Tradução:
Estão a ser pedidas as armas a mais rebeldes
The Daily Telegraph
De correspondentes em Liquica, Timor-Leste
Junho 19, 2006
O Ministro dos Assuntos Estrangeiros José Ramos Horta pediu a um líder dissidente rebelde hoje, para entregar as armas do seu grupo, dizendo que a nação precisa de construir a paz.
O Sr Ramos Horta, que é também o ministro da defesa, viajou para uma aldeia na montanha fora de Liquica, 30km oeste de Dili, para pedir a Vicente da Conceição para seguir as ordens do Presidente Xanana Gusmão para entregar as suas armas.
Saudado por homens das tribos tradicionais em vestes guerreiras e enfeites de penas na cabeça, o ministro dos estrangeiros pediu ao Sr.da Conceição para seguir o exemplo do Major Alfredo Reinado, outro líder rebelde que entregou algumas das armas dos seus homens na Sexta-feira.
" Timor-Leste não precisa de armas. Precisamos de comida, remédios. Não precisamos de armas," disse aos milicianos o vencedor do prémio Nobel da paz, que foi guardado por tropas Australianas durante a sua visita.
"Toda a gente deve cooperar com o Presidente Xanana (Gusmão)," disse.
O Sr Da Conceição, conhecido como 'Railos', alegadamente disse que o Primeiro Ministro Mari Alkatiri tinha pago ao seu grupo de guerrilheiros reformados para assegurar que seria re-eleito como líder do partido Fretilin no mês passado, mas que se separou-se dele.
"Todos nós falhámos Timor-Leste outra vez," disse o Sr Ramos Horta, referindo-se à crise, que detonou depois do Sr Alkatiri ter despedido 600 soldados, quase metade das forças armadas do pequeno país, depois de desertarem, queixando-se de discriminação.
Pelo menos 21 pessoas foram mortas em violência nas ruas e mais de 133,000 foram deslocadas das suas casas, despoletando avisos de uma possível crise humanitária.
O Major Reinado e os seus rebeldes começaram a entregar as suas armas na sexta-feira a alguns dos mais de 2200 elementos da força internacional liderada pelos Australianos, agora no país. Também se espera que outras facções rebeldes entreguem as suas armas.
O chefe federal da polícia da Austrália, Mick Keelty, disse que a situação em Timor-Leste permanecia tensa, com milhares de armas de fogo da polícia local e dos quartéis militares agora nas mãos de civis.
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