactly what is happening with our petroleum revenues.”
NOTA: Agora nem o nome de Timor-Leste aparece em português no cabeçalho do comunicado.
DEMOCRATIC REPUBLIC OF TIMOR-LESTE...
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A Margarida não é a Paula Pinto
Recebido por email:
Chamo-me Paula Pinto e, pelo que um/uma Anonimo/a afirma em comentários múltiplos neste Blog, seria a Margarida, ou Margarido. Lamento desiludir o/a referido/a Anonimo/a mas não sou a Margarida, nem o Margarido.
De facto sou tradutora e interprete de conferencia, desde Outubro de 1976. O trabalho de tradução da minha responsabilidade é sempre assinado com o meu nome, Paula Pinto.
Quanto ah qualidade do trabalho de tradução que tem sido colocado neste Blog, gostaria apenas de dizer que acho espantoso e muito generoso o que a/o Margarida/o tem feito com tanta dedicação. Independentemente de quem é a/o Margarida/o, o trabalho sistemático e intenso que tem feito tem permitido muitos dos leitores lerem e compreenderem as inúmeras noticias que têm sido publicadas nos últimos meses sobre Timor-Leste. Alias, vários leitores que não compreendem inglês, têm repetidamente elogiado o trabalho persistente e constante que a/o Margarida/o tem feito.
Gostaria eu de ter a enorme capacidade de trabalho que a/o Margarida/o revela!
Quem me conhece sabe que não sou nem nunca fui pessoa de me esconder por detrás de um pseudónimo, ou mais grave ainda, de me esconder atrás de um comentário Anonimo. Lamento que existam pessoas sem coragem de surgir abertamente e utilizem a capa do anonimato para insultar.
Os insultos ficarão com quem os formulou e ainda por cima em ignorância.
Paula Pinto.
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Crime sem castigo
Tradução da Margarida.
Página de Estratégia - Novembro 1, 2006
Em Timor, gangs criminosos continuam a dominar as ruas. Os gangs escondem-se quando as patrulhas aparecem, e regressam quando se vão embora. A maioria da violência é entre gangs, que lutam para controlar bairros) e a lucrativa actividade de extorsão e venda e drogas). Nas duas últimas semanas, houve algumas 60 vítimas desta violência, incluindo oito mortos. Com um desemprego de cerca de cinquenta por cento há muito potencial para (se ser) membro de gangs.Os gangs têm também filiação política e os políticos usam os gangs para controlarem as eleições.
PS: possivelmente só a partir de amanhã poderei retomar as traduções. Tentarei não deixar nenhuma para trás.
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Universidade norte-americana promove debate sobre Timor
RTP
João Salgueiro, embaixador de Portugal nas Nações Unidas, é um dos participantes num painel sobre o tema "Timor-Leste - um olhar sobre as dificuldades de uma jovem Democracia", que terá lugar hoje na Brown University, EUA, anunciou fonte da universidade.
Os outros participantes são Constâncio Pinto e Moisés Silva Fernandes.
Constâncio Pinto é um antigo resistente timorense que se licenciou na Brown University e hoje é Ministro- Conselheiro na Embaixada de Timor-Leste em Washington.
Moisés da Silva Fernandes é investigador no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Lisboa e tem publicado diversos trabalhos sobre Timor-Leste.
O debate vai ser moderado pelo professor David Targan, decano na Brown University que ao longo dos últimos anos tem acompanhado as questões relacionadas com Timor- Leste.
O evento tem o apoio do Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros e da Fundação Luso-Americana, bem como do Consulado de Portugal em Providence.
Agência LUSA
2006-11-02 13:20:31
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Deslocados mudam de campo?
A partir de segunda-feira o Governo prepara-se para começar a fechar alguns campos mais problemáticos.
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Youth centre helps spread messages of peace in Dili, Timor-Leste
UNICEF
At a glance: Timor-Leste
DILI, Timor-Leste, 2 November 2006 – Elio Da Costa, 14, took a few steps back to study his handiwork and then moved forward again to add some finishing touches. He was busy painting messages of peace and non-violence on the walls of St. Joseph Minor Seminary here in the capital of Timor-Leste.
