terça-feira, maio 30, 2006

Leitores

"Claro que todos nós já vimos este filme de “queima” de arquivos incómodos, assim de repente lembro-me também de queimas nos tribunais em Pristina (Kosovo), de queimas da documentação eleitoral no Parlamento de Belgrado (Sérvia) anunciadora da “revolução” que depôs o Milosevic, já para não termos de recuar até ao incêndio do Bundstag na Alemanha nazi.

E os 1800 tropas australianas que supostamente aí estão para proteger pessoas e bens, continuam impávidas e serenas a dar cobertura a incendiários e pilhadores…claro que para estes a situação está mais "safe", muitíssimo mais! "

13 comentários:

Anónimo disse...

É evidente que o assalto aos tribunais foi "encomendado"!...

Anónimo disse...

Claro, os putos até sabiam onde estavam os arquivos?!

Anónimo disse...

Apela-se a todos os jornalistas presentes em Timor que façam um trabalho sério e questionem a actuação e suposta ajuda do governo australiano.

Anónimo disse...

MAS AINDA HAVERÁ DÚVIDAS QUANTO AO QUE SE ESTÁ A PASSAR???

Um malai que gosta muito de Timor.

NOTÍCIA DN ONLINE

Contigente da GNR deve partir depois de amanhã

Armando Rafael

Portugal antecipou para depois de amanhã a partida dos 120 militares da GNR para Timor-Leste. A revelação foi ontem feita pelo ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, numa altura em que a Austrália colocou em Díli cerca de 70 elementos da sua polícia federal, havendo indicações de que esse número poderá chegar muito rapidamente aos 190 homens.

Uma decisão que não estava contemplada nos diversos acordos bilaterais que têm sido estabelecidos pelas autoridades de Díli com Portugal, Austrália, Malásia e Nova Zelândia, sob supervisão da ONU, e que é susceptível de poder criar novas fricções entre Lisboa e Camberra.

Quanto mais não seja porque o envio destes polícias australianos não foi articulado com Portugal, correndo-se, assim, o risco de uma sobreposição de duas forças de segurança distintas na mesma cidade. Quando, à partida, era suposto só existir a GNR, razão pela qual o grosso das tropas enviadas pela Austrália seria concentrado nas montanhas em torno de Ermera e de Aileu, fazendo frente aos eventuais revoltosos timorenses. Designadamente aos militares que se afastaram ou que foram afastados das forças armadas (F-FDTL) ou até da polícia (PNTL).

O que não parece estar a ocorrer, tendo os militares da Nova Zelândia sido já desviados para Aileu, substituindo os australianos [ver gráfico]. Uma situação idêntica à que levou Lisboa a intervir, no domingo, junto do secretário-geral da ONU para que fosse assegurada a devida protecção das forças australianas ao presidente do Parlamento timorense, Francisco Guterres (Lu-Olo) e ao primeiro-ministro, Mari Alkatari. O que até, então, não estava a suceder, apesar das promessas da Camberra.

Coincidência ou não, o facto é que Portugal decidiu enviar de uma vez só o seu contigente para Timor-Leste, invocando o estado de prontidão da companhia da GNR. Pelo que a sua partida só está agora dependente do transporte, tendo o DN apurado que o Governo tenciona fretar um avião de carga para este efeito.

À semelhança do que sucedeu com a operação da GNR no Iraque.

De acordo com as informações obtidas pela Lusa em Díli, a GNR, que já dispõe de três elementos no terreno desde domingo, está a preparar-se para instalar o seu comando em PortBatt, no bairro de Caicoli, recuperando um edifício que já acolheu os capacetes-azuis portugueses no período que antecedeu a independência, em 2002.

Ao lado da GNR estarão 16 elementos dos Grupos de Operações Especiais (GOE) da PSP, dois dos quais passaram a assegurar a protecção do representante da ONU em Timor-Leste, Sukehiro Hasegawa.

Anónimo disse...

É evidente que se trata de um serviço encomendado... como é que no mesmo dia pode ser incendiado o Palácio da Justiça e o Tribunal de Recurso Pilhado"?????? Claro está serviçinho encomendado por "meninos" que tem não uma pena a cumprir mas sim um "molho de penas" pendentes, aliás se fossem galinhas nem crista tinham com tanta pena que se lhes havida de aplicar.
Meus ilustres Magistrados não desaninem, não "os" temam. Eles são uma cabada de bandalhos ígnorantes que seguem um camafeu maquiavélico.
JUSTIÇA em TIMOR.
Seja feita Justiça e os desordeiros colocados nas prisões ahhh mas também lhes podiam aplicar subsidíariamente uma pena em trabalho comunitário e obrigar esses meninos a fazerem as estradas e a reconstruirem o que queimam
Parabéns ilustres Magistrados.
Força

Anónimo disse...

shhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh silêncio pa! Só quem já trabalhou NA justiça sabe o quanto o governo NÃO TEM interesse em que ela funcione... A demonstração de "temos interesse", "venham cá consultores" é só da boca para fora... Na realidade, querem que o atraso impere para que não haja controlo (externo) algum...
Corrupção. Mala preta. Alguém já ouviu estes termos antes?

