quinta-feira, setembro 07, 2006

O Homem do Presidente

Tradução da Margarida.


Quarta-feira 6 Setembro 2006
John Martinkus

O que parecem ser ordens escritas do Presidente Xanana Gusmão de Timor-Leste para o antigo soldado amotinado Alfredo Reinado confirma a relação estreita que o agora criminoso fugitivo — que é procurado por homicídio e ofensaa de armas — tinha com o Presidente.

A nota escrita à mão, vista pela New Matilda e disponível
aqui (em Português), em papel timbrado do Presidente e assinado por ele, marca o tom da relação entre os dois.

‘Major Alfredo, Bom Dia!’ começa. ‘Já combinámos com as forças Australianas e tem que se colocar em Aileu,’ escreve o Presidente, referindo-se à cidade na montanha uma hora a sul de Dili para onde Alfredo foi com os seus soldados amotinados.

A carta continua ‘Vou também escrever ao Tenente [Gastão] Salsinha [o líder dos Timorenses soldados demitidos que, ao contrário dos homens de Reinado, deixaram os seus quartéis sem as suas armas] para implementar esta ordem. Abraços a todos, Xanana’.

O Gabinete de Gusmão não poude ser contactado para comentar o documento.

A carta é datada de 29 de Maio deste ano — somente três dias depois das primeiras forças Australianas terem desembarcado em Dili e sete dias depois de Reinado ter liderado os seus homens num ataque contra as forças armadas nacionais Timorenses, as F-FDTL, nas montanhas a leste da capital.

A carta confirma a relação estreita entre o Presidente e o oficial desertor na altura — uma relação que o próprio Reinado nunca tentou esconder. Quando David O’Shea do programa Dateline da SBS TV o entrevistou em Dili dias antes de ser preso em 26 de Julho, Reinado disse:

Até 22 de Maio eu [estava] ainda ligado ao meu General, Taur Matan Ruak [Comandante das F-FDTL]. Depois eu [fui] atacado e estou a defender-me a mim próprio, penso que só devo seguir as ordens do meu Comandante Supremo, o Presidente. Até hoje, a qualquer sítio que vá, reparo sempre nele e tomo sempre as suas ordens. Seja o que for que vá fazer, seja qual for a ordem que for [dada], desde que seja clara e justificada, fá-la-ei.

Reinado também revelou que tem estado em contacto estreito com o Presidente desde 14 de Maio, antes da violência ter começado. A troca foi como se segue:

‘Em 14 de Maio no Domingo ouvi dizer que se encontrou com o Presidente,’ diz O’Shea.

‘Sim’ respondeu Reinado.

‘O que é que discutiu então?’

‘Fui dizer-lhe porque é que deixei Dili. Porque como Comandante Supremo ele tem de me chamar e perguntar-me isso. Porque é que eu deixei Dili em 3 de Maio. Fui lá explicar porque é que saí de Dili,’ diz Reinado, referindo-se ao dia em que deixou o quartel das forças militares em Dili com 20 dos seus homens e duas cargas de armas e munições.

E [Gusmão ] aceitou a sua explicação?’ pergunta O’Shea. ‘Com certeza,’ responde Reinado.

Quando entrevistei Reinado em 11 Junho estava ainda na cidade da montanha de. Estava lá com os seus homens pesadamente armados e oito guardas Australianos SAS. Disse que os guardas estavam lá para a sua segurança, mas o responsável das forças Australianas, o Brigadeiro Mick Slater, disse que o destacamento estava lá para o monitorizar.

O Reinado estava no seu modo usual arrogante — proclamando alto que lutava pala justiça da sua gente e referindo-se às chamadas ‘atrocidades’ pelas F-FDTL, que ele exagerava grandemente.

Quando foi pressionado sobre os seus planos para desarmar, forçou um riso e disse-me para falar com o Presidente sobre isso.

Proclamou que não era um amotinado e que era ainda um membro das forças armadas e que tinha o direito de usar armas porque estava ainda debaixo das ordens do Comandante Supremo das forças armadas o Presidente Xanana Gusmão.

