sexta-feira, fevereiro 09, 2007

A propaganda anti cubana prejudica os interesses de Timor-Leste

Díli, 8 de Fevereiro de 2007
Artigo de opinião do Primeiro-Ministro, Dr. José Ramos-Horta, publicado na edição de hoje do jornal Suara Timor Lorosae.

Por José RAMOS-HORTA
Prémio Nobel da Paz
Primeiro-Ministro

Escrevo em resposta a uma campanha em curso em certos meios contra as políticas do nosso país relativamente a Cuba, designadamente, quanto à questão dos nossos estudantes de Medicina em Cuba e dos médicos cubanos em Timor-Leste.

Este importante programa entre Timor-Leste e Cuba foi abordado pela primeira vez em Kuala Lumpur entre o Presidente Fidel Castro, o presidente Xanana Gusmão e eu próprio, à margem da cimeira do Movimento dos Países Não Alinhados, em 2003. Fidel Castro disponibilizou-se para acolher 50 estudantes. O presidente Xanana não hesitou e aproveitou a oportunidade. O programa cresceu com a visita do anterior Primeiro-Ministro, Dr. Mari Alkatiri, e a minha a Cuba, em anos seguintes. Não se trata, portanto, de um programa mal concebido, nem orientado ideologicamente para formar “revolucionários”. Os nossos estudantes estão a sair-se muito bem nos seus estudos, sob a rigorosa disciplina cubana, e só têm tempos livres aos Domingos, altura em que, como católicos devotos que são, acorrem às igrejas.

Aqueles que me conheceram, ao longo dos anos, sabem bem que as minhas posições ideológicas e políticas são de Centro-Esquerda, nunca excessivamente esquerdistas ou direitistas. Numa palavra, nunca abracei o Marxismo ou, muito menos, o Comunismo. Tive uma educação católica, continuo a ser católico, sentindo um profundo respeito pelo Papa e pelos meus Bispos, apesar de não ir à missa dominical.

Visitei Cuba duas vezes em 30 anos, a primeira vez em 1977 por ocasião de uma conferência internacional de juventude. Não tive então qualquer reunião com responsáveis oficiais. Era um jovem, desconhecido e sem importância nas relações internacionais. Mas diverti-me, confraternizando com outros visitantes, da Austrália, do Japão, e com alguns, raros, esquerdistas dos Estados Unidos e do Canadá.

A minha segunda visita realizou-se em Junho de 2005. Achei Havana ainda mais decrépita do que há 30 anos e os Cubanos nem mais pobres, nem melhor. Mas Varadero tornou-se um importante destino turístico, com cerca de 2 milhões de turistas a visitarem Cuba, anualmente. Na sua maior parte, vêm do Canadá, do México, da Venezuela, do Brasil, da Europa e do Japão. Cuba vale a visita. Além das praias, do rum, da música e dos famosos charutos cubanos (perguntem a Bill Clinton o que acha deles), acredito que o que mais fascina muitas pessoas é o enigmático Fidel Castro e a muito romanceada Revolução Cubana.

Conto-me entre os muitos admiradores de Fidel Castro? Alimento visões românticas sobre “revoluções”? Tenho, de facto, um cartaz gigante do Che em minha casa, ao lado de cartaz de John Kennedy, de Marlon Brando, de Ella Fitzgerald, de Duke Ellington, de Humphrey Bogart e do Presidente Mao. Colecciono cartazes que me recordam uma época, os grandes anos 60. Nunca teria cartazes de Hitler ou de Osama Bin Laden.

Senti o coração apertado quando visitei Havana, em 2005. A cidade degradada é o símbolo de uma experiência económica fracassada. Não consigo entender as razões da liderança política cubana não adoptar políticas mais pragmáticas, a exemplo dos seus camaradas da China e do Vietname, que conciliaram a abertura económica, com regimes políticos controlados, melhorando em poucos anos e de forma acentuada os níveis de vida dos respectivos povos.

Fidel Castro e a “Revolução Cubana” estão indissociavelmente ligados à trágica relação da América Latina com a super potência vizinha. Compreender a história das relações dos Estados Unidos com a América Latina – marcada por invasões, pelo derrube de governos eleitos, pelo apoio a ditadores brutais e corruptos – ajuda a explicar o ressentimento e a raiva contra os Estados Unidos, em Cuba e noutros países. A Guerra-fria que opôs os Estados Unidos e a União Soviética piorou a situação. Da parte dos Estados Unidos, tornando os seus líderes mais intolerantes face aos movimentos sociais, e da parte dos Latino-Americanos, sentindo-se ainda mais vitimados pelos seus governantes fiéis ao patrono americano.