Anónimo disse...

O anónimo das 10:08 PM está esquecido que quem anda a pilhar e a queimar está contra o governo e que são os mesmos que gritam "mata Halkatiri"? Veja lá, não se baralhe...

Anónimo disse...

Já agora, e os arquivos da ex-PIDE-DGS? Não contam para o caso? Ou nós por cá somos todos santos?

Anónimo disse...

Como é que se sabe que quem anda a pilhar está contra o Governo? Estão aí incluídas as pessoas que com fome atacam os armazéns de ajuda alimentar? É uma palermice pegada. E a seguir? Será que as movimentações de "massas" vão ser por causa de outro bode expiatório? É o mais certo. Nem soluções nem desculpas houveram, agora é hora dos "bodes". Ainda vamos ver o que vai acontecer. Só espero que essa grande força, a FRETILIN, não venha a descambar nalguma manobra mais concisa... não era a primeira vez, mas os tempos são diferentes... não fiquem com as calças na mão, vejam lá isso.

Anónimo disse...

Margarida, nesta hora não há "governo" ou "não governo". Todos são pelo desejo comum: ODEIO a ONU, mas PRECISO do dinheiro deles. E assim foi, é e será. E repito: Não há interesse do governo (e muito menos dos que não são governo) em implantar um controlo das funções e atividades da justiça... E o roubo de todos os equipamentos electrônicos vem a calhar...

Anónimo disse...

Se a Austrália pagasse o petróleo que roubou - ouvi falar que o valor estimado está nos três mil milhões de dólares - já não precisavam do dinheiro da ONU pois não? Ou o anónimo ainda pensa que há almoços de borla? E já agora, pode s.f.f. explicar o que é que os arquivos da ex-PIDE têm a ver com a "queima" dos processos do Tribunal de Dili? É que tanto quanto sei os arquivos da ex-PIDE estão a bom recato na Biblioteca Nacional de Lisboa.

Anónimo disse...

Ora Margarida! Faz-me rir! Não sou pró-aussie nem anti-indonésia. Mas à Cesar o que é de Cesar... Dizer que a Austrália roubou US$ 3 mil milhões é a mesma coisa que dizer que roubaram 1 ou 10 mil milhões... é a conta de quem bem entende o que quer. Ou seja: faça-se a conta (qualquer uma) e eu falo que você roubou. Meu ex-sogro sempre dizia que a história da guerra é feita pelo vencedor. E muito há de boatos no meio dos supostos fatos. E esse "roubo" pode ser um deles. Não acredite na internet. Nem em boatos.

Anónimo disse...

Anónimo das 11:17 AM: sabe que nem sequer foi há muito tempo que o próprio PR da RDTL exolicou esse roubo? Aqui lhe deixo uma amostra da sua denúncia:

"Xanana Gusmão Acusa a Austrália de "Má Fé": "Roubam-nos o Petróleo e Depois Fazem Conferências Sobre Transparência"
entrevista de Adelino Gomes
http://jornal.publico.pt/publico/2004/04/27/Destaque/X01.html (excl.linkador/pagador)

Em todas as minhas saídas tenho falado disto com chefes de Estado e de Governo. Uns dizem "chocante, chocante"; outros "vamos ver"; outros ficam apáticos. Agora é tempo de nós gritarmos: "Não, isso é usurpação". A má fé [dos australianos] é que prevendo que nós íamos pôr o caso no Tribunal Internacional, saíram da sua jurisdição. Que pouca vergonha! Utilizam todos os meios sujos para nos dizerem que não temos direito [à exploração do petróleo que reclama]. Como nos disseram que não tínhamos direito à independência; que estávamos muito bem com a Indonésia. [A Austrália] Foi o único país de cariz ocidental que reconheceu a integração. Porquê? Por causa do petróleo. E depois aparece no fim de eles já terem queimado tudo. Eles que já estavam preparados desde 98! Não é porque somos pequenos que nos vamos calar.

P. - Admite a hipótese de pedir a mediação internacional?
R. - Estou a alertar a opinião pública e os governos amigos. Aos doadores, inclusive, que desde 2000 nos estavam a apontar para as receitas do mar dizendo: 'Não pensem que vão depender da nossa ajuda. Olhem ali para o mar. Assinem já o acordo'. Recebemos todas as pressões possíveis nesse ano e no seguinte.

P. - Agora...
R. - Agora dizem que não vai haver mais "grant"[doação]. E que temos que pensar no "soft loan" [empréstimo suave]. "Soft loan" em termos de quê? Vamos pedir dinheiro e depois pagamos com quê? Se o vizinho grande, poderoso, nos rouba o dinheiro para pagarmos o "grant", vamos ficar endividados. Vamos ser mais um nesta lista de endividados do mundo inteiro"

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.