ABC Radio Australia - 08/02/2007, 14:21:13
Violência esperada antes das eleições em Timor-Leste
A polícia está a patrulhar as ruas da capital de Timor-Leste, Dili, no meio de receios de manifestantes se juntarem na capital.
Acredita-se que alguns estão a opor-se à decisão do procurador de deixar cair uma investigação sobre o antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri.
O Presidente Xanana Gusmão anunciou que a eleição do novo presidente se realizará em 9 de Abril, e que a data para as eleições parlamentares se realizarão depois disso.
Espera-se que o partido no poder, a Fretilin, anuncie em breve o seu candidato, mas as autoridades em Dili dizem que os partidos políticos já começaram a fazer comícios antes das eleições.
Um porta-voz da ONU disse que pessoas começaram a vir para a capital da cidade do oeste de Liquica, e espera-se que aumente o fluxo nos próximos dias.
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The Jakarta Post – Quinta-feira, Fevereiro 8, 2007
Permutas ainda se fazem na fronteira Maluku-Timor-Leste
M. Azis Tunny, The Jakarta Post, Ambon
A prática tradicional de permutas – pela qual se trocam bens em vez de dinheiro – pode ser uma coisa do passado em muitos sítios, mas é ainda usado por residentes da ilha na fronteira entre Maluku e Timor-Leste.
Uma das ilhas onde a prática continua hoje é na Ilha Kambing (Atauro), Timor Leste. A ilha é o local de permuta entre residentes de Sudeste de Maluku oeste e Timor-Leste.
O comandante militar de Pattimura Brig. Gen. Sudarmaidy Soebandy disse que tais negócios através das fronteiras, apesar de ilegais, ainda permanecem graças à estreita proximidade da área da Ilha Kambing de Timor-Leste.
"Quando estive destacado em Timor-Leste, esta prática era comum e continua ainda hoje," disse.
Disse que tais negócios são comuns entre residentes de Kisar de Sudeste de Maluku oeste e residentes de Tutuala de Timor-Leste, dado que a Ilha Kambing dista somente 19 quilómetros por mar das duas áreas.
Na prática, os residentes trocam bens a bordo dos seus pequenos barcos. "Geralmente, residentes de Wetar, Ilha Lirang e outras ilhas levam gasóleo para ser trocado por arroz," disse Sudarmaidy.
Disse que as permutas ainda existem hoje por causa da falta de desenvolvimento das ilhas remotas do país.
Sudarmaidy disse que lá há educação, saúde e equipamentos de transporte inadequados, nas ilhas remotas de Sudeste de Maluku oeste. "Há escolas lá, mas desde que as abriram servem de para currais de cabras," disse.
Disse que as escolas, como as da Ilha Wetar, têm demasiadamente poucos professores, levando a que o pessoal das Forças Militares Indonésias (TNI) seja destacado como substitutos. Disse que os postos militares foram trazidos para mais próximo das aldeias para ajudar o pessoal das TNI a preencher os lugares vagos nos serviços das aldeias.
O comando militar enviou tropas para vários postos para garantir a segurança das ilhas remotas de Maluku. Foram erguidos três monumentos de fronteira nos pontos mais distantes dessas ilhas - Liran, Wetar e Kisar.
Uma companhia de soldados foi baseada na área desde 2003 e um gabinete militar foi erguido na ilha Wetar.
Com base em arquivos do Gabinete de Pescas da província de Maluku, Maluku tem 812 ilhas, 21 das quais estão incluídas na lista doas 92 mais remotas ilhas do país.
Fora das 21 ilhas mais remotas de Maluku, oito fazem parte da cadeia das ilhas Aru e 13 fazem parte da Sudeste de Maluku oeste. Todas as ilhas estão localizadas na fronteira da Indonésia com a Austrália e Timor-Leste.
Na cadeia das ilhas Aru, só uma está ocupada enquanto que nas Sudeste de Maluku oeste, só oito estão ocupadas.
"As ilhas mais remotas de Sudeste de Maluku oeste estão ocupadas dado que a maioria delas estão localizadas perto de ilhas grandes como Larat, Tanimbar e Wetar," disse o chefe do Gabinete de Pescas Romelus Far-Far.
O secretário de administração de Sudeste de Maluku oeste, Piet Norimarna, disse que os residentes tinham uma forte conexão cultural com Timor-Leste, dado que vêem de tribos similares e usam a mesma linguagem, Tétun.
A ligação cultural, disse, continua apesar de Timor-Leste se ter tornado uma nação independente. "Continuam a relação trocando bens de modo tradicional, sem reconhecer nenhuma linha de fronteira," disse Piet.