O Leão cubano está a viver o seu Inverno. O seu legado para o povo cubano e para muitos outros latino-americanos é enorme e não pode quantificar-se em termos meramente materiais. Ousou desafiar a super potência, conquistando auto-estima e dignidade para o seu povo. Não há milionários em Cuba, mas também não há ali pobreza abjecta, ao contrário do que acontece em muitos países capitalistas da América Latina ou em muitas cidades americanas. A má nutrição, a tuberculose, a malária ou a iliteracia foram erradicadas há muito, em Cuba.

Sob Fidel Castro, Cuba “exportou” dezenas de milhar de médicos para a América Latina, a África e a Ásia, para trabalharem em bairros da lata, em condições tão precárias que só têm paralelo naquelas que os missionários costumavam enfrentar no século XIX. Fidel Castro também enviou militares para apoiar o combate anti-colonial em África. Milhares de militares cubanos foram para Angola em 1975, quando Angola foi invadida pelo poderoso exército sul-africano, no tempo do regime de apartheid. Os Estados Unidos e a União Soviética também invadiram inúmeros países, derrubando regimes e impondo outros da sua simpatia. Era a Guerra-fria.

Nelson Mandela e Gabriel Garcia Marquez são alguns dos nomes ilustres que não escondem a sua admiração por Fidel Castro. O Papa João Paulo II visitou Cuba em 1998 e as missas que ali celebrou tiveram a presença de centenas de milhar de fiéis. No seu falecimento, Cuba foi o único país do mundo a observar sete dias de luto oficial, em vez dos habituais três dias.

Há actualmente cerca de 700 jovens de Timor-Leste a estudarem medicina em Cuba. Outros 105 estudam em Timor-Leste ensinados por médicos cubanos. Há 226 médicos cubanos a trabalhar no nosso país, em condições difíceis e precárias, aceitando as dificuldades com uma dedicação que só costumávamos encontrar nos nossos padres e freiras.

Os nossos estudantes aprendem medicina e só medicina. Evidentemente, estudam Espanhol ou história de Cuba. Têm bons resultados, melhores do que os dos estudantes de outros 30 países. Os nossos estudantes são católicos devotos que não faltam à missa dominical. Propus aos nossos bispos que enviem um capelão para apoio espiritual aos nossos estudantes, prontificando-se o governo de Timor-Leste a suportar todos os encargos disso. Queremos que os nossos estudantes continuem fiéis à sua fé e a irem à missa se essa for a sua escolha.

O número de estudantes nossos a aprenderem Medicina em Cuba ou em Timor-Leste sob a orientação de médicos cubanos aumentará até um milhar. Mesmo que apenas metade complete os seus cursos, em 5 ou 10 anos Timor-Leste terá resolvido um dos problemas mais graves que enfrentamos – a quase inexistência de médicos.

Timor-Leste sente gratidão por esta extraordinária generosidade da parte de Cuba. Isto não significa que outros países estejam a fazer menos. Portugal ofereceu ao longo dos anos centenas de bolsas de estudo para os nossos estudantes e enviou muitos professores que trabalham presentemente no nosso país. Desejamos propiciar aos nossos jovens a oportunidade de irem estudar no estrangeiro sempre que possível, sem nos sentirmos obcecados pelo risco de influência política ou cultural. Em Timor-Leste, tivemos dezenas de voluntários do Peace Corps norte-americano a trabalharem em condições precárias em aldeias remotas. Infelizmente, em Maio de 2006 receberam ordem para partir, compreensivelmente, devido à crise política e à violência na capital. Eu e o meu bom amigo Tom Harkin, Senador democrata do Iowa, fomos os responsáveis pela criação de um projecto do Peace Corps norte-americano para Timor-Leste. Vem isto tudo a propósito de mostrar que Timor-Leste, enquanto nação pobre e emergente, está desejosa de aprender com todos os nossos amigos, de receber com humildade e gratidão a sua ajuda generosa à educação dos nossos jovens, à formação profissional dos nossos trabalhadores, independentemente do sistema político dos países em causa.

Saibamos ter o espírito aberto e libertar-nos da mentalidade provinciana, ou pateta, gerada pelo nosso isolamento geográfico e pela propaganda de uma época que já pertence ao passado – a época da Guerra-fria. Saibamos ter a inteligência e o pragmatismo para agarrar cada oportunidade de aprendermos com terceiros. Espero que este artigo possa esclarecer, de uma vez para sempre, a questão da nossa relação com Cuba.
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4 comentários:

Anónimo disse...

Bonito, Senhor Primeiro-Ministro. Suas palavras tocaram-me profundamente. Sou de Angola e conheco bem os Cubanos. Obrigado por ter feito justica a esses GRANDES HOMENS. Obrigado. O meu nome nao interessa.

Anónimo disse...

