As nuvens começam a aparecer timidamente a meio da tarde.
Fica então um céu violeta e nostálgico a fechar a época seca. As noites estão mais quentes.
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domingo, novembro 05, 2006
Prenúncio da época das chuvas
Por Malai Azul 2 à(s) 12:24
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
Esse apontamento causou-me melancolia: a época das chuvas.
Os odores desenfreados que esta época provoca na natureza e os sons quase cantados da água a corer abrutamente pelas ribeiras, goteiras e tudo que é sítio com declive.
Abrigar dessa chuva para quê? Até sabe bem!
Como também é muito agradavel o odor que vem da terra, de dia principalmente quando se evapora em contacto com o chão quente...
Tantas e boas recordações!
Ir do Sporting a Taibesse, a pé, pelo Quintal Bote, molhado que nem um pinto, mas parar e fumar um cigarro debaixo de enormes folhas de bananeira, em vez de o fazer na palapa do Tilman que era amizade abundante como a chuva que calava os tokês para lhes emprestar mais energia quando a noite caísse.
Bons tempos.
Tempos com alguns senãos, mas em que todos davamos as mãos.
Um tecto cor de chumbo forra o céu. À hora marcada, a chuvada cai forte, sem vento, dissolvendo o calor sufocante que abafava a atmosfera. A chuva transforma-se em fumo ao tocar o chão quente e inunda o ar de um perfume fresco a terra molhada. As goteiras pingam placidamente, molhando o jardim. As ribeiras despertam da longa hibernação, ganhando vida, primeiro com um indolente bocejo e depois correndo desenfreadamente pela encosta abaixo.
Depois pára subitamente como começara. Chega a humidade e reclama o seu território. As folhas e ramos ornamentam-se de pequenas gotas que parecem pérolas de água. As formigas, expulsas dos seus túneis, emergem enlouquecidas sem saber o que fazer.
Chegou a estação das chuvas! Até amanhã à mesma hora!
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