The wall is next to the camp where Elio has lived with his family for the last six months. The family is just one of thousands in Dili whose houses were damaged during the recent crisis.
Most of the schools in Dili re-opened for classes in September, but Elio has been too frightened to return. The tensions and gang wars in the city – still feeling the effects of civil unrest that erupted in April and May – have decreased his sense of security, forcing him and other children to stay away from school.
With no school activities to occupy him, Elio found himself hanging out at the Forum Comunicações Juventude (FCJ), a local non-governmental organization funded by UNICEF.
Outreach to street children
Located across from a camp for people displaced by the violence, where Elio lives, FCJ provides shelter, recreation and non-formal education, as well as outreach and family reunification services, for children living and working on the streets of Dili.
Since the current crisis began, the centre’s importance has been emphasized by its location near the Santa Cruz cemetery, where feuding youth gangs often clash. They sometimes use the centre’s grounds as a place to hide and rest during or after fighting.
Since 2001, UNICEF has been supporting FCJ’s outreach programme, which invites street children to visit the centre. The programme aims to protect them from possible violence, abuse, neglect and exploitation – goals that are even more crucial now that many young people have been manipulated into taking part in the street fighting.
Positive alternatives
And that is why FCJ staff recently came up with the idea of painting messages of peace and non-violence on the walls surrounding the centre – the same walls behind which youths would hide behind while hurling stones at others.
The idea was to engage the street children in a positive activity and help them understand that FCJ is a place of peace and reconciliation, not violence and division. It was also an opportunity to make sure young people like Elio would not join the groups involved in violence around Dili.
In October, the centre provided paints and brushes for the youths, and invited those from the nearby camp and neighbourhood to participate. In just a day, the walls were transformed into a collage of messages like ‘Stop Violence’ and ‘Timor’s culture is not war but peace’.
“I hope people see these messages and stop the fighting,” said Elio.
“Little by little, we have to engage these young people and give them alternatives to violence, and slowly we can build up trust and peace,” added Mr. Oliveira. “Then they can persuade their friends to come to our centre for peaceful activities.”
Bridgette See also contributed to this story.
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Comunicado - PM
OFFICE OF THE PRIME MINISTER
MEDIA RELEASE
Dili, November 1 2006
The parks of Palácio do Governo are transformed for the people
More than 3000 people will be able to enjoy the parks in front of the Palácio do Governo when rehabilitation works are completed, the Prime Minister Dr José Ramos-Horta said today.
Forty-three Timorese are working to rehabilitate the area to what it was when Timor-Leste was a Portuguese colony. Work started on the major project in October and is expected to be completed about Christmas.
“We are transforming this beautiful area into what it once was, when the Portuguese were here,” the Prime Minister said.
“These parks will provide a place of peace and beauty for everyone. There will be lighting, gardens, chairs and tables. I hope families will enjoy this beautiful area.”
The large open spaces will feature a textured concrete finish. The design is by Solomon Brothers of Dili and recreates the Portuguese layout.
Dr Ramos-Horta said full-time security would operate in the park area to provide a safe environment for everyone, particularly families and tourists.
“We will have 60 guards dressed in traditional ceremonial costumes – mainly from the districts,” Dr Ramos-Horta said. “They will dress in their traditional clothes and be there 24 hours a day.
“With the magnificent Dili waterfront and the Palácio do Governo building as a backdrop, this will be a very special place for people to relax and rest. This is part of our history and we should be very proud of that.”
Once the work is completed motor vehicle access to this area will be limited to Members of Government and VIPs but extra parking is also being provided outside of the park area.
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Taur Matan Ruak admite assumir intervenção cívica mais activa
Público
02.11.2006 - 11h51 Lusa
O comandante das Forças Armadas timorenses, Taur Matan Ruak, admite assumir uma intervenção cívica mais activa no país, manifestando-se "disponível para tudo" o que os timorenses esperam dele.