As circunstâncias da prisão do Reinado também requerem análise. Estava em Dili nesse dia, 26 de Julho, e o incidente começou no fim da manhã. Reinado reclamava que lhe tinha sido oferecido o uso da casa pelo próprio Presidente. A casa estava situada directamente do outro lado da estrada do portão principal da base militar Australiana no heliporto de Dili no subúrbio de Bairo Pite. Quando se mudava para lá, a polícia Portuguesa (GNR), actuou sobre uma pista que tinha recebido, e veio e revisto a casa. Encontraram nove pistolas, milhares de munições e granadas.

No dia antes tinha sido a bem publicitada data final para a entrega de armas, e Reinado e os seus homens estavam claramente em violação. A GNR queria prendê-lo. A Polícia Federal Australiana chegou depressa à cena bem como vários blindados Australianos.
Foi um finca-pé que durou todo o dia com a imprensa local e estrangeira no exterior, e Reinado passeando-se ocasionalmente na varanda e emitindo declarações tais como ‘sou um homem livre num país livre,’ para grande divertimento dos repórteres.

(Entretanto no Gabinete do Presidente do outro lado da cidade, realizaram-se uma série de encontros entre funcionários e militares e representantes da polícia. Não foi permitido o acesso à imprensa.)

Finalmente, depois de estar escuro, foi dito à imprensa para sair, a polícia Portuguesa carregou as armas num veículo e as forças armadas Australianas moveram-se através da estrada e isolaram a casa.
Esperei no escuro e filmei quando os Australianos conduziram os homens de Reinado para fora, um por um, atados com pulseiras de plástico, e os fotografaram antes de os levarem a marchar atravessando a estrada para a sua base.

Contudo, os Australianos devem ter levado Reinado pelas traseiras, porque ele não estava com os seus homens.

A sequência dos eventos do dia e a maneira como os Australianos tentaram activamente desvalorizar o evento, deu-me a impressão que tinham prendido relutantemente Reinado e os seus homens, e que tinham sido forçados a fazê-lo pela descoberta das armas pela GNR.

Os encontros de crise no Gabinete do Presidente também sugeriam o envolvimento estreito de Gusmão no caso.

O facto de Reinado não ter sido preso mais cedo levantou muitas questões entre os observadores em Dili.

Porquê, perguntavam as pessoas, se mantinha ainda livre este homem que tinha sido filmado a disparar contra as forças armadas, e mesmo a declarar no filme que tinha “apanhado um”? Como disse um membro da equipa de investigação da ONU, ‘este tipo tem alguma cobertura política séria de topo.’

As ligações entre Reinado e o Presidente são ainda mais relevantes agora, no seguimento da sua ‘fuga’ da prisão de Becora de Dili na semana passada, quando ele e outros 56 simplesmente saíram porta fora.
Desde então gravou uma entrevista de meia hora com a televisão local Timorense. Os que a observaram dizem que a entrevista teve lugar em Daralau, nas montanhas por cima de Dili. Incidentalmente, a casa do Presidente está também nas montanhas por cima de Dili.

É inconcebível que os militares Australianos e a Polícia Federal não consigam localizar o cenário da entrevista — quando tanta gente em Dili conseguiu — e localizar e prender Reinado.

Mas talvez isto não seja uma alta prioridade.
Talvez estejam a ter a mesma posição da mulher do President a nascida na Austrália, Kirsty Sword Gusmão, que disse à ABC Radio esta semana que Reinado ‘foi retratado de certa forma incorrectamente nos media Australianos como sendo um desertor, um amotinado.’ Acrescentou que ‘quando desertou da polícia militar, foi uma acção de protesto contra o que viu como violações terríveis cometidas pelas nossas forças armadas.’

Há ainda pouca evidência que as forças armadas cometeram violações. Queixas de massacres e de sepulturas de massas nunca foram apoiadas com factos, e parecem ser alegações politicamente motivadas com o objectivo de desacreditar as F-FDTL.