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AAP/The West Australian – 8 Fevereiro 2007, 16:26 WST
Testemunha diz que os Cinco de Balibo Five 'em poças de sangue'
Um Timorense chorou no banco das testemunhas quando contou ao inquiridor ter visto os corpos dos jornalistas conhecidos como Cinco de Balibo em poças de sangue.
Os cinco jornalistas e operadores de câmara com base na Austrália - Greg Shackleton, Gary Cunningham, Tony Stewart, Malcolm Rennie e Brian Peters – foram mortos durante um ataque por tropas das forças especiais Indonésias na cidade fronteiriça Timorense de Balibo em Outubro de 1975.
O inquérito de Sydney à morte do Sr Peters é a primeira investigação independente e completamente aberta da Austrália às mortes.
Relatórios oficiais mantém que os cinco foram mortos num fogo cruzado quando faziam reportagem da invasão de Timor-Leste pela Indonésia, mas uma série de testemunhas, com nomes de código para sua protecção, disseram no inquérito que os homens foram executados por tropas.
Um Timorense, conhecido como Glebe 3, que estava com os soldados indonésios invasores, sucumbiu na Quinta-feira quando se lembrava de ter encontrado os corpos dos jornalistas na casa de Balibo onde estavam.
Glebe 3 disse ao Investigador do Tribunal de Glebe que depois das tropas das forças especiais Indonésias terem irrompido em Balibo na manhã de 16 de Outubro de 1975, que ouviu dizer que alguns brancos tinham sido mortos.
Por curiosidade foi à casa onde lhe contaram que encontraria os homens.
"O que é que viu quando entrou em casa," perguntou o advogado júnior que assiste ao inquérito, Naomi Sharp. Glebe 3 sucumbiu quando respondeu: "Quando entrei na casa vi três pessoas a morrer, lá sentadas e duas estavam lá deitadas. "Estavam todas mortas," disse, a limpar as lágrimas.
Disse que todos estavam vestidos com roupas civis e que pensou que eram jornalistas. Quando lhe perguntaram porque pensou isso, Glebe 3 respondeu: "Acredito que gente normal não vinha até lá."
Disse que não sabia como tinham morrido, mas pensou que tinham sido baleados. "Não vi as feridas mas parecia que tinham sido baleados," disse a testemunha ao inquérito. "Só vi o sangue no chão."
Mais cedo nesse dia, o inquérito ouviu que a morte dos cinco jornalistas pode ter dependido do facto de a invasão da antiga colónia portuguesa da Indonésia poder ser encarada como uma guerra internacional.
Uma outra testemunha Timorense, conhecida como Glebe 4, disse que depois dos jornalistas serem mortos um sargento Timorense com as tropas Indonésias disse-lhe que as mortes não teriam sido autorizadas numa guerra internacional.
Um advogado que assiste o inquérito, Mark Tedeschi, QC, leu uma entrevista anterior que Glebe 4 deu sobre uma conversa que teve com o soldado, Sargento João Nascimento. "Ele disse que esta não era uma guerra internacional. Se fosse uma guerra internacional os jornalistas não podiam ser mortos," leu o Sr Tedeschi ao tribunal.
Quando lhe perguntaram se se lembrava do Sargento Nascimento ter dito isso, Glebe 4 disse ao inquérito: "O Sargento Nascimento disse-me que de acordo com uma guerra internacional não devim matar os jornalistas."
Na anterior entrevista Glebe 4 disse: "Eles tinham levantado as mãos e dito que eram jornalistas. Como puderem eles matar estes homens? Não tinham qualquer culpa, não tinham feito nada."
O inquérito perante a vice-investigadora deo Estado de NSW Dorelle Pinch continua na Sexta-feira.
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Catholic Telecommunications - 8 Fevereiro 2007
A comissão Indonésia-Timor promove a reconciliação
Uma comissão conjunta “verdad e amizade” Indonésia-Timor-Leste começou a trabalhar para procurar a verdade sobre eventos em Timorque levaram ao voto para a independência em 1999 e para promover a reconciliação, diz um bispo e membro da comissão Indonésia.
A UCA News relata que a comissão conjunta realizou um fórum público com antigos refugiados de Timor-Leste para obter informação sobre os incidentes violentes que rodearam o referendo de 1999 apadrinhado pela ONU em Timor-Leste.
De acordo com o Arcebispo Petrus Turang de Timor Oeste, que é um dos dez membros da Comissão, que tem cinco membros da Indonésia e cinco de Timor-Leste, o objectivo da Comissão de cerdade e Amizade "é procurar e estabelecer a verdade sobre eventos anteriores e imediatamente depois do referendo de 1999 em Timor-Leste, promover a reconciliação e a amizade, e assegurar que eventos similares não tornem a ocorrer."