O presente artigo de Ramos -Horta é oportuno e enquadra os detratores desta importante iniciativa. O que teriam os críticos de Cuba a oferecer?
Alfredo
Brasil

Anónimo disse...

O comentário do angolano, que tem a sua verdade, não deve ser generalizado. Não se pode comparar a presença de cubanos, em tempo de guerra em Angola, com a presença de médicos cubanos em TL, nem com os estudantes que estão em Havana.
Prezado angolano. Por acaso Portugal, Brasil ou até mesmo Angola ofereceram estudo em medicina para a juventude timorense?
Alfredo
Brasil

Anónimo disse...

Do blog do Publico:

"Mudando de assunto, vira o disco e toca o mesmo sobre outro “bicho papão”. Em Timor-Leste ainda há muito quem pense que os comunistas comem criancinhas, e agora anda – mais uma vez! – uma polémica na comunicação social sobre o ‘perigo’ que Timor corre com o envio de centenas de jovens para estudar medicina em Cuba, de onde supostamente virão todos transformados em terríveis revolucionários marxistas-leninistas especialistas em guerra subversiva. Estes debates só não são cómicos porque há pessoas que ficam verdadeiramente angustiadas com estas acusações. Há uma moça da família da minha mulher que está lá a estudar para médica e que nos manda regularmente por correio electrónico fotografias do padre da paróquia e das suas idas à missa, junto com cartas compungentes para entregarmos à sua mãe onde explica que ainda acredita em Deus e vai à missa e que não se transformou numa pérfida comunista. Acho estranho como ninguém se importa com as centenas de jovens timorenses que estão a estudar na Indonésia e que têm cadeiras sobre o Pancasila onde aprendem a ser bons cidadãos indonésios. De resto, no tempo da Orde Baru também havia manipulação ideológica dos estudantes nas escolas e faculdades e a mocidade de Timor soube pensar pela sua própria cabeça e fundar estruturas como a Renetil, em vez de aceitar simplesmente tudo aquilo que lhe diziam. Aliás, na Indonésia agora também já voltou a haver comunistas, ainda que sejam mais ou menos discretos. Em Portugal também os há, e lá talvez o comunismo seja até mais apelativo porque é uma utopia bonita (fim da exploração do homem pelo homem) que não é confrontada com a realidade dura e crua como em Cuba (além de que os jovens da JCP ou do Bloco de Esquerda são normalmente gente mais interessante do que os betinhos de pulôver pendurado nas costas da JSD ou das Gerações Populares). Não houve clamor público com a ida de trezentos bolseiros, ou coisa parecida, para Portugal há uns anos. E há uma diferença enorme, em termos de desenvolvimento de Timor-Leste, entre os bolseiros que foram para Portugal e os que vão para Cuba. Os primeiros conseguiram a nacionalidade portuguesa por filiação e quase todos abandonaram os cursos e emigraram para trabalhar como mão-de-obra não qualificada na Irlanda e Inglaterra, os que estão em Cuba ou estudam e voltam para cá médicos, ou não estudam e voltam para cá na mesma sem curso, mas de Cuba não podem emigrar para lado nenhum. Se isso fosse fácil, muitos cubanos iriam precedê-los, já que os bolseiros não vão conviver apenas com gente que acha que Fidel lhes deu o paraíso mas também com cidadãos descontentes ou fartos do regime. Conheço timorenses que moravam em Portugal e foram a Cuba a um encontro internacional de juventude onde naturalmente o Governo apostava fortemente na propaganda, mas durante o breve período que lá passaram ouviram pessoas comuns a queixarem-se do comunismo, imagine-se o que ouvirão os estudantes timorenses durante sete anos. E depois, pensemos lá... Com a violência e a pobreza que grassa em Timor os pais ficam aliviados quando conseguem mandar os filhos para Cuba! De vez em quando aparecem aqui algumas bolsas de estudo para os Estados Unidos da América, um país onde a lei permite aos civis, cidadãos comuns, comprarem armas automáticas (como M16, p.ex.) em lojas. Que tal denunciar nos jornais o perigo que Timor corre enviando bolseiros para lá? Imagine-se que eles vêm de lá a querer espalhar armas nas mãos de civis?!?"

