sábado, março 24, 2007

Dos leitores

Comentário sobre a sua postagem "Ridículo e patético. Da primeira à última frase. P...":

É triste ver Ramos Horta a fazer estas figuras, a nós que nos habituámos a admirá-lo.

Então promete um cheque à Igreja católica como promessa eleitoral!

Ao menos ficou claro o negócio ( e muito do que se em passado em Timor...).

Mas Ramos Horta sabe que um orçamento de Estado é feito pelo Governo (pelo Ministério das Finanças), e apresentado depois ao parlamento nacional e só uma vez aprovado é que vai ao presidente para promulgação. O presidente não tem competência para administrar. A promessa que ele fez, se ele ganhasse as eleições não a poderia cumprir de acordo com a Constituição, que se ganhasse as eleições, iria jurar cumprir e fazer cumprir!

Esta promessa é pois um erro político. E uma mentira. Mais uma.

E é um erro político ainda porque não se sabe quem vai ganhar as eleições legislativas e quem vai Governar: a FRETILIN? o PSD/PD/ASDT? O CNRT? Uma coligação com outra composição?

Se o Presidente faz já uma promessa destas e quer depois cumprir vai arranjar problemas com o futuro primeiro ministro e a luta presidente/governo vai continuar com os resultados trágicos para o país como se tem visto no último ano.

Por outro lado a promessa de Ramos Horta é ainda um erro político porque ele está, mostra-o bem, refém da Igreja. O Chefe de Estado se ganhar coloca-se refém da Igreja.

Ora a Igreja (e por melhores e mais bem intencionados que sejam os senhores padres e as irmãs religiosas - e são) não vai a votos. Quem responde perante o povo em eleições é o Governo, não é a Igreja , pelo que o Governo não pode nunca passar um cheque em branco: tomem lá mil façam o que acharem melhor.

Num estado com regras a Igreja tem de trabalhar com o Estado projecto a projecto, e em cada projecto tem de haver contolo orçamental por parte do Ministério das Finaças.

Por mais que isso desgoste à Igreja.Perguntem lá como é na Austrália ou na América de que Ramos Horta gosta Tanto!

É um erro também para a Igreja Católica porque quer Ramos Horta ganhe quer perca as eleições, a Igreja vai sempre perder: Perder prestígio porque em vez de unir dividiu. E perder influência junto dos que perderem que não vão esquecer.

Como é que é possível que o núncio apostólico que ainda há poucos dias visitou Dili não tenha posto a Igreja Católica Timorense na ordem: concentrem-se nas palavras de Bento XVI, e deixem-se de politiquices!

Um presidente refém mesmo se de uma instituição como a Igreja Católica é um erro político porque o chefe de Estado só deve estar preso ao cumprimento do interesse da nação e do povo. E o interesse público altera-se, modifica-se no tempo.

O cinismo tomou conta da aliança Xanana/Ramos Horta/Bispos quando marcaram as eleições para segunda-feira de Páscoa. Contam aproveitar-se das cerimónias religiosas da Páscoa para fazer política. Os Javaneses não fariam melhor! E o que fazem é batota política.

Lá estava na mesa de Honra Kirsty Gusmão, essa que Há uns meses defendia na Austrália Alfredo Reindado (esse que agora ameça matar o seu marido). Não presidente Xanana não houve conspiração nenhuma... olhe que houve, olhe que houve ou também anda a ser engando?!

O pior cego é aquele que não quer ver!

Sem comentários:

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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