A comissão, que tomou posse em Agosto de 2005, é co-dirigida por dois membros – um da Indonésia e um de Timor-Leste.
Timor-Leste tornou-se independente em 20 de Maio de 2002, depois de mais de dois anos de governação transitória pela ONU. A antiga colónia Portuguesa esteve sob controlo Indonésio de 1975 a 1999.
Depois do poderoso grito pela independência de Timor-Leste do referendo de 1999, milícias a favor da governação Indonésia entraram em turbulência, matando centenas e destruindo infra-estruturas e edifícios. Estima-se que 250,000 pessoas fugiram para a Indonésia no meio da violência, mas a grande maioria regressou para Timor-Leste.
Mais de 200 pessoas que participaram no fórum eram antigos refugiados de Timor-Leste que se tornaram cidadãos Indonésios. Outros participantes incluíam líderes religiosos e civis e funcionários do governo.
No fórum, o Arcebispo Turang disse às pessoas que mesmo apesar de muitos terem expressado pessimismo sobre o trabalho da comissão, "precisamos de nos esforçarmos juntos para a verdade e amizade." Pediu às pessoas para cooperarem dando informação relevante à comissão. Mateus Guterres, um antigo refugiado, disse à UCA News que dá as boas vindas ao fórum público. "Para ser frutuoso," disse, "o diálogo deve envolver todos os líderes religiosos Timorenses e a sociedade."
Elio Caetano, um outro antigo refugiado, disse que para descobrir a verdade, a comissão tem de inquirir não só no período imediatamente antes e depois do referendo de 1999 mas traçar eventos anteriores na história do país.
A seguir ao encontro, a comissão autorizou pessoas de organizações não-governamentais e comunidades de antigos refugiados para reunir informação e testemunhos.
De com membros da comissão, a comissão realizará mais fóruns públicos em Denpasar, Dili, Jakarta e Kupang, e diálogos com oficiais de alto nível, incluindo o antigo presidente da Indonésia Bacharuddin Jusuf Habibie e o Presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão.
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sexta-feira, fevereiro 09, 2007
Notícias - Traduzidas pela Margarida
Por Malai Azul 2 à(s) 23:11
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
New book exposes NZ role over East Timor
Monday, 12 February 2007, 9:45 am
Press Release: Pacific Media Watch
IN COLD BLOOD: New book exposes NZ role over East Timor
An inquest in Sydney is throwing new light on the death of Kiwi television cameraman Gary Cunningham during the Indonesian invasion of East Timor 31 years ago. ANTHONY HUBBARD reports.
AUCKLAND (SST/Pacific Media Watch) - The New Zealand government didn't want to make a fuss about the death of Gary Cunningham. It privately supported the Indonesian invasion of Timor, and Cunningham's death was a PR problem.
Cunningham, a New Zealander, died along with four other Australia-based journalists when Indonesian troops swept through the Timorese border town of Balibo in October 1975. Evidence last week at an inquest in Glebe, Sydney, supported what had been long suspected - that Indonesian soldiers murdered the five in cold blood.
A new book by Maire Leadbeater on New Zealand and East Timor shows that officials and the then Labour prime minister, Bill Rowling, did not want to rock the boat over Cunningham.
There would be no "necessity for New Zealand to become involved in the dispute" over his death, officials told Rowling in June 1976. The government's inaction over Cunningham caused little public challenge, Leadbeater writes in Negligent Neighbour: New Zealand's Complicity in the Invasion and Occupation of Timor-Leste.
Australia was by then coming under pressure from the Australian Journalists Association, and ministry officials prepared a briefing for Rowling on Cunningham.
They told him: "There would seem to be no clear-cut case against Indonesia for any specific violation of international law." There was no real need for New Zealand to take action.
To do so "would harm our own relations with Indonesia". The ministry said Cunningham was an Australian resident, employed by an Australian organisation and a member of the Australian Journalists Association. Although he was a New Zealand citizen, his close family lived in Australia.
It was shocking that a government should do so little to investigate the death of one of its citizens just to appease a foreign power, Leadbeater told the Sunday Star-Times. Leadbeater, a long-time campaigner on East Timor, is the sister of Green MP Keith Locke, who will help launch her book in parliament on Wednesday. Former Labour Foreign Minister Phil Goff will also speak.
The Australian inquest - held to investigate the death of Brian Peters, an English-born Channel Nine cameraman living in New South Wales - last week heard evidence that Indonesian soldiers killed the journalists.
Official reports said the men were killed in crossfire between the Indonesians and East Timorese militia. But a Timorese witness, known only as Glebe 2, told the inquest that he saw Indonesian special forces officer Yunus Yosfiah shoot Peters as he tried to surrender.
The shots fired by Captain Yunus from his AK-47 at three metres' range were followed by a fusillade from other troops, killing three other journalists, he told the Glebe Coroner's Court.
Peters raised his hands with empty palms outward, said a report in the Sydney Morning Herald. "I believe that he was asking for mercy," the witness said.
Yunus, who was Indonesia's information minister for a year from 1998, told the newspaper the allegations were nonsense. Neither he nor other Indonesian officials or soldiers will give evidence at the inquest.
The accusation against Yunus is not new. It has been made in previous books and by UN investigators, but Indonesia has done nothing to bring him to justice.
The Australian inquest is the first independent judicial inquiry into the Balibo killings that has power to compel witnesses. But it is powerless to force the alleged Indonesian killers to testify.
Australia became aware of the killings within hours, says Leadbeater. "There is no doubt that Australia worked assiduously to help Indonesia cover up the murders." Australian Signals Intelligence transcripts included radio messages such as: "Among the dead are four (sic) white men. What are we going to do with the bodies?"
The Australian government said as little as possible publicly and "also helped to perpetuate the lie that the deaths were mysterious and the culprits unknown", Leadbeater writes.
"When Australian diplomats confided their concerns to their New Zealand colleagues, they did not speak about the journalists' families or express fears for East Timorese. They were worried about the impact on the bilateral relationship of the cumulative effects of `these irritants'."
Australia was warned about the invasion, but no attempt was made to warn the journalists, who were known to be in the area to be attacked.
"It may never be known whether the Australian officials and ministers deliberately sacrificed the lives of the journalists, or whether key people were simply distracted and did not put two and two together," Leadbeater says.
However, the Sydney inquest may help clear up the mystery - unless Australian government secrecy stymies it. Australia's electronic spy agency, the Defence Signals Directorate, is claiming immunity on national security grounds from revealing what it learned about the killings from intercepted Indonesian communications.
The counsel assisting the coroner in Sydney, Mark Tedeschi QC, referred to the intercepted messages and said a possible Indonesian motive for eliminating the five journalists was to prevent a public outcry in Australia that would have undermined the then Australian government's tacit approval of the invasion.
Australia, the United States and New Zealand had told Indonesia they would play down the invasion of the former Portuguese colony.
Foreign Affairs officer Merwyn Norrish told visiting Indonesian officials in Wellington on December 8, 1975, that New Zealand "had a private and a public position with respect to Timor".
In correspondence made public in 2002, Norrish said: "Publicly we had sought to emphasise the need for an act of self determination, wherever that might lead, while privately we acknowledged that the most logical solution would be one that led to (Indonesian) integration (of East Timor) through self-determination."
The policy of tacit support for the Indonesian occupation continued for many years under National and Labour governments.
A National government downplayed the death of another New Zealand citizen in East Timor in November 1991. Kamal Bamadhaj, of mixed Pakeha and Malaysian parentage, was shot dead in Dili after a massacre by Indonesian soldiers of protesters at Santa Cruz cemetery.
The New Zealand Embassy in Jakarta said the aim should be to get the balance right between demonstrating very serious concern about Kamal's death and avoiding an excessive reaction that might cause "unnecessary damage to an important bilateral relationship".
In spite of a strongly worded formal request for an explanation, Leadbeater says, "initial firmness melted quickly".
Leadbeater, whose book uses government documents issued under freedom of information laws in New Zealand, Australia, Britain and the US, says New Zealand's record on East Timor was deplorable. But the documents also showed that the government was sensitive to public protest.
In March 1995, for example, the government postponed a military training visit to New Zealand of five Indonesian army officers after a poster campaign in Wellington asked: "Why is the NZ air force training the Indonesian military to kill the people of East Timor?"
A New Zealand diplomat's letter to an Indonesian admiral, later released, explained: "The reason for the postponement is due to increasing interest among the New Zealand public over recent matters in East Timor." It also blamed "a small but sophisticated and well co-ordinated lobby, sympathetic to the claims of East Timorese exiles, who seek any opportunity to generate anti-Indonesian feeling".
On September 10, 1999, US President Bill Clinton effectively reversed the Western position by insisting Indonesia allow an international force into East Timor to halt massacres by Indonesian and Timorese militias. On the same day, New Zealand suspended its long-standing defence ties with Indonesia.
In August, 78% of Timorese voters had rejected an Indonesian proposal for Timorese autonomy within Indonesia. The country became independent in 2002.
Ends
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