sábado, março 24, 2007

Horta e "Lu Olo" somam apoios

Jornal de Notícias, 24/03/07

José Ramos-Horta iniciou a sua campanha eleitoral em Díli, num ginásio meio vazio, enquanto Francisco Guterres "Lu Olo" teve uma cerimónia muito participada na sua aldeia natal, Ossú, Viqueque, no leste de Timor.

Ramos-Horta, que suspendeu as funções de primeiro-ministro, abriu a campanha presidencial no maior pavilhão de Díli, o GMT, no campus da Universidade Nacional de Timor Lorosae.

O Prémio Nobel da Paz, o único dos oito candidatos que não é dirigente ou deputado de um partido político, foi recebido no pavilhão por vários grupos de jovens. O comício foi rodeado de fortes medidas de segurança, com uma operação preparada para seis mil pessoas mas que, segundo fonte policial revelou à Lusa, não terá superado muito os 500 apoiantes.

Vicente Ximenes "Maubocy", líder do Grupo Mudança, uma dissidência da Fretilin, foi o mestre-de-cerimónias antes e durante o comício.

Kristy Sword Gusmão, mulher do presidente timorense, Xanana Gusmão, chegou ao GMT antes da entrada do candidato à sucessão do marido, tendo-se sentado, mais tarde, na fila de honra, ao lado de vários apoiantes de Ramos-Horta.

Na sua longa intervenção, Ramos-Horta passou em revista a História da luta pela independência e fez uma longa análise programática da situação em Timor-Leste.

Por seu lado, o candidato da Fretilin e presidente do Parlamento, Francisco Guterres "Lu Olo", escolheu a sua aldeia natal para lançar a sua campanha eleitoral.

"Lu Olo" foi a Ossú, no distrito de Viqueque, a cerca de cinco horas de viatura da capital, prometer que, se for eleito, será "presidente de todos os timorenses" e não apenas dos eleitores da Fretilin. O secretário-geral do partido maioritário, e ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri, acompanhou "Lu Olo" no comício de Ossú.

Alguns milhares de pessoas estiveram na cerimónia de Ossú, onde "Lu Olo" se apresentou como humilde filho da terra, de onde saiu com 15 anos de idade. "Lu Olo" lembrou também que é, dos oito candidatos, o único que combateu no mato durante os 24 anos que durou a resistência à ocupação indonésia.

1 comentário:

Anónimo disse...

Qualquer um que leia esta notícia pode interrogar-se sobre o discernimento mental do "jornalista", quando concluiu que o Horta soma apoios depois de ter reunido 500 quando organizara o comício em Dili para 6000...

Mas não é discernimento o que falta ao jornalista, ele limita-se a redigir o corpo da notícia, o título a maioria das vezes não é dele mas dos seus chefes e o que os chefes (e donos) do jornal decidiram é passar SEMPRE a mensagem que o Horta vai ganhar.

Ós donos dos jornais têm que "criar" a ideia do Horta ganhador, mesmo (ou principalmente) se essa ideia colide com os factos.

Doutra maneira como é que depois o Horta pode contestar, quando perder?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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