Last Communication from Roger East in Dili.
As reprinted in insert into 'The New Darwin', early 1976 I think, (a publication of the DRC which Roger had worked for).
Re-presented here in response to item on list today re 'NT Coroner won't act on Roger East killing'.
Australia's nearest neighbour, tiny East Timor, has cast the die. It's 'Independence or Death', a western cliche, but here a daily salutation - and the Timorese people mean it.
The mortar that binds the East Timorese is the thoughts of Independence after 400 years of colonial rule. They will settle for nothing less.
Fretilin's army is basically anti-colonial, strongly Catholic-tinted and, not surprisingly, has many vehement anti-Communists in its midst.
Djakarta has elected to win support from its nervous neighbours by attaching the Red label to Fretilin.
However, Fretilin's initial planning is a blending of socialistic and cooperative policies which would appear natural for a colony bereft of secondary industry and winning only a subsistence existence from the soil.
Membership of Fretilin by Australian standards would include thinkers from the centre to the extreme left - the latter in a fringe grouping in the Central Committee.
Secretary of the East Timor Department of Foreign Affairs, Jose Ramos Horta, admits the committee's views vary on many issues, the sole exception being independence.
"I expect to see a multi-party set up in East Timor after we cross the present hurdle.
"We are a tolerant people who have waited a long time for the democratic process. We'll share it when it comes."
Fretilin believes the Governor, Colonel Lemos Pires, now living on the Island of Atauro, the St Helens of his choice, aided and abetted the UDT to stage its ill-fated August coup.
Fretilin had been told of the coup plot and a request to the governor to disarm the plotters is said to have been turned down.
Fretilin was defenceless when the fighting started and its members hounded, jailed and some murdered. UDT lost when the Portuguese-trained soldiers defected in favour of Fretilin.
UDT's leadership is now split three ways. Some are languishing in Timorese jails and others in the more comfortable surrounds of Australian cities.
The remaining standard bearers are in Indonesia, hosted and promised a triumphant return, albeit in the wake of mortar bombs.
Their platform of independence, which over a year ago saw them in a political alliance with Fretilin, is now abandoned. They are opting for Indonesia after 450 years of Portuguese domination.
Apodeti, the party pressing for union with Indonesia, is a bad bar-room joke. Its political rallies could be staged in the proverbial ten by four room which includes a table.
Founder and President, Arnold Araujo, 62, a respected horse thief, is currently being detained at Fretilin's pleasure.
The Portuguese jailed him for nine years for war crimes committed against the Timorese during the Japanese occupation.
This leaves only Fretilin which wants to embrace an offer of a United Nations supervised plebiscite.
East Timor's problems grow daily. Its primary ricebowl in the Maliana Valley is now a battlefield. Other crops have been destroyed or neglected in the turmoil of the fighting. Hunger is a reality and starvation a growing threat.
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* Veteran Australian journalist Roger East gave up his job with the Darwin Reconstruction Commission to report on the scene in Timor.
He has elected to stay and see it through even if it means heading for the hills.
Fretilin's Foreign Minister, Jose Ramos Horta, has sanctioned Roger's presence and given him the freedom to write it as he sees it.
It is said Roger risked his life to send a real last message from the Marconi Centre at the airport, as the paratroops landed.
terça-feira, junho 19, 2007
Dos Leitores
Por Malai Azul 2 à(s) 07:25
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
Dos Leitores
A última comunicação de Roger East em Dili.
Conforme foi re-editado no 'The New Darwin', no princípio de 1976 penso, (uma publicação de DRC para quem Roger tinha trabalhado).
Re-apresentado aqui em resposta ao item na lista de hoje re 'NT Coroner won't act on Roger East killing'.
O vizinho mais próximo da Austrália, o pequeno Timor-Leste, lançou os dados. É 'Independência ou Morte', um cliché ocidental, mas aqui uma saudação diária – e o povo Timorense fala a sério.
O cimento que liga os Timorenses é o pensamento da Independência depois de 400 anos de governação colonial. Não aceitam nada de menos.
As forças armadas da Fretilin são basicamente anti-coloniais, fortemente atingidas por católicos e surpreendentemente, tem muitos anti-comunistas veementes no seu interior.
Jacarta escolheu ganhar o apoio dos seus nervosos vizinhos ajuntando a etiqueta Vermelho à Fretilin.
Contudo, o planeamento inicial da Fretilin é uma mistura de políticas socialistas e cooperativas que aparece natural numa colónia sem indústria secundária e que ganha a existência de subsistência apenas da terra.
Os militantes da Fretilin por padrões Australianos incluiriam pensadores do centro até à extrema-esquerda – os últimos num agrupamento marginal no Comité Central.
O secretário do Departamento dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, José Ramos Horta, admite que as opiniões do comité variam em muitas questões, sendo a única excepção a independência.
"Espero ver um sistema multi-partidário em Timor-Leste depois de atravessarmos as dificuldades presentes.
"Somos gente tolerante que esperamos muito tempo por um processo democrático. Partilharemos isso quando chegar."
A Fretilin acredita que o Governador, o Coronel Lemos Pires, a viver agora na ilha de Atauro, a Stª Helena da sua escolha, ajudou e cooperou com a UDT a montar o seu fracassado golpe de Agosto.
A Fretilin tinha sido informada da conspiração do golpe e de um pedido ao e governador para desarmar os conspiradores que foi dito ter sido recusado.
A Fretilin não tinha defesa quando começou a luta e os seus membros começaram a ser perseguidos, presos e alguns assassinados. A UDT perdeu quando os soldados treinados pelos Portugueses desertaram em favor da Fretilin.
A liderança da UDT está agora dividida em três vias. Alguns desanimam nas cadeias Timorenses e outros em subúrbios mais confortáveis de cidades Australianas.
Os restantes portadores de bandeiras estão na Indonésia, hospedados e a quem foi prometido um regresso triunfante, apesar de num trilho de bombas de canhão.
A sua plataforma da independência, que há um ano atrás os viu numa aliança política com a Fretilin, está agora abandonada. Estão a optar pela Indonésia depois de 450 anos de domínio Português.
A Apodeti, o partido que está a pressionar pela união com a Indonésia, é uma má anedota de bar. Os seus comícios políticos podiam ser montados no tradicional quarto de dez por quatro que inclui uma mesa.
O fundador e Presidente, Arnold Araujo, 62 anos, um respeitado ladrão de cavalos, está correntemente detido para agrado da Fretilin.
Os Portugueses prenderam-no por nove anos por crimes de guerra cometidos contra os Timorenses durante a ocupação Japonesa.
Isto deixa de fora apenas a Fretilin que quer abraçar uma oferta de um plebiscito supervisionado pela ONU.
Os problemas de Timor-Leste crescem diariamente. O seu prato de arroz principal no Vale de Maliana é agora um campo de batalha. Outras produções foram destruídas ou negligenciadas no tumulto da luta. A fome é uma realidade e a morte provocada por falta de alimentação é uma ameaça crescente.
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* Jornalista Veterano Australiano Roger East que desistiu do seu emprego na Comissão de Reconstrução de Darwin para relatar do local em Timor.
Foi eleito para ficar e para observar mesmo se isso significasse ir para as montanhas.
O Ministro dos Estrangeiros da Fretilin, José Ramos Horta, autorizou a presença de Roger e deu-lhe liberdade para escrever conforme ele entendesse.
É dito que Roger arriscou a sua vida para enviar uma na verdade última mensagem a partir do Centro da Marconi no aeroporto, quando os paraquedas aterravam.
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