Uma das mais proeminentes figuras da oposição a acusar repetidamente as F-FDTL de massacres é Fernando De Araújo do Partido Democrático. Quando o entrevistei para o Dateline em Agosto disse-me que, mesmo apesar do antigo Primeiro-Ministro Marí Alkatiri ter resignado, o ‘plano’ tinha falhado: ‘O meu plano era ter um governo transitório que o Presidente controlasse e ter eleições gerais dentro de seis meses,’ disse.


É similar ao que Alfredo Reinado defende agora, e pelo que se pode adivinhar dos apoiantes do agora notoriamente silencioso Presidente de Timor-Leste, é o que ele próprio se posicionava para fazer também.

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Acerca do autor

John Martinkus cobriu o conflito em Timor-Leste de 1995 até 2000. Foi correspondente residente em Dili para a Associated Press e Australian Associated Press, de 1998 até 2000. É autor de A Dirty Little War (Random House, 2001), sobre a passagem violenta do país para a independência. Recentemente co-produziu a reportagem Timor-Leste: A queda de um Primeiro-Ministro para a SBS TV’s Dateline, que foi para o ar em 30 Agosto.

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31 comentários:

Anónimo disse...

A onde esta a carta completa?

Anónimo disse...

QUE VERGONHA! QUE VERGONHA!

Nenhum pais do mundo sobrevive a um Presidente da República sem escrúpulos e que fica indeferente à morte e sofrimento do seu povo!!

QUE VERGONHA!

"Xanana não é Noé"!

Anónimo disse...

Hu rasik la imazina bainhira xanana bele hanoin atu estraga nação ida nebe que nia luta hodi hetan independença...... é uma vergonha mesmo...fogooo!!!!!

Viva Alkateri

Anónimo disse...

Boa pergunta e quem tem que responde-la sao os que puseram apenas uns paragrafos que em nada comprometem XG. Ou a logica e uma batata.

Anónimo disse...

Eu conheço pessoalmente o John Martinkus é um excelente repórter de investigação e especialista em ir ao fundo das questões. As suas declarações são pertinentes e verdadeiras. Ninguém tem duvidas sobre isso.
O presidente Xanana Gusmão e a sua mulher estão por detrás de todo este golpe de Estado. Uma encenação orquestrada com voz de comando que tem o dedo americano através dos amigos australianos.

Hoje digam o que disserem há mais do que provas do envolvimento criminoso do presidente da república, factos suficientes para accionar a distituição do mesmo à luz da Constituição da República. Xanana Gusmão deve ser julgado pelos seus crimes e depressa, impunidade não se lhe admite.

Anónimo disse...

Entao querem la ver ein, esta Margarida e aquele que se diz azul mas eh vermelho como ela, ainda nao se convenceram que os timorenses adoram ser tratados com justica!.. Estes desavergonhados o que eh preto diz que eh branco e o que vermelho quem torna-lo azul. Sejam amigos dos timores pelo menos uma vez na vossa desgracada vida de sabotadores da verdade.

Anónimo disse...

John Martinkus nao eh o vidente que sabe tudo. Nao escreve senao a sua opiniao que neste caso e errada. Qualquer um pode escrever sobre a crise de Timor de uma forma a apresentar aquilo em que acreditam. Seria facil escrever sobre os acontecimentos de outra forma de modo a apresentar uma opiniao completamente oposta a de Martinkus.

Anónimo disse...

Pobre povo timorense!

Xanana foi um bom guerrilheiro e é um mau presidente!
Mal aconselhado, sem a preparação intelectual necessária, acaba por ser manipulado pela mulher e pelos interesses dos autralianos que ela representa.
Pobre povo que já nem no pai pode confiar mais!
A luta dura pela independência foi para isto, Xanana Gusmão? Foi para conduzir, como conduziu o país a uma invasão agora pelas forças autralianas? Para empurrar o povo para campos de refugiados?
O responsável máximo da tragédia é o presidente!

Anónimo disse...

