quinta-feira, agosto 24, 2006

Dos leitores

Da Babija:

não é o facto de o PR estar casado com uma cidadã australiana que o faz subserviente à Austrália e não foi a igreja católica que ordenou o apedrejamento ...

Mas, com subserviência ou sem ela, seja por casamento ou não, a verdade é que o PR não contesta a intenção política da Austrália deter o comando da componente militar à revelia da nova missão da ONU - aliás, em mais uma das suas célebres cambalhotas, o senhor Ramos-Horta até já escreveu ao SG da ONU a expressar esta concordância (nunca o faria sem o aval do PR!).

Por outro lado, também é verdade que o PR até já escreveu (há três dias) ao SG da ONU a solicitar a permanência do 'brilhante' Hasegawa, apesar de a ONU até já o ter informado que não continuaria com como representante especial do SG na nova missão .... Hasegawa que tanto se rebaixa aos australianos.

Conjugam a acção para garantir o cumprimento das exigências da Austrália que JÁ ESTÁ A COBRAR!

A hierarquia da igreja, infelizmente, coloca-se ao lado de quem tiver de se aliar para levar os seus intentos a bom porto. Não ordena a violência, mas, por omissão, manteve-se em silência durante um tempo excessivo nada fazendo para a parar. Seria bem mais positivo realizar uma análise da sua actuação na última década e admitir os erros cometidos com os jovens. Ficou demasiado por fazer e a 'crise de vocações' que a igreja católica de Timor-Leste atravessa, é disso prova. Critica os poderes instituídos por negligenciarem a juventude e cometerem o mesmo erro.

Enquanto membros corajosos da igreja católica actuaram rapidamente para apoiar os deslocados, a hierarquia manetve-se em silêncio e, quando se pronunciava, fazia-o com resentimento e, por vezes, ódio (o que nenhum católico entende!) como foi o caso do bispo de Díli nas suas idas à Presidência da República durante a crise e perante manifestantes que agrediam e destruiam ....

Se isto não é incitar ...

Assim, temos, por um lado, o jogo político do PR e do PM a escancarar as portas à Austrália, através das jogadas político-diplomáticas, que obviamente são feitas pela calada ... e a actuação da hierarquia da igreja católica que acaba por incitar devido às suas próprias fraquezas e, por vezes, falta de inteligência em cumprir o seu papel que, no caso de Timor-Leste deve e tem de passar pela formação de valores e de princípios ausentes durante décadas. São muitos os sacerdotes que admitem estes erros e começam a movimentar-se no sentido de corrigir estes erros mas, por enquanto, são actos isolados.

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2 comentários:

Anónimo disse...

Sera q RH escreveu em nome do Governo - terah consultado o Conselho de Ministros? - ou em nome do "ëu" a que estah mais habituado? Na certeza escreveu "eu, JRH, exigo que as forcas australianas continuem assim como o indispensavel sr Hasegawua pois sao eles a garantia de poder, com eles, continuar a mimar Taras, Marcos, Railos, Joaos becoras, Leandros Isacs, em prol da estabilidade de Timor Leste. Faria melhor se se demitisse para nao sujar o premio que recebeu em 96.

Anónimo disse...

Anónimo das 8:07:41 PM:
Nestas coisas o RH actua sempre em sintonia com o PR e os Australianos e á revelia do governo e do Parlamento. Este tipo de comportamentos está-lhe na massa do sangue.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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