Camaradas:
O meu corpo está a dizer que atingiu o seu limite.
Quando há três semanas rompi o gémeo, foi-me recomendado descanso. Como todos nós, pouco tenho tido.
Continuei a trabalhar. Mais jornalistas, mais comunicados, mais declarações.
Por lealdade ao primeiro-ministro mas tambémpor convicção.
Na quarta-feira caótica, uma rajada esporádica disparada para o ar à portado Hotel Timor obrigou-me a correr, sem as muletas.
A lesão agravou-se.
Depois vieram as dores nas costas, companhia contínua nos últimos dias. A juntar ao stress e à tensão.
Por tudo isto, neste momento, por muito que me custe, a minha saúde obriga-me a sair de Timor-Leste.
Faço-o com um sentimento de enorme tristeza– foi-me extremamente difícil dizer ao primeiro-ministro que vou a Portugal tratar-me –, lágrimas nos olhos, dominado pela sensação de estar à beira do meu limite físico.
Mas saio com a certeza de que, daqui a um mês, quando já não precisar das muletas e estiver recuperado, aqui regressarei, esperançado em que os irmãos timorenses, à frente das suas divergências e diferenças – que as têm –tenham entretanto posto o interesse colectivo de fazer construir um Estado independente, a promoção do progresso económico e do desenvolvimento, e,acima de tudo, o combate à pobreza.
Tenho fé.
Para os que com coragem e convicção aqui vão continuar, deixo-vos o meu mais forte abraço. E uma certeza: a luta continua!
Até logo.
Rui Flores
Assessor de Imprensa do Primeiro-Ministro
terça-feira, maio 30, 2006
Carta do Assessor do Primeiro-Ministro
Por Malai Azul 2 à(s) 15:19
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
6 comentários:
RUI,
Esperamos por ti.
Rapidas melhoras.
Um abracao forte. Bjinhos a Natacha e menina linda, Monica
Rui,
Um grande abraço e rápidas melhoras, descansa que quando voltares isto já está "controlado" (esperamos que sim...).
Já sentimos falta das tuas sonoras gragalhadas a ecoarem pela entrada do Hotel Timor.
As melhoras e volta rápido.
Rato? Alguém falou em ratos a abandonar o navio?
Será que ele foi buscar a GNR?
Rui,
Trata de ti e regressa depressa. A procissão vai no adro...
Um forte abraço!
Malai em Lisboa
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