Pois eh! Foi o Presidente que nao soube resolver os problemas das F-FDTL que vinham se acumulando ha 2 anos; foi o Presidente que teve a grande "inteligencia" de despedir mais de 2/3 do exercito como se fosse uma questao de pura disciplina militar num pais onde o desemprego eh cronico; foi o Presidente que recrutou (ilegalmente) "pisteiros" civis e os armou para "cooperar" com a PNTL; foi o Presidente que ordenou (ilegalmente) que as F-FDTL saissem dos quarteis para intervir em questoes de seguranca interna; foi o Presidente que criou as disputas internas da fretilin; foi o Presidente que nao resolveu os problemas de desemprego que fez com que tantos jovens desempregados mostrassem depois a sua frustracao nesta crise; foi o Presidente que tentou manipular as F-FDTL e submete-las ao seu comando;...

Enfim, foi o Presidente que nao soube governar o pais durante os ultimos 4 anos.

TENHAM VERGONHA NA CARA!

Se nao fosse o Presidente as coisas teriam sido bem piores!

Anónimo disse...

Muito bem anonymous Quinta-feira, Setembro 07, 2006 11:35:54 PM. Concordo consigo. Se não fosse XG já havia guerra civil em Timor Leste e a coisas etriam sido piores. Pergunto quem criou tudo isto? Se não fossem o Mari e os seus grupos.
Estes que ainda estão a falar alguns são também os autores da crise.
Viva Xanana.

Anónimo disse...

Reforço a pergunta do primeiro comentarista.
Onde está o resto da missiva do presidente?
Aquela página em branco tinha lá escrito o quê?
4 bilhetes e um foi em branco?

Anónimo disse...

Eu ser canpunes simples de tercera classe de tempo do portuges. Eu vai envia cacete do tv de australi para sinor preisidenti Xanana e mina molher vai faser decrarasaun para pedir demisaun de preisidenti!

Anónimo disse...

deixem lá que vos diga que se deve a Marí a Luolo e a taúr a não guerra em Timor-Leste.
Por Xanana ela já tinha estalado!
Patetas!

Anónimo disse...

Quando Xanana enviou a cassete a Mari alkatiri e exigiu a sua demissão, o que teria sucedido se mari alkatiri tem resistido e dito não ainda assim não se demitia ( e ele merecia pelo menos a consideração de ter sido chamado ao palácio das cinzas para ser informado olhos nos olhos da demissão...a cassete de vídeo foi uma cobardia)?
O que teria acontecido se a direcção da Fretilin (essa que Xanana contestou)não tivesse tido mão nos militantes no sentido de estes não reagirem com violência a todas as provocações de foram alvo?
O que teria acontecido se Mari Alkatiri tivesse reagido ao discurso populista e demagógico de Xanana nos mesmos termos, na praça pública com discursos de muitas horas, apelando aos sentimentos primários do povo?
O que teria acontecido se os demitidos tivessem reagido como reagiu Alfredo Reinado?
O que teria acontecido se como Dudo (um grande combatente é certo) os ex-ministros tivessem feito apelo ao queimar de casas e atirar de pedras para que o presidente se demitisse?

Anónimo disse...

Mari Alkatiri teve sentido de Estado.

Anónimo disse...

Mari Alkatiri teve sentido de Estado bem como a Fretilin e os seus apoiantes. E o mesmo se deve dizer das F-FDTL e do seu legítimo comando. E são todos eles, com a sua disciplina e valentia que vão contribuir para dar a volta à situação actual, correr com os Australianos e repor Timor-Leste no caminho do aprofundamento da sua democracia.

Anónimo disse...

É verdade as FDTL e o seu comando teve também sentido de Estado.
Viva Taur Matan Ruak.

Anónimo disse...

O que Alkatiri sempre teve mais foi mesmo sentido de estado.
Tanto que até lhe emprestou a bandeira da FRETILIN (ao estado, claro).

