terça-feira, junho 19, 2007

A Partir do Mês de Julho, “O Presidente da República Iniciará Audiências ao Povo”

Jornal Nacional Semanário - 17 de Junho de 2007

O Presidente da República, Dr. José Ramos Horta, afirmou que, a partir do mês de Julho, as portas do Gabinete do Presidente da República serão abertas ao povo para este lhe apresentar as suas dificuldades.

Horta falou sobre este assunto na oportunidade da sua mensagem à Nação através da Televisão de Timor-Leste, segunda-feira (11/6).

“A partir do mês de Julho, próximo, todas as sextas-feiras, durante um dia inteiro, vou reservar tempo para receber a população no meu Gabinete para a ouvir e atender suas dificuldades e necessidades”, prometeu Horta.

Os encontros com o Presidente da República terão algumas condições subjacentes, como a de marcar a audiência com uma semana de antecedência no Gabinete da Presidência da República, Palácio das Cinzas, para que se possam obter alguns apontamentos sobre a necessidade e os objectivos da audiência com o Presidente da República e assim poder ter conhecimento do assunto a tratar.

Esses apontamentos servem para, por exemplo, se alguém desejar falar sobre assuntos de educação ou bolsas de estudo, o Presidente da República poder atempadamente convidar também o membro do Governo competente na área de Educação, a fim de ouvir melhor o assunto, porque o Presidente da República deseja facilitar a atribuição de bolsas de estudo pelo Governo. E assim também relativamente a assuntos humanitários, de segurança, etc., sendo envolvidos sempre membros do Governo no processo de consulta das aspirações da população.

Segundo Horta, o Presidente da República não tem orçamento próprio para dar apoios, o que poderá fazer é solicitá-los ao Governo, segundo as necessidades da população. Por outro lado, sublinhou que esses apoios deverão ter uma boa gestão.

Após a tomada de posse do novo Governo e do novo Parlamento, o Presidente da República apresentará uma proposta de orçamento para a Presidência a fim de estabelecer programas de apoio aos jovens, de ajudas humanitárias e de apoio aos estudantes timorenses que estão a estudar na Indonésia:

“Vou exigir ao novo Governo e ao Parlamento para alocar um orçamento à Presidência da República para o programa de apoio aos jovens e à população porque, no anterior orçamento, o Presidente da República não tinha orçamento próprio, portanto tenho de cumprir as minhas promessas feitas na campanha”.

Na ocasião, o Presidente da República afirmou ter visitado os comícios das campanhas da coligação ASDT-PSD e da FRETILIN, onde apelou aos militantes dos partidos para exterminarem a violência e não mancharem o nome dos seus partidos. Prometeu ainda comparecer nos comícios dos pequenos partidos.

Na oportunidade da sua mensagem à Nação, o Presidente da República apelou também aos membros da PNTL para mudarem de mentalidade e trabalharem com imparcialidade e neutralidade, para assim poderem ganhar novamente a confiança do povo.

“Não podem receber vencimentos do Estado e utilizarem a pistola para intimidar a população. Se fizerem isso, destruirão a credibilidade da polícia e o povo não acreditará na polícia”, afirmou Horta.

Asseverou que as críticas lançadas pelo Presidente da República à PNTL não devem ser tomadas pela Instituição num sentido negativo, tendo antes como objectivo ajudar a que a Instituição PNTL possa corrigir alguns erros cometidos no passado.

Por último, salientou que é necessário louvar os membros da PNTL e das F-FDTL que se dedicaram por inteiro a servir o povo e a Nação através daqueles serviços de segurança.

1 comentário:

Anónimo disse...

""Não podem receber vencimentos do Estado e utilizarem a pistola para intimidar a população. Se fizerem isso, destruirão a credibilidade da polícia e o povo não acreditará na polícia”, afirmou Horta"

Pelos vistos, este princípio não se aplica aos membros da Polícia Militar que mataram pessoas e se evadiram da prisão...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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