"Todos os timorenses são responsáveis pelo destino do país. Naturalmente faço parte dessa comunidade. Em qualquer actividade que achem que deveria fazer, estou disponível para tudo", disse o brigadeiro-general Taur Matan Ruak, em entrevista à agência Lusa.
Chefe militar com um passado de 24 anos de luta contra a ocupação indonésia, Ruak afirma não estar agarrado ao actual cargo de comandante das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL).
Instado a responder se nunca tinha tido a ambição de servir o país fora da instituição militar, assumindo uma intervenção cívica - de ordem política - Taur Matan Ruak recordou que em 2005 chegou a pedir em três ocasiões a sua saída ao Presidente Xanana Gusmão.
"No ano passado pedi por três vezes a minha saída. O senhor Presidente vetou. Respeito a decisão do senhor Presidente, que tem mais visão para a situação do que eu. Acabei por aceitar", salientou.
Líder militar critica falta de organização das forças internacionais
Crítico da intervenção que as forças militares internacionais têm levado a cabo para assegurar a manutenção da ordem e paz públicas, Matan Ruak destaca "a falta de organização" evidenciada.
"Por que é que tantas forças, durante seis meses, não conseguem resolver este problema? Acho estranho", vincou.
Para o brigadeiro-general, a criação de um comando unificado permitirá cumprir e executar cabalmente as operações de prevenção e detenção dos responsáveis pela violência no terreno.
"Senão, às duas por três, a situação complica-se. Há três maneiras de lidar com a situação: uma é esperar e quando há problemas aparecer no local e apanhar toda a gente", correndo o risco de deter quem não tem nada a ver com os incidentes, afirmou.
"Outra é aguardar. Esta é de tipo preventivo. E a terceira é ficar à espera de onde é que os responsáveis pela violência surgem. Tinham que escolher", salientou.
Mas os militares australianos suscitam ainda outro tipo de juízo ao comandante das Forças Armadas timorenses. Há dias, foi protagonista involuntário de um incidente espoletado por militares australianos, que o mantiveram retido até perceberam que se tratava do comandante das Forças Armadas.
"Eu acho que [os australianos] ficaram muito preocupados com as minhas afirmações, tanto mais que procuraram responder de uma maneira muito inteligente", salientou.
"Tenho pena que tenha acontecido", adiantou Taur Matan Ruak, que disse já ter falado sobre o assunto com o novo comandante militar do contingente australiano, brigadeiro Mal Rerden.
"Uma das coisas que eu quero é que haja respeito. Ambos reafirmámos a vontade de continuar a trabalhar juntos, mas acima de tudo observar as regras de respeito. Isso é fundamental", frisou.
Depois de ter ficado retido na estrada pelos militares australianos, o brigadeiro-general desdobrou-se em entrevistas, classificando o que lhe tinha sucedido como "uma falta de respeito", questionando a passividade dos soldados enviados por Camberra para por cobro à violência em Díli.
Chefia do Estado-mairo só durante seis meses
Quanto à já falada nomeação para chefe do Estado-maior general das F-FDTL, mediante proposta do primeiro-ministro ao Presidente da República, Matan Ruak disse à Lusa que "não tem conhecimento" do que é que está, eventualmente, a ser feito sobre esse assunto.
"Não tenho conhecimento. Mas mesmo que quisessem, seria, provavelmente, apenas por seis meses. Com as eleições, se vier um outro partido, vão rever tudo e mandam sair o CEMGFA. Agora, se entenderem, fico muito feliz em continuarem a depositar confiança em mim", retorquiu.
Nos primeiros dias de Maio, em plena crise político-militar, os efectivos das F-FDTL receberam ordens para se manterem nos quartéis, mantendo-se desde então à margem dos actos de violência que ainda se registam.
Recentemente, o primeiro-ministro José Ramos-Horta defendeu que, progressivamente, as F-FDTL poderiam retomar a sua missão, exemplificando com a colocação de efectivos junto à fronteira com a Indonésia e o retomar de operações na parte leste do país.