Ter sentido de estado é apropriar-se do estado?
Ter sentido de estado é ser preciso ter cartão do partido para ter direito à distribuição do arroz oferecido pela China?
Ter sentido de estado é ser preciso ter cartão do partido para arranjar emprego?
Ter sentido de estado é obrigar os empresários a contribuirem para o partido e para o 20 de Maio para eventualmente ganharem algum concurso público?
Ter sentido de estado é blindar a Constituição para se eternizarem no poder?
Ter sentido de estado é tentar partidarizar as forças armadas do país?

Ou isso é ter sentido de locupletamento e apropriação da coisa pública?
Bem dizia o Xanana. As árvores e as pedras também tinham que ser da FRETILIN.
Tenham vergonha.

Anónimo disse...

Xanana falou claro no dia 22 de Junho. Atacou abertamente a Fretilin. Insultou Lu-Olo e Alkatiri. Porque nao lhe responderam? Porque nao o ,eteram em tribunal? Foi para evitar a guerra? Entao porque distribuiram e mandaram distribuir armas a civis? Seria para servir de alavanca e cavar a terra?
A resposta e obvia. Nao tem resposta para o Xanana e para o povo. Calaram e consentiram. O Povo ja tinha visto tudo. Venham as eleicoes.

Anónimo disse...

Dois dos orgãos de soberania que juntamente com o terceiro, Presidente da República Xanana Gusmão, pediram a ajuda de forças estrangeiras são o presidente da fretilin e presidente do parlamento nacional Lu olo e o secretário geral e primeiro ministro mari alkatiri. o pedido foi feito por unanimidade.
portanto, não precisam de correr com os australianos daqui. foram vocês que os chamaram para repor a paz. as razões são iguais as de 1975, sabiam?

Anónimo disse...

meninos, meninos, tenham calma e não se ofendam uns aos outros. a verdade da questão prende-se apenas com a prisão da questão que está subjacente à loucura da opinião expressa no objectivo determinante do: NADA!

BEIJINHOS QUERIDOS

Anónimo disse...

Eu tambem conheço pessoalmente o John Martinkus, e devo d izer que nos 1999, 2000 e 2001, foi rara a vez que o vi sobrio. Passava horas no hotel dili mais bebido que sei lá o quê....

E quanto ao Presidente Xanana , já aqui foi dito, ele deu a vida pelo país como è que podem falar dele assim. Enquanto os outros estavam no Hotel Maputo, descansados e a ser tratados como o Reis o Xanana estava a lutar pelo pais. E se ele tivesse desistido de comandar as guerrilhas nas montanhas de TL, hoje ainda estavam a gritar Ç Oh Tio, Oh Tio...

Portanto onde é que está a carta completa?

Manecas...

Anónimo disse...

O Mari e a Fretilin de Maputo foram obrigados a mostrar "sentido de estado" (i.e. demitir-se e nao apelar a retaliacoes) porque o povo nem respondeu as suas chamadas para demonstrarem a seu favor.
Essa eh que eh a GRANDE VERDADE. Viu-se muito claramente nas tentativas de mobilizar as massas para apoia-lo. Nem 200,000, nem 50-60,000, nem 15-30,000 como insinuavam mas somente 4000 que acabaram tambem por proferir VIVAS ao Xanana.

O VERDADEIRO sentido de estado nao foi demonstrado pelo Mari ao longo dos anos da sua governacao.
Nao me venham dizer que um PM que publicamente ameaca o derramamento de sangue do povo numa eventual derrota do seu partido demonstra sentido de estado. A nao ser que o estado seja a Fretilin e o povo um objecto descartavel. Eh absolutamente inconcebivel que existem pessoas que argumentam que um individuo que disse "Se a fretilin perder havera derramamento de sangue" como noticiado nos jornais locais tem sentido de estado. Como essas declaracoes houve outras semelhantes.

Ate o Vice-Presidente do Parlamento teve a ousadia de falar em ir a guerra ja durante a crise.

Se isso e ter-se sentido de estado entao realmente o Xanana nao tem nenhum.

Anónimo disse...

Ele disse isso.

Dito e feito.

Anónimo disse...

