sexta-feira, fevereiro 23, 2007

José Ramos-Horta candidato à Presidência

Diário Digital / Lusa
23-02-2007 2:30:00

O primeiro-ministro timorense vai candidatar-se à Presidência da República com o apoio do actual chefe de Estado, Xanana Gusmão, anunciou o próprio José Ramos-Horta em entrevista a uma cadeia de televisão árabe.

«Depois de muita hesitação, decidi candidatar-me à Presidência», declarou José Ramos-Horta à Aljazeera International, o canal em língua inglesa da cadeia de notícias árabe.

José Ramos-Horta explicou na entrevista, difundida globalmente pela Aljazeera quinta-feira à noite (final da manhã, hora de Lisboa), que tomou a decisão depois de consultar o presidente Xanana Gusmão e os bispos de Díli e Baucau.

O primeiro-ministro timorense tomou a decisão com muita relutância e só depois de lhe ter sido manifestado apoio de diferentes sectores.

«Muitas pessoas vieram ter comigo - descalços, analfabetos de todo o país, alguns até começaram a reunir assinaturas para mim sem o meu consentimento«.

7 comentários:

Anónimo disse...

Correio da Manhã, 2007-02-23 - 00:00:00

Eleições presidenciais em Timor-Leste
Ramos-Horta será candidato

O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, confirmou à al-Jazeera que tenciona candidatar-se às eleições presidenciais de Abril, devido aos insistentes pedidos que recebeu da parte da população.
“Vou anunciá-lo em breve. Muitas pessoas vieram ter comigo, muitas delas descalças, pessoas analfabetas, de todo o país, e até começaram a recolher assinaturas sem a minha autorização”, afirmou em entrevista ao canal internacional da al-Jazeera.

Ramos-Horta deixa ainda entender que tomou a decisão com relutância, chegando mesmo a referir-se à sua candidatura como “um fardo”. Diz ainda que, se for derrotado, será, provavelmente, “o único candidato no Mundo a celebrar a sua derrota”.

Entretanto, a Comissão de Notáveis que investigou a alegada discriminação nas Forças Armadas entregou ontem o seu relatório, de 67 páginas, sem divulgar pormenores.

http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=232141&idselect=91&idCanal=91&p=200

Anónimo disse...

Missão da ONU continua até 2008
Jornal de Notícias, 23/02/07

O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu ontem prorrogar por mais um ano o mandato da Missão Integrada em Timor-Leste (UNMIT) e reforçar em 140 efectivos o contingente policial estacionado naquele país, actualmente a viver uma crise política e a debater-se com problemas de violência.

Os 15 membros do Conselho de Segurança aprovaram, por unanimidade, uma resolução que estende o mandato da UNMIT até 26 de Fevereiro de 2008. A resolução baseia-se em proposta apresentada ao Conselho de Segurança, no passado dia 12, pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

A realização de eleições presidenciais (agendadas para o próximo dia 9 de Abril) e a situação de segurança (considerada como "frágil e volátil") foram justificações para a extensão do mandato da UNMIT e d reforço policial.

A resolução insta com o Governo timorense para que, com o apoio da UNMIT, reveja o futuro papel e as necessidades de reforma do sector de segurança (forças armadase polícia). A reunião do Conselho de Segurança coincide com a deterioração da segurança em Díli, onde se registam confrontos entre grupos marginais e apedrejamentos a viaturas e bens do Estado e das Nações Unidas. O início da crise político-militar remonta a Abril de 2006.

http://jn.sapo.pt/2007/02/23/mundo/missao_onu_continua_2008.html

Anónimo disse...

Oposição une-se contra a Fretilin
Diário de Notícias, 23/02/07
Por: Armando Rafael

Os três principais partidos da oposição timorense anunciaram ontem terem chegado a acordo para a formação de uma coligação governamental depois das eleições legislativas que deverão ocorrer até ao início de Julho.

A revelação foi feita pela Lusa que invoca um acordo assinado, em Díli, pelos líderes do Partido Democrático (PD), Fernando Lassama Araújo, do Partido Social-Democrata (PSD), Mário Carrascalão, e da Associação Social-Democrática Timorense (ASDT), Francisco Xavier do Amaral.

Nas eleições realizadas em 2001, PD (com 8,7%), PSD (8,2%) e ASDT (7,8%) totalizaram 24,7% dos votos, contra os 57,4% alcançados pela Fretilin, liderada por Mari Alkatiri.

Com esta iniciativa, os três partidos prometeram envidar todos os esforços para retirarem a maioria absoluta à Fretilin, comprometendo-se, desde já, a oferecer uma alternativa governativa ao povo timorense.

Sendo certo que os três partidos vão concorrer separadamente a umas eleições que só deverão ser convocadas por Xanana Gusmão na sequência das presidenciais que estão marcadas para 9 de Abril.

De acordo com o documento que ontem foi assinado pelos presidentes dos três partidos que estão envolvidos nesta plataforma, o objectivo do PD, PSD e ASDT passa por "retirar o máximo proveito das capacidades intelectuais dos quadros e dos militantes" daquelas formações, tendo em conta que a realidade timorense "não está a corresponder ao sonhos de um país moderno, solidário, próspero, justo e democrático".

Resta saber o que irá suceder até às legislativas, tendo em conta que os três partidos apoiam candidatos distintos nas presidenciais: o PSD lançou Lúcia Lobato; a ASDT optou por Francisco Xavier do Amaral; e o PD poderá vir a apoiar a candidatura do primeiro-ministro José Ramos-Horta.

Mas tudo poderá ser diferente, caso Xanana Gusmão avance, entretanto, com o seu próprio partido, iniciativa que, segundo o Sydney Herald Tribune, poderá vir a adoptar a sigla CNRT, recordando o Conselho Nacional da Resistência Timorense que, em 1999, reuniu todos os partidos timorenses numa única plataforma em defesa do referendo que conduziu Timor-Leste à independência três anos depois

Anónimo disse...

Será impressão minha ou apresentar uma candidatura em língua inglesa numa estação televisiva do mundo árabe é um gigantesco erro político, revelador de falta de sentido de Estado, de principesca vaidade e aniquiladora do necessário trabalho de reforço da identidade nacional??????

Anónimo disse...

Xanana também tinha "muita relutância" em 2001, mas olha que bela prenda ele saíu...

Anónimo disse...

Tadinho do José Ramos Horta! Tenho tanta pena dele que até tenho vontade de chorar.
Que chatice ter que se candidatar à presidência de Timor só para agradar aos coitadinhos que andam a recolher assinaturas pra ele sem autorização.
A notícia num canal árabe foi só para agradar ao Alkatiri?!
E se ganhar?! Será que vai ter que abandonar os tachos fora de Timor?!
Vamos lá pessoal! Deixem de enganar o povo. Deixem-se de hipocrísias. Pensem mais no vosso país e menos nos vossos bolsos e nos autralianos e afins.
Não acham que já é tempo de permitir que a confusão acabe e que Timor se desenvolva sentindo orgulho pelo que realmente é?!
LMalai

Anónimo disse...

Ramos Horta candidato a Presidente da Republica!! Esta claro que tinhamos que ter um "arse licker" dos Americanos e Australianos a concorrer.
Acordai povo de Timor-Leste! Abaixo com os traidores e vendedores da Patria! A luta continua, agora contra estes mascarados que se dizem timorenses!
FOTEMAKERIBA

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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