Taur Matan Ruak diz que as ideias do primeiro-ministro "são muito interessantes", mas acrescentou que ainda não há nada de concreto, salientando caber aos políticos timorenses expor uma ideia mais substantiva.
"Depende daquilo que os nossos políticos acham que nós devemos fazer. Como sempre disse, somos uma das partes interessadas em que a situação do país melhore, até porque para chegarmos onde chegámos é nosso dever contribuirmos naquilo que é possível e naquilo que eles acham que nós podemos dar", afirmou.
"Já tive uma reunião com o primeiro-ministro. Ele tem uma série de ideias muito interessantes. Isso vai ter de ser ajustado de acordo com a nossa realidade e ver o que podemos dar, dentro das nossas possibilidades e de acordo com o nosso estado de desenvolvimento", respondeu.
Caso do major Alfredo Reinado é "um assunto muito complicado"
No que diz respeito ao regresso à instituição dos militares como o major Alfredo Reinado, indiciado pelo relatório sobre a violência, produzido por uma comissão da ONU, como devendo ser julgado por crimes de sangue, Taur Matan Ruak reconhece que se trata de "um assunto muito complicado".
"É uma pergunta muito difícil de responder. Ainda não tomei uma decisão. No fundo é um problema político, mas espero que nos próximos tempos encontraremos uma solução para este problema, que é muito complicado", reconheceu.
Se a saída dos peticionários constituiu "um problema complicado", "então muito mais complicado ainda são os indivíduos que saíram com armas", num referência a Alfredo Reinado, que se envolveu a 23 de Maio num combate com efectivos das F-FDTL.
"Espero primeiro de tudo que eles contribuam para a paz. O resto, naturalmente, vai ter que ser orientado. Qualquer decisão que venha a ser tomada vai ser na base dos nossos regulamentos, com as regras institucionais que temos", destacou.
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Ana Gomes desvaloriza aviso dos EUA
TSF - 02 de Novembro 06, 11:52
Ana Gomes diz não encontrar razão para o aviso lançado pelos EUA, que desaconselhou os seus cidadãos a deslocar-se a Timor-Leste, devido ao risco de ataques. A eurodeputada, que está de visita a Díli, garante que o ambiente é calmo, havendo apenas alguns episódios de violência no território.
A eurodeputada Ana Gomes, que está de visita a Díli, integrada numa missão do Parlamento Europeu, disse esta quinta-feira não ver razão para o aviso lançado pelos EUA, que desaconselhou os seus cidadãos a deslocar-se a Timor-Leste por causa do risco de ataques.
Contactada pela TSF, Ana Gomes admitiu que há ainda episódios esporádicos de violência, sublinhando, contudo, que o ambiente é agora mais calmo.
«O ambiente está calmíssimo. Sabemos que houve uns incidentes em Díli, como já era de esperar, porque hoje é o Dia de Finados», explicou.
No entender de Ana Gomes, «os distúrbios estão muito ligados à existência de gente nova, desempregada e sem entretenimento».
Por outro lado, acrescentou, «também não podemos ignorar o cenário de conflito político que se tem vivido, sendo que a conflitualidade, de alguma forma, alimenta mais conflitualidade».
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Timor youth gangs throw stones on All Souls Day
Radio Australia - 03/11/2006, 04:39:57
East Timor's capital Dili has observed a major Catholic holiday with scenes of youth gangs throwing stones at each other.
The incident near Dili's main Santa Cruz cemetery saw dozens of youths hurl rocks.
But there were no casualties and UN police quickly calmed the situation.
United Nations police commissioner Antero Lopes had warned this week that All Souls Day had the potential to spark fresh unrest between rival gangs after a resurgence in violence in the past two weeks has left at least five people dead.
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Aviso à navegação...
Podem insultar, ameaçar, tentar descobrir quem é o Malai Azul, tentar fazer chantagem, que deste lado, ninguém treme.
Dediquem-se ao vosso blog, e não percam tempo aqui.
I COULDN'T CARE LESS...
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Traduções
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "