sábado, março 24, 2007

Notícias - 23 de Março de 2007 - tradução da Margarida

Associated Press - Sexta-feira, Março 23, 2007
Começa a Campanha para as eleições em Timor-Leste

[A mesma notícia foi publicada pelo International Herald Tribune, sob o título: Começa a Campanha para as eleições num cenário de violência]

Dili: A campanha eleitoral para as presidenciais em Timor-Leste começou na Sexta-feira com oito candidatos a concorrer ao cargo mais elevado quando a nova nação luta para conter esporádicos focos de violência.

O homem visto como favorito nas eleições de 9 de Abril, o vencedor do Nobel José Ramos-Horta, disse que liberalizará as leis de investimento, reforçará os laços com os países vizinhos e melhorará a vida dos 900,000 habitantes do país, que permanecem os mais pobres da Ásia. "Se for eleito presidente sera missão minha ajudar os que durante séculos tiveram muito pouco ou nada, erradicar a pobreza e o sofrimento desnecessários, ouvir os oprimidos e ser a sua voz," disse num comício com pouca assistência no pavilhão dos desportos na capital Dili.

Timor-Leste ganhou a independência da vizinha Indonésia em 1999 numa votação pela independência patrocinada pela ONU.

O ano passado, o país foi atirado para a crise quando rebentaram lutas entre facções da polícia e das forças armadas, que foram seguidas por pilhagens, fogos-postos e luta de gangs que deixaram 37 mortos e puseram 155,000 pessoas a fugirem das suas casas.

Tropas estrangeiras acalmaram o desassossego, mas explosões ocasionais têm ocorrido nas semanas recentes e há receios de que soldados desertores procurados pelo papel que tiveram na violência de 2006 possam tentar perturbar as eleições.

O actual presidente e herói da independência Xanana Gusmão não se recandidata, mas especula-se que ele formará um partido político e que concorrerá às eleições parlamentares mais tarde, este ano.

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BBC – Sexta-feira, 23 Março 2007, 07:11 GMT

Começa a campanha em Timor-Leste

A campanha começou oficialmente para as eleições presidenciais em Timor-Leste em Abril – as primeiras desde que a jovem nação declarou a independência em 2002.

O Primeiro-Ministro José Ramos-Horta é visto como favorito, mas enfrenta sete outros candidatos.

Devido a receios de violência, milhares de oficiais da polícia for a, mobilizados para garantir a segurança nas assembleias de voto. Os receios de violência centram-se principalmente no facto do desertor major Alfredo Reinado, estar ainda a monte. Está a ser perseguido por forças de segurança internacionais, mas até agora iludiu a captura, e é dito ter algum apoio público.

Instituições fracas

Os oito candidates tentam substituir o presente Presidente Xanana Gusmão, que há muito assinalara a sua intenção de não se recandidatar. Foi dito que os oito assinaram um código de conduta destinado a assegurar eleições livres, justas e pacíficas.
Atul Khare, que lidera a missão da ONU em Timor-Leste, disse que era essencial que a campanha se desenvolvesse "livremente, com justice e sem violência, sem intimidação e sem abuso dos recursos do Estado."

Disse também aos reporters que estava satisfeito, até agora, que o recenseamento eleitoral tinha sido calmo e "sem incidentes de segurança maiores ".

Mas há ainda preocupações acerca da segurança nesta nação jovem e empobrecida que caiu em lutas de facções em meados do ano passado e que teve de pedir a tropas estrangeiras lideradas pelos Australianos para intervir e restaurar a ordem.

O Sr Ramos-Horta admitiu na Sexta-feira que Timor-Leste era ainda um país frágil. "As suas instituições ainda são fracas. A pobreza está ainda espalhada. Ainda não se fez Justiça," disse à agência francesa de notícias AFP.

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Aljazeera – Sexta-feira, Março 23, 2007, 12:34 Mecca Time, 9:34 GMT

Começa a campanha eleitoral em Timor-Leste

Começou a campanha para as segundas eleições presidenciais em Timor-Leste com candidatos a competirem para substituir Xanana Gusmão no meio da violência em curso.


Na corrida estão oito candidates para as eleições em 9 de Abril em Timor-Leste, que foi atingida por violência desde o ano passado depois de protestos por soldados despedidos por causa dos saalários.
José Ramos-Horta, o primeiro-ministro e o favorito para ganhar as eleições, disse na Sexta-feira num comício em Dili que Timor-Leste era ainda uma nação frágil. "As suas instituições ainda estão frágeis. A pobreza está ainda alargada. Não se fez ainda justiça," disse.
Ramos-Horta tornou-se primeiro-ministro depois do seu predecessor, Mari Alkatiri, ter saído no seguimento da violência do ano passado.

Prometeu ainda rendimentos futuros do petróleo e do gás e um novo sistema fiscal que beneficiará os pobres no pequeno país atingido pela pobreza e desemprego juvenil que alimentaram os desassossegos recentes.

Receios de segurança
No ano passado pelo menos 37 pessoas foram mortas em desassossegos depois do despedimento de soldados. Cerca de 150,000 pessoas fugiram das suas casas por causa da violência que levou a destacar tropas internacionais lideradas pelos Australianos para o país.

O líder dos soldados desertores, major Alfredo Reinado, está ainda a ser perseguido pela força de segurança internacional e acredita-se que tem algum apoio popular.

A seguranças foi aumentada no meio de receios de que possa issomper durante a eleição.

Outros candidatos presidenciais incluem Francisco Guterres, o Presidente do Parlamento e do partido do poder a Fretilin e o político veterano Francisco Xavier do Amaral, que perdeu a corrida para Gusmão em 2002. Gusmão decidiu retirar-se da presidência depois de ter estado no poder em Timor-Leste desde que formalmente se tornou independente em 2002.

O país ganhou a independência da Indonésia num referendo administrado pela ONU em 1999.

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Radio Austrália – 23/03/2007, 17:41

Ramos Horta lança a campanha presidencial

O Primeiro-Ministro de Timor-Leste, José Ramos Horta, lançou a sua campanha para as eleições presidenciais com um plano para rever o sistema de impostos do país.

A campanha para as eleições de 9 de Abril começou na Sexta-feira.

O Dr Ramos Horta diz que o país está a gastar mais a tentar cobrar impostos do que com a quantia cobrada.

Diz que com os rendimentos do petróleo e do gás de mais de $US1 bilião não há necessidade de cobrar impostos dos negócios pobres e pequenos.

O Dr Ramos Horta diz que se for eleito também fará da entrada de Timor-Leste na ASEAN uma prioridade.

Diz que Timor-Leste merece uma parte do bloco comercial, que representa perto de $US1000 biliões de US dólares.

O primeiro-ministro diz que acredita que a entrada na ASEAN beneficiará bastante Timor-Leste e tem esperança de alcançar isso dentro de cinco anos.

O Dr Ramos Horta foi anunciado oficialmente como um dos oito candidatos às eleições.

2 comentários:

Anónimo disse...

Afinal as próximas eleições são para PR ou PM?Os candidatos estão a prometer coisas que pela constituição não lhes compete ou lhes é impedido fazer e as primeiras palavras são de ataque ao governo de Alkatiri,excepto Lu Olo,claro.Com presidentes assim o futuro de TL vislumbra-se negro.

FRETILIN disse...

Militar Australiano agride Militante da FRETILIN

Hoje, 26 de Marco de 2007, apos o comicio da campanha do Presidente Lu Olo, em Gleno, Distrito de Ermera, um militante da FRETILIN foi agredido por militar australiano, por nao ter permitido que o carro dos militares se introduzisse no meio da caravana da comitiva da campanha, que estava de regresso a Dili.

O militar usou da forca e retirou o militante da FRETILIN do carro onde viajava, deitando-o no chao e pisando-o para obrigar que beijasse a terra. O militante resistiu, ao que o militar respondeu colocando o cano da arma na sua cabeca gritando "fuck you" I'l kill you.

Quando o seguranca pessoal do Secretario Geral da FRETILIN, que e membro da PNTL, tentou intervir para acabar com o a cena humilhante que o militar estava a causar ao militante da FRETILIN, o militar virou a arma para o PNTL, de forma dasafiadora.

O militar so recuou apos ordem do seu comandante.

Isto foi testemunhado pelos militantes da FRETILIN que faziam parte da caravana (incluindo o Secretario Geral da FRETILIN), os segurancas do Secretario Geral e do Presidente, e tambem jornalistas.

Perante tal cena a pergunta que se levanta e: "o que estao aqui a fazer os militares australianos"? Vieram para nos ajudar, como normalmente dizem? Esperemos que sim.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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