Vou ser franco consigo. Eu não gosto de si, nem das suas opiniões, nem do seu anticomunismo primário disfarçado de sarcasmo de pseudo-intelectual de esquerda, nem da ironia com que fala de quem andou a fazer manifestações vestido de branco em Portugal em 99. É que eu também andei, e tenho muito orgulho nisso, porque conseguimos contribuir muito para salvar Timor. No entanto li com atenção a sua análise, só que não percebi se é ou não um dos comentadores que gostam de chamar comunista à Fretilin. É que eu sou comunista e acho que não é séria nenhuma análise que diga que a Fretilin continua comunista, do comunismo a Fretilin só mantém o folclore (punhos erguidos, a bandeira, votações de braço no ar, tratamento de “camarada”, etc). A política económica e social do governo Fretilin é muito mais próxima do capitalismo nacionalista de Soeharto do que de qualquer país comunista, e isso pode explicar alguns dos problemas que infelizmente Timor ainda tem. E não concordo com o que diz sobre Cuba, os estudantes de Timor podem aprender muito lá, só pequenos-burgueses lacaios do imperialismo americano é que não apoiam Fidel e o Partido Comunista em Cuba. Viva Fidel! Viva o Glorioso Partido Comunista! Viva El Che! Viva La Revolucion!

Posted by Malai Mean 2:37 AM

Não querendo tomar partido em teorias comunistas, deixo isso para quem professa e acredita em ideologias, acho digno que se atribua a Timor, e aos timorenses, os problemas de segurança, sem andar a culpar a Indonésia, a ONU ou outras entidades. A violência gratuita mostra que muitos grupos não sabem o que é desenvolvimento humano. Mostram também os calcanhares de aquíles de Timor. Aceitar que são responsáveis por esses problemas é um primeiro passo para tentar enfrentar a questão.

Posted by Rubina 10:10 AM

ola joão.li atentamente o seu post, gostei.Quanto aos estudantes que foram para Cuba,acho um numero exagerado de bolseiros, de uma vez só,espero que todos aproveitem da melhor maneira.Na situação de bolseiros que vieram há uns 6 anos,mais de metade abandonou os estudos e foram trabalhar para irlanda e inglaterra,no principio, situação era precaria porque foram nas mãos de empregadores de mão de obra barata,mas por internete alguns me dizem que melhoraram a situação de trabalho.alguns já trabalham em boas empresas inglesas, como land rover, fabrica s de tratores, seguranças em grandes superficies comerciais, padeiros, etc etc .Vão melhorando a situação.tambem nossos emigrantes foram para França e viviam em condições muito más .tenho acompanhado de perto 4 estudantes timorenses que estão na residencia de estudantes aqui no Monte de Caparica, estão bem instalados na residencia, 2 estudam sociologia, se tudo correr bem este ano de 2007 acabam o estudos,e querem regressar a timor (ate já tem o traje de estudante) mas só vestem no dia final para as fotos de praxe hahahah.os outros dois uma rapariga e um rapaz tambem estão nos finais de estudo sobre informatica . foram 6 anos a queimar as pestanas mas estão a um passo do fim. A minha mulher é que tem cosido os emblemas nas capas hahahah . damos apoio a eles como se fossemos uma só familia,a minha mulher é tia hahaha ela sente alegria nisso. já pensamos no jantar de final de estudos,mas no dia da partida deles não queremos pensar porque vai haver lagrimas na hora da despediada, ironia da vida eles todos os dias apanham o transporte na alameda timor lorosae e chegam na mesma alameda.porque a residencia de estudantes fica junto da ALAMEDA TIMOR LOROSAE,no monte de caparica.ate breve joão. o katuas luis

Posted by luis 2:21 PM

Para o senhor ai de cima, o que nao gosta de mim...
Meu caro senhor, eh livre de gostar de quem quiser. Sou anti-comunista e tambem sou anti-fascista, nao acredito em ditaduras, nao acredito em totalitarismos (mesmo que apregoem que querem salvar o povo). O que me aborrece em Timor nao eh que que as pessoas reneguem o comunismo, mas sim que o facam por considerarem que eh uma especie de pratica satanica, em vez de o fazerem por ser um sistema politico e de organizacao socio-economica que falhou de todas as vezes que foi posto em pratica ai pelos varios cantos de globo. Nao me acho um anticomunista primario, no sentido em que reconheco que as teorias comunistas tiveram uma importancia grande no desenvolvimento da percepcao de que o povo eh um sujeito da Historia, e ajudaram a que as classes trabalhadoras ao longo do sec XX tivessem adquirido consciencia dos seus direitos e tivessem forcado muitas mudancas sociais, politicas, economicas e culturais. E sei que os comunistas nao comem criancinhas, os que nao estao no poder (os que nao se tornaram num aparelho de um regime) sao frequentemente gente generosa, cheia de sonhos de fazer do mundo um lugar melhor.
Muito timorenses ficam muito surpreendidos quando lhe digo que em Portugal ha um partido comunista no parlamento, e que eles fazem falta la, que o seu desaparecimento deixaria um buraco, um vazio, no espectro politico portugues. Aqui acham que os comunistas sao uma especie de lobisomens ateus...

Posted by João Paulo Esperança 6:06 AM

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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