quinta-feira, novembro 09, 2006

Deslocados mantiveram sete trabalhadores humanitários reféns

Díli, 09 Nov (Lusa) - Sete trabalhadores humanitários estiveram hoje sob s equestro dos residentes do campo de deslocados em Metinaro, 45 quilómetros a les te de Díli, mas o incidente foi já resolvido com a sua libertação, disse à Lusa fonte militar.

Os reféns, que foram obrigados a entregar aos deslocados as chaves das sua s viaturas, foram envolvidos num protesto em que era exigida mais ajuda humanitá ria.

A Agência Lusa contactou o comissário interino da Polícia da ONU (UNPOL), Emir Bilget, que confirmou o incidente, mas ressalvou que o mesmo já se encontra solucionado.

Dois dos reféns tinham nacionalidade australiana e britânica, e os restant es eram timorenses, todos funcionários da PLAN, uma organização não-governamenta l britânica criada em 1937 e que desenvolve projectos de assistência humanitária em vários países.

A situação obrigou à deslocação de efectivos da UNPOL para o local, inclui ndo militares da GNR, mas não foi necessário usar da força para resolver o incid ente.

Actualmente, 93.000 pessoas - 23.000 em Díli e 70.000 fora da capital -, v ivem em campos de deslocados criados em resultado da crise político-militar dese ncadeada em Abril em Timor-Leste.

O governo do primeiro-ministro José Ramos-Horta já anunciou que o apoio hu manitário àqueles deslocados termina dentro de três semanas, face ao aproximar d a estação das chuvas e à criação de áreas de acolhimento em locais específicos, com vista a retirar os deslocados que ainda se encontram nos cerca de 60 campos espalhados pela capital.

EL-Lusa/Fim

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2 comentários:

Anónimo disse...

uma amostra da reacção dos deslocados quando os mandarem embora dos campos, quando lhes desligarem a energia e a água, quando lhes negarem o arroz à borla...
vai ser bonito....

Anónimo disse...

Alkatiri em Lisboa com anúncio feito por Ramos-Horta

DN, 9/11/06
Por: Armando Rafael

O antigo primeiro-ministro timorense Mari Alkatiri deverá chegar hoje a Lisboa, onde vai permanecer uma semana, aproveitando para efectuar exames médicos. A revelação foi ontem feita, em Díli, pelo gabinete do seu sucessor na chefia do Governo, José Ramos-Horta, tendo sido posteriormente confirmada por Francisco Guterres (Lu-Olo), que acumula a presidência do Parlamento com a da Fretilin.

Num comunicado, tornado público já depois da partida de Alkatiri, o gabinete de Ramos- -Horta encarrega-se de explicar que esta deslocação não foi sujeita à apreciação das autoridades judiciais, uma vez que o antigo primeiro-ministro não está impedido de viajar, apesar de estar a ser ouvido no âmbito das investigações em curso à alegada distribuição de armas a civis durante a crise de Abril e Maio.

"O procurador-geral da República", lê-se no comunicado, "não tem que aprovar, ou deixar de aprovar, as viagens do Dr. Mari Alkatiri. O ex-primeiro-ministro não está sujeito a qualquer medida de coacção do tribunal que o impeça de viajar. Apenas tem de participar que vai viajar e onde o podem contactar".

Uma passagem que parece traduzir um especial empenho de Ramos-Horta em travar todos os rumores que pudessem envolver uma viagem que ocorre 24 horas após Mari Alkatiri ter voltado a ser ouvido no âmbito de um inquérito judicial que já levou o ex-ministro do Interior, Rogério Lobato, a ser formalmente acusado, estando, agora, em prisão domiciliária.

Tudo isto numa altura em que Ramos-Horta se prepara para ir hoje ao Parlamento dar conta dos primeiros 100 dias do seu Governo, admitindo-se que o primeiro-ministro timorense possa anunciar novos incentivos para levar os deslocados a deixarem Díli, onde se refugiaram há seis meses, regressando agora aos seus locais de origem.

Sem que se saiba, entretanto, quando é que vai sair a segunda parte de um artigo de opinião que o Presidente da República fez publicar há dias num jornal timorense, em que Xanana Gusmão respondia ao comunicado da Fretilin sobre a crise de Abril e Maio, acusando-a de "total falta de honestidade política".

Em vez disso, Xanana optou por inaugurar ontem a iniciativa Diálogo Nacional, uma série de encontros que vai levar Xanana Gusmão a discutir o a reconciliação timorense com os partidos políticos, com a sociedade civil e com os diferentes órgãos de soberania do país.
http://dn.sapo.pt/2006/11/09/internacional/alkatiri_lisboa_anuncio_feito_ramosh.html

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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