Lisboa, 23 Fev (Lusa) - Um encontro do primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, com peticionários (desertores do exército), esteve na origem dos ataques de 11 de Fevereiro ao Presidente José Ramos-Horta, revela hoje ao semanário Expresso Gastão Salsinha, novo líder dos rebeldes.
O tenente Gastão Salsinha, substituto do falecido major Alfredo Reinado no comando dos rebeldes, declarou ao jornal que, segundo informadores, Xanana Gusmão se teria reunido nas suas costas com peticionários, na capital, depois de Ramos-Horta tentar um acordo em Maubisse.
Salsinha afirmou desconhecer a intenção de Reinado quando se dirigiu fortemente armado a casa do Presidente da República, em Metihau.
De acordo com a mesma fonte, “o ataque que se seguiu (…) - em Balibar -, ao carro do primeiro-ministro, foi uma reacção emocional”.
“Sabíamos que Reinado estava morto. Os homens ficaram zangados e dispararam (…)”, adiantou, rematando: “Se tivéssemos intenção de matar, não tínhamos atirado aos pneus. Foi um aviso”.
A reunião do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, com peticionários, visando a sua reintegração nas Forças de Defesa de Timor-Leste (FDTL) ou, em alternativa, o regresso à vida civil, ocorreu no passado dia 07, em Dili, enquanto a tentativa de acordo de Ramos-Horta foi feita a 13 de Janeiro, precisa o jornal.
O Expresso conclui que, segundo Salsinha, mais de uma centena de homens estarão com os rebeldes, escondidos algures na ilha.
JHM
Lusa/fim
sábado, fevereiro 23, 2008
Vingança contra Xanana motivou ataque a Ramos-Horta - tenente Salsinha
Por Malai Azul 2 à(s) 19:38
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
3 comentários:
Esta declaração prova que não houve nenhum ataque planeado contra Xanana enquanto no caso de Ramos-Horta tudo aponta ao contrário.
Analisada a hora em que o grupo de Reinado se dirigiu para a residência do Presidente, o facto de terem "aprisionado" o guarda na entrada, a procura do Presidente, fúria com que estavam tentar abrir as portas, etc.. indica que o Reinado não tinha nenhum plano de matar Ramos-Horta, muito menos Xanana, nem do golpe do estado. Talvez quisesse apenas perguntar Horta se era verdade aquilo que lhe disseram. Indica que se dirigiu naquela hora para apanhar Hora antes de ir para o trabalho.
A questão que está por detrás, é a seguinte:
será que alguém contou ao Reinado algo sobre Horta que o iria enfurecer, com que o conseguíram atrair para a armadilha atempadamente preparada?
A questão seguinte é:
será que alguém do grupo de Reinado o traiu? Ou então alguém já estava no local à espera que o coelhinho caia na armadilha para matar duma vez só dois coelhos ao mesmo tempo. Os dois tornaram-se mais que inconvenientes para certas pessoas, sem as nomear. Nesta fase já não deve haver ninguém desinstruído.
Afinal, tudo tem que parecer "natural", mas que parecesse como se as pessoas estão a ver um filme. Tal como estão dar a crer agora.
Salsinha, se Xanana te apanhar és o homem morto.
Aprende bem a lição sobre quem estás a lidar. Reúne todas as provas que pudesses ter, procura as das fontes de Reinado e guarda bem. Pode ser que um dia, talvez não tarde, te possam salvar a vida.
Concordo com Manatutu: eis a prova de que não houve dois atentados, mas apenas um contra RH.
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