DECLARAÇÃO HUSI ABILIO MAUSOKO (ABILIO AUDIAN) IHA COMARCA BECORA 20 DE AGOSTO DE 2006 LIU HUSI SR. JUAQUIM KOLEGA DADUR (KUARTO IDA)
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Dia 28 de junho Abilio Mausoko nia fen ba hasoropresidente Xanana iha dare ho objectivo atu fo liberdade ba nia Laen Mausoko iha komarka Becora Abilio Audian nia fen nebe mos isin rua hela ho fulan nen hafohin too iha hali laran Taibesi nia maluk Loro Monu ataka no baku lesuk nia hodi dehan o nia laen mak durante nee assassino liu no halo ita terus iha tempo krize nia laran. Depois de acontecimento Mausoko nia fen ba hasoru Presidente Xanana iha Dare no husu pergunta ba Xanana katak: Sr. Presidente bele hasae ita nia Alin Abilio Mausoko nebe agora dadur hela iha komarka Becora????..... Presidente resposta katak: Mausoko agora Loyal liu ba Partidu FRETILIN no MARI ALKATERI nee duni hau la iha konfiança ona atu hasai nia husi komarka . hafoin Mausoko nia fen rona resposta husi Xanana nia fila hikas kedas husi Dare no ba hatoo kedas ba nia laen Mausoko iha komarka Becora.

Dia 11 de Julho Major nain rua husi Australia ba hasoru Abilio Mausoko iha komarca Becora hodi investiga nia no fo pergunta ba nia katak: Abilio!! ita boot Loyal ba Presidente Xanana ka ba Mari Alkateri???? malae nee husu pergunta ba dala tolo ona maka Mausoko resposta katak: hu loyal ba sira nain rua hoto, loyal ba xananatamba Chefe do Estado e loyal ba Mari Alkateri tamba Chefi do Governo, Maibe hau loyal liu ba Mari Alkateri tamba nia Secretario geral da FRETILIN nian no Partido FRETILIN nia ema, e hau nia Aman mos Mate ba FRETILIN e hau mos ema FRETILIN nian. pergunta seluk la kontinua tamba Major nain rua nee hatene katak Mausoko ema Mari Alkateri.
Mjor nain rua nee fila kedas ba Dare.

Dia 16 de julho Sr. Hasegawa ba visita komarka Becora no ba hasoro malu ho Mausoko e nia fo pergunta ba Abilio Mausoko: Tebes ka lae ita bot simu duni $5000 husi Dr. Mari Alkateri hodi halo Rebels hodi hamosu krize nee?????
Abilio resoposta katak hau nunca mais simu osan cen ida husi Dr. Mari Alkateri maibe hau reconhece katak durante nee iha konfronta entr PNTL e F-FDTL liu-liu hau tiru hasoro Brigadero Matan Ruak nia uma nee, Comendante supremo Sr. presidente Xanana mak fo komado ou haruka hau tiru, maibe antes hau Tiru hasotu sira F-FDTL mos hau telephone uluk ba sira hanesan: Brigadero General Taur Matan Ruak, Comendante Falur, comendante Lere, Comendante Koliati, e Comendante Ular e Mausoko mos hatutan tan katak Author ba Crize nebe moso iha Timor Leste nee mak Presidente Xanana.

13 de Agosto de 2006 PM. Horta ba visita komarka Becora husu pergunta ba Mausoko katak: Ita boot mai husi nebe, no tamba sa mak ita boot tama iha komarka nee???? Mausoko responde katak: Hau mak Abilio Audian, hau Komendante Operasional da PNTL Distrito Dili nian, iha momento neba Instituição PNTLentrega Kilat mai hau atu fo Segurança máxima ba cidade Dili, maibe Depois de situação nee mosu Comendante Supremo Sr. Xanana Gusmão fo ordem mai hau no elementos nain hitu iha Marabia, haruka ami atu tenke tiru hasoru Brigadeiro Taur nia uma. hau konsege tiru maibe antes nee hau fo tiha conhecimento ba comendante F-FDTL sira katak nee ordem husi Comendante supremo Xanana, Maibe too ikus Governo liu husi força International mai dezarma hau e hau sai nudar criminozu ba situação nee e kilat nebe hau lori dehan ilegal.

Comentar Mausoko
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Antes de Crize nee mossu presidente convoca reunião ida iha nia residencia Dare nebe iha momento neba presença mos Amo Bispo Dili no Baucau, Sr. Paulo Fatima, Sr. Ramos Horta ho partido Oposição sira, hau Mausoko mos iha neba, iha momento nee presidente fo reconhecimento atu oinsa bele hatun Governo actual nebe lidera husi Mari Alkateri no partidu FRETILIN, tamba Mari komesa hatama Komunista ba Governo no F-FDTL mai husi nação KUBA, atetude nee kontra Cultura no tradisaun Timor Leste tamba nee mak presenssa Igreja iha momento nee hanesan passo importante ida atu fo mos contribuissão desenvolvemento nassaun nee ba futuro.

hau Bilio Mausoko fo pergunta ba Xanana Gusmão katak: hatun Mari Alkateri ran nakfakar tan karik????? presidente fila kotuk no
basa iha Mausoko nia kabas leten hodi dehan: Labarik hatun Mari Alkateri nee buat fasil hela e lalika tauk.
iha tempo neba Xanana fo garantia ona katak: Mari tun Horta mak serve lori cargo PM foun, buat barak mak sira koalia.

Xanana Gusmão mehi no hakarak destroe buat hotu depis maka hari hikas fali atu nune nia bele sai fíguro liu tan iha Timor no mundo international.........

La hetan Xanana...o hein deit depois mak justiça sei hatudo.....!!!!!

Malai Azul 2 disse...

Alguns leitores perguntam pela carta completa. Apenas existem 3 folhas que aqui mostrámos.

Anónimo disse...

La vem outra vez um "espertalhoto" com declaracoes de terceiros que supostamente implica o PR como o chefe de um golpe de estado. Sera que esta gentinha nao compreende que o timor-online nao eh um blog para criancas ingenuas?

Cresca e apareca.

Tambem eu ouvi dizer que ha uma declaracao do Mari a confessar os seus crimes...bla bla bla

Ba lekirauk nebe hakerek deklarasaum Mausoko nian hau dehan deit buat ida: BA LOHI O NIA AMAN! So ema faak ida hanesan o mak bele hanoin ema seluk fiar deklarasaun be o tau iha nee, ka fiar buat nebe mak Abilio Mausoko hateten.

Anónimo disse...

Com esta carta inventada por alguem em nome de Mausoko nao passa de mais uma jogada suja e rasteira anti-Fretilin! Vao mas eh pentear macacos!

Anónimo disse...

"Alguns leitores perguntam pela carta completa. Apenas existem 3 folhas que aqui mostrámos."

Mostraram 4 folhas. Uma delas em branco.

Parecendo ser folhas de um bloco de notas com timbre da Presidência, para quê a 4ª folha?

Ainda por cima em branco?

Para quê?

Anónimo disse...

Que venham as eleições!


A FRETILIN vai ganhar as eleições. Resta saber se novamente com maioria absoluta se com maioria relativa.

Pois senão quem? O PD? O PSD? A UDT?
Têm quadros preparados para ocupar os necessários lugares no aparelho de Estado?
Está Timor preparado para um governo de coligação?

E para presidente da República, quem serão os candidatos? Xanana Gusmão pela incapacidade política que demonstrou (pois ser presidente da república não é o mesmo que ser líder da guerrilha) devia dar lugar a outro.
Ramos Horta seria um bom presidente e tem mais capacidade política.
D. Ximenes Belo seria um bom presidente.
Mário Carrascalão seria um bom candidato...

Anónimo disse...

Se Xanana voltar a candidatar-se, a FRETILIN tem a obrigação desta vez de apresentar um candidato próprio.
Caso contrário, perde toda a legitimidade de o voltar a criticar directa ou indirectamente.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.